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domingo, 19 de agosto de 2018

LIVRO QUE EU LI / FILME QUE EU VI: "O BEBÊ DE ROSEMARY"

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O gênero terror geralmente não é dos meus preferidos. Aliás, esse gênero, tanto no cinema, quanto na literatura, é um investimento um tanto quanto ousado e nem sempre os resultados são muito satisfatórios pois, pode se descambar para coisas bizarras e, na minha opinião, totalmente dispensáveis, como as franquias "Pânico", "Jogos Mortais" e "Premonição" (só citando as mais conhecidas) - horríveis sob todos os aspectos -, como também surpreender com verdadeiras obras-primas como "Carrie, a Estranha" (o original, de 1976, sobre o qual escrevi ➫ aqui), o magnífico "Cemitério Maldito" (sobre o qual escrevi ➫ aqui) e o fenomenal, talvez o melhor de todos nesse gênero, "O Exorcista" (o original, sobre o qual escrevi ➫ aqui).

Mas há uma outra obra que também merece entrar para o hall dos grandes clássicos, aliás, muito pelo grande feito de conseguir um bom êxito ao levar para as telonas clássicos da literatura, fato assaz raro de acontecer na história do cinema. Estou falando do clássico - tanto o livro, quanto o filme: "O Bebê de Rosemary".

Sobre o livro


Livros clássicos de terror são famosos por serem capazes de construir uma atmosfera de terror. Conduzir o leitor através de suas páginas até uma situação terrível, envolvendo-nos em uma trama diabólica capaz de destruir nossa força de vontade e nossa sanidade. Em "O Bebê de Rosemary", Ira Levin mostra justamente isso: uma trama que vai se construindo progressivamente até chegar ao ponto de impacto e nos conduzir ao momento do pavor. 

Este é um livro escrito em terceira pessoa, mas acompanhando de perto a vida de Rosemary Woodhouse, nossa protagonista. O medo é construído ao longo das páginas, apresentando situações e plantando sementes de dúvida na mente do leitor. Lentamente vamos montando as peças até chegarmos às grandes revelações no final da história.

O ponto fraco


Alguns leitores podem discordar, mas eu achei a escrita o ponto mais fraco do livro. Não que a escrita seja ruim, mas eu a achei preguiçosa para um livro de terror. Em alguns momentos parecia que eu estava assistindo a um episódio de Scooby-Doo em que o narrador precisa mostrar todo o plano maligno para que o leitor pudesse entender exatamente o que estava acontecendo. 

Rosemary funciona como o personagem-orelha, mas ao mesmo tempo me parece que o autor foi didático demais. Muitos dos elementos para compor nossas conclusões acerca do que se passava ao redor da protagonista, o leitor já era capaz de deduzir a partir de várias pequenas pistas deixadas ao longo da história. Tem dois capítulos na segunda parte que são gastos para que Ira explique detalhe por detalhe do que aconteceu até aquele momento. 

Outro ponto que me deixou um pouco entristecido é que o livro não envelheceu bem. O estilo de escrita é clássico demais. Por exemplo, Lovecraft escreveu na década de 1930, mas seus contos são atemporais. Você não é capaz de datá-los... nem a escrita dele consegue ser datada. Aqui é fácil perceber algumas construções típicas do período em que foi escrito. Para um livro de terror, isso tira um pouco do impacto em determinadas cenas. A clássica cena no final é muito boa, mas o crescendo até chegar lá é muito regular. O leitor acaba acelerando a leitura porque quer ver logo a cena no final, não porque a história está interessante. 

O ponto forte


Se a escrita é o ponto fraco, os personagens são o ponto alto. Claro que, em uma história de terror, o autor precisa saber fazer uma construção adequada de personagens. Caso contrário não somos capazes de nos engajarmos na história. A protagonista é construída de uma forma muito respeitosa. Gostei da maneira como Rosemary não é aquela típica mulher de livros de terror: boba, submissa. Muito pelo contrário; ela procura ser decidida em certos momentos apesar de toda a trama que se desenrola ao seu redor.

Alguns pontos a gente pode questionar, mas faz parte da construção da própria personagem. O marido parece não importar no começo, mas aos poucos ele vai se tornando importante para a história e vamos percebendo o quanto a sua influência (ou falta dela) contribui para tudo aquilo que acontece à personagem. 

Os outros personagens de apoio também são muito bons. E o curioso é que em vários momentos chegamos realmente a duvidar da sanidade da Rosemary. Isso porque, apesar de todo o estranhamento da fixação das pessoas por ela, a gente fica com a pulga atrás da orelha. Pode ser? Não pode ser? É? Nesse sentido a construção é perfeita.
 
Roman me fez lembrar outro personagem de uma trama posterior: o antagonista de "Salem", livro escrito pelo genial Stephen King. King dizia que os livros do Ira Levin tinham sido muito influentes no início de sua carreira. Eu não estranharia uma relação entre os dois personagens. 

Uma cena que chama a atenção mesmo na trama é o "estupro" da Rosemary. Mesmo que toda a trama tivesse sido uma alucinação da parte dela, e aquela noite tivesse sido apenas a vontade de Guy de ajudar Rosemary a ter um bebê, aquilo foi super incorreto da parte dele. Para mim, Rosemary até pegou leve com ele, ao apenas se afastar por algum tempo. Nenhum marido tem o direito de se aproveitar de sua esposa daquela maneira. Mesmo que estejam casados? Sim. Sexo tem que ser algo consensual, um ato de amor e carinho entre o casal. Existe o elemento sexual e o fetiche? Com certeza, mas acima de tudo há de ter o respeito regendo tudo. Percebeu como a trama do livro, apesar do viés de terror, nos levar a reflexões mais profundas? Ponto para Levin!

A narrativa é bem retilínea. Digo isso em um sentido de que ela não tem altos e baixos. Ela segue em uma linha reta que pode irritar alguns leitores. Não temos grandes momentos de emoção e medo, salvo o final. A cena do "estupro" foi algo muito mais alucinógeno do que assustador. Na versão para o cinema, ela ficou bem mais assustadora. E, curiosamente, o diretor seguiu bem fielmente o livro. Naquela época em que o filme foi rodado, havia essa mentalidade de adaptar com fidelidade o conteúdo de um livro (quem não se lembra de "O Poderoso Chefão"? Escrevi sobre livro e filme ➫ aqui). Ouso dizer até que o filme ficou alguns níveis melhor do que o livro. É sobre o que falarei em seguida.

Sobre o filme


Sem dúvidas a década de 1960 foi um marco para a história do cinema mundial. O contexto da Guerra Fria, as novas conquistas e frustrações humanas, as revoluções culturais e políticas, enfim, vários acontecimentos que fervilhavam o cenário global e, consequentemente, as mentes mais inquietas, passaram a ser retratados direta ou indiretamente nas telas do cinema.

Foi nesse período que diretores renomado projetaram suas cinematografias, que anos depois se tornaram parte do Olimpo da sétima arte. Nomes como Stanley Kubrick, Woody Allen, Robert Altman, Francis Ford Coppola, Brian de Palma, Martin Scorsese, Milos Forman, entre outros, compunham o time de cineastas ativos nos anos 1960 que produziam filmes - verdeiras maravilhas do cinema - mais realistas e que abordavam temas como política, violência, sexo, drogas, etc.

