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sábado, 21 de dezembro de 2024

PAPO RETO — VOCÊ TEM MEDO DE QUE?

"Mesmo quando eu andarpor um vale de trevas e morte, não temerei perigo algum, pois tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me protegem"
(Salmos 23:4).
Quem fala que não tem algum tipo de medo, provavelmente, está mentindo. Certamente cada um tem seus temores diários, como o receio de ser assaltado, de sofrer algum acidente, de pegar alguma doença contagiosa, por exemplo. Há quem tenha pânico de viajar de avião, de ser demitido, de sofrer algo que acometa à própria vida. Outros têm pavor de serem traídos pela(o) esposa(o) e há também quem tema perder seus entes queridos em alguma tragédia.

O fato é que todo ser humano tem medo. Vamos a mais exemplos. Há pessoas com medo de altura e, por isso, ficam longe de sacadas e bordas de prédios, por exemplo. Há também outros medos, como o de alta velocidade, que faz com que dirijamos um veículo em velocidade reduzida. Dessa forma, o medo tem seu lado bom e nos ajuda a evitar os perigos.

O medo como um aliado


Mas o medo pode nos levar a acertar e também a errar. Muitas pessoas quando ouvem falar que na empresa em que trabalham há funcionários sendo demitidos ficam com medo de serem o próximo. Por causa desse medo, começam a ter comportamentos diferentes e, assim, aceleram seu processo de demissão — se é que realmente seriam desligados da empresa.

Poderíamos citar várias situações, mas o fato é que ter medo faz parte da vida. Na verdade, a principal pergunta que devemos nos fazer é como lidamos com nossos medos. Você é do tipo que paralisa ou confronta o que o aterroriza profundamente? Talvez, para enfrentar essa situação, a solução seja buscar forças em estratégias que despertem a coragem ou mesmo inspiração com quem encarou seus maiores temores e os venceu.

A Bíblia, nesse sentido, traz diversos exemplos de heróis, destacando suas trajetórias e como procederam para atingir a vitória. Um deles é Gideão. Dizer que Gideão era corajoso é enfeitar um pouco a história. Basta analizar criteriosamente a passagem descrita em Juízes 7 que aborda como Deus agiu com o herói relutante. Deus disse a Gideão: eu já dei a vitória a você, mas, se você estiver com medo de atacar, desça até o acampamento deles. Você vai ouvir o que eles estão dizendo e então terá coragem para atacar o acampamento.

A prova de que Gideão estava com medo é que ele desceu ao acampamento para ver mais um sinal de que Deus lhe daria a vitória. Mesmo Deus dizendo 
"...se estiver com medo, desça…". 
Quer dizer, Gideão estava ainda com medo. É importante sabermos que os heróis da Bíblia eram como nós. A diferença de Gideão era sua fé, essa sim, inabalável. Ele se tornou corajoso depois dos vários incentivos que Deus lhe deu, mas, a princípio, ele temia como todos os outros. Mas para utilizar a fé inteligente é preciso coragem. Por isso Deus, pacientemente, o ajudou a desenvolvê-la.

Não deixe o medo te parar


Há pessoas que se sabotam por conta do medo. Existem aquelas que têm medo de ficar sozinhas e se envolvem com pessoas sem nenhum critério. O medo vem da dúvida. Quando estamos inseguros, ele toma conta de nós e aí começam os erros. Contudo a Palavra de Deus diz para não temermos: 
"E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo" (Mateus 10:28). 
E quem não tem medo de sofrer uma situação que possa causar a morte do corpo? No entanto é preciso entender que a alma vive depois que o corpo morre.

E assim deve ser na vida de cada homem, pois, como seres dotados de emoções, nós, muitas vezes, somos tomados por sentimentos de pavor ao enfrentar situações cotidianas desconfortáveis ou ao sermos confrontados. Por outro lado, quem está com Deus não deve se preocupar em ter a imagem de homem destemido, mas sim com a sua Salvação. 

Ao buscá-la e aproximar-se de Deus, recebendo o Espírito Santo, você será imbuído e inspirado pela coragem Divina para lidar com seus medos e enfrentar todos os obstáculos. Contudo o primeiro passo de coragem deve ser seu: confiar em Deus.

Faça a escolha certa


Outro exemplo bíblico é o do rei Josafá. Ele era um rei, mas, antes disso, ele era uma pessoa; um ser humano, assim como eu e você.
Josafá estava numa situação difícil. Alguns de seus homens trouxeram a ele notícias que muito o ameaçavam, e ele era o principal alvo.

