Total de visualizações de página

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

ACONTECIMENTOS — O ASSASSINATO DO PRESIDENTE J.F.K.

Neste ano, os EUA elegeram, após uma campanha acirrada, tumultuada e marcada por situações nunca antes vistas, o seu 46º presidente. Após embates, polêmicas e a resistência por parte de seu antecessor, o republicano Donald Trump, o democrata Joseph Robinette "Joe" Biden Jr., 78 anos, tomou posse na quinta-feira (21), em cerimônia modesta, devido à pandemia do novo coronavírus. Que tanto a campanha, quanto a posse de Joe Biden foram marcadas por polêmicas, ninguém questiona, mas há quase seis décadas uma tragédia marcou a história da presidência do país mais importante do mundo.

A tragédia


Há 58 anos, no dia 22 de novembro de 1963, o presidente norte-americano John Kennedy foi assassinado em Dallas, no Texas. A notícia abalou os norte-americanos. No Brasil, o presidente João Goulart (✩1919/✟1976) decretou três dias de luto.
Era uma manhã ensolarada de sexta-feira, quando o presidente e sua esposa foram recebidos no aeroporto de Dallas. Tratava-se do segundo dia da viagem de campanha eleitoral de Kennedy, candidato à reeleição, pelo conservador estado do Texas. Ele sugeriu pessoalmente que o teto da limusine fosse levantado para o seu desfile pela cidade.

Uma hora após seu desembarque, o 35º presidente dos Estados Unidos é atingido por disparos letais na Dealey Plaza. Seu coração ainda bate quando, poucos minutos mais tarde, ele dá entrada no Parkland Memorial Hospital. Porém, a bala que atinge a cabeça do presidente torna impossíveis todas as tentativas de salvá-lo. Aos apenas 46 anos de idade, Kennedy sucumbe aos ferimentos.

Jackie pranteava seu marido, uma nação chorava o político que a tantos inspirara. Após a cerimônia fúnebre na Catedral de São Mateus em Washington, a viúva e os dois irmãos do homem de Estado acompanham o caixão com os restos mortais do democrata. Menos de cinco anos mais tarde, também Robert Kennedy (✩1925/✟1968) seria vítima de um atentado.

As teorias de conspiração sobre o assassinato de J.F.K.


Alienígenas. Maçons. Mafiosos. Duplos. O Homem do Guarda-Chuva. Um trabalho interno. Muito antes de existirem fake news, houve o assassinato do Presidente John F. Kennedy e a imensidão de teorias da conspiração que se lhe seguiram. 

Um autor estimou que os teóricos da conspiração acusaram 
"42 organizações, 82 assassinos e 214 outras pessoas de estarem envolvidas no assassinato". 
Segundo um inquérito de 2013, 62% dos americanos acreditam que aconteceu algo mais do que apenas a ação de Lee Harvey Oswald (✩1939/✟1963), sozinho num sexto andar sobre a Dealey Plaza em Dallas.

Quem foi John Fitzgerald Kennedy


O dia 26 de junho de 1963 foi um dos mais marcantes da era John F. Kennedy. 
Neste dia, em um discurso em Berlim Ocidental, ele disse a lendária frase
 "Ich bin ein Berliner" (Sou um berlinense), para demonstrar solidariedade 
com os moradores da cidade dividida.

John Fitzgerald Kennedy nasceu em 29 de maio de 1917 em Massachusetts. Filho de pais ricos, teve uma juventude privilegiada. Seu pai, Joseph P. Kennedy (✩1888/✟1969), era empresário e foi embaixador no Reino Unido. "JFK", como ficou conhecido, frequentou escolas particulares e estudou na renomada universidade de Harvard. John Fitzgerald Kennedy 
passou à história popular como o presidente que encarna o ideal norte-americano. Jovem, bonito, charmoso, enérgico, firme em suas convicções, dialogante e progressista. Primeiro católico que chegou ao Salão Oval, o líder que enfrentou a URSS na crise dos mísseis e cuja determinação levou o homem à Lua. 

O homem empenhado em renovar e rejuvenescer a democracia de seu país e que, com sua mulher, a bela e inteligente Jackie Kennedy (✩1929/✟1994, posteriormente Jacqueline Lee "Jackie" Bouvier Kennedy Onassis), 
transformou a Casa Branca em uma nova Camelot. A esposa de JFK, Jackie, levou elegância e glamour à Casa Branca. Embora tenha sido primeira-dama por apenas dois anos, sua elegância e seu estilo influenciaram não só toda uma geração, como também as primeiras-damas que a sucederam. Desde 1965, um dos dois jardins da fachada sul da Casa Branca se chama Jardim Jacqueline Kennedy.

Com seu charme e carisma, Kennedy conquistou rapidamente o coração de muitos americanos. Ao mesmo tempo, seu mandato foi marcado por crises e conflitos – como a fracassada invasão da Baía dos Porcos, em 1961, contra o regime comunista em Cuba. Em 1962, o mundo escapou por pouco de uma guerra nuclear. O mérito por tudo ter acabado bem é creditado a Kennedy.

O mandato presidencial do democrata, de 1961 a 1963, coincidiu com o ápice da Guerra Fria, incluindo a construção do Muro de Berlim, a crise de Cuba e a guerra do Vietnã. O jovem e carismático JFK incorporava, para muitos, a esperança numa renovação dos Estados Unidos. Seu assassinato representou uma ruptura profunda na consciência americana.

Seu assassinato, em 22 de novembro de 1963, pelo disparo de Lee Harvey Oswald, em Dallas, fez dele um mártir pop como Guevara (✩1928/✟1967), Marilyn Monroe (✩1926/✟1962) e James Dean (✩1931/✟1955).

"Happy Birthday, mr. President!"


JFK (à direita) era considerado mulherengo. Diz-se que teve várias amantes e contato com garotas de programa. Um de seus casos extraconjugais mais famosos foi com Marilyn Monroe (centro, que, inclusive, protagonizou o icônico vídeo em canta "Parabéns pra Você", diante uma multidão, no evento em comemoração aos 45 anos dele, realizado no dia 19 de maio de 1962 durante um evento de arrecadação do Partido Democrata na casa de shows Madison Square Garden, em Nova York). Símbolo sexual e ícone de Hollywood, Monroe também teria tido um caso com Robert (à esquerda), irmão de JFK. Ela morreu quatro meses depois, sob circunstâncias até hoje não esclarecidas.

Da vida real para a ficção


E depois, as teses de conspiração sobre sua morte, convertidas quase em certezas por Oliver Stone no filme JFK (1992), fizeram com que todo o mundo conhecesse a teoria da bala mágica. 