Em meio a esse hall de grandes artistas está o francês filho de pais poloneses Roman Polanski. Na década de 60, após mudar-se para os EUA, Polanski obteve uma grande consagração pelos seus filmes, como por exemplo, "Chinatown", de 1974. Entretanto, sua estreia em solo estadunidense abriu as portas da notoriedade com o filme "O Bebê de Rosemary", de 1968.

Adaptação do best seller de Ira Levin, "O Bebê de Rosemary" tornou-se um clássico do cinema e é considerado por muitos como um dos filmes mais assustadores de todos os tempos. Com os produtores Robert Evans e William Castle, o elenco do filme também é de peso: Mia Farrow como Rosemary Woodhouse, John Cassavetes como seu marido Guy, Sidney Blackmer como o vizinho Roman e Ruth Gordon como a simpática vizinha Minnie (atuação impecável que rendeu à Ruth o Oscar de melhor atriz coadjuvante). 

A sinopse (ou, se preferir, o spoiler)


A jovem e ingênua Rosemary e seu marido Guy, um ator em busca de emprego, se mudam para Nova York ocupando um dos apartamentos de um concorrido edifício (o nome real do edifício onde o filme foi gravado é Dakota, aquele mesmo onde John Lennon foi assassinado).

O gerente do local, Sr. Nicklas (Elisha Cook) conta ao casal que sua nova residência foi anteriormente ocupada por uma senhora que apresentava problemas psíquicos ocasionados pela idade avançada. Um amigo do casal, Hutch (Maurice Evans) tenta convencê-los a não alugar o apartamento, contando um pouco das estranhas histórias que rondam o lugar. Entretanto, Rosemary e Guy são ainda mais atraídos pelo imóvel e fecham o negócio.

No decorrer do filme o espectador acompanha o processo de adaptação dos novos moradores do apartamento e seus ideais de prosperidade e vida nova, bem como o desejo de engravidarem e terem ali seu primeiro filho. Rosemary conhece uma jovem chamada Terry (Angela Dorian), que está em processo de recuperação para o seu vício em drogas. Essa jovem conta que vive no mesmo prédio no apartamento ao lado, com um casal de idosos que a adotaram e cuidam dela. Durante a conversa, Rosemary se encanta com um colar de pingente no pescoço de Terry, mas percebe um cheiro um tanto que desagradável vindo dele.

Certa noite, Guy e Rosemary estão voltando para casa e percebem que na rua em frente ao prédio estão reunidas várias pessoas em torno de um corpo. Era Terry, que se jogou do apartamento em que morava em direção à morte. Preocupados, eles aguardam até que o casal de idosos que morava com a jovem apareça, e é nessa noite que eles conhecem Roman e Minnie Castevets, com quem rapidamente começam uma amizade.

Entre flertes e convites para jantar, Guy, Rosemary e os Castevets vão se tornando cada vez mais íntimos. Minnie presenteia Rosemary com o estranho pingente usado por Terry. Roman conversa em particular com Guy a respeito de suas pretensões como ator.

Até então, nada de surpreendente ou aterrorizante. Porém, no decorrer da trama, Guy recebe um telefonema dizendo que conseguiu o almejado papel em uma peça, pois o ator que havia sido escalado em seu lugar misteriosamente havia amanhecido cego. A partir daí, o casal Woodhouse decide engravidar. Nessa noite, a senhora Minnie presenteia Rosemary com copos individuais de mousse de chocolate.

Após alguns bocados ela se sente mal e vai dormir, porém tem alucinações terríveis que misturam fantasia e realidade. Rosemary tem recordações da infância, vê freiras, barcos, marinheiros, figuras psicodélicas. No ápice de sua experiência alucinógena, a jovem Woodhouse se vê em um ambiente escuro cercada de pessoas estranhas falando idiomas desconhecidos, como se fosse uma oração ou invocação de alguma coisa. 

Em meio a essas pessoas, vê o casal Castevet vestido de preto e seu marido Guy nu vindo em sua direção. Eles começam uma relação sexual, porém logo o homem com quem está fazendo sexo se transforma em uma criatura bizarra com aspectos demoníacos. Rosemary tenta acordar, dizendo que aquilo não é um sonho, mas a realidade. Quando atinge o ápice do prazer ela vê o papa que se dirige para "perdoá-la" do pecado que está cometendo, oferecendo o anel para beijar. O anel, no entanto, é o misterioso pingente que ganhou de Minnie.

No dia seguinte, Rosemary acorda exausta e se vê nua na cama com arranhões por todo o corpo. Questiona seu marido a respeito da noite passada e ele responde que tinha bebido um pouco e não pode evitar fazer amor com a esposa. Naquela noite alucinante, Rosemary havia engravidado.

A partir daí, o filme se desenrola em diversas coincidências e incidentes macabros. Ainda que esse texto se trate de uma resenha, seria indelicado de minha parte revelar o resto do enredo – o gênero de terror e suspense deve ser assistido por você, leitor. No entanto, a trama apresenta a gravidez de Rosemary de forma não convencional, pois ao invés de engordar ela vai emagrecendo e adquirindo um aspecto funéreo.

A gestante sente muitas dores, decide procurar um médico de confiança – o doutor Hill (Charles Grodin) – mas é desencorajada pelos Castevets, que exultam de alegria ao descobrirem que a vizinha está esperando um filho e recomendam seu amigo médico doutor Abraham Sapirstein (Ralph Bellamy), cujo tratamento recorre a medicina alternativa como chás e misturas naturais para beber.

A seguir há uma série de ocorrências misteriosas, como a morte do amigo Hutch, que em todo o filme suspeita dos novos amigos de Rosemary e quer avisá-la de alguma coisa terrível que está se passando. Antes de morrer, Hutch providencia que Rosemary receba em seu próprio funeral um livro sobre bruxaria. Esse livro contém um anagrama que vai decifrar toda a gama de mistério sobre a relação de Roman, Minnie e todas as pessoas de seu convívio com o satanismo.

A conclusão é que o filho que está sendo gerado no ventre de Rosemary na verdade não é de seu marido Guy, mas do próprio diabo. A jovem Woodhouse foi um objeto de barganha para que a semente do mal pudesse ser plantada e cultivada até o seu parto. O bebê é um menino de nome Adrian, uma espécie de Anticristo aguardado por essa maléfica seita de bruxos.

O "filme maldito" e "suas maldições"


A temática de "O Bebê de Rosemary" é, por si só, muito pesada. As questões e implicações éticas envolvidas levam a uma reflexão sobre a sacralidade da gravidez, a benção da maternidade e as relações pessoais e familiares num antagonismo à geração do mal, ao satanismo, a rituais pagãos e ao grande dilema da trama: ter o filho ou sacrificá-lo? Uma implícita reflexão sobre um assunto cuja polêmica está cada vez mais atual: o aborto.