Ninguém gosta de se sentir ameaçado, não é? Temos, por instinto, a reação de proteger a nossa vida. No caso, ele tinha uma responsabilidade ainda maior: além de zelar por sua própria vida, ele era o líder de uma nação e precisava proteger as pessoas que estavam com ele.
E você? Tem vivido circunstâncias aparentemente sem solução? Tem se sentido ameaçado por algo ou por alguém? Está preocupado, com medo? É responsável por sua família e teme pelo seu presente e futuro?
As circunstâncias estão aí para nos assustar: violência, doenças, epidemias, dívidas, desemprego, divórcio, falta de perspectiva, solidão, problemas com filhos… Notícia é que não falta para alimentar todas estas ameaças…

Quantas coisas vêm à nossa mente para nos dizer que tudo pode terminar mal quando o que mais queríamos era apenas viver uma vida tranquila, sem desafios quase que diários!

Vivemos épocas em que parece que precisamos matar um leão por dia!

Sentir medo diante de algo difícil é quase inevitável – e você não é um fraco por isso! —, mas o que você escolhe fazer a partir de uma ameaça é o que fará toda a diferença na sua vida.

Tudo é uma questão de decisão, perspectiva e de confiança em Deus.

Jesus disse: 
"…Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo" (João 16:33 — NVI).
Ou seja, precisamos estar conscientes que as lutas acontecerão mesmo e, por isso, precisamos aprender a nos posicionar!

Afinal, temos um Deus que nos protege, nos guarda, nos dá estratégias, nos consola, nos fortalece e nos dá a vitória! Vamos assumir nossa posição de filhos do Pai!

Se ficarmos apenas como espectadores das situações, já estamos na fila dos perdedores.

Ensinamentos práticos contra o medo


Josafá nos ensinou alguns pontos muito importantes, que você pode seguir quando você perceber que o medo está querendo entrar na sua vida:
  • Reconheça seu medo;
  • Afirme a sua dependência por Deus;
  • Declare a soberania de Deus, exalte-o;
  • Peça o que você precisa com humildade e confiança;
  • Aquiete o seu coração para ouvir o que Deus tem a dizer;
  • Seja obediente ao que Deus te dirigiu;
  • Continue adorando a Deus;
  • Dê declarações de fé (não fique exaltando o problema!) e aja em coerência com a sua fé;
  • Persevere crendo e adorando a Deus, certo de que a sua vitória chegará. Tenha as melhores expectativas;
  • Curta a sua vitória e alegre-se;
  • Tenha um coração permanentemente grato;
  • Seja um testemunho vivo. Todos verão que o Deus a quem você serve é realmente fiel à Sua Palavra.
Foram esses passos que o rei Josafá seguiu e Deus o recompensou de tal forma que, além dele vencer a batalha, o seu povo levou três dias tomando posse das riquezas do inimigo. Eram tantas coisas que nem puderam carregar tudo consigo!

Esse é o nosso Deus: aquele que cumpre o que diz conforme a nossa fé em Sua Palavra e que nos surpreende com muito mais do que um dia pensamos ou imaginamos (Efésios 3:20)!

Quando a pessoa deixa o medo entrar…


O rei Josafá podia não ter feito nada disso do que foi descrito no capítulo 20 de 2 Crônicas.

Se, quando ele recebeu a notícia, ele tivesse se apavorado, tivesse permitido que os piores pensamentos se alojassem na sua mente, deixando que seu coração fosse dominado pelo medo, ele não teria condições de ouvir a voz de Deus e muito menos de transmitir segurança ao seu povo, tendo sabedoria e calma para comandar orações e jejuns.

O que Josafá fez foi fechar a porta do medo, substituindo o temor natural do homem por uma atitude espiritual cheia de coragem.

Mas Josafá era corajoso nele mesmo? Ele achava que podia vencer por que era muito preparado e invencível? Não!

Josafá apresentou a Deus a sua situação em humildade, reconhecendo que ele mesmo nada podia, e declarou a grandeza de Deus e a sua confiança no poder dAquele que cuidava dele.

O rei se apoiou única e exclusivamente em Deus, assim como você também deve fazer!

Quando a pessoa permite que o medo entre na vida dela, ela faz o quê? Impossibilita o agir de Deus, pois Deus opera apenas por meio da fé.

