Total de visualizações de página

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

DIRETO AO PONTO — AS MÍDIAS DIGITAIS E A ESTÚPIDA "CULTURA DO CANCELAMENTO"


Onde começam e terminam o dever e o direito?


Para o texto deste artigo, fui pesquisar sobre a visibilidade a um problema atual e que em tempos de pandemia tomou força por conta de o uso da internet ser maior.

A chamada "cultura do cancelamento" e os grupos que atacam na internet — os tais "haters" (palavra de origem inglesa e que significa "os que odeiam" ou "odiadores" na tradução literal para a língua portuguesa) — que são conhecidos por "fazerem justiça" com as próprias mãos, e tem como alvo pessoas que muitas das vezes são figuras públicas na internet e que por se expressarem mal ou por terem uma opinião contrária a maioria, vem a repercutir na internet e meios de comunicação em geral, e que por conta disso sofrem um tipo de "sanção" das pessoas que lhe seguem como uma forma de justiça social, sem ao menos serem operadores do direito ou serem pessoas competentes dentro do ordenamento jurídico para poder julgar tal comportamento.

Levando assim, o boicote de suas atividades pelo fato de as pessoas terem o alvo como cancelado trazendo complicações para a vida artística. O tema tem fortes características de ditadura, de totalitarismo, de absolutismo e de antidemocrático — paradoxalmente, o que os tais canceladores estão o tempo todo repudiando em seus discursos ideológicos —, fazendo da internet algo antipático.

Neste artigo abordo também a importância do devido processo legal (Art. 5º LVI, Constituição Federal) no tema da "cultura do cancelamento", e outras inconstitucionalidades de quem prática o ato traz.

"Terra dos sem leis?"


Com o fortalecimento das redes/mídias sociais/digitais e a crescente exposição ocorrida em seus terrenos, fortificaram-se os cruéis tribunais da internet que, muito longe de abrirem caminhos à discussão sadia de ideias diferentes, fez nascer a "cultura do cancelamento" que atinge artistas, empresas e até anônimos do ponto de vista do grande público.

Pensando exercerem o direito à liberdade de expressão, usuários de redes sociais abusam de suas garantias e excedem-se em suas condutas fazendo com que as redes sociais tenham se transformado em um campo tóxico e, por isso, saber dos seus limites é mais do que necessário para que sejam utilizadas de forma correta e coerente com o escopo para o qual foram criadas.

Há tempos a internet deixou de ser "terra de ninguém", mas o contexto social vivido nos dias atuais demonstra que as pessoas ainda acreditam estar escondidas atrás de telas eletrônicas, plenamente protegidas das consequências daquilo que propaga.

Mormente no ano de 2019, consolidou-se a chamada "cultura do cancelamento", que consiste no ato de incentivar pessoas a não apoiarem pessoas públicas ou não, bem como empresas, como resposta a um erro ou a uma conduta tida como reprovável pela sociedade (HONDA, SILVA, 2020).

São inúmeros os exemplos de celebridades "canceladas", o que se intensificou ainda mais pós-pandemia, com a quebra de isolamento social.

Caso Pugliesi


Os exemplos mais recentes e emblemáticos, são os ocorridos com a influenciadora digital, a tal de Gabriela Pugliesi, quando, durante o período de isolamento social, contra a disseminação do coronavírus, ela, após ter sido positivamente diagnosticada com a Covid-19, realizou festas com aglomeração de subcelebridades e ainda teve a imbecil ideia, num arroubo de ostentação, de postar as tais festas, em suas redes sociais. Com isso, a moça foi impiedosamente cancelada, perdendo milhões de seguidores e muitos dos seus patrocinadores.

Caso Carosella


O outro caso, foi da chef de cozinha Paola Carosella. A chef de cozinha e ex-jurada do reality gastronômico "MasterChef", foi "cancelada" na internet e até mesmo chamada de gordofóbica, por conta de algumas discussões que vinha travando com internautas. Tudo começou quando a chefe do restaurante Arturito fez um comentário sobre a indústria alimentícia. Ela criticou a rede KFC que anunciou o lançamento de um nugget impresso em 3D.
"Olha que linda sua comida do futuro. Parabéns aos envolvidos! Continuemos assim, que o futuro vai ter gosto de papelão molhado em cloroquina radioativa"
escreveu em uma rede social. Não demorou para muitos internautas começarem a discutir com ela. O motivo seria o nugget não ser um alimento que envolve sacrifício animal e ao meio ambiente.

A chef rebateu: 
"Me responde por favor. É feito de alimento ou de commodities? É feito por pessoas e suas famílias ou máquinas? Se é feito de commodities, como você acha que foi produzido? Com agroecologia ou monocultura fertilizada? Esse tipo de agricultura planta água? Você sabia que a água se planta?".
O argumento de Paola abriu precedente para outras discussões como o impacto da agricultura de monoculturas. A chef continuou a conversa com os seguidores defendendo a "comida de verdade, feita por pessoas" as quais, segundo ela, são "saudáveis e não nos deixam obesos e hipertensos".

Bastou para que os internautas colocassem a chefe como "gordofóbica". Vendo que a discussão não iria chegar a lugar algum, a chefe abandonou o debate no Twitter e alegou ter sido mal interpretada, reforçando mais uma vez o seu ponto de vista.

Justiça vesga


Entretanto, a cultura do cancelamento tem o condão de ultrapassar os limites da mera intenção corretiva, e enveredar pelos campos perigosos dos excessos que podem vir a ser punidos.

Vestindo togas de Magistrados, os usuários de redes sociais acreditam estar munidos do direito absoluto à liberdade de expressão, mas não percebem que ferem direitos inerentes ao alvo do ataque.

O direito à liberdade de expressão (Artigo 5º, Inciso IX) não é absoluto e, no mesmo sentido, é necessário que se ofereça proteção a 
"outros direitos fundamentais igualmente resguardados constitucionalmente" (CUSTÓDIO, 2020).
Importante que se note que nem sempre a atitude do "cancelado" é reprovável, mas sim divergente da opinião de outras pessoas.

Não há um debate saudável a respeito da possível divergência, transformando os ataques virtuais em verdadeiros linchamentos que propagam discursos de ódio e transformam-se em crimes de injúria ou difamação (HONDA, SILVA, 2020), bem como crimes de injúria racial, racismo, homofobia e intolerância religiosa, cuja ocorrência infelizmente é cada vez mais comum.

Os tribunais da internet abusam da liberdade de expressão, cometem crimes e ainda não respeitam os importantes princípios do contraditório e da ampla defesa.

As "condenações" são imediatas e isso 
"traz à tona certa intolerância e muita polarização, demonstrando assim que a sanção antecede a defesa" (HONRA, SILVA, 2020).
Diante de todos esses motivos e acontecimentos, hoje as redes sociais estão se tornando um terreno perigoso e que precisa, urgentemente, ser repensado.

