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segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

OS "HERÓIS DESCONHECIDOS" DA BÍBLIA — NATÃ

Em mais um capitulo da minha série especial de artigos, vamos conhecer mais um dos "'Heróis Desconhecidos' da Bíblia". Aqui, falarei sobre o profeta Natã. Apesar de sua grande relevância no registro do Antigo Testamento, geralmente, quando se fala sobre Natã, é como um coadjuvante na história do grande protagonista, o rei Davi.

Porém, é importante que conheçamos mais acerca desse corajoso profeta de Deus, com quem temos muito a aprender. 
Quem foi Natã o profeta que repreendeu Davi? No cenário bíblico, encontramos figuras proféticas de grande importância; e alguns deles ficaram conhecidos pela sua coragem e fidelidade a Deus. Este, sem dúvida, é o caso de Natã, cuja história, conheceremos aqui.
Vamos entender quem foi o profeta que desempenhou um papel fundamental na vida do rei Davi. Neste artigo, exploraremos as passagens bíblicas que ele se destacou e quais lições podemos aprender sobre arrependimento, justiça e o relacionamento com Deus.

Qual a origem de Natã?


Primeiramente, a Bíblia não passa os detalhes sobre a vida deste profeta, mas ainda assim, a sua presença nos ensina sobre a importância da obediência a Deus. Percebemos que ele foi um profeta fiel e cumpriu sua missão com coragem, mesmo quando suas palavras envolviam repreensões.

O profeta Natã descendia da tribo de Levi e foi pai de dois filhos que ocuparam importantes cargos no reinado de Salomão, filho do rei Davi. Seus nomes eram Azarias e Zabude (1 Reis 4:1-7). Natã teve um ministério profético muito importante na vida do rei Davi, pois foi ele quem revelou ao rei que de sua linhagem viria o Salvador do mundo: Jesus Cristo (2 Samuel 7:4-171 Crônicas 17:3-15). 

Natã (do hebraico Natan), que significa dádiva ou presente de Deus (ou "Deus deu"), foi o mais importante conselheiro para assuntos religiosos a residir na corte do rei Davi, em Jerusalém. Alguns o tratam como profeta, mesmo sabendo que sua função era outra. Os relatos sobre esse personagem são encontrados em 2 Samuel 7:1-17 e no Livro de Crônicas (1 Cr 29:29; 2 Cr 9:29).

O exercício ministerial de Natã


É interessante observar que a palavra "profeta" vem do hebraico "nabi". E, do grego "prophetes". E significa: 
"O que fala por Deus ou em lugar de Deus". 
Assim, o profeta é o "porta-voz" de Deus. O profeta é a pessoa por meio de quem se dá a conhecer a vontade e o propósito Divino (Lucas 1:70Atos 3:18-21). Sua missão e preservar o conhecimento e a vontade do Deus Todo-Poderoso, no momento por Ele determinado.

Naquele tempo, ser um homem de Deus e falar a verdade a um rei não era uma tarefa fácil. Muitas vezes, era necessário ser estratégico antes de enviar a mensagem divina.

Diante dessa dificuldade, sua atitude nos lembra que seguir os mandamentos de Deus e buscar Sua vontade são fundamentais para ser revestido da sabedoria do alto.

Foi Natã quem admoestou Davi quando este cometeu adultério com Bate-Seba, mulher de Urias, e cometeu o homicídio contra ele (2 Sm 12:1-15). Ao final, foi o próprio Natã quem ungiu Salomão o novo rei de Israel, e o empossou no cargo, depois da morte de Davi, seu pai (1 Reis 1:5-40). Salomão era filho do rei Davi com Bate-Seba, a viúva de Urias, o heteu.

Em grande parte, o ministério de Natã (o profeta de Deus nos tempos do rei Davi) foi dividido com outro grande profeta, seu contemporâneo: Gade. Ambos foram conselheiros do rei Davi (2 Cr 29:25-29). Inclusive, esses dois profetas aconselharam o rei Davi sobre os instrumentos musicais que deveriam ser utilizados no Templo do Senhor (2 Sm 7:1-17; 2 Cr 17).