Além das muitas indagações e polêmicas internas do filme, vale também lembrar os amantes de teorias da conspiração  (nenhum bom filme de terror que se preza escapa delas) que essa obra de Polanski também teve coincidências macabras na vida real. Vamos a elas:
  • Após o lançamento do filme o produtor William Castle começou a receber ameaças de morte, por causa do "sacrilégio" que o longa metragem propõe. Castle esteve internado com falência renal um ano depois (1969) e testemunhas dizem ter ouvido ele gritar em seu leito: "Rosemary, pelo amor de Deus, solte esta faca!", provavelmente tendo alucinações que se referem à cena final do filme.
  • No mesmo dia, e no mesmo hospital, estava Krysztof Komeda, compositor da trilha sonora do filme que morreu devido um coágulo cerebral, a mesma autópsia do personagem Hutch do filme.
  • Também em 1969, a atriz Sharon Tate, esposa do diretor Roman Polanski, que coincidentemente estava grávida, foi brutalmente assassinada junto com quatro amigos em sua casa. Os autores do crime eram membros de uma seita chefiada pelo mundialmente conhecido serial killer e satanista Charles Manson, que cumpria sua prisão perpétua nos EUA até sua morte em 2017.
  • Para terminar, vale lembrar que o edifício Dakota onde fica o apartamento em que o filme foi gravado também ganhou atenção da mídia internacional vários anos depois, pois foi justamente em sua frente, em dezembro de 1990, que o cantor John Lennon foi assassinado a tiros por Mark Chapman, um fã lunático que achava ser o próprio ídolo.

Conclusão


Reclame do jornal O Estado de São Paulo, anunciando o filme que
estava em cartaz  no Cine Bela Artes, em 15 de junho de 1969 
"O Bebê de Rosemary" é um clássico do terror e acho que todos os fãs do gênero deveriam ter contato com ele. Ira Levin criou uma atmosfera de suspense que se estende ao longo de toda a narrativa. Personagens bem criados e uma protagonista feminina marcante, algo bem diferente na época em que foi escrito. Entretanto, a escrita é fraca e um pouco datada, sendo que Roman Polanski, na adaptação cinematográfica foi capaz de mostrar melhor aquilo que o autor quis ilustrar aos leitores e obter o impacto desejado. 

"O Bebê de Rosemary" vai além de um livro e filme cercados de mistérios e coincidências sinistras. É uma obra indispensável para os admiradores do gênero terror e também para aqueles que cultuam o cinema clássico.

Fichas técnicas

Livro




Nome: O Bebê de Rosemary
Autor: Ira Levin
Editora: Amarilys (no Brasil)
Gênero: Terror
Tradutor: Cléo Marcondes Silveira
Número de Páginas: 224
Ano de Publicação: 2014 (no Brasil)







Filme


Data de lançamento: 21 de maio de 1969 (2h16min)
Direção: Roman Polanski
Gêneros: Terror, Drama, Suspense
Nacionalidade: EUA




A Deus toda glória. 
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sábado, 18 de agosto de 2018

QUEM SÃO OS CANDIDATOS A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA EM 2018?

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A eleição presidencial de 2018 terá o maior número de candidatos desde a disputa de 1989 - a primeira desde a redemocratização do país. Com a convenção do PPL, que lançou no domingo (5) a candidatura de João Goulart Filho à Presidência da República, chegaram a 14 os postulantes ao cargo de presidente da República. A candidata do PCdoB, Manuela D'Ávila, no entanto, desistiu de concorrer. Com isso, são 13 os candidatos à eleição para presidente no dia 7 de outubro.

Dentre esses nomes, há candidatos com pendências na Justiça, nomes atingidos por disputas partidárias internas e candidatos que vão enfrentar a escassez de tempo de propaganda no rádio e na televisão. Alta rejeição ou falta de popularidade e impedimento para participar de debates também estão entre as pedras no caminho dos presidenciáveis.

Partidos e candidatos correm contra o tempo para superar seus problemas. As coligações precisavam ser oficializadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até o dia 15 de agosto, também o prazo final para apresentar o pedido de registro de candidatura.

A partir do dia seguinte,16, a propaganda eleitoral já estava permitida. No rádio e na televisão, contudo, o horário eleitoral só começa dia 31 de agosto. O primeiro turno de votações está marcado para 7 de outubro. Vamos conhecer, seguindo por ordem alfabética, um resumo do perfil de cada um deles. 

O quem é quem na corrida presidencial

Álvaro Dias (Podemos) 


O senador Álvaro Dias foi escolhido pelos convencionais do Podemos para ser candidato à Presidência da República. A candidatura do parlamentar pelo Paraná foi oficializada em Curitiba, durante convenção nacional do partido. Na primeira fala como candidato, Álvaro Dias anunciou que, se eleito, vai convidar o juiz federal Sérgio Moro para ser ministro da Justiça, e repetiu a promessa de "refundar a República".

Ele vai compor a chapa com o ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, cujo partido, o PSC, havia decidido lançar candidatura própria à Presidência, mas desistiu em favor de uma aliança com o Podemos. Além do PSC, fazem parte da coligação até agora os partidos PTC e PRP.

Cabo Daciolo (Patriota)


A convenção nacional do Patriota oficializou a candidatura do deputado federal Benevenuto Daciolo Fonseca dos Santos, o Cabo Daciolo. O evento ocorreu no município de Barrinha, no interior de São Paulo. O candidato foi escolhido por unanimidade. A candidata a vice é Suelene Balduino Nascimento, do mesmo partido. Ela é pedagoga com 23 anos de experiência e atua na rede pública de ensino do Distrito Federal.

Daciolo defende mais investimentos em educação e segurança por considerar áreas essenciais para o crescimento do país. Em discurso durante a convenção, Daciolo se posicionou contrário à legalização do aborto e à ideologia de gênero. 

Ciro Gomes (PDT)


O PDT confirmou no dia 20 de julho a candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República, na convenção nacional que reuniu filiados do partido.

Esta é a terceira vez que Ciro Gomes será candidato à Presidência da República: em 1998 e 2002, ele concorreu pelo PPS. Natural de Pindamonhangaba (SP), construiu sua carreira política no Ceará, onde foi prefeito de Fortaleza, eleito em 1988, e governador do estado, eleito em 1990. Renunciou ao cargo de governador, em 1994, para assumir o Ministério da Fazenda, no governo Itamar Franco (1992-1994), por indicação do PSDB, seu partido na época. Ciro Gomes foi ministro da Integração Nacional de 2003 a 2006, no governo do ex-presidente Lula. Tem 60 anos e quatro filhos.

Geraldo Alckmin (PSDB)


Em convenção nacional realizada na capital federal, o PSDB confirmou, nesse sábado (4), a candidatura do presidente do partido e ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, à Presidência da República nas eleições de outubro. Dos 290 votantes, 288 aprovaram a candidatura de Alckmin. Houve um voto contra e uma abstenção. A senadora Ana Amélia (PP-RS) é a vice na chapa.

No primeiro discurso como candidato, Alckmin disse que quer ser presidente para unir o país e recuperar a "dignidade roubada" dos brasileiros. Ele defendeu a reforma política, a diminuição do tamanho do Estado e a simplificação tributária para destravar a economia.

Guilherme Boulos (PSOL)


O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores SemTeto (MTST), Guilherme Boulos, foi lançado no dia 21 de julho como candidato à Presidência da República pelo PSOL, na convenção nacional em São Paulo. Também foi homologado o nome de Sônia Guajajara, representante do povo indígena, para vice-presidente. 

Boulos destacou que irá defender temas que pertencem aos princípios do partido, como o direito ao aborto e à desmilitarização da polícia. 

Henrique Meirelles (MDB)


O MDB confirmou, no dia 2 de agosto, o nome de Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda, como candidato à Presidência da República. O partido informou que Germano Rigotto, ex-governador do Rio Grande do Sul, será o vice na chapa.

Henrique Meirelles destacou como prioridades investimentos em infraestrutura, para diminuir as distâncias no país, além de saúde e segurança pública. O presidenciável também prometeu reforçar o Bolsa Família. Para gerar empregos, Meirelles disse que pretende resgatar a política econômica, atrair investimentos e fazer as reformas para que o país cresça 4% ao ano. 

