Total de visualizações de página

domingo, 12 de fevereiro de 2023

PAPO RETO — OS MALES DA SUPEREXPOSIÇÃO EM REDES SOCIAIS

Parte integrante e quase que vital da nova geração, muitas pessoas não se controlam e cedem à vontade da internet. Gradativamente, isso corrobora com os dados de que estamos cada vez mais expostos na internet e de propósito. No texto desse artigo, mais um capítulo da minha série especial, Papo Reto, veremos o que leva alguém à superexposição nas redes sociais e como isso impacta nossas vidas.

Evolução?


A evolução dos meios digitais e o nascimento da era da tecnologia e da informação vêm crescendo em passos largos, e diante das facilidades proporcionadas pela internet, com o uso constante das redes sociais nas quais as pessoas expõem as suas vidas diariamente, aumenta a vulnerabilidade dos usuários, criando muito mais oportunidades para que os criminosos cometam os crimes digitais ou cibercrimes.

A abordagem dos direitos fundamentais reconhecidos e positivados pela Constituição Federal de 1988, da liberdade de expressão e do princípio da dignidade da pessoa humana, pretende nos trazer a percepção de que o direito a livre manifestação de pensamento, embora seja a base da democracia, não pode ser absoluto e intocável quando fere outro direito fundamental de igual importância.

Com isso, mesmos com os benefícios inquestionáveis, oferecidos com a revolução tecnológica, é notório os riscos da superexposição dos usuários nas redes sociais, bem como os contras da liberdade de expressão destes usuários.

É evidente que as redes sociais tornam-se cada vez mais presentes em nossas vidas e nas nossas relações interpessoais. Em 2020, mais pessoas acessaram a internet por meio de um dispositivo móvel do que em computadores desktop. Nesse cenário, o uso da internet móvel foi de 53,3%. Porém, a superexposição nas redes sociais pode trazer consequências bem sérias para os indivíduos que vivenciam cada segundo dentro das plataformas online.

Pensando nisso, entenda um pouco sobre os riscos das pessoas que postam tudo nas redes sociais e quais são as consequências da exposição exagerada de suas vidas. Confira!

Para que servem as redes sociais


Muitos conteúdos do meio digital estão relacionados ao trabalho ou ao marketing digital. Então, é muito comum que a internet seja realidade dentro ou fora do emprego. Suas outras funções são, principalmente com a pandemia do coronavírus, a comunicação com pessoas distantes ou fazer novas amizades por meio dos gostos pessoais compartilhados em comunidades virtuais.

Apesar de um objetivo simples como aumentar a sua rede de amigos, elas também podem ser utilizadas para dividir um momento com as pessoas que estão ativas diariamente. Ou seja, sua exposição online é uma forma de usar as redes sociais, mas também pode tornar-se entretenimento de outros usuários.

Entenda a superexposição nas redes sociais


Instagram, Facebook, Twitter, YouTube, TikTok e outras diversas redes sociais podem tornar-se inimigas da vida privada dos adultos ou crianças que fazem seu uso exagerado para a promoção pessoal. Em entrevista à CBN de Vitória, a advogada, doutora em Direito Internacional pela USP e especialista em Direito Digital, Patricia Peck, explicou que tudo que é exposto na internet virou dado digital para criminosos. Isto é, a localização em que você foi jantar, o horário da sua caminhada ou o endereço do trabalho viram ferramentas para pessoas mal intencionadas e com potencial perfil criminoso.

Uma das necessidades do ser humano é transmitir suas percepções para outras pessoas e expor aquelas ideias a fim de perpetuar seus pensamentos e fazê-los ecoar em outros colegas. A exposição feita nas redes sociais é algo que pode ser feito com facilidade ou até sem a real intenção. Por isso, a atenção que recebemos dentro das redes sociais torna-se um estímulo para continuar com essa prática.

O que nos leva à exposição virtual?


Em pesquisas recentes, estudiosos afirmam que o ser humano tem uma necessidade natural em se conectar com o outro. A ideia é permitir a transmissão de suas percepções, de modo a imortalizá-las e perpetuá-las nos demais. Em cada tempo isso aconteceu de forma única e hoje vem por meio da internet, ferramenta de fácil uso e acesso.

Entretanto, essa ansiedade em compartilhar pode nos levar à superexposição nas redes sociais. Mesmo os mais experientes não estão prontos para lidar com as consequências de suas postagens virtuais. Assim, quando imaginamos a nós mesmos nessa situação, pouco entendemos os perigos aos quais nos submetemos.

Ademais, cabe ressaltar que isso também advém de uma necessidade constante em receber atenção, mesmo que desconhecidos. A internet dá a falsa sensação de que somos importantes para alguém por conta das visualizações que recebemos nas postagens. Essa má interpretação nos leva a publicar cada vez mais dados pessoais.

