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sábado, 17 de junho de 2023

A IMPORTÂNCIA DA CORREÇÃO DE DEUS

Disciplina é a ordem do governo de Deus, uma ordem dada a nós porque Ele sabe que somos pecadores — aliás, que somos concebidos e nascemos em pecado. Hoje, a maldade da sociedade na qual vivemos tem permeado também a Igreja. E não nos deixou ilesos.

O Senhor tem confiado a nós como integrantes ativos em Sua Igreja a mais bonita verdade, aquela do pacto. Deus nos leva à Sua própria vida de comunhão e amor, e faz com que Sua própria vida pactual vibre através de nós, o seu povo. E ele tem nos direcionado claramente como devemos nos portar como povo do Seu pacto no meio das nossas famílias. 

Mas há um esforço incessante por parte de satanás para destruir nossas famílias. E há um esforço incessante para destruir a verdade do pacto de uma forma muito prática no que diz respeito à vida familiar, e a instrução e disciplina das nossas crianças.

Amor e disciplina, são sinônimos na ótica de Deus


É comum confundir o significado do verdadeiro amor. Muitos imaginam que o amor seja apenas um sentimento que mexe com as emoções, e assim acreditam que o amor simplesmente acontece. É comum, também, as pessoas pensarem que o amor sempre procura agradar às pessoas amadas. Deste modo, pensam que qualquer tipo de repreensão ou disciplina seja contrário ao amor. Correção é vista por muitas pessoas como algo negativo, mas a Bíblia nos ensina a enxergar a correção de modo diferente.

É normal querer o apoio e a aprovação dos outros, mas as pessoas que nos amam oferecem a repreensão quando erramos. As pessoas que falam as palavras agradáveis que queremos ouvir, mesmo quando estamos errados, podem manter amizade conosco, mas não demonstram o amor. Um homem sábio disse: 
"Melhor é ouvir a repreensão do sábio do que ouvir a canção do insensato" (Eclesiastes 7:5).
O livro de Provérbios, da autoria do mesmo sábio, fala, muitas vezes, sobre a importância da correção e disciplina. Considere algumas das palavras sábias deste livro escrito 3.000 anos atrás.

O autor de Provérbios insiste no valor da repreensão e disciplina. Vejamos:
"O caminho para a vida é de quem guarda o ensino, mas o que abandona a repreensão anda errado" (10:17).  
"Quem ama a disciplina ama o conhecimento, mas o que aborrece a repreensão é estúpido" (12:1).
Muitas vezes, a repreensão vem de pais que amam seus filhos e desejam o melhor para eles, mas nem sempre os filhos aceitam a instrução: 
"O filho sábio ouve a instrução do pai, mas o escarnecedor não atende à repreensão" (13:1). 
"O insensato despreza a instrução de seu pai, mas o que atende à repreensão consegue a prudência" (15:5).
Os amigos e os pais podem errar, mas a repreensão que vem de Deus sempre busca o nosso bem, e erramos gravemente ao rejeitar sua palavra: 
"Filho meu, não rejeites a disciplina do SENHOR, nem te enfades da sua repreensão" (3:11). 
O autor de Hebreus reforça esta instrução: 
"...porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe" (Hebreus 12:6).
Outro autor no Novo Testamento nos lembra do amor que leva à correção. Tiago fala sobre o perigo real de um cristão se desviar do caminho e pede para os outros corrigi-lo: 
"Meus irmãos, se algum entre vós se desviar da verdade, e alguém o converter, sabei que aquele que converte o pecador do seu caminho errado salvará da morte a alma dele e cobrirá multidão de pecados" (5:19,20). 
Quando comparamos esta última frase com um comentário de Pedro, percebemos mais uma vez que é o amor agindo nesta correção do pecador. Pedro disse: 
"Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados" (1 Pd 4:8). 

O amor intenso nos leva a corrigir as pessoas que amamos!