Quando o profeta Samuel faleceu deixou escritos dois livros do Velho Testamento: Juízes e Rute. Deixou ainda um terceiro livro inacabado: 1 Samuel, o qual foi concluído pelos seus sucessores: Natã e Gade (1 Sm 25:1).

O livro 1 Samuel é um registro dos primórdios do reinado de Israel, salientando a obediência a Deus. Este livro abrange o tempo desde o nascimento de Samuel até a morte do primeiro rei de Israel, Saul.

Após a conclusão do livro 1 Samuel, Natã e Gade passaram a escrever conjuntamente o livro 2 Samuel, que é a continuação do anterior. Este livro é um registro do reinado de Davi, narrando as bênçãos que ele obteve, bem como as penas que recebeu de Deus ao pecar.
 

Natã e Davi


Quando Davi se perdeu por causa dos pecados cometidos, sobretudo do adultério, Natã é enviado por Deus para confrontar o rei e ajudá-lo no seu exame de consciência. Apresentou com muita sabedoria e discernimento o senso de justiça que o rei possuía, falou de sua unção e dos desejos de Deus. 

Davi, então, movido pela graça de Deus, arrepende-se e busca consertar seu caminho. Outro dado importante sobre o profeta é que Davi confia a ele a educação de seu filho Salomão, ao qual dá o nome de Jedidias (amado de Javé), o herdeiro do trono de Israel.

Natã tinha como único objetivo trazer de volta o chefe da nação que havia se perdido como a ovelha desgarrada das pastagens. Era um genuíno defensor das tradições de Israel e em algumas ocasiões confronta o rei para garantir que elas não se percam. 

Num primeiro momento, incentiva Davi a construir um templo em Israel para guardar a Arca da Aliança, que estava em tendas, mas, depois de uma comunicação íntima com Javé, comunica a Davi que o Senhor não quer mais um templo, mas garantirá sua dinastia para sempre.

O amigo do rei e da corte era um homem que amava a verdade e não hesitou em promovê-la, mesmo sabendo que poderia ser morto. Certamente esse era seu maior sofrimento: tentar curar e salvar Davi de suas ilusões. Nos maiores acontecimentos, complôs, injustiças e traições por parte do rei, o profeta Natã estava presente para orientá-lo.

Natã, um exemplo de fidelidade ao Senhor


Natã tinha uma profunda intimidade com o Senhor e esse foi seu chamado especial nesse contexto. Sua fidelidade ao rei pode ser interpretada atualmente como lealdade ao próprio Deus, que usa de todos os meios para garantir sua aliança. 

Natã com sabedoria iluminou a corte com seus ensinamentos, porém, o mais significativo foi ter a coragem de apontar ao soberano seus pecados, tocando a consciência e devolvendo a dignidade a quem havia praticado tantas atrocidades. O profeta é encarregado de colocar Deus no homem, de fazê-lo restabelecer sua conexão com o sagrado, mesmo que o martírio bata à sua porta.

Conclusão


A coragem de Natã é uma virtude a ser examinada e praticada para salvaguardar nossas tradições e os valores pelos quais lutamos. Nada fica impune diante de Deus e sempre é tempo para reverter os erros da história quando existe arrependimento e compromisso com a vida. Foi isso que Natã anunciou a Davi, que humildemente acolheu e mudou sua jornada.

Assim, compreendendo quem foi Natã, podemos tomar a posição de servo fiel e prudente, colocando o direito que Deus nos deu, acima de tudo. Dessa maneira, nunca perderemos de vista o amor incondicional de Deus, que está sempre pronto para nos receber de volta e nos dar uma nova chance.

Essa experiência do profeta nos mostra, portanto, que quando somos separados para levar a mensagem de Deus, não devemos temer a posição ou prestígio do receptor da mensagem. Porém, devemos pedir a Ele condições de ajudar aquela pessoa ao arrependimento para, por fim, voltar o seu relacionamento com o Criador.

[Fonte: Personagem Bíblico, original acessado em 15/02/2024; Biblioteca do Pregador, original por Josiane Silva, acessado em 17/02/2024]

Ao Deus Todo-Poderoso e Perfeito Criador, toda glória.
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E nem 1% religioso.

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