Esse filme tornou o promotor Jim Garrison, interpretado por Kevin Costner, o paradigma do homem incorruptível em busca da verdade diante de um aparato estatal corrupto. Kennedy fora um mártir, um bom rei assassinado pelos esgotos do Estado e da máfia, que, diziam, ele havia enfrentado.

Mito controverso


Ao longo dos anos, porém, o mito JFK mostrou suas fraquezas e contradições. Um bom punhado de obras, de memórias de colaboradores a sérias investigações históricas, revelaram essa face sombria. 

Foi um produto de marketing


JFK não surgiu do nada. Para muitos, era um produto criado por seu pai, Joseph P. Kennedy, um magnata que ocupou cargos importantes no Governo dos EUA. O fundador do clã tem uma biografia cheia de pontos obscuros, como revelado por "The Patriach", uma monumental obra biográfica de 800 páginas assinada por David Nasaw e publicada em 2012.

Assassinatos em sequência: coincidências?


A sequência de fatos abaixo, pode até parecer um roteiro de filme ou série policial, mas não é. Foi exatamente assim que tudo aconteceu:
  • 1) John Fitzgerald Kennedy, o 35º presidente dos Estados Unidos, foi morto a tiros enquanto desfilava com a primeira-dama em uma limusine aberta. O então governador do Texas John Connally (✩1917/✟1993), que estava sentado diante do presidente no carro, ficou ferido, mas sobreviveu.
  • 2) Uma hora depois, o policial texano JD Tippit, que investigou o crime, também foi morto a tiros. E em seguida, policiais prenderam Lee Harvey Oswald, que teria atirado no presidente de um edifício no trajeto do desfile.
  • 3) Cerca de 12 horas depois do assassinato, Oswald foi acusado de matar Kennedy e JD Tippit.

  • 4) Mas no dia seguinte, 24 de novembro, o próprio Oswald foi morto a tiros no departamento de polícia de Dallas por Jack Ruby, um dono de bar local, que assistia a sua chegada. Sua morte foi registrada ao vivo na televisão. Ruby foi condenado à morte pelo assassinato de Oswald. Ele chegou a apelar para a Justiça, mas morreu de câncer em 1967, antes de conseguir um novo julgamento.

Conclusão

Das tragédias ao legado


A foto de 1962, em que JFK aplaude descontraidamente os filhos Caroline e John brincando no Salão Oval, acabou ficando famosa. Nem sempre a família Kennedy foi tão feliz. Vários reveses marcaram o clã. O irmão de John, Robert, foi morto. Outros membros da família morreram em acidentes, quedas de avião, por causa de drogas ou suicídio. O assassinato de JFK foi a tragédia mais grave.

Mesmo muito tempo após o enterro, em 25 de novembro de 1963, ainda eram sentidas consequências da era Kennedy. Cada presidente que sucedeu a JFK foi comparado a ele. Como teria sido seu governo, se não tivesse sido morto após 1.036 dias na presidência? O que ele teria mudado no mundo? Talvez o mito viva justamente porque estas perguntas não têm resposta.


A Deus toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade. 
E nem 1% religioso. 
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. A pandemia não passou, a guerra não acabou.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

ESPECIAL — CRISTO E O ANTICRISTO: SUTIS SEMELHANÇAS E ESSENCIAIS DIFERENÇAS

"E estando Ele sentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a Ele os Seus discípulos em particular, dizendo: 'Declara-nos quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo.' Respondeu-lhes Jesus: 'Acautelai-vos, que ninguém vos engane'" (Mateus 24:3,4 grifo meu).
Jesus começa o célebre Sermão do Monte com uma séria advertência: Não sejam enganados! Muitas pessoas estão familiarizadas com a profecia do Monte das Oliveiras. E estão cientes dos eventos e as condições descritas por Ele. Contudo, muitas delas não percebem que estão rejeitando os primeiros sinais de advertência de Jesus Cristo. Elas se tornaram vítimas dos enganos religiosos!

Sabemos que há muita mentira e corrupção da verdade. Aliás, uma grande mentira nasce de uma pequena mudança na verdade. Nossos primeiros pais foram enganados quando a serpente manipulou a verdade lançando a semente do engano. E assim tem sido na longa história da humanidade. O que Cristo oferece ao ser humano, o anticristo também oferece, com pequenas variações. As ofertas vêm sempre aos pares. As semelhanças são grandes, porém, as diferenças são fatais, tanto para o corpo como para o espírito.

Nem sempre é fácil distinguir uma coisa da outra. Principalmente em uma época de conceitos subjetivos e moral relativa. Geralmente, quando os valores tornam-se vagos e o narcisismo rompe com qualquer princípio absoluto, nosso julgamento é reduzido aos interesses privados de um ego carente. Neste cenário, as ofertas do anticristo tornam-se mais atraentes. 

Cristo e anticristo, sutis semelhanças, mas, vitais diferenças


Vou listar aqui algumas sutis semelhanças entre Cristo e o anticristo, porém, com essenciais diferenças de propósitos que são cruciais para a nossa sobrevivência espiritual. 

Culpa


Cristo e o anticristo desejam que tenhamos uma vida sem culpa. É claro que todos nós queremos viver sem culpa. O anticristo propõe eliminá-la. Você não é culpado de nada, quando muito, apenas cometeu uma pequena e justificada falta. O melhor a fazer é negá-la ou, quem sabe, minimizá-la. É isto que se vê nas seitas, nos livros de autoajuda, nas palestras motivacionais e nas inúmeras formas de terapia. 

Cristo também deseja que vivamos sem culpa, porém ele não a nega, mas a redime. A culpa existe, é real e traz consequências dramáticas para a vida. Ninguém resolve o problema da culpa simplesmente negando-a. Cristo resolve assumindo-a e oferece ao ser humano perdão, reconciliação e restauração por meio do arrependimento e da confissão.

Felicidade


Cristo e o anticristo desejam que sejamos felizes. A felicidade é um anseio básico do ser humano. O anticristo apresenta a felicidade como um direito, ou melhor, uma obrigação. Não importa o que é necessário fazer para obtê-la. Mereço ser feliz, devo ser feliz e serei feliz mesmo que isto gere infelicidade para os outros. É isto que seus porta-vozes estão afirmando por todos os cantos. 

Cristo também deseja que sejamos felizes. Não porque temos o direito nem porque merecemos. A felicidade que Cristo oferece é resultado de uma vida de confiança e entrega. Não é a que encontramos no final de uma conquista, mas a que nos acompanha à medida que andamos em renúncia, humildade e mansidão. 

