Os/as da minha geração, certamente já balançaram o esqueleto ao som do hit imortal 'Dancing Queen' (Amo! Amo! Amo!) - 1976 - ou já namorou ao som da balada mega romântica 'The Winner Takes It All' (Idem! Idem! Idem!)- 1980.
Um grupo, uma história
O ABBA em sua formação original (da direita para a esquerda): Benny, Frida, Agnetha e Björn |
Pois é, o ABBA, foi um quarteto sueco que teve seu ápice de sucesso na década de 1970.
Formado em Estolcomo por então dois casais, Benny Andersson, Anni-Frid "Frida", Lyngstad e Björn Ulvaeus e Agnetha Fältskog, teve atividade em exatamente uma década, especificamente dos anos 1972 a 1982, quando, infelizmente, encerrou.
ABBA é um acrônimo formado pelas iniciais dos nomes de cada integrante: Anni-Frida, Björn, Benny e Agnetha. A maneira inteligente que é escrito - e que se tornou a marca registrada do grupo - fazia a alusão de que em qualquer ângulo que se lesse teria um integrante como o principal, ou seja, nenhum era melhor que o outro e todos eram importantes.
O ABBA no auge do sucesso na década de 1970
O ABBA começou a cantar no início dos anos 1970, se separou em 1982 e nunca mais voltou a se apresentar desde então, mas vendeu cerca de 400 milhões de discos e ganhou fama duradoura.
Os integrantes do ABBA, hoje cada um com seu cada qual, foram vistos pela última vez em público juntos em 2008, disse o site de notícias thelocal.se.
Os quatro ex-membros do ABBA fizeram uma rara aparição conjunta na abertura de um restaurante de Estocolmo inspirado no filme e no musical "Mamma Mia!". Benny Andersson, Agnetha e Frida compareceram para a inauguração do estabelecimento em estilo de taverna grega do ex-colega de banda Björn.
No entanto, eles não cantaram, além de rejeitarem as sugestões de tocarem juntos novamente no futuro, com Andersson dizendo:
"Acredito que não".
O restaurante, onde músicos e atores interagem com garçons e convidados, tem seu conceito inspirado no filme e no musical "Mamma Mia!", mas Ulvaeus disse que
"é uma história completamente diferente."
O ABBA em 2005
Virou livro
O "ABBAmaníaco" Carl Magnus Palm lançou em 2008 a "bíblia" que narra a história dessa que foi sem qualquer sombra de dúvida uma das maiores bandas de pop-disco do mundo, "ABBA – A Biografia".
Lá mesmo, em Estocolmo, capital da Suécia, onde tudo começou, Agnetha, Benny, Björn e Frida eram esperados por uma multidão de fãs: os nomes do ABBA eram convidados ilustres na estreia do musical "Mamma Mia!" – nome de um dos grandes hits do grupo (em 1975) que deu título à peça e ao filme que foram sucesso de público e crítica no cinema em 2008.
Durante aquele 12 de fevereiro de 2005, inúmeros acontecimentos intrigaram Carl: o principal deles foi o distanciamento entre os ex-casais. Durante o evento, os quatro sentaram em locais diferentes do teatro e sequer posaram juntos em fotografias.
A partir daí o jornalista deixou seu lado fã de lado e iniciou a produção da biografia.
A obra não linear funciona como uma máquina do tempo: viajamos da infância à fase pós-ABBA com facilidade; tudo muito bem conectado, sem pontas soltas. O mérito disso fica por conta da narrativa fluente.
Com inserções de trechos do artista, o livro não exclui partes polêmicas da curta trajetória do grupo. Exemplo, o período de divórcio de Björn e Agnetha, que causou inúmeros momentos de estranheza nos bastidores. E que rendeu um dos maiores hits do ABBA, 'The Winner Takes It All' ('O Vencedor leva tudo', em livre tradução):
"Nossa separação era inevitável – éramos egocêntricos e precisávamos ficar separados".
O ABBA em 2005 |
A biografia contém poucas fotografias, apenas algumas no meio do livro que ilustram os 10 anos de sucesso da banda. O interessante dele fica por conta das curiosidades, inseridas no meio dos relatos:
- o ABBA na verdade era tido como um hobby para os integrantes, que já tinham trabalhos musicais paralelos;
- a música 'Dancing Queen' é considerada a melhor música pop já lançada (que é a melhor, eu não sei, mas que é ótima e inesquecível, é fato);
- o álbum "ABBA Gold" é um dos álbuns mais vendidos do mundo (mais detalhes abaixo).
