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sábado, 13 de abril de 2024

ESPECIAL — O DESAFIO DE ENFRENTAR O LUTO

Esta semana aconteceu um fato muito desagradável e que muito me entristeceu: a perda repentina de uma colega de trabalho. Apesar de saber que ela já há algum tempo lutava contra um câncer e mesmo não tendo tido a oportunidade de um relaciomento mais estreito com ela, tendo sido restrito nosso contato apenas no ambiente profissional e, eventualmente, através das redes sociais, o pouco tempo de convivência foi o suficiente para constatar o quanto ela era uma pessoa alegre, divertida, de bem com a vida e mesmo apesar das dores provenientes da sua enfermidade, ela estava sempre pra cima, com um belo sorriso no rosto, cativando e contagiando a todos. 
Descanse em paz, Viviane!
Pois bem, este lamentável acontecimento foi o que me inspirou a escrever/postar o texto deste artigo, pois é fato incontestável que, mesmo sabendo de sua iminente possibilidade, nenhum de nós nunca está preparado para enfrentar o luto. Como estudante de Psicanálise, fui pesquisar como esse sentimento de perda e ruptura de laços emocionais, pode nos atingir em nossa psique e quais as estratégias para que possamos ao menos tentar conseguir superá-lo.

O que é o Luto?

Considerações acerca do Luto em Freud

O luto é caracterizado como uma perda de um elo significativo entre uma pessoa e seu objeto, portanto, um fenômeno mental natural e constante no processo de desenvolvimento humano. 
O processo de luto está inevitavelmente presente na dinâmica entre os dois polos da existência humana: a vida e a morte. Para compreender tal princípio, irei explorar as concepções de luto e seu processo, a partir da ótica psicanalítica, utilizando as contribuições conceituais de Sigmund Freud (✩1856/✞1939) e de Melanie Klein (✩1882/✞1960).

O luto é caracterizado como uma perda de um elo significativo entre uma pessoa e seu objeto, portanto um fenômeno mental natural e constante durante o desenvolvimento humano. 

Nesse contexto, por se tratar de um evento constante, acaba implicando diretamente no trabalho de profissionais da saúde, tornando-se um conhecimento necessário para o amparo adequado àqueles que sofrem a perda.

A ideia de luto não se limita apenas à morte, mas o enfrentamento das sucessivas perdas reais e simbólicas durante o desenvolvimento humano. Deste modo, pode ser vivenciado por meio de perdas que perpassam pela dimensão física e psíquica, como os elos significativos com aspectos pessoais, profissionais, sociais e familiares do indivíduo. 

O simples ato de crescer, como no caso de uma criança que se torna adolescente, vem com uma dolorosa abdicação do corpo infantil e suas significações, igualmente, o declínio das funções orgânicas advindo com o envelhecimento. A capacidade de o indivíduo, desde a infância, se adaptar às novas realidades produzidas diante das perdas servirá como modelo, compondo um repertório, reativado em experiências ulteriores.

Para compreender o conceito de luto dentro da perspectiva psicanalítica foi necessário partir pela obra do precursor da investigação da psique, Sigmund Freud. O autor sistematizou teoricamente fenômenos até então incompreendidos sobre o funcionamento mental. Diante disso, sob a perpectiva de Melanie Klein, não há negativa em relação à concepção do desenvolvimento como base da teoria da sexualidade, mas que a partir dela, construiu a sua teoria com novas contribuições.

Partindo pelo pressuposto de a Psicanálise ter uma linha de pensamento desenvolvimentista, seria totalmente impreciso tomar o caminho pelo entendimento do luto na obra dos autores, sem antes compreender os seus conceitos clássicos, que apresentam, por intermédio do desenvolvimento infantil, efetivas contribuições para o conceito do Luto.

Ao explicar o conceito em "Luto e Melancolia", Freud (1915) o entende como uma reação à perda, não necessariamente de um ente querido, mas também, algo que tome as mesmas proporções, portanto um fenômeno mental natural e constante durante o desenvolvimento humano.