Conclusão


Com a crescente propagação dos discursos de ódio, da intolerância e dos cancelamentos, as redes sociais não mais servem para incentivar a pluralidade de ideias, mas sim como verdadeiros júris onde, dificilmente, o alvo sai incólume.

Entretanto, aquele que cancela, confia no anonimato e se esquece que determinadas atitudes configuram-se em crimes contra a honra, injúria racial, racismo, homofobia e intolerância religiosa e muitas outras condutas tipificadas pelo Direito Penal.

A liberdade de expressão termina no momento em que se invade a seara de direitos do próximo e, a partir disso, adentra-se em senda perigosa e que, ainda hoje, é ignorada, mas que não mais foge aos olhos da justiça.

[Fonte: OAB por Rafaela Paes de Campos – Advogada. Graduada em Direito pelo Centro Universitário Eurípides de Marília. Pós-Graduanda em Direito Penal pelo Instituto Damásio de Direito; Referências Bibliográficas CUSTÓDIO, Roberto Montanari. Os limites da liberdade de expressão: uma coisa é censura, outra é responsabilização. Disponível: http://www.justificando.com/2019/05/03/os-limites-da-liberdade-de-expressao-censura-e-responsabilizacao/. Acesso em: 22 de setembro de 2020. HONDA, Erica Marie Viterita, SILVA, Thays Bertoncini. O "Tribunal da Internet" e os efeitos da cultura do cancelamento. Disponível em: https://www.migalhas.com.br/depeso/331363/o-tribunal-da-internet-e-os-efeitos-da-cultura-do-cancelamento. Acesso em: 22 de setembro de 2020]

A Deus toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
E nem 1% religioso.
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. Não confuda avanço na vacinação e flexibilização com o fim da pandemia

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

TODA MÚSICA GOSPEL É UMA MÚSICA SACRA? TODA MÚSICA SACRA É UMA MÚSICA DE CULTO?


Embora possa parecer, não é nada simples de se responder às perguntas com as quais dou título a este artigo, isto porque, para a resposta com um mínimo de coesão, é de fundamental importância que conheçamos ao certo os significados que distinguem os respectivos termos. 

Meu intuito com este texto não é em absoluto fazer julgamentos ou impor sentenças sobre o tipo de música da preferência dos meus leitores, isto porque, tal preferência é de cunho pessoal, onde cada um faz a sua em consonância com a tranquilidade de sua conciência, não cabendo a mim, portanto, fazer juizo de valores sobre ela. 

O que proponho aqui, é de forma bem resumida e sem embasamento técnico, isto porque eu não sou músico, fazer um realise de perguntas e respostas sobre algumas dúvidas que acredito ser normais senão a todos, à maioria de nós. Então, vamos lá?

O que significa a palavra "gospel"?


A maioria dos estudiosos de música, dizem que a palavra "gospel" é da língua inglesa e significa "evangelho". No Brasil gospel e evangélico são sinônimos, sendo um deles aplicado em inglês e outro em português, mas por conta da enorme influência que a língua inglesa exerce no Brasil e no mundo é comum que palavras em inglês entrem para o vocabulário brasileiro.

Qual a diferença da música evangélica para outros tipos de músicas?


Em termos de ritmo não há muita diferença, pois é possível encontrar na música gospel ritmos que são encontrados em outros tipos de músicas. A grande diferença talvez sejam as letras das composições e o propósito, já que este tipo de música tem ou deveria ter como principal finalidade o louvor e a adoração a Deus e não o mercado fonográfico como ocorre com as músicas seculares.

O que é o canto congregacional?


Ocorre quando as pessoas que estão em uma igreja ou reunião qualquer cantam todos juntos. Este tipo de canto é bastante comum, inclusive em igrejas mais tradicionais, especialmente por aquelas que ainda preservam a tradição de usar um hinário.
  • Veja um exemplo de um canto congregacional: 'Não Há Deus Maior', da Comunidade de Nilópolis.

O que são cantores de igreja?


Cantores de igrejas são pessoas que embora sejam bom cantor, tenha até disco gravado, mas seu foco é cantar nas igrejas durante os cultos apenas. São normamente chamados de ministros de louvor, uma vez que, em suma, não consideram a prática especificamente como uma carreira artística profissional, mas sim como um chamado ao exercício ministerial no âmbito eclesiástico. Alguns cantores mais tradicionais ainda seguem esta linha. 

Música do campo evangélica, existe?


Existe. Como já foi explicado acima, a música evangélica ou cristã não está presa a um estilo musical e portanto o estilo música do campo ou, como diz a maioria, música evangelística. 
  • Como exemplo, podemos citar a canção: 'O Mover do Espírito', do Armando Filho (no vídeo, interpretada pela banda Quatro Por Um).

Voz e violão e a boa música


Infelizmente, este estilo de música não é muito valorizado por muito de nós. Muitas vezes, associamos a boa música à efusão de muitos instrumentos. Entretanto, existem várias músicas evangélicas interpretadas desta forma. 
  • Um bom exemplo são as músicas do cantor Marcos Almeida, ex-vocalista da extinta banda Palavrantiga, como pode ser visto aqui: 'Vem Me Socorrer', Marcos Almeida (Essa música, inclusive, fez parte do primeiro álbum do Palavrantiga, "Esperar é Caminhar", de 2010. Ouça aqui e veja a diferença das versões.). 
A música "desplugada", ou seja, em versão acústica, é, na minha opinião, muito propícia tanto para reunião de culto congregacional coletivo, como para ministrações evangelísticas, uma vez que ela valoriza bem mais a letra do que a especificamente a melodia.

Música cristã instrumental


Este é outro tipo de música que não é muito valorizado por muitos de nós. Pensamos que para haver louvor e adoração, se faz necessário a existência de uma letra, de uma composição, mas, isso é um grande equívoco. 

Existe sim belíssimos hinos de louvor e adoração que não precisam em absoluto de uma letra para cumprir o objetivo a que se propõem. 
  • Como exemplo, posso citar: 'Ele é Exaltado (He is Exalted)', lindíssima canção que aqui no Brasil ficou conhecida na voz de Adhemar de Campos, interpretada pelo piano de Raul Márcio. O arranjo ficou primoroso, lindo e majestoso, tanto que é capaz de ultrapassar qualquer capacidade verbal e vocal.

Quais os tipos e ritmos de música gospel?


