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terça-feira, 15 de abril de 2025

VAMOS FALAR SOBRE O CÉU?

Você já parou para pensar que ultimamente, em grande parte das igrejas, pouco ou quase nada se prega sobre o Céu? Bem, neste artigo, vamos conversar sobre o céu, então.

E espero que você esteja com sua Bíblia em mãos e um coração interessado para que não incorra em especulações e achismos, uma vez que este tema é daqueles que fecundam a fertilidade de nossas mentes.

O céu não é aqui!


Desde do início de minha conversão fui ensinado que a Bíblia é o mapa que nos mostra o caminho do céu. Lembrei-me disso, quando comecei a questionar algumas pregações e músicas tidas como evangélicas ou cristãs, mas totalmente dissociadas da mensagem bíblica.

Parece-me que muitos cristãos realmente perderam o mapa que conduz ao céu, e buscam às cegas um caminho que torne o céu menos distante. O caminho para o céu da Bíblia é muito longo, estreito e, portanto, a caminhada difícil. Talvez isso tenha levado estes cristãos a essa busca por um caminho alternativo.

Tenho saudades do tempo em que as músicas cristãs falavam do céu e de nossa caminhada pra lá. As pregações buscavam consolar os que estavam cansados da árdua caminhada, enquanto mostravam aos que se postavam à beira do caminho sua situação de miserabilidade e a necessidade de iniciar, imediatamente, sua caminha para um país distante, mas muito melhor do que o mundo d’aquém.

Então, as pessoas se convertiam de verdade. Convertiam-se porque reconheciam seu estado de miséria. Não de uma miséria material ou física, mas da pior miséria que existe: a miséria da alma.

O que nos diz a Bíblia sobre o Céu?


Paulo disse aos romanos que eles deveriam se alegrar na esperança. Isso está em Romanos 12:12. Regozijai-vos na esperança. O que ele tinha em mente, é claro, era a esperança do céu. E a esperança do céu deve trazer alegria aos nossos corações.

O pregador em Eclesiastes, no Antigo Testamento, capítulo 7, versículo 1, estava certo quando disse:
"O dia da morte é melhor do que o dia do nascimento."
Mas quando ele disse isso, ele usou de cinismo. Ele disse que o dia da morte é melhor do que o dia do nascimento porque a vida era muito insignificante para ele. Mas, podemos dizer isso porque temos a esperança no céu, a esperança da glória.

Paulo disse: 
"Para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro,” 
e expressou a mesma esperança maravilhosa e de júbilo. E o que é que torna a morte agradável? O que torna a esperança prazerosa? É a expectativa do céu. Nós, que conhecemos e amamos ao Senhor Jesus Cristo, estamos indo para uma morada eterna, a Bíblia a chama de céu.

O que mais aprendemos na Bíblia sobre o Céu?


Na Bíblia, aprendemos mais algumas coisas sobre o céu. Uma coisa que aprendemos é que é a morada de Deus. O céu é a morada de Deus. É exclusivamente o lar de Deus. 

E, embora Ele esteja em todos os lugares, o único lugar da sua residência, Sua morada, é o céu. Tudo que é precioso para nós está no céu. Nós vimos que nosso Pai está lá, nosso Salvador está lá agora, nossos santos companheiros dos tempos do Antigo Testamento e do Novo Testamento estão lá, nosso nome está lá, nossa herança está lá, nossa recompensa está lá, nosso tesouro está lá, nossa cidadania é de lá. 

O céu é nossa casa. E vimos que somos apenas estrangeiros nesta vida. A Bíblia também nos diz que os santos anjos estão lá. Em Isaías 6, você tem uma imagem de Deus nas alturas e engrandecido, exaltado em Seu trono celestial, e ao redor dele estão os santos anjos. 

Você encontra isso novamente em Mateus 22:30 e em Lucas, capítulo 15, versículo 10, que os anjos estão no céu. Ele afirma claramente que esse é o lugar onde moram os santos anjos.

Existe uma localização geográfica do Céu?


A questão da localização do céu em relação ao universo é fascinante e tem intrigado teólogos, estudiosos e crentes há séculos. Embora a Bíblia forneça descrições vívidas do céu, ela não oferece uma localização geográfica precisa dentro do universo como o entendemos hoje. 

Em vez disso, os textos bíblicos usam linguagem simbólica e metafórica para transmitir a natureza e a realidade do céu, que transcende nossa compreensão terrena.

A Bíblia frequentemente fala do céu em termos que sugerem um reino distinto do nosso universo físico. Em Gênesis 1:1, lemos:
"No princípio, Deus criou os céus e a terra."
Aqui, "céus" pode se referir ao céu ou ao cosmos, mas também implica um reino espiritual onde a presença de Deus se manifesta de forma única. Ao longo da Bíblia, o céu é retratado como a morada de Deus, dos anjos e, em última análise, dos redimidos.