Assim como o ser humano é singular, a forma de receber e enfrentar o luto, também difere de pessoa para pessoa


O sofrimento frente a uma perda é inevitável. Nesse sentido, para sair desse limbo, é importante encontrar um direcionamento para a resolução do luto, a reorganização da vida e o investimento em um emocional saudável, com um novo sentido de existência.
O luto é um conjunto de sentimentos que vem após uma perda significativa. Logo, seu processo é uma adaptação à ausência de algo, ou alguém, e se organiza quando a falta é tomada como algo real.
O significado de luto, no entanto, sempre será diferente para cada pessoa. Entretanto, apesar da dor, o processo é saudável e necessário para a cicatrização e elaboração das feridas emocionais provocadas pela falta.

Logo, é um trabalho subjetivo, mobilizado por uma resposta inevitável que move o indivíduo a viver um processo de ajustes em todos os setores da vida.

Quando a morte leva alguém que amamos, muitas pessoas tentam assumir posturas contrárias aos seus sentimentos de dor, por medo de não sair da situação de tristeza e amargura. Porém, o correto, por pior que pareça, é se permitir sofrer.

Portanto, somente quando extravasamos as emoções é que conseguimos aceitar os fatos. Sendo assim, vale afirmar que, a privação dos sentimentos podem acarretar em problemas psicológicos e desenvolvendo um tipo de patologia, chamado luto patológico.

Em cada uma das fases do luto, o mais importante é vivenciá-las, pois é uma etapa que precisamos encarar para aceitar e compreender os processos da vida. Logo, um profissional especialista pode ser de extrema ajuda no apoio ao indivíduo, proporcionando uma adaptação e uma retomada à vida no seu cotidiano.

Como enfrentar o luto?


O luto é um desafio interno repleto de angústia, dor e questionamentos. Nós nunca sabemos o dia de amanhã, tampouco quando será a nossa hora, ou a hora do outro. No entanto, o período pós perda costuma ser intenso e cheio de significados para quem está nele.

Falar sobre a morte, no geral, é muito delicado. Entretanto, muitos de nós temos a tendência de considerar a morte como um fato aceitável e natural apenas na velhice. Isso, por sua vez, acaba dificultando a nossa aceitação quanto o óbito é inesperado.

Nesse sentido, compreender a morte é fundamental no tratamento de todos que passaram e ainda passam pelo luto. Cada um precisa levar o tempo que for preciso para recompor-se e superar o grande choque da perda.

O luto patológico


O luto patológico, ou luto complicado, é marcado por uma intensificação dos sentimentos, impedindo a reorganização da vida, a superação e o início de projetos futuros. Diante disso, sentimentos de raiva, culpa, impotência, perda, ansiedade, depressão, tristeza e desamparo fazem parte desse conjunto de rompimento do vínculo.

Nestes casos, o acompanhamento psicológico é essencial para o indivíduo. Lidar com a morte nunca foi algo fácil, e algumas pessoas costumam ter mais dificuldades do que outras para entender o processo.

Ainda, vale ressaltar que, podemos classificar o processo de luto como toda adaptação à perda, independente do que se trata, sendo assim, não exclusivo à morte. Dessa forma, entende-se também que ele ocorre quando há algo que abala emocionalmente a vida de alguém, podendo ser considerado como luto também, o término de um relacionamento.

O tipo de morte impacta no luto?


No luto relacionado a morte, podemos falar de diversos tipos de óbito: o natural, o não natural (acidentes, violência, suicídio), os decorrentes de doenças graves e também imprevistos clínicos. Visto isso, o ambiente e a forma em que a morte ocorre determinam em grande amplitude a forma que ela vai ser encarada.

No entanto, o comportamento frente a morte é determinado por diversos fatores e, muitas vezes, dependendo de como a pessoa falece, digerir o acontecimento se torna mais difícil. Nesse sentido, é muito mais fácil aceitar que uma pessoa, já aos 90 anos, morreu por doença, do que aceitar que um jovem de 18 anos morreu em um acidente.

Para amenizar o sentimento de luto, costumamos criar repertórios para lidar com o rompimento do vínculo. Logo, sempre tentamos justificar o óbito, mas dependendo do caso, como justificar? Como entender o por quê aquilo aconteceu?

Uma hora os repertórios se tornam inexistentes e dizer “viveu tudo o que tinha pra viver e agora vai descansar em paz” já não se torna mais um consolo. O tipo de morte impacta no luto. De fato, o ser humano não está preparado para enfrentar a transitoriedade da vida. Desse modo, a dor da perda é avassaladora para o emocional das pessoas submetidas a essa experiência.