Como explicado acima, em termos de ritmo é possível encontrar praticamente quase todos os ritmos, mas há algumas peculiaridades onde é possível encontrar alguns tipos mais comuns. Dentre eles temos:
  • Triunfalista — São músicas que exaltam muito o triunfo do cristão sobre o mundo. Esse tipo tem o seu valor, mas quando levado ao extremo passa a ser questionável. Exemplo: a famigerada 'Agora é só Vitória', da cantora pentecostal Damares.
  • Militarista — Muitos podem não perceber, mas existe uma infinidade de músicas ou hinos em estilo militar, claro que adaptados à luta ou guerra que o cristão vive. Diversos hinos da Harpa Cristã seguem este estilo. Exemplo: 'Os Guerreiros se Prepararam', aqui interpretada pelo grupo Renascer Praise.
  • Louvorzão — O termo ficou inclusive um pouco banalizado, mas é um estilo de música entoado pelos principais artistas e bandas gospel, acompanhado pela plateia. É comum em muitas igrejas ou mesmo em shows gospel. Cito como exemplo aqui: 'A Vitória da Cruz', do grupo Diante do Trono.
  • Rock gospel — Existem muitas bandas de rock cristão. E, ainda hoje, o estilo é controverso e encontra muita resistência, especialmente entre os cristãos mais tradicionais. Como exemplo, eu cito aqui 'Te Escolhi', da banda Oficina G3.
  • Funk, Rap e outros — Sim, existe. Não sei falar muito sobre isso e como contextualizar isto na música cristã. Os apoiadores desses estilos alegam que é útil para evangelizar as pessoas que curtem este estilo de vida, mas acredito ser totalmente desaconselhável. Como exemplo, cito aqui 'Último Dia', interpretada por Pregador Luo, Apc 16 e Templo Soul.
  • Comum — Mas talvez o estilo mais popular seja o comum, ou seja, é a música evangélica cantada por todos e com o objetivo de louvar/adorar a Deus. Não tem um ritmo predominante ou pode ser classificado como estilo próprio. Geralmente ela é lenta, calma e nos leva a reflexão. Para este estilo eu cito como exemplo a canção 'Aclame ao Senhor (Shout The Lord)', aqui, interpretada magistralmente por Nívea Soares.

O que é música sacra?


Música sacra é o tipo de música criada e usada especificamente para o louvor/adoração a Deus. Ela não está presa a um estilo musical, ritmo ou ainda não está presa a grupos específicos. 

São letras escritas de acordo com os ensinos da Bíblia e que expressam a gratidão a Deus ou exaltam a grandeza de Deus, o sacrifício de Jesus Cristo, a obra do Espírito Santo ou de maneira geral enaltece tudo aquilo que é bom, justo e que agrada a Deus.
  • Veja um bom exemplo: 'Grande é o Senhor (Great Are You Lord)', aqui, uma das melhores interpretações, na minha opinião, feita por Carlinhos Felix, que, inclusive, foi integrante da banda que foi uma das precursoras do rock cristão, a icônica banda Rebanhão.

É possível separar na música o sacro do profano?


Esta é uma pergunta difícil de responder e possivelmente a resposta não seja um consenso. Geralmente os cristãos sempre tentam separar sim e até certo ponto todos concordam com isso. 

O mais difícil aqui é definir o que é sacro e o que é profano. Basicamente costumo separar a música em três categorias e não em duas. Sendo:
  • Sacra — É a música conforme expliquei na pergunta anterior.
  • Secular — É a música que muitos não atribuiriam a ela o caráter sacro ou evangélica, mas o que ela expressa não fere os princípios bíblicos. Pode ser uma música sertaneja, popular, um hino nacionalista, infantil, entre outras.
  • Profana — É o tipo de música que de alguma forma enaltece o mal, a mentira, a traição, a vida desregrada, o egocentrismo (item, inclusive, muito presente em várias músicas gospel, que fazem parte do hinário no culto coletivo de muitas igrejas) ou faz qualquer tipo de afronta a Deus ou tudo aquilo que a Bíblia nos apresenta como sagrado.

O que são grupos de louvores?


São compostos por várias pessoas com habilidades musicais diferentes, como cantores e instrumentistas variados, os chamados "ministérios de louvor". Em muitas igrejas eles são responsáveis pela parte musical do culto cristão, já em outras congregações eles atuam em parte apenas, ficando a outra parte para o canto congregacional, variando isso no contexto litúrgico das distintas vertentes cristãs.
  • Veja um exemplo: 'Rompendo em Fé', do Ministério Internacional da Zona Sul.

O que é louvor?


Louvor não está restrito à música, mas é através da forma musical que muitos expressam seu louvor. O termo pode ser entendido como fazer apologia a algo ou a alguém, falar bem, elogiar, glorificar, entre outras definições. Isto pode ser feito verbalmente, falado ou cantado, ou mesmo através de nossas ações.

Qual a diferença entre hino e música?


São sinônimos? Acho que sim, pelo menos não consigo ver uma diferença clara entre um termo e outro. Talvez a diferença esteja no tempo, pois antigamente parece que era mais comum usar o termo hino e hoje é mais comum usar música.

Na verdade existe diferença entre uma coisa e outra, pois o hino está mais associado a um estilo musical, como podemos perceber muito bem nos hinos nacionalistas, como o 'Hino Nacional Brasileiro' (aqui interpretado por Fafá de Belém), 'Hino da Bandeira', entre outros, ou mesmos nos hinos dos times de futebol, por exemplo. Já a música é geral e compreende todos os estilos.

Quando digo não perceber muita diferença, me refiro à música evangélica, já que muitos hinos do passado, hoje são chamados apenas de música.

Quais os principais hinários?

  • Harpa Cristã, popular nas Assembleias de Deus;
  • Cantor Cristão, popular nas igrejas Batistas, salvo engano, hoje é usado apenas nas igrejas mais tradicionais;
  • Hinário da CCB, da Congregação Cristã no Brasil — nesse grupo, não se canta outro tipo de música, senão os oficiais em seu hinário;
  • Hinário Adventista, usado nas Igrejas Adventista do Sétimo Dia;
  • Hinário Luterano, popular nas igrejas Luteranas;
Entre outros.

Os hinos dos hinários são diferentes ou iguais?


Boa parte é distinta, mas há várias composições que podem ser encontradas em hinários diferentes. Como exemplo os seguintes hinos constam tanto no Cantor Cristão, como na Harpa Cristã, vou citar aqui alguns exemplos:
  • 'Manso e suave' (CC: 222 / HC: 568) — aqui, interpretada por Fernanda Lara;
  • 'Sossegai' (CC: 328 / HC: 578) — aqui, interpretado por Cassiane;
  • 'Vencendo vem Jesus' (CC: 112 / HC: 525) — aqui, interpretado pelo grupo Louvor Congregacional;
Entre outros.

Quais os principais cantores evangélicos no Brasil?