É no ato de nos doar em amor a Deus e ao próximo que experimentamos a vida feliz, e não na busca egoísta da satisfação de nossos desejos mesquinhos e infantis.

Liberdade


A liberdade é também um desejo comum de Cristo e do anticristo. A liberdade que o anticristo oferece é para fazer o que quiser, como quiser e quando quiser, como se isto fosse possível. Uma liberdade que, no final, nos transforma em reféns de nós mesmos, mergulhados em um mundo de ilusões e frustrações. 

Cristo também quer que sejamos livres. Paulo afirma que 
"...foi para a liberdade que Cristo nos libertou".
E conclui dizendo: 
"Porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor" (Gálatas 5:13). 
É somente no ato de amar a Deus e ao próximo que o ser humano encontra e expressa sua liberdade. 

Os enganos religiosos são largamente difundidos


"Porque muitos virão em meu nome, dizendo: 'Eu sou o Cristo'; a muitos enganarão"... "Igualmente hão de surgir muitos falsos profetas, e enganarão a muitos"... "Porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo que, se possível fora, enganariam até os escolhidos" (Mateus 24:5,11,24 — grifo meu).
Note as palavras de Jesus: "... Muitos virão ...e enganarão a muitos... muitos falsos profetas enganarão a muitos". A palavra grega polus, traduzido como "muitos", significa "demasiado, demais, grande" (Dicionário Expositivo Completo das Palavras do Antigo e do Novo Testamento de Vine, 1985, "Muitos"). Esse engano é claramente gigantesco e amplamente difundido.

Quem está envolvido com esse engano?


"Pois os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, disfarçando-se em apóstolos de Cristo" (2 Coríntios 11:13).
Dentro de apenas alguns anos depois da morte de Jesus Cristo, as pessoas passaram a distorcer e a deturpar a Sua mensagem. Quando duas décadas mal tinham passado, o apóstolo Paulo advertiu às congregações a respeito "dos falsos apóstolos", dizendo lhes que ele mesmo já tinha sofrido nas mãos dos "falsos irmãos" (2 Co 11:13, 26). Estes enganadores chegaram dizendo falar em nome de Jesus, mas desviaram muitos com uma mensagem distorcida.

Quem é o verdadeiro responsável por trás desse engano mundial?


"E não é de admirar, porquanto o próprio Satanás se disfarça em anjo de luz. Não é muito, pois, que também os seus ministros se disfarcem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras" (11:14-15).

Qual é o enfoque desse engano religioso?


"Mas temo que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos entendimentos e se apartem da simplicidade e da pureza que há em Cristo. Porque, se alguém vem e vos prega outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, de boa mente o suportais" (11:3,4).
"Estou admirado de que tão depressa estejais desertando daquele que vos chamou na graça de Cristo, para outro evangelho, o qual não é outro; senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo" (Gl 1:6-7).
Jesus predisse que alguns usariam o Seu nome, dizendo representá-Lo, mas seriam enganadores. Eles iriam se declarar cristãos, mas trariam uma mensagem diferente e um cristianismo falso.

Nos dias de Paulo, este movimento já estava bem encaminhado. Alguns já estavam pregando "outro Jesus" e um "evangelho diferente". A maioria das igrejas de nosso tempo divulga um evangelho sobre Cristo, embora ignorem o foco de Seu ensinamento. 

Eles obscurecem o significado de Sua mensagem ao pregarem um evangelho que é diferente do "evangelho do Reino de Deus", que foi ensinado por Jesus (Marcos 1:14). Não deixe de solicitar o seu exemplar gratuito do livro O Evangelho do Reino de Deus para entender melhor esta verdade vital.

As semelhanças são sutis. Os profetas do anticristo estão por toda parte oferecendo o que Cristo oferece. A diferença entre um e outro está na cruz. Tudo aquilo que nega a cruz, nos conduz à morte. Tudo o que vem da cruz, nos conduz à vida. C. S Lewis, no final do livro "Cristianismo Puro e Simples", afirma: 
"Submeta-se inteiramente a Cristo e você encontrará a vida eterna. Não retenha nada. Nada em você que não tenha sido entregue será realmente seu. Nada em você que não tenha morrido ressuscitará da morte. Se você procurar a si próprio, encontrará, no decorrer do tempo, somente ódio, solidão, desespero, rancor, ruína e decadência. Porém, se você procurar a Cristo, você o encontrará, e com ele tudo o mais que você tiver renunciado".

Conclusão

A difusão dos enganos religiosos

"Porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo que, se possível fora, enganariam até os escolhidos" (Mt 24:24).
Não deixe de estudar a Bíblia. Leia as palavras de Jesus Cristo e dos apóstolos, que advertem sobre um grande movimento religioso — invocando o nome de Cristo — que levaria a maior parte do mundo à perdição. Tragicamente, a maioria tem ignorado as advertências do próprio Jesus Cristo.

Apesar desta fraude, que é um preparo do terreno para o governo do anticristo o verdadeiro evangelho — o evangelho do Reino de Deus — também será proclamado antes do retorno de Jesus Cristo:
"E este evangelho do reino será pregado no mundo inteiro, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim" (Mt 24:14).
Mesmo não ignorando as estratégias do iníquo — muito antes pelo contrário, agora, mais do que nunca, é urgente que a Igreja do Senhor seja advertida e orientada sobre elas —, entretanto, é com isso que ficamos, é isso o que nos interessa.

[Fonte: Revista Ultimato, por Ricardo Barbosa de Souza — Pastor da Igreja Presbiteriana do Planalto e coordenador do Centro Cristão de Estudos, em Brasília (DF); Revista Boa Nova]

A Deus toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade. 

E nem 1% religioso. 
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. A pandemia não passou, a guerra não acabou.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

PAPO RETO — A IGREJA EVANGÉLICA ESTÁ APTA A RECEBER OS MARGINALIZADOS?

Ontem (13/01) eu estava meditando sobre a Parábola do Bom Samaritano e sua aplicação no atual cenário da igreja evangélica brasileira. Minha reflexão não irá enfatisar as minúcias da interpretação teológica da conhecida passagem bíblica, mas sim fazer uma confrontação de sua mensagem com o que vemos nos círculos religiosos da vertente evangélica.

A importância da parábola do bom samaritano para o cristianismo é algo que não dá para calcular. Jesus utilizou um exemplo fantástico para ensinar sobre o segundo mandamento. Ele nos apresenta a essência do que significa amar ao próximo. Quem é o nosso próximo e como devemos tratá-lo.