Jair Bolsonaro (PSL)


O deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ), 63 anos, foi confirmado, no dia 22 de julho, como o candidato à Presidência da República nas eleições deste ano pelo PSL. O vice é o general Hamilton Mourão, do PRTB.

Na convenção, Bolsonaro adiantou que, se eleito, quer excluir o ministério das Cidades e fundir pastas como Fazenda e Planejamento, assim como Agricultura e Meio Ambiente. O candidato prometeu ainda privatizar estatais. 

João Amoêdo (Partido Novo)


João Dionísio Amoêdo foi oficializado candidato à Presidência da República pelo Partido Novo durante convenção na capital paulista, no dia 4 de agosto. 

O cientista político Christian Lohbauer foi escolhido como candidato à vice-presidente. Entre as principais propostas de Amoêdo estão equilibrar as contas públicas, acabar com privilégios de determinadas categorias profissionais, melhorar a educação básica e atuar fortemente na segurança. O presidenciável também é favorável à revisão do Estatuto do Desarmamento.

João Amoêdo disse que quer levar renovação à política e mudar o Brasil. O presidenciável defendeu a privatização de empresas estatais.

João Goulart Filho (PPL)


O PPL lançou, no dia 5 de agosto, João Goulart Filho como candidato à Presidência da República. Ele é filho do ex-presidente João Goulart, o Jango, que teve mandato presidencial, de 1961 a 1964, interrompido pela ditadura militar. É a primeira vez que João Goulart Filho concorre ao cargo. 

O candidato a vice é Léo Alves, professor da Universidade Católica de Brasília. Algumas propostas do candidato são a redução drástica dos juros da dívida pública para dar condições ao Estado de investir no desenvolvimento social, o resgate da soberania, o controle das remessas de lucros das empresas estrangeiras e a revisão do conceito de segurança nacional.

José Maria Eymael (DC)


O partido Democracia Cristã (DC) confirmou, no dia 28 de julho, durante convenção na capital paulista, a candidatura de José Maria Eymael à Presidência da República, nas eleições de outubro, e do pastor da Assembleia de Deus Helvio Costa como vice-presidente.

Na área econômica, as diretrizes gerais de governo do DC incluem política macroeconômica orientada para diminuição do custo do crédito ao setor produtivo, apoio e incentivo ao turismo e a valorização do agronegócio com ações de governo específicas, que ainda não foram divulgadas, e apoio aos pequenos e médios produtores rurais.

Luiz Inácio Lula da Silva (PT)


A convenção nacional do PT escolheu, por aclamação, no dia 4 de agosto, o nome de Luiz Inácio Lula da Silva para ser o candidato à Presidência da República. O encontro também homologou o apoio do PCO e do PROS à candidatura do PT.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preso em Curitiba, desde 7 de abril, após ter sido condenado em segunda instância no caso do triplex de Guarujá. O ator Sérgio Mamberti leu, na convenção, uma carta escrita por Lula, onde ele afirmou que "querem fazer uma eleição presidencial de cartas marcadas, excluindo o nome que está à frente na preferência popular em todas as pesquisas".

Marina Silva (Rede)


A primeira convenção nacional da Rede Sustentabilidade confirmou, por aclamação, no dia 4 de agosto, o nome Marina Silva como candidata da sigla à Presidência da República. O candidato à vice na chapa, o médico sanitarista, Eduardo Jorge, do Partido Verde (PV), também foi apresentado oficialmente no encontro. 

A presidenciável prometeu uma campanha limpa, sem notícias falsas e sem destruir biografias. Se comprometeu com as reformas da Previdência, tributária e política, que acabe com a reeleição e incentive candidaturas independentes. Se eleita, Marina também disse que pretende fazer uma revisão dos “pontos draconianos” da reforma trabalhista que, segundo ela, seriam feitas a partir de um diálogo com o Congresso.

Vera Lúcia (PSTU)


Em convenção nacional, o PSTU oficializou, no dia 20 de julho, a candidatura de Vera Lúcia à Presidência da República e de Hertz Dias como vice na chapa. A escolha foi feita por aclamação pelos filiados ao partido presentes na quadra do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, na zona leste da capital paulista.

De acordo com Vera Lúcia, o plano de governo prevê reforma agrária, redução da jornada de trabalho sem redução de salário e um plano de obras públicas para atender as necessidades da classe trabalhadora. 

O PSTU decidiu que não fará nenhuma coligação para a disputa presidencial, nem alianças nas eleições estaduais.

Conclusão


Pronto, te apresentei os candidatos e as opções para o cargo de presidente da república. Agora, cabe a cada um de nós fazer consciente e responsavelmente a sua parte no dia do pleito. E, sempre é válido lembrar: seu voto não é papel higiênico e nem a urna um vaso sanitário. Fica a dica.

[Fonte: EBC Brasil]

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quarta-feira, 15 de agosto de 2018

MISTÉRIOS DA BÍBLIA - 1) A MULHER DE LÓ VIROU MESMO UMA ESTÁTUA DE SAL?

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Inicio aqui mais uma série especial de artigos. Nessa série, através de estudos sistemáticos, buscando sempre o entendimento respaldado única e especificamente na veracidade inequívoca e inquestionável das Escrituras, sem o compromisso com quaisquer outras crenças, especulações ou polêmicas de interpretações, vícios de traduções ou posicionamentos de vertentes teológicas, abordarei temas que desafiam a nossa fé. Para abrir essa série, escolhi uma passagem muito conhecida e que há tempos vem causando polêmicas quanto a sua interpretação nos mais distintos círculos cristãos.

Por que Deus transformou a esposa de Ló em uma estátua de sal?


A esposa de Ló foi transformada em uma estátua de sal porque desobedeceu a uma ordem dada por Deus e olhou para trás: 
"Assim que os tiraram da cidade, um deles disse a Ló: 'Fuja por amor à vida! Não olhe para trás e não pare em lugar nenhum da planície! Fuja para as montanhas, ou você será mor­to!'… 
Quando Ló chegou a Zoar, o sol já havia nascido sobre a terra. Então o Senhor, o próprio Senhor, fez chover do céu fogo e en­xofre sobre Sodoma e Gomorra… Mas a mulher de Ló olhou para trás e se trans­formou numa coluna de sal" (Gênesis 19:17, 23,24,26 - grifo meu). 
Obviamente, não havia lugar para alguém como ela no Reino de Deus, porque seu coração estava naquilo que Deus havia condenado ao fogo. Quanto a isso, não há dúvidas. Mas, e o acontecimento em si?

O "sal" que não é sal


Embora a palavra "sal" possa ser traduzida como outra substância em pó, uma coluna geralmente é um marco para lembrar alguém ou alguma façanha histórica. O que Deus fez com a mulher de Ló foi erigir um "monumento à desobediência" para que outros vissem e não caíssem no mesmo erro. Alguns escritores antigos e arqueólogos dão conta de uma coluna que seria a mulher de Ló e que permaneceu por muitos séculos visível aos viajantes da região.

