"Vida longa eu lhe darei, e lhe mostrarei a minha salvação (...) Mesmo na sua velhice, quando tiverem cabelos brancos, sou eu aquele, aquele que os susterá.
Eu os fiz e eu os levarei; eu os sustentarei e eu os salvarei. (...) Mesmo na velhice darão fruto, permanecerão viçosos e verdejantes" (Salmo 91:16, Isaías 46:4; Sl 92:14).
Igrejas cada vez mais esteticamente jovens (em seus cenários, liturgias, linguagens e objetivos) contrastam com o desafio de incluir a população com 60 anos ou mais.
Não poucas vezes, a incompreensão e o esquecimento fazem parte dessa faixa etária que necessita ser pastorada e desafiada a continuar cumprindo a missão de Deus no mundo.
O preconceito etário (chamado de etarismo) praticado pela igreja evangélica atual é o tema de mais um capítulo da nossa série especial de artigos Direto ao Ponto.
A importância dos idosos para a comunidade cristã
"O cabelo grisalho é uma coroa de esplendor, e obtém-se mediante uma vida justa" (Provérbios 16:31).
Os velhos ainda sonham (Joel 2:28; Atos 2:17) e o legado vivo de gerações antigas é essencial para a construção de uma nova geração edificada pelo passado, consciente do presente e impulsionada para o futuro.
Essa mudança demográfica já apresenta desafios para o governo, sobretudo em áreas como saúde e previdência social, mas também podemos considerar grandes oportunidades para a igreja brasileira.
Esse cenário exige preparação e estratégias específicas para atender a essa crescente parcela da sociedade.
Essa mudança demográfica já apresenta desafios para o governo, sobretudo em áreas como saúde e previdência social, mas também podemos considerar grandes oportunidades para a igreja brasileira.
Esse cenário exige preparação e estratégias específicas para atender a essa crescente parcela da sociedade.
A Igreja diante de um Brasil mais velho. Esse é um fato do qual não há como nenhuma área social fugir ou ignorar, o que exige de todos os poderes políticos e lideranças religiosas, maior atenção e investimentos que alcancem esse público.
É imprescindível que a igreja, reconhecendo a importância dos idosos no seu contexto, explore questões como: a igreja como uma expressão intergeracional, os desafios pastorais quanto às pessoas idosas, a linguagem e a comunicação inclusiva, as oportunidades vocacionais aos idosos, entre outros.
É imprescindível que a igreja, reconhecendo a importância dos idosos no seu contexto, explore questões como: a igreja como uma expressão intergeracional, os desafios pastorais quanto às pessoas idosas, a linguagem e a comunicação inclusiva, as oportunidades vocacionais aos idosos, entre outros.
A Bíblia e os idosos
A Bíblia nos ensina a honrar e respeitar os idosos (Levítico 19:32). Isso significa que devemos mostrar reverência aos mais velhos e tratar os idosos com dignidade, reconhecendo a sabedoria que eles adquiriram ao longo da vida.
A primeira carta de Timóteo 5:1 também enfatiza a importância de tratar os idosos com gentileza:
“Não repreendas asperamente a um velho, mas admoesta-o como a um pai; aos moços, como a irmãos.”
A admoestação deve ser feita com respeito, como se estivessem falando com um pai ou irmão mais velho.
Os idosos merecem ser valorizados por sua experiência de vida (Provérbios 20:29). A Bíblia reconhece que a beleza dos cabelos brancos é um sinal de sabedoria e experiência acumulada ao longo dos anos.
Os jovens também podem aprender muito com os idosos. Salmo 71:18 diz:
“Agora, quando estou velho e de cabelos brancos, não me desampares, ó Deus, até que tenha anunciado a tua força a esta geração, e o teu poder a todos os vindouros.”Os idosos têm muito a ensinar aos jovens sobre a vida, a fé e o amor de Deus.