Por isso, eu lhe estimulo a ler este artigo até o final, pois a compreensão desse tema nos nossos dias possui uma importância sem precedentes na história. Nunca fomos tão exigidos no amor ao próximo. As mazelas sociais, doenças da alma, e o sumiço do afeto natural promovem essa necessidade.

Portanto, leia até o final e aproveite a "viagem"!

Ensinando em parábolas


Há, na Bíblia Sagrada, vários estilos literários. Um dos mais comuns é a parábola. As parábolas são narrativas (factuais ou fictícias) usadas para ensinar verdades concretas, reais, e espirituais. O termo vem de duas palavras gregas (para = ao lado de; ballein = lançar), e, etimologicamente, significam algo que é lançado ao lado de outro para comparação.

Muitas pessoas pensam que as parábolas são recursos literários peculiares à Bíblia. Entretanto, sabe-se que elas já eram utilizadas pelos grandes sábios orientais, e consistia num método popular de instrução e de ensinamento, cujo propósito era o de fazer com que as mensagens transmitidas fossem mais facilmente entendidas pelos seus ouvintes.

Uma das mais conhecidas parábolas da bíblia é, certamente, a famosa parábola do bom samaritano, registrada no evangelho de Lucas, 10:30–37. Entendida como uma perícope, isto é, como um texto completo em si mesmo, essa passagem é foco de uma variedade de interpretações. Vamos ao básico.

O Contexto 


Esta parábola nasceu de um teste. Um perito na lei, quis pôr Jesus a prova quanto a questão do amor ao próximo (Lc 10:25). O Senhor sabendo quem ele era, Lhe pergunta: "O que está escrito na lei?" (vv. 26). A resposta do perito foi a repetição do primeiro e grande mandamento, o de amar a Deus com todo o seu ser (vv. 10:27).

O Mestre Jesus concordou com a resposta dele, mas como se tratava de um teste, o perito na lei questionou sobre quem seria o "próximo". Após essa pergunta Jesus começa a ministrar a parábola do bom Samaritano.

O Caminho 


Em resposta, disse Jesus: 
"Um homem descia de Jerusalém para Jericó, quando caiu nas mãos de assaltantes. Estes lhe tiraram as roupas, espancaram-no e se foram, deixando-o quase morto" (10:30).
Não foi sem razão que o Senhor deu início a parábola utilizando o caminho de Jerusalém para Jericó, como cenário da ilustração.

Jericó era a morada de inverno de Herodes "O Grande". Ele ornamentou a cidade e a deixou extremamente bonita e atraente, uma espécie de ponto turístico. Por essa razão muitos viajantes trilhavam esse caminho.

Como uma coisa chama a outra, inúmeros assaltantes se colocavam na estrada a fim de atacar os viajantes que muito provavelmente traziam consigo, dinheiro e bens.

O Sacerdote e o Levita


Muitos sacerdotes e levitas trilhavam esse caminho. Isso se dava porque um bom número deles morava em Jericó e serviam no Templo em Jerusalém.

É bem verdade que eles preferiam o caminho via Belém, embora mais longo, oferecia maior segurança. Apenas quando estavam mais apressados é que eles pegavam o caminho direto, "Jericó – Jerusalém".

Na parábola do bom samaritano, os representantes de Deus ao ver o homem moribundo e ferido ao chão, passaram "pelo outro lado", não se importaram (Lc 10:31,32). É possível que ao ver a vítima eles imaginassem que se parassem para ajudar os salteadores poderiam atacá-los da mesma forma.

O que Jesus deixa evidente aqui é o egoísmo do sacerdote e do levita. Ao contrário do Bom Pastor, eles ignoraram a necessidade do próximo porque provavelmente colocaria a segurança deles em perigo. 

Nos nossos dias esse descaso é apresentado, por exemplo, por muitos países, ao negar, terminantemente ajuda a refugiados de guerra.

Samaritanos e Judeus


Jesus não fez de um samaritano o personagem principal dessa parábola, à toa (Lc 10:33). Desde que Samaria, capital do reino do norte foi conquistada pelos assírios em 722 a.C. que a adoração ao Deus de Israel ficou comprometida.

Isso aconteceu como consequência da mistura das raças. A princípio com assírios, depois os gregos, enfim, eles foram entrando e interferindo no sistema de adoração.

Os samaritanos ergueram um Templo em Gerizim para adorar, mas sua liturgia incluía apenas a lei de Moisés, eles não criam na mensagem transmitida pelos profetas.

A mistura das raças e a diferença de culto, fez com que os judeus desenvolvessem uma verdadeira aversão aos samaritanos. Passaram a não ser considerados filhos de Israel ou descendentes de Abraão, visto que não eram "puros", ou seja, eram marginalizados, excluídos.

Sabendo disso o Senhor Jesus usa alguém de Samaria na parábola, para a ilustração do amor ao próximo, visto que Ele era desprezado e considerado um herege, pelos judeus.

Deus e os marginalizados


Existe uma tradição que remete aos tempos de Jesus e da igreja no primeiro século e foi inspirada nos escritos do Antigo Testamento: Deus se preocupa com as pessoas que estão às margens da sociedade, aquelas que hoje são chamadas de minorias, vulneráveis, na base da pirâmide.

Quando em seu começo a igreja começa a se desgarrar do judaísmo uma das primeiras instruções foi que os cristãos deveriam se lembrar dos pobres. Essa instrução foi passada por pessoas que haviam andado com Jesus – seus discípulos. Eles viram e experimentaram o quanto o Mestre foi atencioso e solidário com os que sofriam e agora que a igreja vai se espalhar é imperativo seguir nos moldes dEle.

Paulo em Gálatas 2:10 faz menção a este fato que lhe foi pedido que se recordasse dos pobres e, acrescenta 
"...o que também procurei fazer com diligência..."
Ou seja, não era apenas recordar ou trazer à memória. Era também necessário ser zeloso e estar ansioso em fazer isso. Note que na leitura de Atos 15 esta instrução não está registrada, todavia, Paulo faz questão de a tornar pública. Era imprescindível que no mundo dominado pelos opressores de Roma os cristãos se tornassem semelhantes de Cristo.

