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segunda-feira, 25 de outubro de 2021

"LINGUAGEM NEUTRA", O QUE HÁ POR TRÁS DISSO?

A nova geração é a geração da indecisão. Movidos pela massa, muitos estão indo para onde a maioria vai, mesmo não fazendo nenhum sentido. Os jovens sempre foram aventureiros, mas com a revolução digital, a modernidade e os seus conceitos impactaram profundamente o estilo de vida das pessoas. Hoje, a internet e as tecnologias de comunicação são a base dos relacionamentos da sociedade e a Igreja deve oferecer a resposta e o caminho para as crises morais e sociais que estamos vivendo.

Estou me referindo nesse artigo diretamente à polêmica em torno da implantação da chamada "Liguagem Neutra" nas escolas públicas. A tal nova linguagem é a expressão discursiva do tal "gênero neutro", ou seja, uma terceira opção ante os "tradicionais" masculino ou feminino. Há, também, um outro conceito advindo dessa possibilidade, o da sexualidade fluída, até então desconhecida da maioria das pessoas. A sexualidade fluída desconhece as fronteiras do gênero, ou seja, a forma como se lida com sexualidade é imprevisível e indeterminada.

Nada é tão novo, nada é tão velho... 

No final, é tudo mais do mesmo


O assunto não é tão novo. No dia 1º de abril de 2014, a mais alta corte da Austrália reconheceu que uma pessoa pode ser legalmente reconhecida por um gênero neutro. Dizia o texto: 
"a Suprema Corte reconhece que uma pessoa pode não ser nem do sexo masculino, nem do sexo feminino, e permite, assim, o registro do sexo de uma pessoa como ‘não especificado'"
,disse, em julgamento unânime, que rejeitou a apelação feita pelo estado de New South Wales para que fossem reconhecidos apenas os sexos masculino e feminino.

Na França, pela primeira vez, uma pessoa de 64 anos ganhou na Justiça o direito de que fosse alterada e inclusa em sua certidão de nascimento a descrição "gênero neutro".

O magistrado que julgou o caso argumentou: 
"o sexo que foi atribuído no nascimento aparece como pura ficção imposta durante toda sua existência. Não se trata de reconhecer a existência de um 'terceiro gênero', mas de reconhecer a impossibilidade de atribuir um determinado gênero a esta pessoa" (grifo acrescentado para efeito de ênfase).
Já surgem até novas formas de palavras para identificar esse gênero: alunx, amigx, etc (Como se pronuncia? Ah, isso eu já nem imagino). Diante do quadro, tenho algumas outras preocupações. A sociedade, em geral, adotou a ideia de relativização da Bíblia quando a verdade não é mais absoluta ou atemporal. E o agravante é que o conceito começa a fazer parte do vocabulário de alguns cristãos (Isso mesmo!). Isso é muito perigoso. A Bíblia deixa bem claro que Deus criou homem e mulher, macho e fêmea para que cada gênero se relacionasse com o oposto.

Aqui não vai nenhum tipo de crítica e/ou julgamento sobre a orientação, a identificação ou comportamento (chame como melhor quiser) de outrem. Isso é de cunho pessoal e deve sim ser respeitado. Sobre isso não há o que se questionar. Agora, impor uma pauta ideológica de uma minoria em detrimento dos princípios tradicionais da maioria é algo que não há como discutir, tamanho o absurdo.

Veja, edição de 16 de fevereiro de 2016, foto/reprodução
Há alguns anos, a reportagem principal de uma das mais conhecidas (e questionáveis) publicações brasileiras, a revista Veja, abordou o tema da ideologia do gênero neutro. Conforme a reportagem, o assunto se tornou recorrente em algumas escolas brasileiras. Segundo a matéria, 
"para alguns colégios de grandes cidades brasileiras discutir a diversidade de gênero virou assunto obrigatório. A aula magna do Pedro II deste ano foi sobre o tema. 
No Bandeirantes, em São Paulo, um grupo de discussão batizado de Bandiversidade reúne alunos para falar sobre homossexualidade, bissexualidade e pansexualidade (caracterizada pela atração sexual, romântica e/ou emocional independentemente da identidade de gênero do outro). 
Já esquentaram os debates tópicos como as diferenças entre transgênero, transexual e drag queen".

Cá como lá, ou vice-versa?


Além da Austrália, em alguns outros países iniciativas foram tomadas para garantir direitos a quem afirma não ser nem do gênero masculino ou feminino. A língua sueca, por exemplo, começou a introduzir um pronome de gênero neutro para a nova edição do dicionário oficial do país. 