A subjetividade do luto


Não há como denominar tipos de luto, ele é um processo único e individual. Contudo, pode-se interpretá-lo em níveis, que partem da ideia de aceitação e da intensidade emocional com a qual o momento é vivido.

Sendo assim, não são todas as pessoas que choram compulsivamente e descontroladamente. Dessa maneira, há também pessoas que conseguem manter sua rotina normalmente, porém, isso não significa que elas não estejam no mesmo processo de dor e compreensão. São somente modos distintos de lidar com a perda.

Além disso, existe também também o luto de pré-morte, ou seja, quando alguém passa por um processo irreversível e os familiares e amigos queridos já começam a aceitar a perda antes mesmo dela de fato acontecer.

As 5 fases do luto


Apesar do luto ser um processo individual e que varia de pessoa para pessoa, na maioria das vezes, ele segue uma padronização até sua esperada superação. Diante disso, a psiquiatra Kübler-Ross aponta cinco fases para a elaboração do luto: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação.

Contudo, essas denominações não significam o fim do sofrimento, mas um período em que a pessoa deixa de lutar contra o fato de que a morte aconteceu, o que facilita o enfrentamento.

No entanto, quando falamos em elaboração do luto, nos referimos à vivência da perda e das dificuldades em entrar em contato com as contingências do vazio que a falta causa.

Alguns autores colocam um período de quatro meses até dois anos para a superação de uma perda. Entretanto, o que determina esse processo e a magnitude deste fato é o vínculo que existia com a pessoa que morreu. Dessa forma, alguns estudos classificam o luto em cinco etapas:

  • 1. Negação — Esta primeira fase acontece após o recebimento da notícia. É definida pela negação da realidade e do problema. A longo prazo, a ficha parece ainda não ter caído, desse modo, a pessoa sempre tenta achar algum jeito para relembrar a perda.
Contudo, as pessoas costumam cheirar as roupas usadas do falecido, vestir seus acessórios, passar tempo vendo fotos e vídeos, chorar bastante e sentir desânimo para realizar suas atividades diárias nessa fase. No primeiro momento, é preciso tempo para digerir a situação.

  • 2. Raiva — Os dias passam e a ficha começa a cair. Por que isso aconteceu? Nessa fase, a raiva toma conta da pessoa por considerar uma injustiça a morte de seu ente querido. Logo, buscam um culpado pelo ocorrido – muitas vezes eles mesmos. Será que eu poderia ter feito algo que impedisse a morte? E se ele não tivesse saído de casa naquele dia?
Todavia, os questionamentos só aumentam e parece inacreditável que aquilo tenha acontecido com alguém que você ama tanto. Os pássaros continuam cantando, as pessoas continuam seguindo suas vidas e o sol brilha como sempre. É revoltante pensar que a vida continua mesmo com seu coração devastado.

  • 3. Negociação — A rotina exige que você continue a vida e você decide sair da fossa. Visto isso, na etapa de negociação a pessoa busca uma solução para alterar o que aconteceu. Geralmente, negocia possíveis mudanças e realiza promessas para si mesmo.
Viver para fazer jus ao legado que a pessoa querida deixou, entrar para projetos sociais e realizar desejos que o falecido não pode cumprir são formas de continuar a vida com um propósito e que, são comuns de serem elaboradas nessa fase.

  • 4. Depressão — Mesmo tentando continuar a seguir em frente, o período de depressão surge após a pessoa dar continuidade a sua vida e perceber a falta da pessoa amada. Logo, a dor, a tristeza e cansaço ficam mais fortes.
O indivíduo se isola e sente-se impotente diante da situação. Sendo assim, os dias parecem tristes, e nada faz sentido. Na etapa de depressão, a realidade é enxergada com mais clareza e a morte do ente querido já não parece mais algo irreal.

  • 5. Aceitação — O tempo passa, as informações vão se organizando e aquele processo doloroso vai chegando ao fim. A saudade ainda continua, mas a compreensão faz com que seja possível enxergar novamente a vida com paz e sem a pessoa amada.
Na quinta etapa, a morte é aceita. Diante disso, compreendemos o acontecimento e não mais sentimos raiva, apenas entendemos e seguimos a vida como ela deve ser seguida. Ao lembrar do falecido, ainda dói, mas nosso dia a dia não é mais tomado por aquela profunda angústia de antes.