A mulher de Ló sabia que não deveria olhar para trás para poupar a própria vida (Gn 19:17), mas mesmo assim olhou (19:26). Rejeitar a salvação de Deus é algo sério: 
"Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus" (Filipenses 3:13-14 - grifo meu).
O Senhor Jesus mencionou o que aconteceu com a mulher de Ló quando falou da grande tribulação que iria ocorrer. Os judeus nessa época deveriam fugir sem olhar para trás, pois o juízo que cairia sobre a terra de Israel seria grande:
"Naquele dia, quem estiver no telhado de sua casa, não deve descer para apanhar os seus bens dentro de casa. Semelhantemente, quem estiver no campo, não deve voltar atrás por coisa alguma. Lembrem-se da mulher de Ló! Quem tentar conservar a sua vida a perderá, e quem perder a sua vida a preservará" (Lucas 17:31-33 - grifo meu).
Observe que Jesus não se refere ao fato de ela "ter sido transformada numa estátua de sal" ou seja de que elemento foi. Ele apenas exorta a que se lembrem dela. Ou seja, uma vez que abraçamos a causa de Deus, não podemos olhar para trás, voltar ao passado.

Analisando o contexto

Por que a mulher de Ló olhou para trás? 


Tudo que ela possuía, que Ló e ela lutaram para conseguir durante toda a vida, estava se tornando cinzas. Os bens materiais e a vida que ela tinha em Sodoma chamaram a atenção dela, e olhou para trás.

Ló e sua família eram ricos, possuíam muitos bens. Tudo o que tinham estava em Sodoma, a cidade que seria destruída. Os anjos avisaram a sua família para não olhar para trás, mas a sua esposa olhou, demonstrando interesse material naquilo que perderia. Não havia mais tempo para levar nada embora. Se quisessem salvar a vida, deveriam sair da cidade imediatamente. 

Do mesmo modo, quando Jerusalém fosse atacada, os judeus deveriam ir embora da cidade o mais rápido possível, sem levar nada, pois não haveria tempo para levar alguma coisa, e, quem tentasse levar algo, acabaria se atrasando e sendo pego pelos invasores. Por isso, Jesus os aconselhou a não voltar atrás para pegar algum bem material, mas ir embora sem olhar para trás. E disse ainda: "Lembrem-se da mulher de Ló!" O que Ele estava dizendo é que, se os judeus não quiserem morrer, devem se desapegar dos bens materiais e não seguir o mau exemplo da mulher de Ló, que agiu com interesse.

Contextualizando...


Imagine que a sua casa está pegando fogo e você só tem tempo de salvar a própria vida, saindo do imóvel. O que você faria? Sairia de casa logo, sem levar nada, ou ficaria na casa perdendo tempo pegando coisas, como, por exemplo, televisão, celular, notebook, etc., enquanto o fogo se espalha mais e mais até lhe matar?

Jesus lhe aconselha a sair o mais rápido possível, esquecendo todos os bens materiais. Por quê? Porque não há tempo de salvar mais nada. Ou você foge, salvando o único bem que realmente pode salvar – que é a sua própria vida – ou então volta para tentar salvar mais alguma coisa e acaba perdendo a vida. Tenha sensatez! Lembre-se da mulher de Ló!

Jesus disse para não nos prendermos às coisas materiais. O problema não está em possuir, mas em amar o senhor errado: 
"Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro" (Mateus 6:24). 
Quando sonhamos em acumular bens materiais, ou nos dedicamos à conservação das coisas que já temos, precisamos lembrar daquela "estátua de sal".

Entendendo o contexto 

O que aprendemos?


Existem poucas advertências nas Escrituras mais solenes do que esta que aparece no início deste artigo. O Senhor Jesus Cristo nos diz: "Lembrai-vos da mulher de Ló" (Lc 17:32). A mulher de Ló professava ter uma religião. Seu marido era um "homem justo" (Gn 19:15). E, juntamente com ele, ela deixou Sodoma no dia em que a cidade foi destruída. Mas, ao sair de lá, olhou para trás, contrariando, dessa forma, o mandamento expresso de Deus. Assim, a mulher de Ló morreu no mesmo instante e foi "transformada em uma estátua de sal". E o Senhor Jesus Cristo a destaca como um sinal de alerta para a Igreja, dizendo: "Lembrai-vos da mulher de Ló".

Devemos examinar as lições que a mulher de Ló pretende nos ensinar. Tenho certeza que sua história está cheia de instruções úteis para a Igreja. Os últimos dias foram colocados diante de nós. A segunda vinda de Jesus se aproxima. O perigo do mundanismo está crescendo a cada ano na Igreja. Que estejamos munidos de defesas e antídotos contra a doença que está ao nosso redor e, de algum modo, fiquemos familiarizados com a história da mulher de Ló.

Comparada às milhares de pessoas semelhantes a ela em sua época, a esposa de Ló era uma mulher favorecida. Tinha um marido piedoso. Por meio do seu casamento com Ló, Abraão, o pai da fé, passou a ser seu tio. A fé, o conhecimento e as orações desses dois homens justos não eram segredos para a mulher de Ló. É impossível que ela tenha habitado em tendas com eles por um longo período, sem saber quem eles eram e a quem serviam.

A religião não era apenas uma ocupação formal para eles. A fé era o princípio que regia a vida deles e a motivação principal de todas as suas ações. A mulher de Ló deve ter visto e conhecido tudo isso. Este não era um privilégio insignificante.

Quando Abraão recebeu as promessas pela primeira vez, a mulher de Ló, provavelmente, estava lá. Quando ele edificou um altar próximo à sua tenda, entre Betel e Ai, é provável que ela estivesse lá. Quando o seu marido foi levado cativo por Quedorlaomer e libertado pela intervenção de Deus, ela estava lá. Quando Melquisedeque, rei de Salém, veio ao encontro de Abraão, trazendo-lhe pão e vinho, ela estava lá. Quando os anjos chegaram a Sodoma e advertiram seu marido a fugir, ela os viu. Quando os anjos os tomaram pela mão e os guiaram para fora da cidade, ela estava entre os que os anjos ajudaram a escapar.

Digo, uma vez mais, esses privilégios não foram insignificantes. Ainda assim, que efeito produziram no coração da esposa de Ló? Praticamente, nenhum! A despeito de todas as suas oportunidades e recursos da graça, a despeito de todas as advertências especiais e mensagens recebidas do céu, ela viveu e morreu ímpia, impenitente, incrédula e sem a graça. Os olhos de seu entendimento nunca foram abertos. Sua consciência nunca foi despertada e vivificada. Sua vontade nunca foi trazida a um estado de obediência a Deus. Suas afeições nunca foram de fato colocadas nas coisas que são do alto.

Antes, ela mantinha aquela aparência de religião por causa do costume e não por causa do que sentia. Isso era um disfarce desgastado para agradar as pessoas com quem convivia, mas não provinha de nenhuma noção do seu real valor. Fazia o que os outros, ao seu redor, faziam na casa de Ló. Ela se amoldou aos costumes de seu marido. Ela não fez nenhuma oposição à religião dele. Ela se entregou passivamente para seguir os passos dele. Mas, em todo esse tempo, aos olhos de Deus, o seu coração estava em pecado. O mundo estava em seu coração e o seu coração estava no mundo. Foi justamente nessa condição que ela viveu e, também, morreu.