A palavra "pobre" desse texto é a mesma usada por Jesus no Sermão do Monte e outros lugares no Novo Testamento para expressar os pobres, os destituídos. O termo não pode ser entendido como pobres de espírito como muitos tendem a fazer. O próprio Paulo se encarregou de cumprir com o que foi pedido (Gl 2:1–10, 1 Coríntios 16:1–4, 2 Co 89 e Romanos 15:14–33). Tiago, que estava na reunião do concílio de Atos 15 também expressa essa preocupação no capítulo dois de sua carta (Tg 2). O sujeito da sua instrução é o pobre.

Os primeiros cristãos pertenciam a grupos socialmente diferenciado, mas de maneira alguma brutalmente polarizado. O que eles precisavam era de imagens de solidariedade que enfatizassem a união de grupos distintos e potencialmente opostos: quanto maior a distância imaginada entre ricos e pobres, mais triunfante foi a superação dessa distância em uma comunidade cristã unida.

Nas cartas de Paulo, a riqueza não era para ser renunciada. Era para ser usada de duas maneiras: apoiar o trabalho religioso e dar sustentação aos pobres entre os santos que era o que o Paulo sempre pretendeu fazer. Temos então na igreja embrionária uma demonstração clara que sem a compaixão e a solidariedade aquela comunidade não teria sobrevivido.

Qual o lugar dos menos favorecidos na igreja evangélica atual?


Quando trazemos isto para os nossos dias, eu não gosto de pensar que hoje é melhor ou pior do que aqueles tempos. Cada contexto traz seus desafios e oportunidades. Cada geração lega a futura geração um conjunto de práticas e valores que em tese perpetuam a continuidade do cristianismo.

Se em gerações no passado mais recente o cuidado com os pobres foi relegado, o contexto atual oferece a oportunidade para esta geração de cristãos recuperar a sua tradição e alinhar-se com a história dos primeiros cristãos na solidariedade e no compromisso ativo da compaixão.

Chorar com os que choram é marca mais distinta do cristianismo. É ação que atinge mais profundamente a alma e coração do outro. Não existe absolutamente nada neste mundo que ultrapasse o gesto de caminhar quantas milhas forem necessárias para que o outro viva tal qual eu vivo.

Um dos impedimentos para esta ausência de solidariedade é o precário entendimento entre o Céu e a Terra, o aqui e o porvir, ser deste mundo e ser do outro mundo. A ideia de ter uma mansão celestial como recompensa por todos os sofrimentos sofridos: "você sofre aqui na Terra, mas Deus tem reservado para você uma mansão celestial", foi e continua sendo prejudicial para a prática da compaixão.

Um hino representativo desta ideia é O Exilado. A letra original e melodia são de autoria de Stephen Collins Foster (1826-1864) que foi composta com dialetos africanos e para ser cantada em shows onde brancos se pintavam de negros para fazer comédia. Uma letra cristã foi adaptada por um missionário americano trabalhando no Brasil usando a melodia da canção:
"Da linda pátria estou bem longe; cansado estou; eu tenho de Jesus saudade, oh, quando é que eu vou? 
Passarinhos, belas flores, querem m’encantar; são vãos terrestres esplendores, mas contemplo o meu lar. 
Sua vinda aguardo eu cantando; meu lar no céu; seus passos hei de ouvir soando além do escuro véu."
O céu é o lugar desejado e enquanto ele não chega esse cristão tem saudades de Jesus, deseja ir prontamente, precisa vigiar para não se enredar com o mundo e espera cantando. Assim, não existe missão enquanto se espera.

Talvez nos dias de hoje os cristãos nem pensem mais dessa forma. Acho que na verdade são bem poucos os que esperam por este momento. Hoje, é bem provável que a aliança com os "vãos terrestres" seja uma realidade tão forte que se torna um impedimento para exercer a compaixão cristã. Ou seja, no passado era o escapismo do porvir, agora é o fascínio com os bens deste mundo.

Nos ensinos de Jesus Ele une os tesouros do Céu e os tesouros da Terra, duas polaridades que eram irreconciliáveis, por meios de corajosos atos de renúncia e de generosidade. Assim, também na Terra, dentro da comunidade cristã, os polos igualmente distantes entre ricos e pobres são juntados por meio do compartilhar. Como os primeiros cristãos diminuíram essa distância, também nós devemos fazer o mesmo.

Além da eloquência fria dos discursos efêmeros


Tenho percebido nas mensagens e especialmente nos discursos nas mídias sociais uma reflexão sobre o abismo entre os que tem e os que não tem dentro das igrejas. Esse discurso infelizmente não resolve muita coisa. Quem não tem continua não tendo e quem tem não ouve e se ouve fecha o filtro para tal mensagem.

O melhor seria não enfatizar a polaridade, mas sim como construir pontes entre os que tem e os que não tem e promover por meio do compromisso como reino de Deus que as pessoas de ambos dos lados caminhem por essa ponte. Foi exatamente o que Paulo fez.

Ele apelou aos crentes de Corinto que ajudassem os pobres de Jerusalém. Foi o que Cristo ilustrou na parábola do bom samaritano; foi o que Tiago fez ao apelar aos seus leitores que ficassem atentos aos que estavam desnudos e famintos.

Nós precisamos ser mais ativos neste tipo de agenciamento. Na minha experiência ministerial tenho encontrado muita gente disposta a andar por essa ponte da solidariedade.

A igreja primitiva combateu o abismo social com compaixão. A igreja dos nossos dias é miserável em compartilhar. Ela faz de si mesma o seu alvo último e assim todos os recursos que arrecada de seus membros retornam para eles mesmos. 

Cada dia surge uma "necessidade" interna. Sobra pouco recurso para o exercício da solidariedade e fazer com que a igreja seja instrumento para encurtar o distanciamento entre os que têm e os que não têm. Quando a igreja não desempenha seu papel de formar pessoas com os ideais bíblicos ela sonega um bem precioso – ser partícipe do projeto de Deus.

Desde os seus primórdios no movimento cristão, como tratar com as riquezas e como cuidar dos pobres foram importantes aspectos para o discipulado cristão e foram ensinados para expressar "uma articulação essencial para a nossa fé em Deus e nosso amor para com nossos semelhantes".

Também não posso deixar de mencionar que o cristão como individuo é também convidado a exercer o ministério da compaixão. Sem sacrifícios não há como ajudar o outro.

Paulo, preso em Roma e certamente com recursos limitados, escreve a Filemom para receber Onésimo de volta e afirma que se Onésimo devia algum dinheiro, ele, Paulo, pagaria. Isto me impressiona. Ter esse modelo de cristão e cristã em nossas comunidades.
 

Conclusão

Mais "Bons Samaritanos" e menos religiosos, pelo amor de Deus!