No idioma escandinavo, junto aos pronomes de gênero masculino han e feminino hon, foi adicionado o pronome hen. A nova terminologia se refere às pessoas que não revelam seu gênero — seja porque é desconhecido, ou porque a pessoa é transgênero ou o locutor considera o gênero uma informação superficial para compreensão do texto. Países como Alemanha, Malta, Índia, Paquistão, Nova Zelândia e Nepal tomaram decisões para proporcionar que as pessoas se apresentem como de um terceiro gênero.

Imbecialização acadêmica


Universitários geralmente são expulsos por beber ilegalmente, reprovar em matérias, ou por participar de festas de fraternidade que saem do controle. Mas agora usar o pronome errado também pode resultar em expulsão.

Uma política de "identidade de gênero" proposta pela Universidade de Minnesota pode obrigar estudantes (e a faculdade) a usar os pronomes escolhidos por seus colegas que não tem um gênero definido.

Alunos e funcionários podem ser expulsos ou demitidos por se recusarem a usar pronomes como "ze" e "they" ("elx", em tradução livre. No inglês, o uso do pronome coletivo não especifica gênero, diferentemente do português, em que "todos" está no masculino).

Se os universitários de esquerda querem promover a inclusão de alunos transgênero, a força não é a forma correta. Na verdade, isso pode acabar gerando ainda mais hostilidade — não são só de estudantes que são afetados por essas políticas, afinal a regra seria aplicada também aos professores.

Por mais que geralmente sejam de esquerda, educadores deveriam perceber que eles não conseguem fazer seu trabalho se discussões sobre questões cruciais, como gênero e identidade, são suprimidas pelos radicais do campus.

Válido enfatizar que, a Universidade de Minnesota é pública, o que significa que ela deve respeitar as regras da Primeira Emenda da Constituição sobre o direito de liberdade de expressão dos estudantes: liberdade de expressão não apenas nos protege da censura, mas também nos protege da obrigação de adotar determinados discursos.

Em um processo em New Hampshire, a Suprema Corte determinou que os locais não poderiam ser forçados a estampar o slogan político "live free or die" ("viva livre ou morra", em tradução livre) nas placas de seus carros. Desde então esse princípio constitucional tem sido reforçado inúmeras vezes. Após décadas de precedentes similares, é improvável que regras sobre pronomes passem pelo crivo da Constituição.

Samantha Harris, vice-presidente de pesquisa política da FIRE, disse que
"certamente seria inconstitucional uma universidade pública requerer de seus estudantes e membros o uso de pronomes de gênero-neutro sob possível punição"
embora ela acredite que, como a política da Universidade sobre o assunto é vaga, talvez não seja assim que a regra seja implementada.

Mas está claro que, caso os alunos sejam forçados a utilizar uma linguagem que discordem, a administração estaria rasgando a constituição para provar sua boa-fé progressista – e os estudantes não devem aceitar isso.

O professor da Universidade de Toronto, Jordan Peterson, se tornou uma febre conservadora por desafiar as opressivas regras quanto ao uso de pronomes no Canadá. Ele tem criticado gestões anteriores, dizendo que 
"para conseguir pensar, você tem que arriscar ser ofensivo".
Ele está certo. Seja tentando banir o "discurso de ódio" ou forçando alunos a usar certas palavras, os administradores estão lidando com a questão de maneira incorreta. A inclusão não pode ser forçada, mas aderir à Constituição não é opcional. Isto, tanto lá quanto cá!

Pois é. E por aqui, claro, os ativistas da extrema esquerda, não contentes em levar essa doutrinação ideológica para o ambiente acadêmico, não está medindo esforços para trazê-la também para as escolas públicas de nível médio. Ou seja, estão tentando incurtir mais esse veneno na mentalidade das crianças e dos adolescentes.

Teologia


Uma das vozes que se insurge contra a ideia de gênero neutro é, também, por exemplo, a da socióloga alemã Gabriele Kuby, autora do livro "A revolução sexual global — Destruição da Liberdade em nome da Liberdade" (Editora Principia, 2019, 352 páginas). Em uma recente entrevista concedida, ao blog Senza Pagare, ela afirmou que 
"a desordem das normas sexuais conduz à destruição da cultura. A Declaração Universal dos Direitos do Homem, de 1948, estabelece que a família é o núcleo da sociedade e necessita de uma ordem moral para existir. 
Com tudo o que assalta as crianças nos meios de comunicação social, na internet e na educação sexual obrigatória, é difícil, para as crianças, converterem-se em adultos maduros, isto é, em grau de assumir a responsabilidade de serem mães e pais".
O fato é que a chamada sexualidade moderna é caracterizada por ser uma expressão de sexualidade de forma completamente livre de barreiras, que aparentemente as posições filosóficas, sociológicas e teológicas impõem entre pessoas, independente do gênero sexual, faixa etária. 