 

O que é normal de sentir no período de perda?


Falar sobre o luto é importante, então, devemos conhecer também os sentimentos e consequências que podem se aflorar nesse período complicado. Entende-se, por sua vez, que não há como superar a morte de uma maneira fácil e cada pessoa sente a dor de forma diferente.

Algumas pessoas serão marcadas pelo isolamento social, baixa autoestima e pessimismo durante o tempo de luto, enquanto outras poderão percorrer as etapas do luto com impulsividade, hostilidade e agressividade.

De qualquer forma, a dor do luto precisa ser sentida. Um dos cuidados, entretanto, no período de luto é com a utilização de substâncias lícitas (álcool, tabaco) ou ilícitas (drogas tóxicas). A busca da realidade por meio desses agentes pode ser muito prejudicial para a saúde e dificulta a melhora emocional.

De qualquer forma, o processo de luto dá sinais de quando ocorre e devemos prestar atenção neles para procurar ajuda caso os sintomas sejam excessivos e persistentes. No período de luto, após receber a notícia de morte de alguém, é comum:
  • Ter crises de choro, raiva, estresse e ansiedade;
  • Apresentar sintomas de alimentação compulsória ou falta de apetite;
  • Sofrer com insônia;
  • Passar dias melancólicos;
  • Demonstrar sinais depressivos;
  • Apresentar falta de vontade de exercer qualquer atividade, como estudo e trabalho.

Como acabar com a dor do luto?


Primeiramente, é importante destacar que o luto não é um transtorno ou uma doença, ele é um processo natural de aceitação. Portanto, todos aqueles que sofreram perdas de entes queridos estão dentro do período de luto.

Não é necessário, nem indicado, que haja controle emocional por meio de medicamentos e tratamentos mais específicos, pois os sentimentos não devem ser, de forma alguma, contidos, e sim superados e compreendidos.

Desta maneira, o mais indicado para acabar com a dor do luto é um acompanhamento psicológico para que haja uma assimilação melhor dos fatos para que, assim, a dor emocional seja amenizada.

Contudo, aconselha-se o tratamento psiquiátrico somente em casos de reações psíquicas no processo emocional, ou seja, quando o estresse, a insônia e a depressão tomarem o controle da situação e da vida da pessoa.
Dicas para superar o luto

A morte é um tabu, um assunto que se evita, poucos falam e temem. No entanto, não é possível falar com exatidão quanto tempo dura o luto e como superá-lo. Por conta disso, é interessante saber de algum modo dicas sobre como lidar com a morte de alguém próximo.

Afinal, a única certeza que se tem na vida, é que um dia seremos acometidos por esse fenômeno. Nesse sentido, veja a lista de dicas importantes para você saber e praticar:
  • 1. Dê tempo ao tempo — No período de luto, é importante dar chance ao tempo, procurar encarar o luto como sinal de processo e um ciclo que terá fim. Ele poderá durar bastante tempo, por isso, é importante se livrar de cobranças e expectativas.
  • 2. Procure ajuda profissional — Procurar ajuda psicológica é uma maneira excelente de lidar com a dor, porque só assim a pessoa terá oportunidade de falar tudo o que sente e que a incomoda. Por conseguinte, o psicólogo poderá ouvir e aconselhar, respeitando a dor e direcionando o paciente da melhor forma.
  • 3. Não deixe a rotina de lado — Lidar com o luto pode ser complicado, por isso, continue a vida da melhor forma possível, ou seja, vivendo a rotina, mesmo que seja difícil se esforce. No entanto, conseguir continuar a fazer o seus afazeres poderá te ajudar a sair do limbo da angústia constante.
  • 4. Recorde com amor — Tenha sempre em mente boas lembranças, reviva somente as memórias boas e momentos felizes. Leve com carinho a pessoa amada lembre-se o pra que ela viveu, e não o por que morreu, esse é um ótimo exercício de fixação que te ajudará a aceitar a perda de forma mais leve.
  • 5. Faça atividades prazerosas — Reserve mais tempo para descansar, se cuidar e dar uma atenção maior para as coisas que gosta de fazer, momentos de lazer são importantes para aliviar a ansiedade e angústias trazidas pela morte. Atividades prazerosas aumentam o estímulo de hormônios responsáveis pela felicidade!