O samaritano aproximou-se do homem ferido não apenas para observá-lo, mas para cuidar dele. Abrindo mão de sua segurança sem, contudo, desprezar seu próximo (Lc 10:34,35).

Dedicou tempo para aplicar vinho e óleo (símbolos bíblicos de alegria e unção), demonstrado preocupação, zelo e excelência por alguém que precisava de ajuda, embora não fosse conhecido.

Além disso, não satisfeito, o samaritano deslocou a vítima para uma hospedaria e arcou com todas as despesas atuais e deixou a conta aberta. Caso novos débitos fossem gerados ele pagaria na volta (exatamente como fez Jesus em relação à redenção da humanidade). Ele tem um caráter excepcional. É a essência do que deve ser o caráter cristão.

Em nossos dias é possível que no lugar do sacerdote e do levita, Jesus colocasse um padre ou um pastor ou mesmo um membro qualquer da igreja local. E para o lugar do samaritano, um representante dos grupos minoritários, marginalizados e excluídos: negro, homossexual, índio, latino, cigano, pobre, etc. 

Forte não é? Quem é "o Próximo"? 
  • Essa era e é a intenção de Jesus na parábola. Não importa quem é a pessoa ou o que ela faz. Se é ser humano, é nosso próximo.
Na parábola, Jesus coloca o samaritano em um nível superior ao sacerdote e ao levita, "os representantes 'legais' de Deus". Embora tenha sido algo inadmissível para o perito na lei, ele não teve como discordar do exemplo (Lc 10:29-37).

Jesus respondeu ao perito na lei de forma magistral sobre quem é o nosso próximo. Deixando claro não só para ele, mas para todas as gerações que o Evangelho é uma mensagem global, ou seja, para todos os povos, raças, línguas e nações.

A parábola do bom samaritano é um clássico ensinamento do Mestre Jesus. Milhares de sermões já foram ministrados, músicas foram compostas, peças foram encenadas, cartas foram escritas e revoluções desencadeadas com base nesse ensino.

Que eu e você possamos não apenas conhecê-la, mas sobretudo que Deus nos conceda sabedoria e graça, para que sejamos "os bons samaritanos" da nossa geração.

Assim, a parábola do bom samaritano apenas nos quer ensinar que o nosso próximo é toda aquela pessoa que precise de nossa ajuda, e que não podemos ser preconceituosos na hora de ajudar alguém, pois a verdadeira religião implica em praticar o bem a todos, indistintamente.

Esse é o tempo para a igreja voltar ao lugar do qual nunca deveria tem saído. Ao sair perdeu a credibilidade e o direito de existir. Mas, tem agora uma imensa oportunidade de chorar com os que choram e ao chorar com estes mais humildes do mundo alegrará o coração do Cristo e se alinhará com a sua missão de serviço.


A Deus toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade. 

E nem 1% religioso. 
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. A pandemia não passou, a guerra não acabou.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

CANÇÕES ETERNAS CANÇÕES — "GIRLS JUST WANT TO HAVE FUN", CYNDI LAUPER

Empoderamento feminino. Este foi o termo mais procurado no Brasil em 2016, segundo um estudo sobre tendências visuais divulgado pelo site Shutterstock. Acredito que você ouviu falar disso no trabalho, apareceu no seu feed de notícias do Facebook ou você viu em alguma mídia por aí. 

Até mesmo nos círculos religiosos o termo veio à tona. Já se ouve muitas irmãs falando sobre o empoderamento feminino. Ele é um dos principais estandartes arvorados pelo movimento feminista não só no Brasil, como no mundo inteiro. Mas afinal, o que é 

empoderamento feminino? 


Primeiramente, empoderamento feminino é diferente de feminismo. Feminismo é resumidamente um movimento que prega a ideologia da equidade social, política e econômica entre os gêneros. 

Empoderamento feminino é a consciência coletiva, expressada por ações para fortalecer as mulheres e desenvolver a equidade de gênero. É uma consequência do movimento feminista e, mesmo estando interligados, são coisas diferentes. 

Empoderar-se é o ato de tomar poder sobre si. Dessa forma, também é possível fazer o empoderamento de outros grupos sociais, como o empoderamento negro e até empoderamento dos idosos, por exemplo. 

As pessoas oprimidas ou que recebem menos atenção na nossa sociedade, muitas vezes não têm consciência de seu próprio poder, e as mulheres estão incluídas neste grupo.

É daí que surge o empoderamento. As mulheres precisam reconhecer que elas são capazes, para então poder começar a fazer mudanças. 

Em 2010, a ONU lançou os princípios de empoderamento das mulheres, a fim de pôr em prática seus propósitos para um mundo melhor. Veja-os no quadro abaixo:

Apesar de seu "sucesso" estar mais evidente nas décadas mais recentes, pós virada para o terceiro milênio, engana-se quem pense que o tema é uma novidade.

Hino do empoderamento


"She's So Unusual" é o disco de estréia da cantora e compositora Cyndi Lauper. O álbum é um marco na história do pop rock e new wave moderno, se encaixando muito bem no estilo musical da época (1983). 

Entrando no mercado da música solo junto de Madonna, Cyndi teve mais visibilidade no início, e não foi pra pouco, já que seu debut possui ótimas canções e conseguiu vender mais de 22 milhões de cópias mundialmente, fazendo com que esse fosse um dos álbuns femininos mais vendidos dos anos 80.

Cyndi Lauper inovou bastante o mercado, parte por trazer uma nova maneira de fazer música, mas também por suas letras divertidas, porém muito reflexivas se analisarmos a fundo. 

Um exemplo é a faixa 'Girls Just Wanna Have Fun' (que é basicamente o "parabéns pra você" do tanto que a canção é conhecida), a faixa fala sobre a liberdade feminina e como as garotas são criticadas por quererem se divertir tanto quanto os homens. Vamos à letra.

"Girls Just Want To Have Fun"

Cyndi Lauper


I come home in the morning light
My mother says when you're gonna live your life right
Oh mother dear we're not the fortunate ones
And girls they wanna have fun
Oh girls just wanna have fun

The phone rings in the middle of the night
My father yells what you're gonna do with your life
Oh daddy dear you know you're still number one
But girls they wanna have fun
Oh girls just wanna have..

That's all they really want
Some fun
When the working day is done
Oh girls... they wanna have fun
Oh girls just wanna have fun
Wanna have fun
Girls wanna have...

Some boys take a beautiful girl
And hide her away from the rest of the world
I wanna be the one to walk in the sun
Oh girls they wanna have fun
Oh girls just wanna have
That's all they really want
Some fun

When the working day is done
Oh girls... they wanna have fun
Oh girls just wanna have fun,
Wanna have fun
Girls wanna have...