Os perigos da exposição nas redes sociais


Com tudo isso, fica evidente que a superexposição na internet traz perigos que podem prejudicar os usuários mais ativos das plataformas. A cada postagem com um pouco a mais de informação, a segurança de quem publica acaba tornando-se mais escassa e os seguintes riscos podem ser esquematizados, tais como:

  • Golpes 

As formas de chantagear ou pegar informações confidenciais para receber benefícios são muito comuns na internet. Os golpes podem ser feitos com um simples cadastro em sites não confiáveis, clonagem de números ou outros perfis hackeados que acabam solicitando valores altos para você.

  • Cyberbullying

O cyberbullying é uma prática de ofender pessoas online, geralmente com perfis anônimos e que crescem muito ao redor do mundo. São feitos constrangimentos, xingamentos, ameaças, assédio ou até abusos psicológicos com a vítima, que não tem muito como se defender com perseguições anônimas. Esse é um dos grandes perigos na internet e que, assim que descoberto, precisa ser denunciado. 

  • Privacidade exposta 

Com tantas postagens pessoais fica mais simples que alguém, com atitudes perversas, decida compartilhar esses momentos, distorcendo a situação e transformando esse conteúdo em algo íntimo e ofensivo. Muitos confundem a frequência com a superexposição nas redes sociais, mas não são similares. Uma pessoa pode investir em sua imagem digital, aparecer na internet para vender seus produtos ou serviços e ter muito sucesso, mas isso deve ser feito com cautela e consciência, visto que uma exposição além da conta pode ser prejudicial.

  • Exposição infantil 

Um erro bastante comum das pessoas quanto à superexposição nas redes sociais é divulgar a imagem de seus filhos. Ainda que a conta disposta e a criança sejam desse indivíduo, isso não significa que ele está seguro. Além de expor a si mesmo em um momento pessoal, acaba por arrastar a criança nessa espiral de insegurança.

Isso porque, em relação às crianças, existem criminosos específicos em fazer a captação dessas imagens. Tratam-se de pedófilos que reúnem arquivos para fins obscenos e tem acesso ilimitado a um conteúdo gratuito. Mesmo que pareça tentador divulgar a vida maravilhosa de mãe ou pai, é preciso pensar no bem-estar e segurança da criança.
Caso seja mãe ou pai, pense duas, três ou quantas vezes forem precisas se a situação é realmente necessária. Ainda que acredite na inocência da situação, pense em como é desagradável ter seu filho entregue aos abusos virtuais alheios. A melhor lugar para guardar os bons momentos com os pequenos fica na sua mente e seu coração. 

Perigos


Fica evidente que a superexposição nas redes sociais traz complicações bastantes evidentes ao usuário. A cada post feito em sequência, o mesmo acaba quebrando uma barreira de segurança colocada pelo sigilo do anonimato. Isso acaba por fazê-lo vítima de:

Criminosos — Publicando em tantas redes sociais simultaneamente, é possível traçar o perfil preciso de um indivíduo. É justamente o que os criminosos fazem, se valendo de algumas técnicas para benefício próprio. Por exemplo, é possível que alguém descubra seus dados pessoais e consiga fazer a aplicação de um golpe. Isso resultaria na perda de bens valiosos.

Fake news — Muitas pessoas conseguem fazer ataques a determinados indivíduos manipulando algumas informações. Isso fica evidente no caso de uma mulher paulistana que fora acusada de sequestrar crianças. Acontece que usaram a foto dela e manipularam para encaixá-la como uma criminosa. A vítima acabou linchada até a morte por outros moradores.

Falta de privacidade — Com tantas postagens pessoais circulando, fica fácil com que alguém as partilhe de modo perverso. Com isso, a intimidade de alguém pode ser rapidamente violada nas mãos erradas. Pessoas que costumam entregar imagens íntimas a desconhecidos não fazem ideia de quem está do outro lado da tela. Assim, podem ser vítimas de alguma chantagem.

Prevenção


Mesmo que tenha total liberdade na internet, a mesma carrega um custo alto demais para ser pago. Sendo assim, é preciso se precaver quando se pensa na superexposição nas redes sociais, a fim de garantir sua segurança. O que está em jogo é mais que as curtidas, mas sua própria vida. Comece por:

Configurar sua privacidade — Todas as redes sociais têm mecanismos que inibem o acesso de qualquer pessoa ao seu perfil. Isso pode limitar que apenas pessoas de sua confiança tenham acesso às suas fotos e outras postagens. Dessa forma, configure o quanto antes e limite o que cada indivíduo pode ter acesso.