Muitos são conhecidos e dentre eles podemos destacar alguns, como: Fernandinho, Aline Barros, Cassiane, Fernanda Brum, Ana Paula Valadão, André Valadão, Paulo César Baruk, Leonardo Gonçalves, Marcos Almeida, Heloisa Rosa, Cristina Mel, Renascer Praise, Adhemar de Campos, Ludmila Ferber (in memoriam — ☆1965/✞2022), Cassiane, Asaph Borba, Gabriela Rocha, Vitorino Silva, Luiz de Carvalho (in memoriam — ☆1925/✞2015), Sérgio Lopes, Alda Célia, Soraya Morais, Eyshila, entre tantos outros.

E no exterior?


Lá fora a música evangélica é bastante expressiva, inclusive influencia muito o que se faz aqui no Brasil. Entre os principais cantores ou bandas gospel, temos: Kari Jobe, Amy Grant, Hillsong, Michael W. Smith, Darlene Zschech,  Marcos Witt, Kirk Franklin, Jeremmy Camp, Jesus Culture, Bethel Music, entre outros. Veja um exemplo da Kari Jobe: 'Let The Night In'.

Há no cenário internacional cantores famosos que mesclaram musica secular e gospel, como é o caso do Elvis Presley (in memorian — ☆1935/✞1977), como pode ser visto aqui: 'He Touched Me'.

Quais as críticas à música e artistas evangélicos?


Existem muitas, mas muitas críticas ao estilo gospel. Algumas dessas críticas são plausíveis, outras refletem apenas a necessidade de criticar, algo muito comum no meio evangélico. 

Entre as que julgo ser válidas, existe a crítica ao mercado que se formou, onde o louvor é substituído pelo ganho financeiro e popularidade apenas. Também, em muitos casos as letras são pobres e por que não dizer até estranhas para o estilo de música sacra. 

Ritmos extravagantes como funk, rap e rock pesado também são alvos de críticas e neste caso entendo não ser especificamente compatível com o gênero cristão.

As músicas evangélicas antigas são melhores que as atuais?


Isto está relacionado com a pergunta anterior, pois muitos alegam que a música gospel atual foi banalizada e portanto as músicas antigas são melhores por não ter esta banalização. 

Isto é verdadeiro em partes, mas é preciso levar em conta que nem tudo foi banalizado e há boas músicas sendo produzidas atualmente. Aqui entra a difícil tarefa, que muitos não gostam de fazer, de separar o joio do trigo.
  • Veja um exemplo de música evangélica antiga: 'Autor da Minha Fé', essa maravilhosa canção é de autoria de Paulo Cézar, tendo sido gravada originalmente pelo Grupo Logos, do qual ele era o vocalista e líder, no álbum homônimo, lançado em 1993. Essa canção já foi interpretada por inúmeros outros cantores, grupos e bandas da música evangélica. Aqui, eu escolhi a versão do Carlinhos Felix, que é a minha preferida.
  • E aqui, um exemplo de uma música evangélica atual e que julgo de boa qualidade: 'Aquieta a Minh'Alma', Ministério Zoe.
  • Dentre os exemplos que considero despresíveis está a horrorosa, sob todos os aspectos imagináveis 'Sabor de Mel', também da musa pentecostal Damares.

Existe música evangélica infantil?


Sim. Existem muitas e também muitas cantoras que produzem e interpretam músicas para crianças seguindo o estilo gospel ou cristão. Cristina Mel, Aline Barros, Ana Paula Valadão — as mais conhecidas —, entre outras já fizeram música para o público infantil. Veja aqui o exemplo: 'Homenzinho Torto', Aline Barros.

Qual é a música gospel mais famosa?


Existem várias que são muito conhecidas e cantadas em vários lugares. Como exemplo temos: 'Grandioso és Tu' — aqui, interpretada por Fernandinho, 'Tú Es Fiel, Senhor' — aqui, interpretada pela Família Nascimento, entre outras. 

Mas talvez a música mais conhecida e cantada seja mesmo 'Amazing Grace' (aqui, interpretada pelo tenor italiano Andrea Bocelli) ou 'Graça Maravilhosa' (aqui, interpretada pelo grupo Voz da Verdade). 

O importante é a letra, ritmo ou o que vale mesmo é o coração?


Tudo é importante. A letra precisa refletir a adoração a Deus, o ritmo precisa tocar nossa alma e não nos ofender e nosso coração precisa ser sincero. A música como louvor é uma grande obra e certamente agrada a Deus, desde que tudo seja feito para Deus.

Existe música judaica que fala de Jesus Cristo?


Sim, existe. Aliás, algumas delas são belíssimas. Existe inclusive algumas rádios que tocam músicas messiânicas. Para quem gosta de boa música, há uma canção hebraica que é na verdade nacionalista, mas é muito bonita e conhecida mundo a fora. 

Ela se chama: 'Yerushalaym Shel Zahav (Jerusalém de Ouro)', aqui, interpretada por Ofra Haza. O cantor Sérgio Lopes, também fez uma versão maravilhosa, com o título de 'Jerusalém'. Composta em 1967 por Naomi Shemer, a música descreve o anseio, por dois mil anos, do povo judeu em voltar para Jerusalém.

Conclusão

Minhas consideração finais e pessoais


Diante destas indagações acima, chegamos a conclusão, que em termos de profanação até mesmo a música dita "sacra", pode ser profana se aquele que faz uso dela não tiver como objetivo real e supremo de adorar a Deus, de promover e enaltecer o Reino de Deus.

Concluímos que uma música evangélica, também pode ser tanto secular quanto profana hoje em dia e ao mesmo tempo ser chamada de evangélica, quando na verdade não é. Pois hoje dá se este título de música gospel a qualquer canto, desde que as pessoas que o executam, se digam cantores evangélicos.

O verdadeiro adorador, disse Jesus, adora ao Pai em espírito e em verdade (João 4:23). Então, quando o seu cântico é verdadeiro e guiado pelo Espírito Santo; quando não tem conteúdo profano (heresias, distorções na Palavra de Deus, mensagens estranhas ao meio cristão e estranhas à teologia bíblica) e quando a sua vida não é profana e o seu propósito ao cantar não é profano. Então neste momento a sua música é uma adoração.


A Deus toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
E nem 1% religioso.
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. Não confuda avanço na vacinação e flexibilização com o fim da pandemia

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

ACONTECIMENTOS — OS 50 ANOS DO MASSACRE EM MUNIQUE

As Olimpíadas de 1972, realizadas em Munique, na Alemanha, foram marcadas pelo massacre de 11 membros da equipe de Israel, mortos por terroristas palestinos, que formavam o grupo Black September (Setembro negro, em tradução livre).

Neste capítulo da série especial de artigos Acontecimentos, relembre massacre chocou o mundo e foi mais um episódio no conflito entre israelenses e palestinos. Relembre o episódio que, há quase cinco décadas depois, ainda é exemplo da intolerância e violência. 

