Nascido em Newburg, Pensilvânia, Estados Unidos, em 21 de abril de 1897, sua pregação e seus livros concentraram-se inteiramente em Deus. Ele, o Dr. Aiden Wilson Tozer — ou, A. W. Tozer, como se tornou conhecido — não tinha tempo para mercenários religiosos que inventavam novas formas para promover suas mercadorias e subir nas estatísticas.
"Penso que minha filosofia seja esta: tudo está errado até que Deus endireite."
Esta afirmação do Dr. A. W. Tozer resume perfeitamente a sua crença e o que ele tentou realizar durante seus anos de ministério.
Tozer marchou ao ritmo de uma batida diferente e, por esta razão, normalmente não acompanhava os passos de muitas das pessoas que participavam de desfiles religiosos.
No entanto, foi esta excentricidade cristã que o admiremos. Exímio exegeta, ele não tinha receio em apontar o que era errado. Nem hesitou em dizer como Deus poderia endireitar todas as coisas.
Se é que um sermão pode ser comparado à luz, então, A. W. Tozer emitia raios laser do púlpito, um feixe de luz que penetrava os corações de seus ouvintes, exaurindo suas consciências, expondo pecados e fazendo com que clamassem:
A resposta era sempre a mesma: entregar-se a Cristo; procurar conhecê-lO de forma pessoal; crescer para tornar-se como Ele.
Mais que apenas uma história...
Aiden Wilson Tozer nasceu em Newburg (naquele tempo conhecida como La Jose), Pensilvânia, Estados Unidos, em 21 de abril de 1897. Em 1912, sua família deixou a fazenda e foi para Akron, Ohio; e, em 1915, ele se converteu a Cristo.
No mesmo instante passou a levar uma vida fervorosa de devoção e testemunho pessoal. Em 1919, começou a pastorear a Alliance Church, em Nutter Fort, West Virginia. Também pastoreou igrejas em Morgantown, West Virginia; Toledo; Ohio; Indianapolis, Indiana; e, em 1928, foi para a Southside Alliance Church, em Chicago. Ali, ministrou até novembro de 1959, quando tornou-se pastor da Avenue Road Church, em Toronto, no Canadá. Um ataque cardíaco, em 12 de maio de 1963, pôs fim àquele ministério, e Tozer foi chamado para a Glória.
...Um legado
Tozer alcançou um número maior de pessoas por intermédio de suas obras do que por suas pregações. Grande parte do que escreveu era refletido na pregação de pastores que alimentavam a alma com as palavras de Tozer.
Em maio de 1950, foi nomeado editor de The Alliance Weekly, agora conhecida como The Alliance Witness, que provavelmente foi a única revista religiosa a ser adquirida graças, sobretudo, aos seus editoriais.
Certa vez, o Dr. Tozer, em uma conferência na Evangelical Press Association (Associação da Imprensa Evangélica), censurou alguns editores que praticavam o que ele chamava de "jornalismo de supermercado" — duas colunas de propagandas e uma nota de material para leitura. Era um escritor exigente e tão duro consigo mesmo quanto com os outros
Em certo momento de seu ministério, quando pastor em Indianápolis (EUA), sentiu um forte encargo do Senhor em registrar suas palavras em livros. Aos sedentos pela Palavra de Deus cabe um agradecimento especial ao nosso Senhor por este cuidado para com seus filhos.
É tremendo como Deus perpetuou sua palavra através da vida deste homem. Com quase meio século após sua morte, o ministério de Tozer está vivo como nunca.
Seus preciosos livros rodam o mundo todo, em dezenas de idiomas, carregando uma palavra profética de conteúdo imensurável. Eles causam repugnância aos superficiais, mas alimentam solidamente os que buscam conhecer profundamente a Jesus. Seus livros não ocupam lugares nas vitrines dos mercadores da fé, mas são publicados por trabalhos sérios, a exemplo da Editora dos Clássicos.
Um "estranho no ninho"
Tudo o que Tozer ensinou e pregou saiu do muito tempo que Ele passava em oração diária com Deus; Era quando deixava o mundo e sua confusão lá fora, e focalizava sua atenção só em Deus.
"Nossas atividade religiosas deveriam ser ordenas de tal modo a sobrar bastante tempo para cultivo dos frutos da solidão e do silêncio",
escreveu ele. E mais:
"Quando começamos a falar excessivamente em oração, podemos estar quase certos que estamos falando conosco mesmo".
Como podemos ver, certamente você não irá encontrar muitos pastores e/ou qualquer título eclesiástico que o valha recomendando aos seus fiéis a leitura da obra de A. W. Tozer. Ele é o que podemos considerar um "estranho no ninho".
Ele sempre dizia:
"Procuramos a Deus porque, e somente porque, Ele primeiramente colocou em nós o anseio que nos lança nessa busca. 'Ninguém pode vir a mim', disse o Senhor Jesus, 'se o Pai que me enviou não o trouxer a mim' (João 6:44), e é justamente através desse trazer proveniente, que Deus tira de nós todo vestígio de mérito pelo ato de nos achegarmos a Ele.
O impulso de buscar a Deus origina-se em Deus, mas a realização do impulso depende de O seguirmos de todo o coração. E durante todo o tempo em que O buscarmos, já estamos em Sua mão: '… o Senhor o segura pela mão...'" (Salmo 37:24).