They just wanna.... (girls)
They just wanna.... (girls just wanna have fun)
They just wanna have fun...

When the working
When the working day is done...
When the working day is done...
Oh girls...
Girls just want to have fun...

They just wanna.... (girls)
They just wanna.... (girls just wanna have fun)
They just wanna have fun...

Tradução

Garotas só querem se divertir

Eu chego em casa de manhã cedo
Minha mãe me diz
'-Quando é que você vai viver decentemente?'
Oh, mamãe querida, nós não somos as afortunadas
E as garotas querem só se divertir
Oh, as garotas querem só se divertir

O telefone toca no meio da noite
Meu pai grita: '-O que você vai fazer da sua vida?'
Oh, papai querido, você sabe que ainda é o número um
Mas as garotas querem só se divertir
Oh, as garotas querem só se divertir
É isso que elas realmente querem
Se divertir

Quando o dia de trabalho termina
As garotas, elas querem só se divertir
Oh, as garotas querem só se divertir
Querem se divertir
Garotas querem só

Alguns caras ficam com uma garota linda
E a escondem do resto do mundo
Eu só quero poder andar sob a luz do sol
Oh, as garotas querem só se divertir
Oh, as garotas querem só se divertir
É isso que elas realmente querem
Se divertir

Quando o dia de trabalho termina
As garotas - elas querem só se divertir
Oh, as garotas querem só se divertir
Querem se divertir
Garotas querem só
Elas querem só... (garotas)
Elas querem só... (garotas querem só se divertir)
Elas querem só se divertir

Quando o dia de trabalho
Quando o dia de trabalho termina
Quando o dia de trabalho termina
Oh Garotas
Garotas querem só se divertir
Elas querem só... (garotas)
Elas querem só... (garotas querem só se divertir)
Elas querem só se divertir

Sobre a música


'Girls Just Wanna Have Fun' tem todo aquele clima mágico dos anos 80, com a presença dos famosos sintetizadores, e fala claramente sobre a liberdade de expressão feminina. Cyndi canta sobre não ter que dar satisfação sobre o que faz ou como faz, só recita seu bordão 
"...garotas querem se divertir".
Cyndi Lauper foi uma das percussoras do movimento feminista na música pop, junto de Patti Smith e Madonna (Aliás, corria na época o boato de uma rivalidade entre as duas divas, porém, nada nunca foi provado e tanto Cyndi como Madonna conquistaram seu espaço). 

Seu álbum "She’s So Unusual" foi um sucesso em vendas e emplacou outros hits nas rádios como 'Money Changes Everything', 'Time After Time', 'She Bop' (essa, polêmica, fala sobre um tema tabu: a masturbação feminina) e 'All Through The Night'.

Uma original nem tão feminista assim


O que muitos não sabem é que 'Girls Just Want To Have Fun', trata-se na verdade de um cover. A canção foi composta e originalmente gravada em 1979 por um cantor chamado Robert Hazard (✩1948/✟2008). Na voz de Robert, a letra da música ganha uma conotação um pouco mais sexual, mas só pra quem pegar as referências.

O cantor fala sobre voltar de uma noitada onde teve bastante diversão com as mulheres e afirma que elas estão lá para se divertir (com ele, ou seja, mais machista, impossível). Hazard disse ter conversado com Cyndi por telefone, e aceitou a troca de alguns trechos para a sua versão.

A versão original do cantor é mais voltada ao rock'n'roll, quando a de Cyndi, que fez com que ela ficasse conhecida, tornando-se um dos hinos do pop rock da década de 1980. Ouça a versão de Robert só para ver a diferença (não é preciso dizer que a versão de Cyndi é imcomparavelmente melhor):
'Girls Just Want To Have Fun' — Robert Hazard

Conclusão


A versão de Lauper ganhou reconhecimento como um hino feminista e foi promovida por um videoclipe vencedor do Grammy. 'Girls Just Want to Have Fun' foi um dos maiores sucessos de Lauper, alcançando a segunda posição na Billboard Hot 100, por duas semanas e continua sendo uma das canções de mais relevância a terem sido lançadas nos anos 80. A canção é faixa obrigatória em toda festa temática, coletânea ou playlist da década.

O sucesso foi tanto que em 1994, Lauper relançou a canção como '(Hey Now) Girls Just Want to Have Fun', com um novo arranjo com toques de reggae.
Mais uma vez a canção foi um grande retorno para Lauper, uma vez que atingiu o top 10 e top 40 em muitos países e foi um grande sucesso nos Estados Unidos. Ela chegou ao número quatro no Reino Unido e Nova Zelândia, sua posição mais alta.

Embora Cyndi Lauper não seja cantora de um hit só, com certeza, ela sempre será lembrada por 'Girl Just...', por isso ela está aqui nesse capítulo da série especial de artigos Canções Eternas Canções e vai levar o meu carimbo de:
[Fonte: Wikipédia]

A Deus toda glória. 
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade. 
E nem 1% religioso. 

O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. A pandemia não passou, a guerra não acabou.

sábado, 9 de janeiro de 2021

MURMURAR OU ADORAR? QUAL A SUA ESCOLHA?

"Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação" (Habacuque 3:17,18).
Certamente esta é uma daquelas passagens clássicas da Bíblia, registrada no Antigo Testamento. Também certamente você, assim como eu, já ouviu muita ministração e já leu muitos estudos sobre este texto bíblico (na internet há inúmeros, basta dar uma "googleada"). Porque eu não me somaria a estes tantos outros irmãos, já que a passagem é tão rica e repleta de ensinamentos atemporais? A inspiração para este texto me veio ontem (08/01/2021) à noite, enquanto eu fazia minha caminhada.

O Profeta Habacuque, um dos 12 profetas menores, provavelmente vivendo nos dias da invasão babilônica de Jerusalém, trata do sofrimento dos filhos de Deus e conclama a todos a permanecerem firmes na fé, a fim de que Deus possa lhes dar vitória 
("…O justo viverá pela fé.", 2:4).
Imaginem a situação de Habacuque, sem previsão de colheita, sem poder contar com a sua produção, sem perspectivas nem sequer de garantir o seu próprio mantimento. 

Eu imagino que este homem tenha trabalhado tanto, se esforçado, se dedicado, e mesmo assim, devido às situações adversas, ele não alcançou o resultado que esperava.

Qualquer semelhança entre você e o irmão Habacuque, não é mera coincidência.