O terrorismo e seus tentáculos mortais


Na imagem, a comissão de Israel se apresenta no Estádio
Olímpico durante a cerimônia de abertura
dos Jogos Olímpios de 72
No dia 5 de setembro de 1972, o mundo ficou chocado pela tragédia que deixou cerca de 17 mortos. O massacre de Munique foi um atentado terrorista realizado pela OLP (Organização para a Libertação da Palestina) durante as Olimpíadas na Alemanha Ocidental. 

Um grupo de 8 terroristas treinados na Líbia e no Líbano identificados como fedayins (guerrilheiros nacionalistas palestinos), Luttif Afif, Yusuf Nazzal, Afif Ahmed Hamid, Khalid Jamal, Ahmed Chic Thaa, Mohammed Safady, Adnan Al-Gashey e Jamal Al-Gashey invadiram a vila olímpica facilmente. Isso ocorreu devido a fraca segurança durante os jogos. 

A Alemanha tinha um grande demônio que atormentava a todos, o terceiro Reich, que nos Jogos Olímpicos de 1936 mostrou uma Alemanha completamente militarizada e reerguida, ainda assombrava os alemães então o país não deu muita importância para a segurança, pois isso mostraria uma Alemanha menos militarizada e o fim de seu passado vergonhoso e escuro. 

O ataque havia sido arquitetado pelos terroristas tempos antes. De acordo com testemunhas, dois dos terroristas já haviam trabalhado na vila olímpica, então tinham pleno conhecimento do local o que facilitou o acesso às vítimas. Foram feitos reféns seis treinadores e cinco atletas, todos israelenses sendo que um dos atletas era um veterano da Guerra dos Seis Dias, conflito em que Israel travou com os países árabes

O plano terrorista


Em uma das imagens mais famosas do episódio,
um dos palestinos responsáveis pelo sequestro aparece
com um capuz na sacada do prédio onde os israelenses
eram mantidos como reféns.
Os terroristas exigiam a libertação de 234 presos palestinos em Israel e dois alemães, Andreas Baader e Ulrike Meinhof que faziam parte da Fração do Exército Vermelho (guerrilha alemã de extrema-esquerda). 

Após várias negociações com a polícia alemã os terroristas mudaram suas exigências, pedindo dois helicópteros para transportar todos os reféns e um avião. 

Como afirmamos, a Alemanha estava despreparada para situações deste tipo portanto a sua polícia estava mal equipada contra os rifles AK-47, pistolas Tokarev e granadas dos terroristas, entretanto uma emboscada arquitetada pelo serviço de inteligência alemão, o que era totalmente arriscado. 

Assim que o líder do grupo Luttif Afif e Yusuf Nazzal foram inspecionar o avião, viram que não haviam tripulantes, isso gerou desconfiança. Quando saíram do avião, os terroristas foram alvejados pelos atiradores de elite. Entretanto, não ocorreu baixas entre os terroristas. 

Deste modo os mesmos retornaram para os helicópteros onde se encontravam os reféns e os executaram. Durante a troca de tiros cinco terroristas e um policial alemão morreram. Jamal Al-Gashey, Mohammed Safady e Adnan Al-Gashey decidiram se entregar. 

Legado sangrento


Na imagem, policiais alemães, armados com metralhadoras e
vestidos com trajes esportivos, fazem guarda no telhado do
prédio onde o grupo mantinha os reféns
Diante do ocorrido houve a suspensão imediata dos jogos. O atentado terrorista serviu como missão para que os países de forma geral melhorassem suas medidas anti-terror. 

Para a Alemanha, foi criado uma unidade contra terrorista, GSG 9, que futuramente se tornou um exemplo de combate contra o terrorismo e as demais nações passaram a estudar mais sobre esses incidentes com a finalidade de se prevenir que uma situação deste tipo não ocorra novamente. 

No entanto, dois meses depois terroristas palestinos sequestraram o voo 615 da Lufthansa. Os palestinos exigiram a libertação dos terroristas presos no Massacre de Munique e foram atendidos pelo governo alemão mesmo com pressão e desaprovação do governo israelita. 

Após o evento que ganhou uma certa fama internacionalmente pois a Palestina estava sob comando de Israel, os terroristas retornaram para Líbia onde foram recebidos como heróis. 

Mas a fama pois a Mossad, o serviço secreto de Israel, na operação "Cólera de Deus" os perseguiram sendo que dois foram assassinados e o terceiro morreu em 2010 na capital da Síria, Damasco por complicações de saúde.

Na memória...


O chefe da polícia de Munique, Manfred Schreiber —
o primeiro homem à esquerda — e o Ministro do Interior
da Alemanha Ocidental, Hans-Dietrich Genscher,
participam das negociações.
O triste episódio da história esportiva ainda entristece Luiz Cláudio Menon, ex jogador de basquetebol,  quase 50 anos depois. Ele foi o porta-bandeira da delegação brasileira nos Jogos de Munique. 
"Essa Olimpíada me traz uma ambiguidade de sentimentos. Fui indicado para ser o porta-bandeira, uma honraria rara, para poucos atletas, e conseguir isso foi uma emoção muito grande para mim. Mas poucos dias depois houve aquele atentado que tirou o brilho da Olimpíada", 
explicou.

Na época, o drama foi enorme porque a polícia alemã não divulgava detalhes do que aconteceu. 
"Evidentemente que não foi só para nós da delegação brasileira esse temor, todos os atletas sentiram muito aquela manifestação terrorista contra atletas judeus, que foram assassinatos"
disse. 
Cinco dos reféns israelenses podem ser vistos na imagem acima:
na faixa de cima, da esquerda para a direita, Joseph Romano,
levantador de peso, Amitzur Shapira, técnico dos atletas, 
David Berger, também levantador de peso. Na faixa de baixo,
à esquerda, Andre Spitzer, treinador de esgrima, e Kehat Shorr, 
treinador de tiro ao alvo. Segundo a polícia,
Romano foi o segundo a ser morto pelos palestinos
No total, 17 pessoas foram mortas, incluindo judeus, palestinos e até um policial alemão.

Diferentemente de hoje em dia, naquela época os Jogos Olímpicos não tinham uma preocupação grande com segurança. 

Os terroristas então pularam os muros do alojamento dos atletas e quem viu não se deu conta de que era uma ação orquestrada para espalhar terror. 

Outro detalhe é que a segurança no interior da Vila Olímpica não era armada.

Dentro do alojamento, os terroristas usavam uniforme da delegação israelense e traziam nas mochilas granadas e fuzis Kalashnikov. Conseguiram chegar no local onde estava parte da delegação de Israel e mataram dois atletas, fazendo outros de reféns. 

A partir daí, começou uma longa negociação e o pedido de libertação de prisioneiros teria de ser atendido até às 9 horas da manhã caso contrário os reféns seriam mortos.