Isaías 66:1 oferece um vislumbre da natureza do céu: 
"Assim diz o Senhor: 'O céu é o meu trono, e a terra é o estrado dos meus pés...'"
Esta passagem sugere uma relação entre o céu e a terra, onde o céu é um lugar de autoridade e majestade divinas, transcendendo as limitações físicas do universo. 

A metáfora de um trono indica um lugar de governo e soberania, reforçando a ideia de que o céu é onde a vontade de Deus é perfeitamente realizada.

O Novo Testamento continua esse tema, particularmente nos ensinamentos de Jesus. Em João 14:2,3, Jesus conforta seus discípulos dizendo: 
"Na casa de meu Pai há muitas moradas... Vou preparar um lugar para vocês."
Esta passagem enfatiza o aspecto pessoal e relacional do céu, retratando-o como um lugar preparado para os crentes, em vez de uma localização específica dentro do universo físico.

O apóstolo Paulo também contribui para nossa compreensão do céu em 2 Coríntios 12:2-4, onde descreve um homem (comumente entendido como ele mesmo) que foi "arrebatado ao terceiro céu". 

Esta referência ao "terceiro céu" é intrigante, pois sugere um conceito de céu em camadas ou níveis, possivelmente indicando diferentes níveis ou dimensões de realidade espiritual. 

Na cosmologia judaica, o primeiro céu era o céu, o segundo céu eram as estrelas e planetas, e o terceiro céu era a morada de Deus. Isso se alinha com a compreensão antiga de um universo estruturado em camadas, com o céu existindo além do cosmos observável.

O Livro do Apocalipse, escrito pelo apóstolo João, oferece algumas das imagens mais vívidas do céu, embora permaneça simbólico em vez de geográfico. Em Apocalipse 21:1-4, João descreve um novo céu e uma nova terra, com a cidade santa, a Nova Jerusalém, descendo de Deus. 

Esta imagem sugere uma realidade futura onde céu e terra estão unidos, apagando a fronteira entre o divino e o terreno. O foco está na presença de Deus com seu povo, em vez de uma localização específica.

A tradição e a literatura cristãs também têm lidado com o conceito de localização do céu. C.S. Lewis (✰1898/✞1963), em sua obra alegórica "O Grande Divórcio", explora a ideia do céu como um lugar de realidade última, contrastando-o com a existência sombria daqueles que escolhem permanecer separados de Deus. A representação de Lewis enfatiza a diferença qualitativa entre o céu e a existência terrena, em vez de uma distinção espacial.

Além disso, teólogos como Agostinho (✰354/✞430) enfatizaram a natureza espiritual do céu. Em "A Cidade de Deus", Agostinho descreve o céu como o cumprimento último do anseio humano e a consumação do plano redentor de Deus. Ele argumenta que o céu é menos sobre uma localização e mais sobre um estado de ser em perfeita comunhão com Deus.

Conclusão


Nos tempos modernos, alguns tentaram reconciliar o conceito bíblico de céu com a compreensão científica do universo. No entanto, é crucial reconhecer que as descrições bíblicas do céu não são destinadas a explicações científicas. Em vez disso, são afirmações teológicas da transcendência de Deus e da promessa de vida eterna com Ele.

A representação bíblica do céu convida os crentes a olhar além do universo físico e a focar nos aspectos relacionais e espirituais de sua fé. O céu é apresentado como um lugar de alegria, paz e realização supremas, onde os crentes experimentam a plenitude da presença de Deus. Essa perspectiva encoraja os cristãos a viver com esperança e propósito, sabendo que seu destino final não está limitado pelas limitações do mundo físico.

Não. Eu não sou o dono da verdade. Por isso mesmo, quando estou em dúvida quanto ao verdadeiro rumo do céu, abro novamente aquele velho mapa e convido o Santo Espírito para me mostrar mais uma vez pra que lado fica o céu.

Então, retomo pacientemente a minha caminhada. Às vezes, me arrastando, às vezes mancando, tropeçando ou até caindo, mas com o mapa sempre ao alcance da mão, dos olhos e do coração, continuo andando até chegar lá.

Em conclusão, embora a Bíblia não forneça uma localização específica para o céu dentro do universo, ela oferece uma rica tapeçaria de imagens e simbolismo que aponta para a realidade transcendente do lugar de habitação de Deus.

O céu é retratado como um reino de autoridade divina, intimidade relacional e realização última, convidando os crentes a antecipar um futuro onde habitarão com Deus em alegria eterna. Essa compreensão do céu transcende limites geográficos ou cosmológicos, focando em vez disso na promessa de vida eterna e comunhão com o Criador.

[Fonte: Bible Chat]

Ao Deus Todo-Poderoso e Perfeito Criador, toda glória.

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