E chegou o carnaval. Milhões de pessoas já começam a lotar as cidades de todo Brasil, onde diversos blocos incendeiam os foliões de todas as idades e classes sociais, dando o tom característico do chamado "reinado de Momo". Mas, há exatos onze anos um trágico acontecimento marcou para sempre o Carnaval em uma pequena cidade do Sul de Minas Gerais. Você se lembra?
Acho difícil, já que nós temos por hábito nos esquecer rapidamente das coisas, até mesmo – ou seria principalmente? – daquelas que são ruins. Por exemplo, apesar de ser ainda bem recente, não duvido muito que daqui há alguns anos o crime do rompimento da barragem em Brumadinho cairá no esquecimento da maioria de nós, mesmo tendo sido um acontecimento sem precedentes e que deixou um trágico saldo de centenas de vítimas fatais e tendo 11 ainda desaparecidas. Nestes casos, só mesmo as pessoas diretamente envolvidas são as que não se esquecem desses acontecimentos trágicos.
Acho difícil, já que nós temos por hábito nos esquecer rapidamente das coisas, até mesmo – ou seria principalmente? – daquelas que são ruins. Por exemplo, apesar de ser ainda bem recente, não duvido muito que daqui há alguns anos o crime do rompimento da barragem em Brumadinho cairá no esquecimento da maioria de nós, mesmo tendo sido um acontecimento sem precedentes e que deixou um trágico saldo de centenas de vítimas fatais e tendo 11 ainda desaparecidas. Nestes casos, só mesmo as pessoas diretamente envolvidas são as que não se esquecem desses acontecimentos trágicos.
A tragédia
Pois bem, o ano era 2011, há exatos onze anos. Uma tragédia acabou com o pré-carnaval da cidade de Bandeira do Sul, no Sul de Minas, município a 440 quilômetros da capital Belo Horizonte, que de acordo com o último censo do IBGE, realizado em 2010, conta com 5.340 habitantes. O acidente aconteceu no dia 26 de fevereiro daquele ano e, além das mortes, pelo menos 60 pessoas ficaram feridas.
A festa era o tradicional "Carnaband", evento de pré-carnaval no município mineiro, que recebia turistas de diversas outras cidades e estados, mas que terminou em tragédia. Na ocasião, um cabo de alta tensão se partiu e atingiu um trio elétrico e foliões que estavam na rua, após o lançamento de serpentinas metálicas na rede elétrica culminando, assim, no rompimento de fios de alta tensão. O rompimento levou um fio energizado a cair no chão e atingir os foliões, durante o desfile de um trio elétrico do "Carnaband 2011", na tarde do domingo.
As vítimas
Várias versões e uma verdade
No balanço divulgado pelo Corpo de Bombeiros até por volta das 22h daquele dia, pelo menos 16 pessoas tinham morrido e 60 outras ficaram feridas. Testemunhas contaram que a fiação estourou depois de o trio elétrico bater em um poste. Outra versão diz que a rede elétrica teria se rompido depois de ser atingida por um rojão.
Dançarinos e foliões que estavam sobre o carro ficaram feridos e caíram em chamas de uma altura de pelo menos três metros. Os fios energizados ricochetearam no chão e atingiram quem brincava próximo ao carro de som, que circulava pela Praça Nossa Senhora Aparecida, no Centro da cidade.
"Vi muitas pessoas tendo convulsão, gente desmaiada e outras com o corpo em carne viva. Fui policial e tentei ajudar como pude, mas em alguns casos não havia mais o que fazer.
A cena era de guerra: mortos espalhados pelo chão e um monte de feridos. Outros corriam em desespero, chorando muito, passando mal. Não vi se o trio bateu no poste, mas ouvi dizer que soltaram um rojão que atingiu a fiação",
contou uma testemunha, que estava com a família na festa de carnaval antecipado.
O acidente ocorreu por volta das 18h – naquela época, ainda sob a vigência do hoje extinto Horário de Verão –, quando a banda Oba Oba se apresentava no alto do caminhão. Cerca de 5 mil pessoas seguiam o trio elétrico, que no terceiro dia de festa começou a tocar às 14h. No ano anterior, segundo a prefeitura, o evento reuniu mais de 8 mil pessoas.
Ainda de acordo com os sobreviventes, o socorro chegou rápido, mas não foi suficiente para atender a grande quantidade de feridos. Bombeiros dos municípios de Poços de Caldas e Campestre, cidades limítrofes, seguiram para o local com ambulâncias. Policiais militares de outras unidades também reforçaram as equipes de socorro, que levaram feridos para diversos hospitais da região.
"Só quem viu de perto a tragédia entende o horror que foi. Os corpos das vítimas estavam amontoados uns sobre outros, ainda soltando fumaça e em 'carne viva'.
Com o rompimento dos fios, a cidade ficou sem luz, sem sinal de celular e o hospital teve dificuldade em atender os feridos. Muitos precisaram ser levados para as cidades próximas.
O acidente aconteceu por volta das 18h e a praça ficou cheia até mais de 20h, com pessoas perambulando em pânico, à procura de notícias. ",
disseram as testemunhas e as autoridades.
Conclusão
Vídeo em homenagem às vítimas fatais da tragédia
A tragédia, que cancelou o Carnaval da cidade nos dois anos posteriores, ainda levou à proibição das vendas de serpentina metálica, após o lançamento de uma lei. Em 2012, a empresa Cemig – Companhia Energética de Minas Gerais – havia sido condenada pela Justiça a indenizar as famílias de 27 vítimas em R$ 255 mil cada. Entretanto, em 2014, o recurso da Cemig foi julgado em segunda instância e a empresa foi isentada de responsabilidade pelo acidente.
O inquérito sobre o acidente que matou as 16 pessoas foi concluído e entregue à Justiça. A polícia concluiu que a ocorrência foi de fato um acidente e que não poderia ter sido prevista. Não houve, portanto, indiciados. A Cemig apontou como causa do acidente uma serpentina metalizada, que foi jogada em um cabo transmissor de energia. O ramal entrou em curto, caiu no chão e atingiu o trio elétrico e as pessoas que estavam no local.
Segundo os peritos, o acidente não foi responsabilidade de ninguém e o inquérito foi arquivado no Fórum de Campestre, na Comarca de Bandeira do Sul. Até hoje o Ministério Público não decidiu se denunciará alguém pelo caso, mas dois outros laudos periciais de institutos paulistas confirmaram o que foi levantado pela polícia mineira. De acordo com os documentos, o sistema de proteção da rede elétrica, que desativa a energia dos fios, demorou cerca de dois segundos para desligar, tempo suficiente para a tragédia.
Quanto o Carnaval em Bandeira do Sul, dois anos após a tragédia, aos poucos foi voltando ao normal e hoje já é comemorado normalmente, como se nada tivesse acontecido, afinal, para os que ficaram, é vida que segue, né?
[Fonte: Estado de Minas, Último Segundo]
A Deus toda glória.
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E nem 1% religioso.
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