Conclusão


Na foto acima, um atleta chinês é flagrado caindo
após pular da janela de seu quarto,
na tentativa de fugir do local.
Tudo isso acabou com o clima festivo dos Jogos de Munique. 
"A morte de vários atletas judeus deixou a gente muito aborrecido. A alegria foi substituída pela tristeza", 
contou. 

Menon lembra que o impacto chegou até no time de basquete, que era candidato à medalha. 
"Todos nós ficamos muito aborrecidos e nos ajudamos na tentativa de resolver aquela situação de angústia e tristeza. 
A equipe não estava bem em termos de relacionamento e esse fato talvez tenha ajudado um pouco na união do grupo. Tínhamos chance de medalha, mas os resultados foram pífios. 
Claro que, com esse episódio, as coisas se agravaram e não foi suficiente para ir ao pódio".
Na época dos Jogos de Munique, Menon estava no segundo ano de residência em medicina. Por causa disso, não pôde viajar junto com a delegação brasileira e teve de ir para a Alemanha um pouco depois. 

Chegando lá, um carro com motorista esperava por ele e passaram o recado que o major Sylvio de Magalhães Padilha, chefe da delegação e presidente do COB (Comitê Olímpico do Brasil) na época, queria falar com ele.
Dias após a morte dos israelenses,
a polícia alemã divulgou fotos dos homens 
que teriam sido os responsáveis pelo sequestro
"Cheguei lá e ele me disse que eu tinha sido escolhido por unanimidade para ser o porta-bandeira da equipe. 
E me falou algo que nunca esqueci: que eu tinha sido escolhido não apenas pelo que eu representava como atleta, mas porque eu sabia exatamente o que estava carregando. 
Conto essa história e me arrepio só de lembrar. Fiquei atônito e agradeci pela honra de ser o porta-bandeira"
revelou.

Menon explica que a Olimpíada de Munique foi a primeira com televisionamento ao vivo. Então sua família ficou feliz em vê-lo como porta-bandeira, mas depois preocupada com os ataques terroristas. 
"A alegria foi substituída pela tristeza".

Sem dúvida alguma, esse terrível acontecimento que manchou de sangue a história do esporte olímpico, não pode em hipótese alguma ser mais um a cair no esquecimento. 

[Fonte: IstoÉ; "Terrorismo Olímpico: Implicações para o Sistema de Inteligência do Brasil", por Marcelo dos Santos Fernandes Júnior, Nicholas Antunes de Andrade, Pedro Gustavo Marques de Morais, Raffaella de Oliveira Gomes da Silva e Thaís de Oliveira Nascimento]

A Deus toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
E nem 1% religioso.
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. Não confuda avanço na vacinação e flexibilização com o fim da pandemia.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

A VIRTUOSIDADE FEMININA, É UM PRINCÍPIO ULTRAPASSADO?

"Mulher virtuosa quem a achará? O seu valor muito excede ao de rubis" (Provérbios 31:10).
O capítulo de Provérbios 31 uma bela exposição sobre as características da mulher virtuosa. A mãe do rei Lemuel a descreveu como mais valiosa que o rubis, além de ser rara. Não é fácil encontrá-la.

Sua fidelidade ao casamento e a seus filhos é notada. Ela inspira confiança tanto nele, quanto nos filhos. Não é uma mulher vadia, ela é fiel. Além disso, ela o encoraja todos os dias, em seus lábios não estão as palavras de desânimo, apenas as de ânimo, isso de maneira constante.

Entendendo o contexto divino de virtuosidade


No dicionário da língua portuguesa, a palavra virtuoso é definida como repleto de virtudes (boas caracteristicas morais), honrado, honesto, que expressa boa conduta, em conformidade com o correto, cheio de ânimo e de boa vontade, esforçado, que alcança o propósito esperado e eficaz.

Abíblia também descreve esse atributo, que é direcionado às mulheres, em Provérbios 31:10-31, que destaca que a mulher virtuosa é uma pessoa de muito valor, com boas atitudes e rara.

Quando uma mulher se depara com essa descrição — cheia de adjetivos —, parece que jamais vai alcançá-la, mas não é por acaso que ela é pauta do Texto Sagrado e foi deixada como exemplo pelo Próprio Deus.

O papel da mulher

Feminismo X O princípio de Deus


Deus planejou a mulher de forma que ela, mesmo se mantendo fiel ao PRINCÍPIO DIVINO DA SUBMISSÃO (caso alguma de minhas ilustres e respeitosas leitoras não concorde, sinta-se a vontade para questionar com Deus), ser bem-sucedida nessa tarefa de ser virtuosa. Para isso, é imprescindível que ela se mantenha sábia, só assim que ela irá se tornar virtuosa, mantendo o temor a Deus, que se reflitirá no temor a Ele.

Em Provérbios, a mulher virtuosa é descrita como digna de confiança, sábia, bondosa, caprichosa, prendada, não preguiçosa e com capacidade de liderança. Esse é o tipo de mulher que Deus espera das suas servas: espiritual, que dependa dEle, que faça tudo em harmonia e com o coração voltado em agradar a Deus. Então, em tudo ela será bem-sucedida.

A mulher virtuosa, é, portanto, admirada por todos ao seu redor porque ela procura agir com temor, respeitando o seu marido e auxiliando sua família (no caso dela ser casada).

Infelizmente, por causa dos conceitos feministas que têm sido infiltrado nas fileiras evangélicas, muitas são as mulheres que não têm dado atenção a esse atributo porque estão preocupadas em disputar o espaço com os homens — é o tal do "empoderamento".

A força não é para a mulher, então o seu louvor deve estar em fazer o seu papel de administrar o lar e sua família com sabedoria, providenciando tudo o que é preciso. E essa saberdoria vem dos ensinamentos de Deus, ouvindo a Sua Voz e seguindo a Sua Palavra.

Porque não é fácil ser uma mulher virtuosa?


Família, trabalho, ministério. Cuidados dos velhos e novos tempos na vida de qualquer mulher. Com os desafios do mundo moderno, estes cuidados podem se tornar inconciliáveis, perante a cobrança que a própria mulher se faz. 

Porém, pela misericórdia e Graça de Deus e à luz de Tua Palavra, e da fé, as mulheres podem ser e se reconhecer como mulheres virtuosas, vitoriosas em Jesus, também nos dias de hoje.

Como vimos anteriormente, a mulher virtuosa deve ser sábia, edificar a sua casa, administrar seus afazeres, zelar por tudo ao seu redor. Mas, o que é ser uma mulher virtuosa nos novos tempos? Quando o termo mulher virtuosa vem à sua mente, o que você pensa a respeito do seu comportamento? Mesmo vivendo na era da informação, é possível às mulheres terem a virtude do Senhor em suas vidas?