Lembre-se também de uma outra mulher: 


Quando Ló partiu na direção de Sodoma, Abraão voltou para uma terra menos atraente, mas escolhida por Deus. Ele habitou algum tempo em Hebrom (Gn 13:18). Apesar de ser rico, este fato nunca é frisado nos relatos sobre Abraão e Sara. A Bíblia destaca a fé dele (Hebreus 11:8,9,17; etc.) e a submissão, obediência, santidade e fé dela (1 Pedro 3:5,6; Hb 11:11). Nos relatos bíblicos, Sara não mostrou nenhuma preocupação em procurar uma habitação perfeita aqui, mas se preparou para a habitação eterna. Como uma mulher de fé, ela morreu com dignidade e se tornou mãe do povo da promessa (Gl 4:31). 

Qual delas imitaremos?

Outras pessoas que deixaram tudo e foram embora sem olhar para trás:
  • Abraão - Deus mandou ele sair da sua casa e ir para uma terra distante, onde não tinha parentes nem terras. Ele habitou como estrangeiro e peregrino em Canaã, terra que mais tarde o Senhor deu por herança aos descendentes dele: "Então o Senhor disse a Abrão: 'Saia da sua terra, do meio dos seus parentes e da casa de seu pai, e vá para a terra que eu lhe mostrarei… Partiu Abrão, como lhe ordenara o Senhor'… O Senhor apareceu a Abrão e disse: 'À sua descendência darei esta terra'" (Gn 12:1,4,7).
  • Moisés - Ele cresceu em meio às riquezas do Egito, mas deixou tudo para ser humilhado com o povo de Deus: "Pela fé Moisés, já adulto, recusou ser chamado filho da filha do faraó, preferindo ser maltratado com o povo de Deus a desfrutar os prazeres do pecado durante algum tempo. Por amor de Cristo, considerou a desonra riqueza maior do que os tesouros do Egito, porque contemplava a sua recompensa. Pela fé saiu do Egito, não temendo a ira do rei, e perseverou, porque via Aquele que é invisível" (Hb 11:24-27).
  • Paulo - Ele tinha uma alta posição no Judaísmo, mas deixou tudo para trás para seguir a Cristo: "…Se alguém pensa que tem razões para confiar na carne, eu ainda mais: circuncidado no oitavo dia de vida, pertencente ao povo de Israel, à tribo de Benjamim, verdadeiro hebreu; quanto à lei, fariseu; quanto ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que há na lei, irrepreensível. Mas o que para mim era lucro, passei a considerar perda, por causa de Cristo. Mais do que isso, considero tudo como perda, comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por cuja causa perdi todas as coisas. Eu as considero como esterco para poder ganhar a Cristo… Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus" (Fp 3:4-8, 13,14).

Conclusão


Estátua que provavelmente seria da mulher de Ló, localizada no mar Morto, em Israel 
Até avareza, e avareza é idolatria (Colossenses 3:5,6), e idólatras não herdarão o Reino (1 Coríntios 6:9,10; Gl 5:19-21; Apocalipse 21:8; 22:13-15). Então, não devemos seguir o mau exemplo da mulher de Ló, que era materialista. Em vez disso, devemos imitar os bons exemplos da Bíblia, como Sara, Abraão, Moisés e Paulo, que não olharam para trás, para as suas posses e conquistas humanas, mas deixaram tudo para obedecer a Deus e ganhar a Vida Eterna.

Mas, e o "sal"?


O cerne da mensagem não está no fato de a mulher ter sido transformada em uma estátua de sal. Mas, vamos entender o contexto profético. Qual o propósito do sal? Todos sabemos que dentre as várias utilidades do sal, uma delas é conservar, preservar. Já imaginou o mar sem sal? A terra seria um esgoto a céu aberto. Dentro do contexto da passagem, o que Deus quis nos alertar é para que preservássemos o que aconteceu com a mulher de Ló, por isso Jesus nos exortou em que nos lembremos dela para não agirmos como ela.

Válido lembrar que, ainda sob o mesmo entendimento - ou seja, o de conservação e preservação -, porém sob outro contexto - o de fazer a diferença -, o próprio Jesus disse que nós, cristãos, devemos ser o sal da terra (Mt 5:13), não como uma estátua, mas como agentes vivos, em contraponto com o que fez a mulher de Ló enquanto viva estava.

Em tudo isso, há muito a ser aprendido. Vejo uma lição nesse texto, que é da maior importância nos dias de hoje. Você vive em um tempo em que existem muitas pessoas semelhantes à mulher de Ló. Venha e ouça a lição que o seu caso quer nos ensinar.

Aprenda, então, que possuir privilégios religiosos não salva a alma de uma pessoa. Você pode ter vantagens espirituais de todos os tipos. Você pode viver em pleno fulgor das riquezas de oportunidades e dos recursos da graça. Você pode desfrutar do que há de melhor em termos de pregações e ensinamentos. Você pode habitar em meio à luz, ao conhecimento, à santidade e às boas companhias. Você pode conviver com tudo isso e permanecer sem conversão, mas, no final, estar perdido para sempre.
  • Será que estamos escondidos atrás dos privilégios religiosos de alguém ao nosso redor?
  • Será que a nossa religião é simplesmente uma prática de aparência?
Uma "fé" vivida assim jamais poderá ser defendida.


A Deus toda glória. 
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://circuitogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade. 
E nem 1% religioso.

terça-feira, 14 de agosto de 2018

FÉ, OBRAS E SALVAÇÃO: PAULO E TIAGO EXPLICAM.

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“Porque, assim como o corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem obras é morta” (Tiago 2:26).
Há alguma confusão na mente de algumas pessoas sobre o assunto “fé e obras”. Alguns acham que a salvação é apenas pela fé, outros dizem que ela vem mediante nossas boas obras. 

O que a Bíblia ensina


Na verdade, a visão bíblica sobre a justificação e salvação é clara - nada a ver com os intermináveis imbróglios teológicos sobre o assunto -, porém alguns teimam em procurar dificuldade onde não há (sim, ainda tem muita gente querendo saber quem foram os cônjuges dos filhos de Adão e Eva). E a maior dificuldade, aos que se “enrolam” neste assunto, está numa aparente discordância entre os apóstolos Paulo e Tiago.

Vamos analisar o que eles falam.

Tiago 2:14-24


Após a leitura do texto de Tiago (que espero que você faça) notamos que Tiago não afirma que a fé não pode salvar, o que ele afirma é que uma fé sem obras não pode salvar. Ele está se referindo a alguém que creia que uma fé sem obras salve. Tiago não afirma que as obras podem salvar; mas sim que a fé genuína e viva sempre resultará em boas obras. 

Nossas obras não gerarão fé, mas a fé produzirá obras! Ele está enfatizando o argumento de que a fé genuína em Cristo produzirá uma vida transformada, e boas obras (2:20-26). Tiago não está dizendo que a justificação se dá pela fé mais as obras, mas, ao invés disso, diz que a pessoa que é verdadeiramente justificada pela fé produzirá boas obras em sua vida.

Análise do contexto


Outro ponto a se notar é que Tiago está enfrentando um problema em sua igreja, os irmãos sabiam a doutrina da fé, porém está doutrina não se transformava em obras, em práticas. Tiago combatia pessoas que pensavam que uma crença meramente intelectual nas verdades de Cristo era suficiente para a salvação.

Paulo - Romanos 3:28


Paulo declara, enfaticamente, que a justificação se dá somente pela fé (Efésios 2:8,9).