Medo e fé são opostos e não andam juntos. Quando a pessoa é dominada pelo medo, a fé já foi embora há um tempão… Por outro lado, quando ela crê em Deus até o final e "empurra" o medo com seu posicionamento firme de crença no que a Palavra de Deus promete, o Senhor luta as guerras dela e pode lhe dar vitória, independentemente do tipo de ameaça! Aleluia!

E se o medo já tiver entrado?


Sempre é hora para se posicionar em fé. Se você perceber que já está dominado pelo medo, repreenda esse espírito com a autoridade que Jesus te concedeu e comece a seguir o passo a passo descrito aqui neste post, o mesmo que foi praticado pelo rei Josafá.

Não permita que a sua mente fique ocupada com pensamentos errados. Creia que Deus te ama, que a Sua Palavra é a verdade e que Ele te guardará em qualquer situação ruim.

O amor de Deus em nós é tão forte e real que nos enche de segurança e nos faz superar todo medo:
"No amor não há medo, antes o perfeito amor lança fora o medo; porque o medo envolve tormento; e quem tem medo não está aperfeiçoado no amor" (1 João 4:18 — AR).
Para você compreender esta verdade com o seu espírito, você precisa substituir a sua antiga mentalidade temerosa pelos pensamentos de vitória da Palavra de Deus.

Por isso, manter comunhão diária com Deus com oração e leitura da Palavra são essenciais! Você pode colocar o inimigo pra correr com uma oração, mas, se a sua mente continuar vulnerável, você voltará a ter pensamentos que lhe paralisarão e causarão destruição.

Não permita que isso aconteça! Você é forte e corajoso em Jesus!

Em qualquer batalha da sua vida, Deus está pronto para te defender. A batalha não é sua, mas do Senhor. Você só precisa se posicionar corretamente!

Conclusão


Portanto você precisa cuidar mais da sua alma do que do seu corpo, pois ele tem data de validade e a alma não. Nesse versículo o Próprio Deus é quem dá o juízo para a alma de uma pessoa, por isso relacionam o temor a Ele.

Da mesma forma que você tem temor e fica longe das bordas dos prédios, assim também tem que ser com Deus. Você tem temor de chatear sua esposa, por exemplo, porque você a ama e não quer estragar esse relacionamento, e assim também deve ser com Deus.

O temor sadio, espiritualmente falando, nos leva a viver uma vida que agrada a Deus. Se você teme a Ele, também vai temer trair, mentir e pecar. Você sabe quais são as coisas que desagradam a Deus, então se mantenha longe delas. Assim, você não temerá a morte, pois saberá qual será o destino da sua alma.

[Fonte: Academia da Fé, original por Hélio Peixoto; Folha Universal, original por Renato Cardoso, ambos acessados em 21 de dezembro de 2024]

Ao Deus Perfeito Criador, toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
  • O blogue CONEXÃO GERAL presa pelo respeito à lei de direitos autorais (L9610. Lei nº 9.610, de 19/02/1998), creditando ao final de cada texto postado, todas as fontes citadas e/ou os originais usados como referências, assim como seus respectivos autores.
E nem 1% religioso.

sábado, 14 de dezembro de 2024

TELETEMA — DANCIN' DAYS - INTERNACIONAL

Capa do LP — reprodução da internet
Que as trilhas sonoras nacional e internacional de "Dancin' Days" estão entre as mais marcantes de todos os tempos, não há dúvida. Quando a moda das discotecas se alastrou pelo Brasil, impulsionada pelo sucesso da novela, não houve quem a segurasse. Foi breve, porém intensa. E tamanha intensidade não coube dentro de uma trilha sonora só.

Arquivo pessoal
Como nos anos 1970 ainda não se usava lançar mais de duas trilhas sonoras para uma mesma novela — era sempre um disco nacional e outro internacional — várias músicas frequentemente tocadas em "Dancin' Days", infelizmente, não entraram nos LPs da novela. Entretanto, isso não dimuiu o quão boas foram ambas as trilhas.

Nesse capítulo da minha série especial de artigos Teletema, vou focar, especificamente, na sensacional trilha sonora internacional da novela do saudoso Gilberto Braga (✩1945/✞2021), então estreando no horário nobre, que suas sequências envolventes, nos lados 1 e 2 do LP, conseguia com facilidade transportar para nossas vitrolas, o clima enfervecente das frenéticas discotecas. Bora viajar comigo?