A sociedade, em geral, adotou a ideia de relativização da Bíblia quando a verdade não é mais absoluta ou atemporal. E o agravante é que o conceito começa a fazer parte do vocabulário de alguns cristãos. Isso é muito perigoso. 

Concordando com ela ou não (isso também é um problema de cada um) a clara definição da Bíblia não pode ser entendida como algo ultrapassado, porque nela está a revelação de Deus. Adolescentes e jovens que não cresceram em um ambiente espiritual têm muitas dificuldades de entenderem os temas espirituais.

E a igreja não pode e nem deve mudar do discurso bíblico para um que seja "moralmente aceito" e muito menos ainda "politicamente correto", só para agradar ao ativismo de militâncias, sejam elas quais forem. A revelação não pode ser nivelada pelo contexto sóciocultural, mas a interpretação do presente deve ser sempre feita com a visão bíblica.

O apóstolo Paulo, em 2 Timóteo 3:4, advertiu quanto aos tempos que viveríamos dizendo que os seres humanos seriam 
"...mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus."
Não há neutralidade espiritual como também não há neutralidade de gênero na ótica do conflito entre o bem o e mal.

Aqui está mais uma das artimanhas do inimigo de Deus para levar as pessoas para longe do plano original divino. Para a Igreja, cabe o desafio de influenciar essas novas gerações, imprimindo em seus corações o propósito de ser fiel a verdade em todas as circunstâncias e que se preciso for, viver fora de suas paixões ou tendências naturais pelo amor do evangelho.

O conselho bíblico continua sendo válido: 
"Crede no Senhor vosso Deus e estareis seguros, crede nos Seus profetas e prosperareis" (2 Crônicas 20:20).

Identidade em xeque

Vamos ouvir a ciência?


O psiquiatra César Vasconcellos de Souza, com larga experiência em consultório e autor de diversos artigos, observa que a literatura médica prevê um transtorno de identidade sexual na infância e adolescência, atualmente chamado de disforia de gênero. 

Vasconcellos explica que esse tipo de transtorno transitório tem suas raízes em fatores como insegurança ou algum tipo de forte sofrimento emocional, mas que não há qualquer base científica consistente para se afirmar que possui origem biológica ou genética. 
"O Transtorno de Identidade Sexual, classificado no Código Internacional de Doenças, não está relacionado à ideologia de gênero porque esta última não é uma teoria científica, mas uma ideia de um grupo de pessoas" (grifo acrescentado para efeito de ênfase)
reforça o especialista.

Conclusão

Jogando a pá de cal


A questão sobre esse tal gênero neutro, queridos leitores, não é e nem jamais foi incluir pessoas com opções sexuais diversas. Primeiramente, quem acredita que linguagem neutra é sinônimo de inclusão, aqui vai um aviso: Comunicar-se em um idioma inexistente exclui, antes de mais nada, quem tem bom senso.

O que esses movimentos sem o menor senso do ridículo querem é impor uma única coisa: CONTROLE! Sim, grafo em caixa alta, "gritando" para que aqueles que ainda estão dormindo, acordem!

Quem controla a fala, controle a forma de pensar e, portanto, de se comportar. Simples assim! Essa agenda esquerdista vai impondo coisas absurdas enquanto a mídia aplaude e as pessoas aceitam. Pense: alguém só pode controlar outra pessoa quando esta ACEITA ser controlada.

E é isso que está acontecendo de várias maneiras diferentes para que as pessoas simplesmente aceitem.

Já ouvi coisas do tipo (até de ditos "crentes"):
"O que é que tem de mais na 'nova linguagem'? Quem quer falar, fala, quem não quer, não fala".
Sabe de nada, inocente!

A esquerda não propõe, ela simplesmente impõe. Não existe isso de quem quer ou quem não quer, pois quem se recusar será fortemente atacado: Misógino, racista, homofóbico, reacionário, fundamentalista... e por aí vai.

Eu não aceito essa baboseira e aqui no meu blog não vai ter nada disso. Não troco artigos femininos por "e", nem por "x" e nem por "@", sabe por quê? Porque a ciência diz que só há dois gêneros, o restante é opção sexual. Ou a tão defendidado ciência só vale para impor quarentena e o uso máscara? 

Contra o coronavírus a ciência é a voz mestra, não vale ser negacionista, mas, em relação à biologia não? É isso mesmo? Vamos raciocinar enquanto é tempo. Agora, quem não quer racionar, problema, mas, aqui no meu blog quem manda sou eu: menino é menino e menina é menina

[Fonte: Gazeta do Povo, via ©2018 National Review. Publicado com permissão. Original em inglês. Tradução: Rafael Baltazar; Adventista.org]

A Deus toda glória.
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E nem 1% religioso.
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. A pandemia não passou, a guerra não acabou.

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