2018?
Mas os fã do ABBA - dentre os quais eu me incluo - podem comemorar pois, conforme informações da revista Lux ontem (em 29 de outubro de 2016) o grupo vai voltar a reunir-se para uma "nova experiência digital" em 2018, mais de 30 anos após a sua última performance pública em conjunto.
Os membros da banda, reuniram-se com Simon Fuller, criador do "American Idol" (reality musical) e a Universal Music Group para a colaboração.
"Estamos explorando um novo mundo tecnológico, com Realidade Virtual e Inteligência Artificial na vanguarda, o que nos permitirá criar novas formas de entretenimento e conteúdo que nunca imaginamos antes",
disse Fuller em comunicado.
Sobre o álbum
A capa original da coletânea |
A coletânea "ABBA Gold" lançada em 1992 se tornou oficialmente o álbum mais vendido de todos os tempos na Grã-Bretanha.
A compilação que traz hits como a já mencionada e sempre lembrada 'Dancing Queen' (essa música é presença obrigatória em toda festinha temática referentes às décadas de 1970 e 1980) e 'Mamma Mia', voltou a ultrapassar o recente "21" de Adele que ficou no posto por alguns meses com suas impressionantes 3,5 milhões de cópias. "What's The Story Morning Glory" do Oasis agora está na terceira posição com suas 3,4 milhões de cópias.
A compilação que traz hits como a já mencionada e sempre lembrada 'Dancing Queen' (essa música é presença obrigatória em toda festinha temática referentes às décadas de 1970 e 1980) e 'Mamma Mia', voltou a ultrapassar o recente "21" de Adele que ficou no posto por alguns meses com suas impressionantes 3,5 milhões de cópias. "What's The Story Morning Glory" do Oasis agora está na terceira posição com suas 3,4 milhões de cópias.
Segunda capa especial, após o sucesso do lançamento original |
"ABBA Gold" foi o CD que ajudou a dar credibilidade para os suecos que, conforme anteriormente dito, apesar de terem vendido muito nos anos 70 sempre foi vítima de escárnio da crítica e dos fãs de "música séria".
Puro preconceito musical, tudo porque a música do ABBA sempre foi pop, mas bem pop mesmo.
Puro preconceito musical, tudo porque a música do ABBA sempre foi pop, mas bem pop mesmo.
O álbum foi fundamental para que esse julgamento mudasse, ainda que isso só tenha acontecido dez anos depois do fim do quarteto. Tanto que depois do sucesso do lançamento original, ganhou uma nova edição com outra capa (dourada) e a inserção de um DVD com os clipes das músicas do disco.
O disco - lançado nos formatos de fita K7, vinil e CD (tive os três) - revelou o talento dos compositores Benny Andersson e Björn Ulvaeus em criar intricadas composições que de simples só tinham a aparência.
O disco - lançado nos formatos de fita K7, vinil e CD (tive os três) - revelou o talento dos compositores Benny Andersson e Björn Ulvaeus em criar intricadas composições que de simples só tinham a aparência.
A contracapa da versão original do disco |
Desde então o sucesso do grupo só aumentou. O musical "Mamma Mia" se tornou um dos mais lucrativos de todos os tempos, mais e mais bandas e artistas se revelaram (e/ou confessaram) influenciados por eles e até no "Rock 'n' Roll Hall Of Fame" eles entraram - para desespero dos roqueiros mais radicais (aquele tipo que despreza qualquer coisa que não seja o tal "metal pesado").
Conclusão
Agora é só esperar o retorno(?) do ABBA em 2018, apesar de na minha opinião, eu no lugar deles, ficaria quietinho no meu canto apenas desfrutando da dignidade conquistada e colhendo os louros do legado deixado aos fãs e à música. Quanto ao 'ABBA Gold', se você ainda não ouviu e deseja conhecer o som do ABBA, assim como para você que já conhece e curti, fica a minha dica. Vida eterna ao ABBA!
A Deus toda glória.
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E nem 1% religioso.
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