Sobre a novela


Quando estreou em julho de 1978, a novela "Dancin’ Days" teve a missão de manter os números elevados do Ibope às oito da noite, (re)conquistados com louvor por sua antecessora "O Astro", da sempre infalível Janete Clair (✰1925/✞1983)

A ordem da cúpula global era dar continuidade às temáticas folhetinescas que haviam se perdido com a experiência inovadora (porém, fracassada em termos de audiência) de Lauro César Muniz na "metanovela" de vanguarda, a esquecida "Espelho Mágico", exibida um ano antes e que ainda assombrava os corredores da Vênus Platinada. 

Foi nesse cenário que Gilberto Braga ascendeu ao horário nobre, quebrando a ordem de revezamento Janete-Lauro. Depois de se afirmar às 18 horas com duas adaptações que se tornaram grandes sucessos populares  "Escrava Isaura" (1976) e "Dona Xepa" (1977)  e nutrido pelos mandamentos de sua mestra maior Janete Clair, "La Braga" estreava com estilo, aos 33 anos, como autor solo no mais cobiçado horário da TV brasileira.
Logo da novela, destacando as famosas sandálias
de salto alto com meia de lurex, moda fashion
da época — reprodução GShow
O título da novela surgiu a partir do olhar artístico-mercadológico visionário da dupla Boni / Daniel Filho, prováveis frequentadores da nova casa noturna de Nelson Motta, que se instalara primeiramente num shopping center, localizado na Gávea, tradicional bairro residencial da zona sul carioca. Frenetic Dancing Days abriu as portas no dia 5 de agosto de 1976, dois anos antes de "vender" a sua marca (e o seu "décor") para a novela.

Sobre o disco — 1


Reprodução GShow
Com os hits internacionais bombando nas pistas que serviram de cenário para os dramas da protagonista Júlia Matos (Sônia Braga) e companhia, nada mais oportuno do que celebrar esta que é uma das trilhas sonoras recordistas de vendagem na história do gênero "trilha de novela".
"Dancin' Days  Internacional" atingiu a incrível marca de 1 milhão de cópias comercializadas quando foi lançada em 1978, graças ao sucesso da trama de Gilberto Braga e à "febre disco" que contaminava o Brasil e o mundo.

O cenário social e cultural de uma época


boom de popularidade da disco music se deu entre 1976 e 1979, mas as raízes do estilo remontam ao início da década nos Estados Unidos, em meio a um panorama econômico e político adverso.

O estado de guerra prolongado no Vietnã causava um mal-estar generalizado e a crise do petróleo piorava as condições de vida da população. Pra complicar, o fim dos Beatles e a morte de alguns ícones da geração flower power (Jimi Hendrix [✩1942/✞1970], Janis Joplin [✩1943/✞1970] e Jim Morrison [✩1943/✞1971]) amplificaram em muito a sensação de desencanto, tipo "o sonho acabou".

Desta maneira, a música disco nasceu afinada com uma certa tendência ao escapismo, mas também em transe com o corpo "liberado" pela revolução sexual e com a cuca bem nutrida pelo espírito "paz e amor" dos anos 60. E funcionou, principalmente, como a trilha sonora da emancipação para os gays e negros norte-americanos, incansáveis na luta por respeito e igualdade de direitos numa sociedade em visível transformação, mas ainda longe do ideal.

Ao mesmo tempo, o rock perdia aquela aura mais dançante e psicodélica, optando por trilhar um caminho conceitual que resultaria na sua fase progressiva. Gêneros latinos e do rhythm and blues tomaram a dianteira nas pistas dos clubes do underground novaiorquino, impulsionados pela enorme presença dos negros e dos imigrantes (principalmente hispânicos e italianos).

E os DJs não se contentavam mais em "servir" as músicas para o público e sim em propor "viagens" carregadas de sentido e narrativa. Nestes clubes "sem alvará de funcionamento" e com um público majoritariamente gay, um novo verbo saiu do forno: mixar. 

Tudo parecia diferente, da forma como as pessoas se relacionavam à maneira como passaram a consumir e experimentar a música. Uma combinação explosiva de novos grooves e beats anunciava uma revolução espiritual nas pistas, que se transformavam em santuários hedonistas carregados de um erotismo transgressor e convulsivo, território expurgado de preconceitos e diferenças, onde o denominador comum era a música, apenas a música.

Sobre o disco — 2


contracapa do LP — reprodução da internet
Como dito na introdução, talvez por falta de espaço, tamanha a oferta e a variedade no mercadão da disco music,  muitas das músicas que tocaram na novela — principalmente nas cenas ambientais da discoteca — as gravadoras dificultavam a liberação dos fonogramas ou quando liberavam, o faziam de maneira reduzida, enxergando um risco para a comercialização dos LPs e compactos de seus próprios artistas.