Na carta aos Hebreus, capítulo 12, há várias verdades sobre a correção do Senhor. Vamos analisá-los para uma melhor compreensão contextual:
  • v. 5 — Nesse versículo vemos que podemos reagir à disciplina do Senhor de forma errada, menosprezando-a ou permitindo, por causa da nossa autocomiseração, sermos esmagados por ela, nos enfraquecendo a ponto de desanimarmos, perdendo a esperança. Em outras palavras, podemos nos vitimizar ante a disciplina.
  • vs. 6 a 9 — A disciplina de Deus é um ato de amor Divino e um privilégio que só os filhos de Deus possuem.
  • v. 10 — A disciplina do Nosso Pai visa nos incluir, nos fazer participantes da Sua santidade.
  • v. 11 — Quando sofremos uma disciplina, a tristeza é o sentimento inicial, entretanto, ao receber de coração esta disciplina e nos deixarmos ser exercitados por ela nas práticas corretas, os frutos nos trarão, além da justiça, outro sentir.
Resumindo, nós podemos reagir à disciplina de Deus. Quando as reações são erradas, podemos até nos encher com a raiz de amargura e terminar contaminando os que estão próximos a nós. 

Já quando recebemos a disciplina do Senhor como filhos amados, crescemos, nos tornamos participantes da Sua santidade e alcançamos frutos pacíficos de justiça para a glória do Nosso Pai.

Apesar de tanta ênfase na importância de disciplina e correção, Deus não obriga ninguém a seguir o conselho sábio que ele oferece. Mas não nos enganemos! Cada um arcará com as consequências das suas próprias reações às palavras de repreensão: 
"O que rejeita a disciplina menospreza a sua alma, porém o que atende à repreensão adquire entendimento (...) Melhor é a repreensão franca do que o amor encoberto" (Pv 15:32; 27:5).

Conclusão

"Se teu irmão pecar [contra ti], vai argüi-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão. Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça. E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano. Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus" (Mateus 18:15-18).
Quando alguém não se arrepende do seu pecado e, ao ser disciplinado permanece nele, a Igreja o considera "gentio e publicano", deixando-o "ligado" ao pecado. Porém, ao sair daquele contexto, essa pessoa encontra uma outra congregação que a acolhe sem checar sua vida pregressa, sem ouvir o último pastor que cuidou dela, ficando apenas com as suas declarações que acusa a antiga congregação de não amá-la e por isso se tornou uma "vítima". Se a congregação a "acolhe" sem um trato genuíno, estará correndo vários riscos.

Os pastores estarão expondo as ovelhas de Jesus ao perigo, pois na verdade o pecador não arrependido levará o seu pecado, pois está "ligado" a ele, para dentro desta nova congregação que o aceitou sem tratar com ele e sem ouvir os pastores anteriores que trataram com ele. 

Esse nosso orgulho ministerial muitas vezes destrói a obra de Deus. Pois se o "irmãozinho" for, por exemplo, um pervertido sexual, poderá inclusive contaminar e destruir a vida de alguns irmãos vinculados. 

Se ele furta, quando houver oportunidade furtará novamente. Se ele faz fofoca da vida alheia, certamente levará muitos problemas para dentro da "nova congregação". Em suma, não atentar para esta verdade é arrumar encrenca feia.
Quando recebemos uma pessoa e nos emocionamos com a sua vitimização e discurso de que a Igreja não ama, deixando assim de ouvir o outro lado para julgar a causa, os pastores e/ou líderes, expõem toda a congregação ao pecado daquela pessoa que veio ligada a ele. 
Não é em vão que Deus se alegra mais do que um pastor que encontra a sua ovelha perdida, mais do que a mulher que acha a sua dracma ou ainda mais do um pai que recebe seu filho de volta, quando UM PECADOR SE ARREPENDE.
Nós não devemos desistir da correção, pois Deus tem um caminho que vai além da vara da disciplina. Ele ouve as nossas orações. Cada correção deve ser aplicada com mansidão e humildade. 

Quando pessoas que nos amam corrigem os nossos erros, vamos ouvir suas palavras e agradecer a Deus pelo amor que mostram para conosco, pois, esse amor, é reflexo do amor do próprio Deus!

[Fonte: Estudos Bíblicos, por Dennis Allan; Servo Livre por Sérgio Franco]

Ao Deus Todo-Poderoso e Perfeito Criador, toda glória.

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