Uma questão de escolha


Este homem poderia ter ficado frustrado, poderia ter murmurado, mas ele manteve sua alegria no Senhor. 

Ele devia ter uma família, e precisava lhe prover o sustento, devia ter contas para pagar, enfim, assim como nós hoje em dia, desde aquele tempo o homem enfrenta os mesmos problemas. 

Mas ele acreditava no mesmo Deus que nós cremos, um Deus que é capaz de renovar a nossa esperança, porque podemos crer na sua fidelidade, e porque podemos descansar na certeza de que Ele supre todas as nossas necessidades. 

O que aprendemos com a mensagem desse profeta? Que a alegria do servo de Deus está em Jesus. Não se trata de uma felicidade passageira e circunstancial, mas sim, a verdadeira alegria que há na alma daqueles que entregaram suas vidas ao Senhor Jesus!

Vamos fazer uma análise das figuras de linguagem usadas por Habacuque, lembrando que ele usou elementos que faziam parte da sua realidade, do seu contexto.

I – A Figueira – 3:17a


A figueira também foi utilizada por Jesus para falar da esterilidade espiritual e falta de fé (Mateus 21:19; Lucas 13:6-9; Marcos 11:13, 20,21). Ela simboliza a nossa vida espiritual que precisa estar viva e produzindo frutos todo o tempo, independente da estação, sob pena de secarmos, morrermos, sermos arrancados da terra. 

O profeta Habacuque, mesmo vendo a falta de fé do povo não perdia a esperança de que Deus poderia transformar aqueles corações.

Quando Habacuque se referiu à figueira, ele estava se dirigindo à nação de Israel. Ele estava imerso num cenário de violência e afastamento do Senhor, mas mesmo assim não negociou seu princípio de Fé, pois, mantendo sua própria Fé, ele podia perseverar em sua missão profética de levar a mensagem de redenção daquele povo.

II – O produto da oliveira – 3:17b


A oliveira era nativa na Palestina e muito comum ali, quando o povo de Israel entrou para tomar posse da terra prometida (Deteuronômio 6:11). A oliveira teve um importante simbolismo profético na trajetória de Jesus aqui na Terra, na conhecida e belíssima passagem do Getsêmani (ou Jardim das Oliveiras — Mt 26:36-46).

O fruto da oliveira é a azeitona, de onde se produz o azeite que serve para a unção, entre outras utilidades. Um fato curioso é que a oliveira é uma das poucas árvores capaz de atingir séculos de vida sem nunca adoecer.

Daí a associação dela com a cura, a saúde a longevidade. Podemos dizer "ainda que falhe a saúde", todavia podemos confiar em Deus, pois Ele pode curar todas as nossas enfermidades, as externas e internas (Salmo 103:1-5). 

Você está precisando de cura? Tem alguém da sua família que está enfermo? Ore e peça a Deus a cura? Deus pode curar também a nossa alma e nos dar a vida eterna por meio de Jesus.

III – Os currais no gado – 3:17c


Com a invasão do exército babilônico em Jerusalém, toda a criação de animais foi levada como despojo e o povo ficou em completa pobreza e miséria, passando fome. 

Não tinha mais gado, não tinha mais leite para as crianças e o desespero começava a tomar conta das famílias. 

Aí o profeta Habacuque convida o povo a continuar crendo em Deus, ainda que
"...nos currais não houvesse mais o gado".
Tem gente que só busca a Deus nas dificuldades (é o que chamo de "fase das campanhas" e "período das consagrações") e, ao conquistar a bênção, se esquece de Deus (some dos cultos, para de orar, não lê mais a Bíblia — enfim, não há mais tempo para intimidade com Deus). 

Outros só querem as bênçãos de Deus mas não querem o Deus da bênção. Qual é a sua situação? Você deseja buscar o Deus da bênção e ser abençoado por Ele? Você deseja servir ao Deus da bênção entregando a sua vida a Ele antes mesmo de ser por Ele abençoado?

As lições de Habacuque


Em Habacuque 3, tiramos preciosas lições para a nossa vida sobre o poderoso agir de Deus. O profeta começa orando. No começo do livro, Habacuque mostra que não compreende porquê Deus permite certas coisas em nossas vidas. 

No capítulo 2, o Senhor lhe responde, conversa com ele e consola sua alma. Após ter seu entendimento aberto, Habacuque ora a Deus. Contudo, a sua oração apresenta um tom de gratidão e louvor.

Habacuque nos ensina que devemos estar sempre diante de Deus com o coração aberto para ouvir Sua voz.

Ele ministra uma linda oração de adoração e declara ao Senhor que embora tudo dê errado e nada prospere, 
"eu exultarei no Senhor e me alegrarei Deus da minha salvação".
 Eu não só aprendo, mas admiro o profeta Habacuque naquilo que ele fez. Pois é muito fácil fazer promessas para Deus, quando esta tudo bem.
  • É muito fácil prometer ser fiel ao Senhor, quando não existe perseguição;
  • É muito fácil dizer que vai adorar a Deus em qualquer situação, quando você acabou de receber uma vitória;
  • É muito fácil jurar e prometer fidelidade ao Senhor, quando tudo esta indo muito bem!
Porém, quando o profeta Habacuque faz essa promessa de fidelidade ao Senhor, de fé ao Senhor, de louvor ao Senhor em qualquer situação.

Conclusão


O profeta, em sofrimento, declara a sua fé, dizendo que nada o faria abandonar a Deus. E ainda que viessem os problemas, todavia ele confiaria e se alegraria no Deus da sua salvação. 

"Todavia..."


Antes de concluir, deixe-me abrir um parênteses aqui. "Todavia" é uma palavra usada para introduzir uma oposição ou restrição ao que foi dito. 
  • Sinônimos: Contudo; não obstante; porém; apesar disso; ainda assim.
A palavra "todavia" é a chave desta meditação: Se o livro de Habacuque começou com um grito acerca da violência, TODAVIA (em oposição), termina com um canto, uma oração.

A violência deu lugar à esperança. O medo deu lugar à segurança. A guerra deu lugar à paz. Porque o Deus de Habacuque é o nosso Deus!

E você, já fez do Senhor Jesus o Deus da sua salvação? Ainda que venham os problemas, declare a sua fé e confiança em Deus e você será um vencedor!

'Deus da Minha Salvação' — Edison & Telma, "25 Anos — Ao Vivo", 1996 — MK Music

A Deus toda glória. 
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade. 
E nem 1% religioso. 
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. A pandemia não passou, a guerra não acabou.