A Bíblia também aconselha os idosos a viverem com temperança e sabedoria. Tito 2:2-5 diz:
“Exorta os velhos a que sejam temperantes, sérios, sóbrios, sãos na fé, no amor, e na constância; as mulheres idosas, semelhantemente, que sejam reverentes no seu viver, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras do bem, para que ensinem as mulheres novas a amarem aos seus maridos e filhos, a serem moderadas, castas, operosas donas de casa, bondosas, submissas a seus maridos, para que a palavra de Deus não seja blasfemada.”
Os idosos devem viver com sabedoria e dar bons exemplos, especialmente às gerações mais jovens, para que a palavra de Deus seja respeitada e valorizada.
Concluindo, podemos afirmar que esses textos das Escrituras alimentam nossas esperanças, de um lado, e, de outro, nossa inconformidade com a falta de amor e de compreensão, com a insensibilidade e a exploração em relação às pessoas idosas.
Cenário atual
Os mais recentes dados do IBGE registraram o aumento de na população brasileira com 60 anos de idade ou mais: de 11,3% em 2012 para 15,1% em 2022.
O Sudeste tem o maior percentual de idosos, com 17% da população total. O Sul acompanha de perto, com 16,5%. A região com menos idosos é o Norte, com apenas 10,2%. Centro-Oeste tem 12,1%. Nordeste, 14%.
O Sudeste tem o maior percentual de idosos, com 17% da população total. O Sul acompanha de perto, com 16,5%. A região com menos idosos é o Norte, com apenas 10,2%. Centro-Oeste tem 12,1%. Nordeste, 14%.
Cada vez mais o tema do envelhecimento vem sendo abordado, tanto nos países desenvolvidos quanto nos países do terceiro mundo.
No Brasil, o envelhecimento da população é um fenômeno relativamente recente; entretanto estudos têm apontado, de forma recorrente, que o processo de envelhecimento da população brasileira é considerado irreversível — diante do comportamento da fecundidade e da mortalidade registrado nas últimas décadas e do esperado para as próximas.
Segundo o IBGE, em 2050 seremos 259,8 milhões de brasileiros e nossa expectativa de vida, ao nascer, será de 81,3 anos, a mesma dos japoneses hoje.
No Brasil, o envelhecimento da população é um fenômeno relativamente recente; entretanto estudos têm apontado, de forma recorrente, que o processo de envelhecimento da população brasileira é considerado irreversível — diante do comportamento da fecundidade e da mortalidade registrado nas últimas décadas e do esperado para as próximas.
Segundo o IBGE, em 2050 seremos 259,8 milhões de brasileiros e nossa expectativa de vida, ao nascer, será de 81,3 anos, a mesma dos japoneses hoje.
Estima-se que nos próximos vinte anos a população de idosos no Brasil poderá alcançar e até mesmo ultrapassar a cifra dos trinta milhões de pessoas, o que representará aproximadamente 13% da população.
Esse crescimento traz a consciência da existência da velhice como uma questão social.
Questão esta que pede grande atenção, pois está diretamente relacionada com crise de identidade, mudança de papéis, aposentadoria, perdas diversas e diminuição dos contatos sociais.
Perspectiva
Como crente num evangelho integral, creio que o envelhecimento da população enquanto questão social urgente deveria estar na pauta, senão de todas, da maioria das igrejas, dos ministérios, das agências missionárias etc.
Mas como várias outras questões urgentes do mundo contemporâneo, a velhice está longe de ser importante para a maioria dos líderes cristãos.
O descaso é tamanho, que foge à lógica não só do “mundo”, como da teologia de muitas igrejas.
A membresia da maior parte das igrejas históricas, pentecostais e neopentecostais é constituída por um número expressivo de pessoas com faixa etária acima de 60 anos ou muito próxima disso.
É comum ver igrejas que têm os idosos como grupo majoritário em sua membresia.
São pessoas que, se não ajudaram a fundar a igreja, são responsáveis diretas para que o estabelecimento continue de pé.