Paulo também enfrentava um problema em sua igreja. Havia oposição de certas pessoas a ele, estas confiavam na guarda da lei para salvação. Assim, ele, Paulo, ensinava que a pessoa era justificada pela fé à parte das obras da lei, isto é, obras feitas como meios de comprar a salvação. Mas as obras não nos santificam. Mesmo depois da salvação, a vida cristã se vive pela fé, e não pelas obras. As obras são resposta de gratidão produzidas em nossas vidas pelo Espírito Santo (Gálatas 3:1-3). Paulo nos informa que fomos criados para as boas obras (Ef 2:10).

Análise do contexto


Um ponto a se destacar é que as “obras” que Paulo escreve, lá no texto de Romanos, são diferentes das de Tiago. Paulo argumenta sobre as obras de lei, ou “obras da lei. Enquanto Tiago, esta falando simplesmente de “obras” normais da vida de um cristão.

Martinho Lutero, nos ajuda a desvendar o entendimento de Paulo na questão:
“Ele (Paulo) chama de obras as obras da lei que alguém faz à parte da fé e da graça, e aquilo a que a lei impele pelo medo da punição ou pela ilusória promessa de recompensa temporal. 
Mas obras de fé, ele chama as obras que são feitas no espírito de liberdade e só [vindas; NT.] do amor de Deus. Isso só pode ser feito por quem é justificado pela fé. 
As obras da lei, entretanto, em nada contribuem para a justificação; na verdade, elas são um estorvo porque impedem alguém de ver a si mesmo como injusto e necessitado da justificação”

Conclusão


Vemos então que Paulo e Tiago não discordam entre si. Tiago e Paulo concordam sobre seus ensinamentos sobre a salvação. Eles abordam o mesmo assunto, porém em perspectivas diferentes. Paulo aborda que a justificação vem somente pela fé enquanto Tiago enfatizou o fato de que a fé em Cristo produz boas obras. Os dois concordam que só a fé justifica, Paulo rejeita obras sem fé, o que Tiago rejeita, é fé sem obras. E afinal, se crente não produz boas obras em sua vida, então ele, possivelmente, não tem fé genuína em Cristo Jesus (Tg 2:14, 17).

Sim, a nossa salvação só se dá mediante a fé em Jesus Cristo (Ef 2:8,9), não há aspectos ou influências humanas nela, ela é sem o acréscimo de nossas obras (Tito 3:5). A Bíblia é unânime nisto, de Gênesis a Apocalipse. Nós fomos chamados com santa vocação, não segundo nossas obras (2 Timóteo 1:9). Não há nada em nós que nos torne capaz de merecer a vida eterna.
Escrevi mais sobre esse assunto ➫ aqui aqui.

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domingo, 12 de agosto de 2018

MTV BRASIL: OS ÁUREOS TEMPOS EM QUE EU VIA A MÚSICA QUE EU OUVIA

MTV
Em 2013, acabou a experiência da MTV Brasil, que deu lugar a uma nova (e horrível) MTV, rompendo radicalmente com o modelo anterior e aproximando-se do canal norte-americano. A partir de uma análise do canal extinto, pretende-se discutir neste artigo como a MTV Brasil evidencia questões teóricas da televisão. Nesse contexto, seria a MTV, em seu início, a emissora que mais se aproximaria das novas propostas de fluxo na linguagem televisiva, tornando-se uma flow television.

Eu quis e tive a minha MTV


Provavelmente uma das redes de televisão que faz parte da vida de quase todo adolescente atualmente e fez parte da vida apenas alguns milhões de jovens e adultos espalhados por todo o mundo, a MTV conquistou milhões de telespectadores por onde é exibida e vem fazendo historia, que tal saber um pouco mais sobre a emissora?

A MTV


Foi no ano de 1989 que os primeiros movimentos para fundar a MTV Brasil começaram. Pelo menos, no que me diz respeito. Eu já não era nenhum rapazola, já estava no auge da minha fase de jovem adulto, com 22 anos. Era fã do pop internacional, então capitaneado por nomes como Madonna, Cindy Laupper e o rei Michael Jackson. Também curtia a nata do pop-rock nacional: Legião, Kid, Paralamas, Capital, Barão, Engenheiros, RPM... e, não só ouvir, mas ter a possibilidade de ver os meus ídolos era uma experiência única. Visceral, emocionante!

Os videoclipes


Quando a Abril, detentora da marca aqui no Brasil, começou a procurar por candidatos à VJ, eu já me imaginei lá, sendo um deles. Aliás, dos da minha geração, quem nunca sonhou em ser um VJ da MTV que atire a primeira pedra. A novidade dos clipes, o universo daquela emissora mágica, que fazia com que as pessoas não conseguissem desligar a TV ou mudar de canal era simplesmente fascinante. 

Lembro que saía com os amigos e, nos bares, restaurantes, sempre tinha a MTV ligada. E a expectativa pelo lançamento do clipe daquele single de determinado artigo deixou de ser algo vivido apenas nas noites de domingo, quando a produção e/ou a exibição de videoclipes era praticamente uma exclusividade do Fantástico, na Rede Globo. E foi uma novidade que mexeu com todos. Os videoclipes, o estilo dos VJs, a estética, a liberdade com que eles trabalhavam e se expressavam na tela era tudo mágico, maravilhoso mesmo.

Os acústicos


A música ganhou muito com a chegada da emissora. Os clipes mostravam os artistas, lançavam os novos discos, muita gente boa começou com a MTV. Lembro de alguns que se tornaram verdadeiros fenômenos, como o épico "Thriller" (1984), de Michael Jackson. Aliás, a história do videoclipe pode ser demarcada por antes e depois da produção de "Thriller". A chegada ao Brasil do Grunge (Nirvana, Pearl Jam, Alice In Chains), a descoberta do Manguebeat (Chico Science & Nação Zumbi), o aparecimento dos Raimundos - do hoje nosso amado pastorzão Rodolfo Abrantes -, do Charles Brown Jr - do saudoso e talentosíssimo Chorão (☆1970/✟2013) tudo muito rápido e intenso. 

Os inesquecíveis Acústicos MTV deram novo impulso a uma série de bandas. Titãs, Ira!, Barão, Kid, Cássia Eller. Chegou um momento que todos queriam gravar um Acústico MTV: Rita Lee, Zeca Pagodinho, Legião Urbana, Charlie Brown, Gilberto Gil, Marina Lima, Lobão e até ele, rei Roberto Carlos (que, inclusive foi também um dos mais polêmicos de todos)! 

As rádios ficavam de olho nos lançamentos e, imediatamente, acompanhavam as novidades. As peças promocionais espetaculares seduziam o mercado televisivo e publicitário. Vem desde essa época a frase
 

"…isso é bem MTV, né?".


Em pouco tempo, a MTV fazia parte do cardápio nacional. Já em 1993, a Rede Globo reverenciava a MTV com o personagem Thunderdog, um cachorro VJ que estrelava na TV Colosso. A Globo começou a assediar os VJs e levou alguns pra dar uma voltinha. Maria Paula (1993), Luís Thunderbird (1994), Zeca Camargo (1996), Casé (2000), Chris Couto (1999, que, aliás, já havia feito novelas anteriormente na emissora), Sarah Oliveira (2006), dentre outros que ainda estão até hoje por lá: Tatá Werneck, Dani Calabresa e Marcelo Adnet.

Os VMBs


Vieram os VMBs (Video Music Brasil), a grande premiação musical, disputada por grandes estrelas, que acabou revelando grandes novidades. Sempre! As festas do VMB sempre foram objeto de desejo, afinal, nelas encontrávamos gente bacana, artistas da melhor qualidade (e, sim, outros nem tanto).