Como confortar alguém de luto


O luto é um período difícil não só para quem está vivenciando o processo. Logo, as pessoas ao redor também são fortemente impactadas pelos sentimentos de perda do outro, bastam ter um pouco de empatia.

Muitas vezes não sabemos o que dizer, como nos portar ou o que falar para alguém que perdeu algum amigo ou familiar próximo. No entanto, não existe palavra certa ou um remédio especial que vá tirar a dor do outro mas, algumas atitudes podem amenizar, mesmo que temporariamente, o sofrimento. Em contrapartida, para confortar alguém de luto:
  • Preste suas condolências;
  • Diga que está presente para o que acontecer;
  • Pergunte se deseja companhia ou se quer conversar sobre;
  • Dê um abraço bem forte;
  • Além das palavras, demonstre com atitudes dias depois. Faça uma visita, leve um café ou um presente para mostrar que você se importa.

A terapia do luto como auxílio emocional


Mesmo que seja possível, não precisamos lidar com tudo sozinhos. Visto isso, a terapia do luto é uma estratégia de tratamento psíquico utilizada para que o luto seja superado e o ciclo com a pessoa falecida seja encerrado.

Contudo, é importante que o profissional tenha conhecimento em tanatologia e em terapia de luto para que as intervenções terapêuticas cooperem de forma eficaz nas reações frente à vivência da morte.

O psicólogo especialista em terapia do luto permite que as pessoas se sintam amparadas, validadas por seus sentimentos e produz reflexão, elaboração e aceitação do luto.

Conclusão


Ao falar do luto, percebemos que não há muitas diferenças. Em meio a uma corrida constante pela felicidade e soluções milagrosas para o sofrimento, quase não resta espaço para vivenciar o luto. É comum que as pessoas queiram acelerar esse processo para dar fim à angústia e tudo voltar a ficar "bem". 

Porém, é importante compreender que esta vivência é tão imprevisível, quanto necessária. Não existe uma ordem específica para as etapas do luto, assim como não há certo ou errado. 
Cada pessoa experimenta a dor de forma diferente, podendo haver altos e baixos emocionais, momentos de avanço e outros de retrocesso, um processo que pode durar meses ou anos. Por isso, trata-se de uma jornada individual que exige tempo, paciência e apoio.

A importância do sentir


Aceitar os sentimentos desagradáveis resulta em mais benefícios à saúde mental do que evitá-los ou negá-los. Sentir e reconhecer o próprio estado emocional leva ao autoconhecimento e tende, ao longo do tempo, à aceitação e redução do sofrimento, enquanto que a negação perpetua o conflito entre o indivíduo e suas emoções.

No entanto, em uma sociedade imediatista e permeada pela positividade tóxica é comum solucionar e julgar qualquer situação ou comportamento. Neste contexto, ficamos mais angustiados com os momentos de pesar, já que não nos permitimos sentir.

Esquecemos que a solução está em prestar atenção nas nossas emoções, trazendo maior consciência ao momento presente e, dessa forma, ter a oportunidade de experienciar genuinamente os acontecimentos.
O luto é uma travessia por um percurso que precisa ir da dor da perda até a completa ressignificação da pessoa que fica. Em conclusão, compreender esse trajeto implica na necessidade de conhecer e descobrir-se e, com isso, atingir uma nova dimensão enquanto ser humano.
Em tempos de redes sociais, excesso de informações e mensagens instantâneas, precisamos aprender a parar, sentir e observar a nós mesmos, respeitando nossas necessidades, vontades e limites.

[Fonte: Telavita, original por Psicóloga Sonia Pittigliani - CRP 06/14188 (https://www.telavita.com.br/app/psicologia-online/sonia-maria-campos-pittigliani); Pepsic - Periódicos Eletrônicos em Psicologia, original por Andressa Katherine Santos Cavalcanti e Milena Lieto Samczuk — Discentes 5º ano de Formação em Psicologia, Universidade Metodista São Paulo, Tânia Elena Bonfim — Doutora em Psicologia Clínica pelo Instituto Psicologia USP e Docente supervisora do Curso de Psicologia da Universidade Metodista de São Paulo, ambos acessados em 13 de abril de 2024]

Ao Deus Todo-Poderoso e Perfeito Criador, toda glória.

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