Meditando em  Provérbios 31, pode-se obter algumas respostas do Senhor e também relacionar as peculiaridades citadas. Primeiramente, a virtude que o Senhor atribui, tem o significado de força, integridade e qualidade. 

O ditado popular diz:
"Por trás de um grande homem, há sempre uma grande mulher". 
Mas, a palavra de Deus respalda que devemos estar ao lado, já que Eva, foi criada a partir da costela de Adão, e não da cabeça, para que esteja acima ou dos pés para que esteja abaixo.

Conclusão


À mulher, Deus reservou o papel de auxiliadora, de progenitora, de amor pleno ao marido, honestidade, sobriedade e fidelidade em tudo. Isso, em nenhuma hipótese é algo que diminui e/ou deprecia à mulher. Sua importância no contexto social, profissional, ministerial e familiar é inquestionável, indescutível. 

Com o passar dos anos, percebemos que muitas mulheres, ganham muito mais atribuições devido ao espaço conquistado na sociedade. E cada vez mais em postos elevados, mais elas sentem a pressão desta competitividade, e a tendência é distanciarmos de Deus. 

Por isso, somente uma maior proximidade de Deus, fará com que elas possam ter e manter essa virtude que a Bíblia relata. Servindo ao Pai, de forma plena, as pessoas reconhecerão nelas, a marca da virtude. O segredo da mulher virtuosa é a maneira sábia de amar a Deus sobre todas as coisas e administrar sua família, seu trabalho e seu ministério.

Examine-se em relação à virtude divina. E em cada divisão de sua vida, seja ela, pessoal, sentimental, familiar, ministerial ou profissional, e cumpra a descrição da mulher virtuosa: aquela que faz o bem, trabalha de bom grado e pratica a sabedoria.
[Fonte: Guia-me, por Patrícia Regina]

A Deus toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
E nem 1% religioso.
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. Não confuda avanço na vacinação e flexibilização com o fim da pandemia

CANÇÕES ETERNAS CANÇÕES — "VENCENDO VEM JESUS (GLÓRIA, GLÓRIA, ALELUIA!)"

Não é nenhuma novidade que muitas vezes — me arrisco em afirmar que na maioria delas — temos o hábito de ouvir e/ou cantar uma determinada canção sem saber o seu real significado e a história existente por trás de sua composição. Quando se trata de canções internacionais então, aí que essa afirmação é mais ainda certa. 

No caso específico de muitos canções que já fazem parte do nosso clássico hinário sacro, aí que tal detalhe em muito se potencializa. Por exemplo, alguns hinos tradicionais da Harpa Cristã (hinário oficial das Assembleias de Deus) e do Cantor Cristão (hinário oficial da Igreja Batista), são músicas que fazem parte do folclore norte americano, tendo sido versionados por seus respectivos autores, que fazem mudanças pontuais em suas letras originais, tornando-os, assim, em músicas sacras. 

O caso desse tradicional e clássico hino, já há tempos entoados em muitos círculos cristãos, é um desses exemplos, como veremos neste capítulo da série especial de artigos Canções Eternas Canções.

A História por trás da canção


Foi no outono de 1861 que a escritora Julia Wad Howe (☆1819/✞1910) e seu marido, médicos a serviço do governo dos Estados Unidos, mudaram-se para Washington D.C., capital. Julia, abolicionista, mas pacifista, angustiou-se ao ver a atmosfera de ódio e as preparações frenéticas para uma guerra entre os Estados. 


Dia após dia as tropas passaram por sua porta, cantando "John Brown's Body (O Corpo de John Brown)", canção de melodia contagiante que contava a história da morte do abolicionista norte-americano John Brown (☆1800/✞1859), com alguns dos seus filhos, num violento esforço individual para acabar com a escravidão. 

Uma música feita em homenagem a um morto? Como assim?


Um dia, enquanto ouviam as tropas cantando, um visitante do casal, o pastor da sua igreja anterior, conhecendo a sua habilidade de poetisa, virou-se para Julia e a desafiou: 
"Porque a senhora não escreve palavras decentes para aquela melodia?" 

Ao que prontamente respondeu Júlia: 

"Farei isto!"
As palavras vieram a ela antes do novo amanhecer. A senhora Howe relata:
"Acordei na penumbra da madrugada, e enquanto esperava a aurora, as linhas do poema começaram a se entrelaçar na minha mente. Disse a mim mesma, ‘Preciso me levantar e escrever estes versos, para não tornar a dormir e perde-los!’ 
Então me levantei e no escuro achei uma pena desgastada, que me lembrei de ter usado o dia anterior. Rabisquei os versos quase sem olhar o papel."
Assim nasceram palavras decentes e empolgantes para aquela melodia muito conhecida, que surgira nos Camp Meetings do Sul anos antes da guerra civil. 

Um hino cristão ou político


Em pouco tempo, todo o Norte estava cantando a letra de Julia Ward Howe. O hino foi publicado no periódico mensal Atlantic Monthly (Revista Mensal Atlântico) em Boston, Estado de Massachusetts, em fevereiro de 1862. 

Conta-se que a primeira vez que o célebre Abrahan Lincoln (☆1809/✞1865, 16º presidente dos EUA, no período de 04 de março de 1861 até seu assassinato em 15 de abril de 1865) ouviu o hino, chorou e pediu: 
"Cante-o mais uma vez."
Ao longo dos anos, o hino perdeu qualquer resquício de partidarismo e tornou-se um dos hinos mais amados dos Estados Unidos. Arranjos maravilhosos deste hino foram feitos por compositores de renome e cantados nos momentos mais solenes do país. 

Foi cantado na posse do Presidente Lyndon Johnson (☆1908/✞1973, 36º presidente dos EUA, no período de 22 de novembro de 1963 a 20 de janeiro de 1969), e, tornando-se internacional, no culto funerário de Winston Churchill (☆1874/✞1965, primeiro ministro do Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial), como planejado por ele mesmo.

Mais detalhes e curiosidades sobre a composição


O nome desta melodia americana, "Battle Hymn (Hino da Batalha)", vem das primeiras palavras do título do hino no original.

A música é atribuída tradicionalmente a William Steffe (☆1830/✞1890), nascido na Carolina do Sul e criado na Filadélfia, no século 19. Pesquisadores, no entanto, acreditam que Steffe teve uma participação superficial e que a melodia era uma dessas atribuídas a vários compositores. 

Charles Claghorn (☆1911/✞1940), eminente hinólogo e autor de uma extensa pesquisa desse hino, diz que a melodia poderia ter tido sua origem como um Negro Spiritual. Acredita-se que deva ter sido uma canção de trabalho das grandes fazendas do sul, no tempo da escravidão e, pelo seu padrão literário, métrica e ritmo, útil para ser cantada durante a colheita de algodão.