Minha, sua, nossa MTV

Um pouco mais da história


Como foi dito anteriormente, a MTV é um canal de televisão que surgiu nos Estados Unidos da América, mais precisamente em Nova Iorque. Quando criado o canal tinha o intuito de apresentar os videoclipes dos mais variados tipos musicais, e esses clipes eram apresentados pelo o que conhecemos por VJs, os Vídeo Jockeys.

O diferencial da MTV estava exatamente no fato de só exibir clipes durante toda a sua programação, porém com o tempo a emissora começou a diversificar a sua programação e com isso foi introduzindo novos formatos de programas e em sua maioria são os Reality Shows, os programas tipo o Big Brother, Ídolos, The Voice e tantos outros que lotam a programação da TV aberta brasileira. Os outros programas são basicamente de cultura pop, voltado para o público jovem em geral.

A minha, sua, nossa MTV!


A emissora foi criada com base nos investimentos das empresas Warner Communications e American Express. Quem realmente comandava era a MTV Networks, porém isso foi apenas no inicio no mês de agosto de 1981. Em pouco tempo a empresa foi vendida para a Viacom E com isso começou a se tornar o sucesso que hoje conhecemos.

O diferencial da MTV foi exatamente o modo como foi feito, o fato de ter sido inovadora ao misturar os clipes que eram transmitidos diariamente, normal 24 horas por dia, sem cessar. Em seguida a implementação dos VJs fez com que o canal se tornasse mais dinâmico, os VJs se tornaram sinônimo de status, se tornou "legal" ser VJs, ser amigo de VJs. Os artistas começaram a se envolver com o canal, fãs começaram a aparecer surgiram eventos musicais, jornais que falavam somente sobre música e muitas, mas muitas promoções que fizeram com que o canal estivesse em constante movimentação.

A Revolução No Mundo da Música


Por mais que hoje pareça ser obsoleto a MTV fez uma grande revolução na forma de apresentar a música as pessoas, fazendo com que o mundo pop se aproximasse das pessoas através da TV. A MTV se popularizou, assim como os VJs, a emissora se tornou referência para eventos musicais, para astros do mundo da música, para os lançamentos que aconteciam, além de reverenciar os profissionais que mais se destacavam. 

Ou seja, o slogan "I Want my MTV" (Eu quero minha MTV) foi sinônimo de revolução, foi sinônimo de fazer parte da sociedade.

A Mudança da MTV


Pode parecer estranho, afinal em time que está ganhando não se mexe, mas as necessidades das emissoras de TV são completamente diferentes, por isso foi se modificando a forma de se fazer TV na MTV. E assim foi entrando na grade de programação programas que saiam do mundo da música e adentravam no cotidiano das pessoas.

É nesse momento em que os Reality Shows, comentados pouco mais acima, entram em cena e se tornam as principais atrações da emissora, fazendo com que o público comece a ficar desgostoso, afinal para eles a MTV era sinônimo de música e não programas. Os telespectadores queriam ver clipes, queriam cantores, cantoras, bandas, enfim eles queriam música, fazendo com que surgisse um certo descontentamento do público com a emissora. Entrava em cena também o advento da internet, o Youtube - aliás, os influenciadores digitais, ou youtubers, como são conhecidos, fazem algo muito parecido com o que já faziam os VJs da MTV.


E A MTV No Brasil? Quando Chegou? Se Firmou?


Claro que o Brasil não poderia ficar de fora da sensação, apesar de que a emissora só chegou em terras tupiniquins no final de 1990, mais precisamente no dia 20 de outubro ao meio dia, nesse dia a ex-VJ e hoje apresentadora Astrid Fontenelle entrava no ar, na primeira MTV de televisão aberta e já saudava-nos com um sonoro: 
"está no ar, a MTV Brasil!".
A emissora brasileira fazia parte de uma concessão da MTV americana, o Grupo Abril comprou 25% dos direitos e passou a transmitir clipes e programas. O mesmo sucesso que foi nos Estados Unidos, acabou acontecendo aqui no Brasil. VJs se tornaram pessoas famosas e muita gente que hoje é considerada ícone da televisão brasileira, já passou pela tela da MTV Brasil

O Começo do Fim da MTV Brasil



Em 2009, depois de 19 anos de uma emissora bem sucedida, a MTV Brasil começa a dar sinais de desgaste. E sim podemos considerar esse como o inicio do fim da MTV Brasil, com os altos investimentos em programas similares aos chamados enlatados americanos, o público começou a não assistir tanto a emissora que era sinônimo de audiência.

Quando foi em 2012 vários jornalistas com especialidade em mídia, começaram a falar dos problemas da emissora mais abertamente. Eles afirmavam que o Grupo Abril iria vender ou devolver os direitos sobre a marca o mais breve possível para a Viacom. Mesmo com todos os indícios, os VJs brasileiros faziam de tudo para desvincular essa imagem, criavam paródias e apresentavam, ou seja eles tiravam sarro da própria desgraça sem saberem que iriam sim ficar desempregados.

A marca da MTV Brasil foi exatamente o fato de tentar fugir dos enlatados americanos, os reality shows que tanto lotam a programação brasileira. Aqui a grade era constituída por muitos programas humorísticos e assim foi até o seu final, quando os VJs faziam graça com a situação em que se encontravam.

A confirmação da devolução da marca MTV veio em meados de 2013, quando o Grupo Abril confirmou que iria se desfazer da TV e não iria abrir nenhuma nova como se foi especulado. A primeira VJ que apareceu na tela da MTV, lá em 1990 voltou a emissora para se despedir, Astrid Fontenelle se comoveu com o fim que a emissora que abriu as portas para seu trabalho estava tendo, então ela apresentou uma chamada no último dia de transmissão da programação da MTV Brasil.

Conclusão

O legado


E a MTV continuou inovando, desafiando a caretice televisiva com campanhas incríveis, provocando, tirando sarro de si mesma. Nos últimos meses, todos trabalhavam quase acreditando que aquilo nunca iria acabar.

E, no último dia 30 de setembro de 2013, assistimos aos últimos momentos com os funcionários que restaram. Não eram muitos, mas todos muito apaixonados por aquilo tudo. Todos se abraçaram, choraram, comemoram a história bonita que fizeram juntos.

A MTV deixou, sim, um legado. Foi ali que muita gente aprendeu a fazer televisão. Gente que está, nesse momento, em outras emissoras, levando um pouco do DNA da MTV. É só prestar um pouco de atenção e ver que "aquele programa é bem MTV". Que aquela apresentadora começou lá. Que aquele sujeito que você gosta tanto também passou por lá. Tanta gente bacana, que está por aí, fazendo outras coisas, que, tenho certeza, nunca vai esquecer as coisas que realizou na MTV.

Eles fizeram uma televisão incrível. Com toda certeza, fizeram história! E certamente  têm o maior orgulho de ter feito parte dessa trajetória. Eu, como telespectador, só tenho a dizer: obrigado, MTV Brasil!

Entretanto, não se sintam órfãos, a Viacom manteve a MTV, porém com outro formato e outros programas - nem de longe nada parecido com "a original" -, lembrando que a MTV não se encontra mais em tv aberta, ou seja, só quem tem tv a cabo pode assistir (eu, não faço nenhuma questão, nem sei qual é o canal, aliás, não sei, não quero saber e tenho raiva de quem sabe).


A Deus, o Pai, toda glória. 
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