Pense no que quer que os outros vejam — Assim que publicamos uma informação pessoal na internet, deixamos de ter controle absoluto sobre ela. Qualquer pessoa, sem a proteção do tópico anterior, pode fazer o que tiver vontade com ela. Pensando nisso, reflita bem onde cada post seu pode chegar. Caso seja algo que possa te atingir futuramente, aconselhamos não postar.

Evite links suspeitos — Já que podem traçar o nosso perfil, criminosos também podem nos empurrar a caminhos tentadores. Por exemplo, quem nunca recebeu uma propaganda ou link de algo que necessitava bastante? O pior é quando o preço do serviço está bem abaixo do mercado. Assim, evite acessar qualquer link suspeito e que possa te comprometer.

O Networking inverso — Ainda que a internet tenha sido criada também para facilitar a comunicação, evite se abrir com qualquer pessoa que encontra. A superexposição nas redes sociais iniciam um ciclo de vulnerabilidade estratégica aos criminosos. Com isso, evite fazer Networking de forma descontrolada e sem motivo, procurando se resguardar.

Se possível, faça justamente o oposto, mantendo a sua bolha virtual com os indivíduos que conhece pessoalmente. Apenas agregue aqueles cujo manteve um mínimo de contato social. Pode parecer extremismo, mas tudo serve para garantir que tenha mais autonomia quanto ao que pode postar virtualmente.

Conclusão


Vivemos em uma era tecnológica, onde todas as informações são encontradas rápidas e facilmente. Se comunicar com o mundo, agora não é barreira. Ferramentas e aplicativos que facilitam nosso trabalho e cotidiano. Mas será que estamos sabendo manusear tanta tecnologia?

Pesquisas nos confirmam que os jovens brasileiros estão entre os que mais permanecem conectados as redes sociais como: Facebook, Twitter, Instagram, Skype, WhatsApp entre outras, com um uso extremo que chega a mais de 6 horas diárias. Muitos deles parecem ficar mais à vontade em relacionar-se no mundo virtual. E justo aí está o perigo, pois acabam expondo suas vidas pessoais em tais aplicativos.

Por não saberem lidar corretamente com essas ferramentas podem se tornarem alvos fáceis de: hackers, ladrões de identidades e outros criminosos virtuais. Os riscos de alta exposição na internet são imensos, esses criminosos se aproveitam das informações ali postadas para: possíveis sequestros, clonagem de cartões, assédios morais, furtos, pedofilia e muitos mais.

Um dos fatores predominantes que induz a exposição desses jovens no mundo digital está relacionada a necessidade de serem reconhecido no meio social ou se sentirem importante; questões totalmente ligadas ao psicológico e que devem ser tratadas adequadamente e não expostas publicamente.

E mesmo sabendo as consequências que geram a superexposição nesses aplicativos, frequentemente pessoas divulgam dados íntimos, fotos de bens materiais, conflitos pessoais, sonhos e conquistas, ou seja, questões que fazem parte da sua privacidade.

O que possibilita aos hackers caminho livre e ambiente ideal para maquinarem seus crimes, sem nenhuma dificuldade ou esforços, pois as informações necessárias para isso estavam ali: fácil e simples, só precisou de um clique.

Portanto as redes sociais devem ser nossas aliadas para busca de informações, estudos, trabalhos, mobilizações, notícias, socializações culturais, mas utilizadas com sabedoria, privacidade e segurança web. Faça uso de tantas ferramentas que facilitam a comunicação e interação com o mundo com prudência; e lembre-se: a privacidade é sua e não pública.

Para muitos, pode ser quase que impossível resistir à superexposição nas redes sociais. A internet proporciona proximidade como nunca pensamos que teríamos, dando até certa liberdade. Contudo, da mesma forma que pensa assim, milhares de pessoas também pensam de forma semelhante.

O problema é que nem todos seguem regras, sejam sociais ou virtuais. Já que nem todos possuem boa índole, se prevenir é o melhor remédio a tudo. Sempre que quiser postar alguma coisa, pense na propagação desse conteúdo virtualmente. Certamente, não quer se torna vítima de sua própria entrega, certo?

[Fonte: Psicanálise Clínica; Ser Notável, por Bruno Ávila — é publicitário e especialista em Marketing Digital. Um dos precursores do mercado de infoprodutos no Brasil. Hoje Ávila está a frente do Ser Notável, escola que ajuda pessoas a serem percebidas como autoridade através das redes sociais. Colégio Batalha por Michelle Alves Formada em letras pela Universidade Ibirapuera com licenciatura em Português e espanhol.Formada em Pedagogia pela Universidade Metropolitana de Santos.]

Ao Deus Perfeito Criador, toda glória.
 Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
E nem 1% religioso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário