Em menos de um mês, os suicídios de dois famosos influencers, que juntos, somavam milhões de seguidores só em uma rede social, me chamou a atenção sobre os malefícios que o excesso de exposição a essas plataformas digitais tem causado na sociedade.
Não há dúvida de que a Internet é um recurso de grande importância na atualidade e que remodelou ações, comportamentos e o estilo de vida da sociedade.
Porém, a relação entre redes sociais e saúde mental exige mais atenção e cuidado, pois pode elevar o risco de depressão e suicídio em jovens.
Pesquisas sobre a influência da mídia na saúde mental revelam que os efeitos da superexposição e do consumo de e na Internet podem ser prejudiciais à estabilidade emocional e, nos casos mais extremos, gerar práticas danosas à integridade da vida.
Vale mesmo tudo por likes e views?
É cada vez mais popular o sonho de ser um digital influencer, mas muitos ignoram que esses profissionais vivem sob pressão e podem estar mais suscetíveis ao adoecimento mental.
O fator estressor proeminente são as repentinas mudanças nos algoritmos das plataformas digitais, implicando em dificuldade de distribuição de conteúdo e de monetização.
Por isso, os influenciadores passam a ser mais dependentes do engajamento dos seguidores — o que faz com que trabalhem cada vez mais para produzir mais material original, levando ao esgotamento físico e psicológico.
Nesse sentido, tal tema demanda mais reflexão para que as pessoas possam desfrutar dos benefícios da Internet, mas sem colocar a vida em risco. Essas plataformas podem ser muito bem aproveitadas quando se tem a intenção certa.
A influência descontrolada do mundo virtual na realidade do universo online no offline, do digital no de carne e osso, porém, traz inúmeras consequências negativas para a saúde mental.
Viralizar e ser famoso da noite para o dia, como um passe de mágica. Quem não gostaria?
Um dos diversos benefícios que a Internet trouxe com o passar dos anos foi sem dúvidas a potência em unir públicos diversos em uma única plataforma e disseminar conteúdos para todos os nichos, proporcionando informações e conteúdos de múltiplas formas.
O avanço da tecnologia como um todo também põe em cena pessoas antes mantidas no anonimato a fama repentina e a uma mudança de vida gigantesca, fazendo com que muitas pessoas DESEJEM A QUALQUER custo ter uma vida "parecida".
Porém, até onde vai a busca excessiva pela fama rápida proporcionada pelo universo digital? Será que ela É SÓLIDA? Até aonde as pessoas vão para conseguir se destacar na internet (O número de Digitais influencers no Brasil já se iguala ao número de médicos.)??
Primeiro, precisamos falar sobre a situação atual de nosso país e o porque das pessoas buscarem tanto mudar de vida para finalmente conseguir "viver melhor".
Infelizmente o direito de "viver bem" assim como em países de "primeiro mundo" não é uma realidade no Brasil, o que faz com o que a maioria absoluta da população briguem todos os dias por poucas vagas de emprego e lutem para sobreviver, isso faz com que as pessoas em seu cotidiano vivam em uma vasta energia frenética em busca de uma melhoria, por mínima que seja.
Este comportamento também é presenciado no universo digital, especificamente nas redes sociais.
Ao ver pessoas se dando bem, mostrando as suas "vidas perfeitas" por traz das telinhas. O desejo absurdo em SER aquela pessoa ou TER o que ela tem toma conta e faz com que muitos lutem com todas as suas forças para alcançar no mínimo um reconhecimento ou um "recebido" como recompensa de seu trabalho.
Com a chegada da rede social Tik Tok, muitas "modinhas" tomaram conta de nossa rotina, dancinhas, trends, dublagens, curiosidades, mixagens etc. Com todo esse avanço em pouco tempo, muitos influenciadores ganharam reconhecimento e fama, mesmo que momentânea.
Pessoas que na grande maioria das vezes não estavam preparadas para serem famosas, acabaram entrando em quadros de ansiedade e depressão depois que o declínio dos números começam a ser evidentes.
A preparação para a "fama digital" e assessoria de comunicação são pilares que NÃO são concretizados como as dos artistas consolidados há anos, resultando em uma grande parcela de influenciadores vivendo uma vida dupla e aparente frente as câmeras.
Vice-versa
Boa parte do público que consome a grande mídia oferecida por esses influenciadores não fazem ideia dos bastidores e de como realmente as coisas funcionam, o que ocasiona em uma parcela gigante de jovens e adolescentes buscando freneticamente uma vida parecida.
Os problemas à sociedade em geral começam a existir quando notamos que muitos dos jovens deixam de trabalhar e as vezes estudar em busca da fama, pois os influenciadores em seus discursos sobre "conquistas" disseram para sua audiência não desistir dos seus sonhos, que eles também podem chegar lá.
Claro que não desistir dos sonhos é essencial para o sucesso de cada indivíduo, mas tudo deve ser pautado em educação de base e conhecimento em todos os aspectos, para que conquistas e frustrações tenham seus respectivos motivos e que não formemos adultos frustrados e por vezes doentes.
Onde está a RAIZ do problema? Eu diria que em dois pontos, são eles: BRASIL e EDUCAÇÃO. Como citado no início do artigo, vivemos em um país em que "VIVER" é uma luta diária para milhares de pessoas. Não ter o que comer em casa transforma pessoas e suas atitudes em busca de recursos tanto para si quanto para seus familiares.
Educação de base é um dos MAIORES quiçá o maior dilema em que enfrentamos no Brasil. Ter uma educação escolar e familiar de berço transformam vidas em diversas gerações.
Saber consumir conteúdos de qualidade na internet e poder crescer intelectualmente é resultado de uma excelente educação primária.
Se tivéssemos Jovens e Adolescentes com uma boa formação educacional de base, será que ainda teríamos taxas altíssimas de quadros de ansiedade e depressão por conta de exposição na Internet?
Será que os Influenciadores conseguiriam tanto sucesso com suas Publis sobre Jogos de azar que só ganha quem está divulgando? Cabe a reflexão.
Conclusão
Onde iremos parar?
Infelizmente estamos cansados de saber que "o brasileiro só coloca muro em casa depois de ser roubado", então quando estivermos em quadro ainda maior de exposições e frustações em massa, poderão entender quão grave é o assunto em que estamos abordando.
Vale ressaltar que o futuro já chegou dentro de poucos anos dividiremos o mercado de trabalho com toda essa geração. Mais do que nunca, faz-se necessário que nós, agentes na saúde mental, nos debruçarmos com mais atenção acerca deste assunto.
Por fim, para você que é adepto às redes sociais, quer seja como consumidor ou criador de conteúdos, experimente passar o fim de semana inteiro longe do mundo virtual para promover a desintoxicação de estímulos negativos ou intensos.
Se você trabalha diretamente com a sua imagem na internet, essa tarefa pode ser mais difícil. Entretanto, lembre-se da importância de cuidar de você.
- A quem interessar, eu já abordei este mesmo tema no artigo Direto Ao Ponto — "O Vale-Tudo em Busca de Engajamentos nas Rede Sociais".
[Fonte: LinkedIn — https://br.linkedin.com/?trk=guest_homepage-basic_nav-header-logo]
Ao Deus Perfeito Criador, toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
E nem 1% religioso.
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