No linguajar evangélico é nessa faixa etária que está a maior parte dos “membros fiéis”. Apesar do maior “tempo de casa” e do maior comprometimento, apesar dos serviços prestados e do momento atual demandar necessidades das mais diversas (bio-pscico-espiritual), o que a igreja faz por eles? Nada.
Enquanto isso para outros grupos etários e sociais a criatividade para criar programas e reuniões é tamanha que beira ao ridículo não poucas vezes.
É um festival de incoerências e ideias fora do lugar que daria várias páginas pra descrever, contudo, para muitos líderes está tudo certo “como dois e dois são cinco”.
A falta de lógica em não abraçar essa questão é também teológica, pois sabemos que a doutrina de salvação de muitas denominações garante ao individuo ser livre do inferno até minutos antes de sua morte, desde que este aceite Jesus e confesse seus pecados.
Sendo assim, não seriam os idosos, os que estão mais próximos de seu destino eterno, o maior grupo de risco?
Contrariando as estatísticas e as doutrinas, o que vemos são os recursos financeiros e humanos da maioria das igrejas serem destinados a tudo, ou quase tudo, menos, é claro, àquela que é chamada pelo “mundo” de melhor idade.
Conclusão
Valorizar os idosos não é apenas uma questão de obediência a Deus, mas também uma oportunidade para a igreja aprender com sua sabedoria e experiência acumuladas.
Em um mundo que frequentemente despreza o que é antigo, a igreja deve ser um exemplo de contracultura, demonstrando honra e cuidado para com aqueles que tanto contribuíram para o Reino de Deus e ainda possuem um legado a ser passado adiante.
Os idosos são uma parte essencial da comunidade cristã. Eles carregam histórias de fé, testemunhos de perseverança e lições valiosas que podem guiar as gerações mais jovens em tempos de dúvida e dificuldade.
Ao criar ministérios específicos para a terceira idade, a igreja não só oferece suporte prático e emocional, mas também resgata uma perspectiva bíblica de respeito e dignidade.
Além disso, ao integrar os idosos em atividades e serviços, a igreja fortalece seus laços como corpo de Cristo, onde cada membro tem um papel significativo.
Os idosos podem ser mentores, intercessores, conselheiros e até pioneiros em novas iniciativas que abençoem a igreja e a sociedade.
A importância do envolvimento dos idosos vai além da igreja local.
Em um contexto social onde muitos enfrentam o isolamento e o abandono, a igreja pode ser uma luz na escuridão, demonstrando o amor de Cristo de maneira prática e transformadora.
Cuidar dos idosos é, também, uma forma de testemunho para o mundo, mostrando que o Reino de Deus valoriza cada fase da vida.
Portanto, que possamos enxergar a velhice como um dom e os idosos como pessoas muito preciosas em nosso meio.
Que eles sejam ouvidos, respeitados e envolvidos em todas as esferas da vida comunitária.
Que eles sejam ouvidos, respeitados e envolvidos em todas as esferas da vida comunitária.
Assim, estaremos não apenas obedecendo aos mandamentos de Deus, mas também edificando uma igreja mais forte, unida e fiel ao chamado do Senhor.
Que a graça de Deus nos capacite a honrar e valorizar os anciãos em nosso meio, reconhecendo neles um reflexo do próprio caráter divino, cheio de sabedoria, paciência e amor.
Ao fazermos isso, experimentaremos um crescimento saudável, onde todas as gerações caminham juntas, glorificando ao Senhor.
[Fonte: Visão Mundial; Ultimato, original por Leandro Gonçalves Lança graduando em Ciências Sociais; Teologia Brasileira, original por Franck Neuwirth Doutor em Ministério pelo Reformed Theological Seminary, EUA, em parceria com o Centro de Pós-graduação Andrew Jumper; Good Prime]
Ao Deus Todo-Poderoso e Perfeito Criador, toda glória.

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