A letra é do Cantor Cristão, adaptada da original "Os meus olhos viram o esplendor da vinda do Senhor" (letra original abaixo na postagem) de Julia Ward Howe, pelo Pastor Ricardo Pitrowsky (☆1891/✞1965), chamado de "O gigante dos pampas".

Conforme já dito acima, durante a Guerra Civil americana, a letra "John Brown's Body" foi muito cantada. John Brown foi um homem famoso pelos seus esforços para libertar os escravos, tendo sido enforcado em 1859. Várias outras letras surgiram, pois a melodia era contagiante.

A letra

"Já refulge a glória eterna
De Jesus, o Rei dos reis
Breve os reinos deste mundo
Seguirão as suas leis
Os sinais da sua vinda
Mais se mostram cada vez
Vencendo vem Jesus

Glória, glória, aleluia
Glória, glória, aleluia
Glória, glória, aleluia
Vencendo vem Jesus

O clarim que chama os crentes
A batalha já soou
Cristo, à frente do seu povo
Multidões já conquistou
O inimigo, em retirada
Seu furor já demonstrou
Vencendo vem Jesus

Glória, glória, aleluia
Glória, glória, aleluia
Glória, glória, aleluia
Vencendo vem Jesus

Eis que em glória refulgente
Sobre as nuvens, descerá
E as nações e os reis da Terra
Com poder governará
Se em paz e santidade
Toda a Terra regerá
Vencendo vem Jesus

Glória, glória, aleluia
Glória, glória, aleluia
Glória, glória, aleluia
Vencendo vem Jesus

E por fim entronizado
As nações há de julgar
Todos, grandes e pequenos
O juiz hão de encarar
E os remidos triunfantes
Lá no céu irão cantar
Vencendo vem Jesus

Glória, glória, aleluia
Glória, glória, aleluia
Glória, glória, aleluia
Vencendo vem Jesus
Vencendo vem Jesus
Vencendo vem Jesus"

Quem foi Julia Ward Home


Julia Ward Howe  nasceu em Nova York. Desde cedo mostrou muito talento poético. Casada com o redator de um jornal de Boston, Dr. Samuel G. Howe (1801/✞1876) — muito devotado às causas humanitárias e forte defensor da libertação dos escravos — viajou em sua companhia pelos Estados Unidos e Europa. 

Eram muito amigos de políticos e literatos. Foi uma mulher muito ativa no seu tempo, destacando-se em fluente oratória. Pregou muitas vezes na sua Igreja Unitariana.

Em 1861, na Virgínia, assistiu a um grande desfile militar presidido pelo Presidente Abraão Lincoln. Na volta para Washington, ouviu soldados cantando a música conhecida como "O Corpo de John Brown" . Impressionada, Julia escreveu uma letra para a melodia, a conselho de um pastor amigo. 

Na mesma noite, em seu quarto de hotel, escreveu as demais estrofes, publicadas em 1862 com o título de "O Hino de Batalha da República". O hino teve pouca aceitação, até que um capelão metodista, Charles McCabe (☆1836/✞1906), começou a cantá-la para o seu regimento. Preso pelos soldados do sul, após ser libertado cantou o hino a pedido do Presidente Lincoln.

A partir daí, o hino teve muita aceitação e tem sido apreciado por grandes líderes. Foi o hino predileto de Lincoln. Foi entoado na cerimônia de posse do Presidente Lyndon Johnson. Da mesma forma, foi entoado no culto fúnebre de Winston Churchill e no ofício em memória do Senador Robert Kennedy (☆1925/✞1968).

A letra original "Mine eyes have seen the glory", transcrita do hinário "Seja Louvado" e traduzida por J.Costa, é a seguinte:

Os meus olhos viram o esplendor da vinda do Senhor / Que extermina da vindima suas uvas de rancor; / Como um raio é sua espada, flamejante o seu fulgor, / Vencendo vem Jesus!

Glória, glória, aleluia! (3x) Vencendo vem Jesus!

Em centenas de arraiais, qual sentinela o pude ver, / Construíram-lhe um altar no orvalho frio do entardecer; / Seu juízo, em luz mui fosca e tremulante o posso ler: / 'Seu dia em breve vem.'

Tenho lido no Evangelho, que imutável ficará, / Que na luta contra os ímpios, ele a graça nos dará; / Ele, o herói, nascido de homem, que a serpente esmagará: / Triunfa o nosso Deus!

A trombeta que jamais a retirada irá tocar / Ecoou solenemente - os homens todos vai julgar; / Vem minha alma, jubilosa, prontamente te entregar: / Vencendo vem Jesus!

Entre os lírios tão formosos, Cristo humilde quis nascer / Com a glória no seu seio, que transforma e dá poder; / Fez-nos santos pela morte, vamos nós também morrer / E os homens libertar!

Conclusão


Assim, ao longo dos anos, o hino tornou-se um dos hinos mais amado não só dos Estados Unidos como mundialmente. Arranjos maravilhosos desse hino foram feitos por compositores de renome e cantados nos momentos mais solenes do país, assim como nas reuniões de cultos das mais variadas vertentes cristãs mundo afora.

Aqui no Brasil, o hino já ganhou versões nas vozes de vários cantores como Fernandinho, Kleber Lucas, Thalles Roberto, André Valadão, Grupo Voz da Verdade, Lauriette, Ministério Renascer Praise, Paulo César Baruk, dentre outros. 

Uma das versões mais que mais gosto desse hino, foi a feita em ritmo de rock, pela banda Oficina G3, ainda em sua primeira formação e que fez parte do segundo álbum da banda, "Indiferença", de 1996, considerado como um dos melhores em sua discografia (já escrevi artigo especial sobre este disco ➫ aqui). A banda deu ao hino o título de "Glória". Nessa versão do Oficina, inclusive, o sensacional solo de guitarra do Juninho Afram, de tirar o fôlego, é considerado um dos melhores da música nacional.
  • Além dos hinários oficiais das Assembleia de Deus (Hino 525 da Harpa Cristã) e da Igreja Batista (Hino 112 do Cantor Cristão), "Vencendo Vem Jesus (Glória, Glória, Aleluia)", também consta no hinário oficial da Igreja Adventista do Sétimo Dia (Hino 152).
[Fonte: http://www.musicaeadoracao.com.br/hinos/historias_hinos/ha_152.htm, que cita Pitrwsky, Ricardo. In: Paula, Isidoro Lessa de, Early Hymnody in Brazilian Baptist Churchs, Fort Word, School of Church Music, Southwestern, via Fé Bíblica; Paulo Franke - História dos Hinos, extraído de "Se os hinos falassem", volume IV, de Bill H. Ichter]
A Deus toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
E nem 1% religioso.
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. Não confuda avanço na vacinação e flexibilização com o fim da pandemia