Eternizado por fé e obras
O que há nas obras de A. W. Tozer que nos prende a atenção e nos cativa? Primeiro, ele Tozer escrevia com convicção. Não estava interessado nos cristãos superficiais de Atenas que estavam à procura de algo novo.
Tozer mergulhou novamente nas antigas fontes e nos chamou de volta às veredas do passado, tendo plena convicção e colocando em prática as verdades que ensinava.
"Devemos nos preocupar com o 'arrependimento' que é apenas uma mudança de localização. Ao passo que outrora pecávamos na terra longínqua entre os porqueiros, agora somos companheiros de pessoas religiosas, consideravelmente mais limpas e muito mais respeitáveis na aparência, por certo, mas não estamos mais próximos da verdadeira pureza de coração do que antes.O pecado pode mudar de aparência sem mudar de natureza. Um cristianismo sem poder não faz nenhuma diferença fundamental na vida de uma pessoa. A água pode mudar de líquido para vapor, de vapor para neve e de novo para líquido, e continua fundamentalmente sendo a mesma coisa. Assim, o cristianismo sem poder faz no homem diversas mudanças superficiais, porém, deixando-o exatamente igual ao que era antes. É justamente aí que está a armadilha.As mudanças são apenas de forma, não de natureza. Por trás do homem não religioso e do homem que recebeu o evangelho sem poder estão os mesmos motivos; Um ego não abençoado jaz no fundo de ambas as vidas, com a diferença que o ultimo aprendeu a disfarçar melhor o defeito.Os seus pecados são mais refinados e menos ofensivos do que antes, mas não é melhor aos Olhos de Deus. Na verdade pode ser pior, pois Deus abomina o artificialismo e o fingimento. Ele se torna vítima de um cristianismo sem poder.O homem que recebeu a Palavra sem poder apurou a sua sebe, mas esta continua sendo uma sebe de espinhos e jamais poderá produzir os frutos da nova vida.Os homens não podem colher uvas dos espinheiros nem figo dos abrolhos. Entretanto, tal homem pode ser um líder na igreja, e as suas idéias podem chegar a influenciar sua geração" (A.W. Tozer, 1951).
Uma voz clamando na multidão do deserto
Palavras como esta fez de A. W. Tozer um homem mal visto por "cristãos" superficiais e em busca de diversão religiosa. A visão aguçada desse homem lúcido foi dada por Deus em um momento necessário para sua igreja.
Suas palavras, nascidas nas incessantes madrugadas solitárias de oração e de um atordoador desapego para com este mundo, atravessaram as fronteiras geográficas e do tempo, alcançaram corações que amam ao Senhor em dezenas de países e o fez assentar na fileira dos grandes profetas que Deus levantou no século XX.
"A. W. Tozer, Um homem de Deus".
É estranho começar a descrever um homem pelo seu túmulo. Mas esta afirmação que os irmãos colocaram em sua homenagem, representa o sonho que este homem teve em toda sua vida: Ser "apenas" um homem de Deus.
O reconhecimento não foi fruto de lábios lisonjeadores, mas da vida divina que exalava de um homem simples, sério e que amava profundamente ao Senhor e a sua Palavra.
O reverso de um epitáfio
Um homem a frente de seu tempo. Enxergou a fase embrionária de boa parte da apostasia que começava a assolar a igreja e suas gravíssimas conseqüências no decorrer dos anos.
Certa vez escreveu:
"Urge voltarmos ao verdadeiro cristianismo, não apenas no que se refere ao credo mas também a prática real de vida. Separação, obediência, humildade, naturalidade, seriedade, autodomínio, modéstia, longanimidade: tudo isso precisa fazer parte do viver cotidiano normal de quem se diz discípulo de Jesus.
Precisamos purificar o templo, tirando os mercenários e os cambiadores, e ficarmos sob a autoridade do Senhor ressurreto. Daí, sim, poderemos orar em plena confiança, e aguardar o verdadeiro reavivamento que certo virá".
No seu enterro alguém disse:
Sinto muita alegria no privilégio em falar de Tozer, pois tive devastadora influência dos escritos dele.
Quando conhecemos o primeiro livro dele, não descansamos até conseguir todas as publicações disponíveis no Brasil. O alimento espiritual sólido que eles proporcionam é de imensurável valor em nossas vidas.
Conclusão
A. W. Tozer recebeu a dádiva de compreender uma verdade espiritual e erguê-la para a luz para que, como um diamante, cada faceta fosse observada e admirada. Ele não se perdeu nos pântanos da homilética; o vento do Espírito soprava e ossos mortos reviviam. Suas obras eram como graciosos camafeus cujo valor não se avalia por seu tamanho.
Sua pregação se caracterizava pela intensidade espiritual que penetrava no coração do ouvinte e o ajudava a ver Deus. Feliz é o cristão que possui um livro de Tozer à mão quando sua alma está sedenta e ele sente que Deus está longe.
Tozer, em suas obras, nos entusiasma tanto sobre a verdade que nos esquecemos de Tozer e tratamos de pegar a Bíblia. Ele mesmo sempre dizia que o melhor livro é aquele que faz o leitor parar e pensar por si mesmo. Tozer é como um prisma que concentra a luz e depois revela sua beleza.
- ➫ (Os trechos destacados em negritos, foram extraídos da Introdução do livro "O Melhor de Tozer", vol. 2. © CCC Edições, 2001)
A Deus toda glória.
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E nem 1% religioso.
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. A pandemia não passou, a guerra não acabou.
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