Em alguns casos, os direitos eram caros, em função da popularidade deste ou daquele artista, além de outros motivos contratuais. Foi assim que as brasileiras do grupo vocal Harmony Cats, que faziam muito sucesso na época, tiveram de se virar com um divertido medley de sucessos dos Bee Gees, que abre o Lado A da trilha internacional de "Dancin' Days".

Mas outros nomes bem populares como o Village People (com o hino gay, a mega dançante 'Macho Man'), Boney M. (com a "bíblica" 'Rivers of Babylon'), Linda Clifford (com a deliciosa 'Gypsy Lady') e Santa Esmeralda (com a envolvente 'The Wages of Sin') garantiram as suas faixas originais no disco. 

Assim como os franceses do grupo Voyage, com a instrumental 'Scotch Machine', uma colagem meio cafona que mistura gaita de fole escocesa com alusões ao universo country, mas que não deixa de ser uma música gostosa.
Aliás, já se observa aqui um sintoma do pastiche que afastaria cada vez mais a música disco de suas origens negras e um indício da influência que o Eurodisco teria na popularização de um gênero que se mostrava inesgotável nas suas combinações e referências. 
Alguns nomes desconhecidos merecem destaque: Gary Criss e a sua reverência dançante e cheia de suingue para a cidade maravilhosa na faixa 'Rio de Janeiro', um clássico vintage da gravadora Sal Soul. E a dupla de produtores canadenses Willi Morrison e Ian Guenther, que formaram o duo Grand Tour. 

A faixa 'The Grand Tour' é uma joia rara da gravadora alternativa Butterfly e um deleite disco chique e harmonioso. Mas a minha faixa favorita dessa trilha está lá no final, fechando o Lado B. Muito prazer Dee D. Jackson e sua antológica e deliciosa 'Automatic Lover'!

Conclusão


Mesmo para quem não assistiu a novela — não é o meu caso, que além da exibição original em 1978, também assisti à sua reexibição em 2014, no canal Viva —, essa trilha sonora é atemporal e sem dúvidas uma das melhores do gênero já lançada pela Som Livre, o braço fonográfico do Grupo Globo. É óbvio que vai levar meu seleto selo de 
  • Caso você tenha interesse em ver ou rever a novela "Dancin' Days", este grande clássico da teledramaturgia nacional, ela está disponível no catálogo da plataforma de streamings Globo Play. Eu super recomendo.

Faixa a Faixa

  • Lado A
  1. 'Dancin' Days Medley ('Night Fever', 'Stayin' Alive', 'You Should Be Dancin'', 'Nights On Broadway', 'Jive Talking', 'Lonely Days, Lonely Nights', 'If I Can't Have You', 'Every Night Fever')' — Harmony Cats
  2. 'Three Times a Lady' — Commodores
  3. 'Scotch Machine' — Voyage
  4. 'The Wages Of Sin' — Santa Esmeralda
  5. 'You Light up My Life' — Debby Boone
  6. 'The Grand Tour' — Grand Tour
  7. 'I Loved You' — Freddy Cole
  • Lado B
  1. 'Macho Man' — Village People
  2. 'Follow You, Follow Me' — Genesis
  3. 'Gipsy Lady' — Linda Clifford
  4. 'Blue Street' — Blood, Sweat and Tears
  5. 'Rio de Janeiro' — Gary Criss
  6. 'Rivers Of Babylon' — Boney M.
  7. 'Automatic Lover' — Dee D. Jackson
[Fonte: Memória GloboTeledramaturgiaoriginal por Nilson Xavier, acessado em 14 de dezembro de 2024; Na Trilha das Novelasoriginais acessados em 14 de dezembro de 2024]

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VOCÊ SABE LIDAR COM OS IMPREVISTOS?

|22i| "Mas o fruto do Espírito é:... temperança [ou domínio próprio]..." (Gálatas 5, grifo e adendo entre chaves acrescentados).
Qual é sua reação diante de um imprevisto? Como você age quando seus planos não saem como o esperado? Para muitas mulheres, basta um pequeno desvio de rota para que tudo desmorone. Desespero, frustração e até a busca por culpados são os modos que respondem à situação. Você já pensou que isso pode revelar algo mais profundo?
Bom, só pra começar, já deixo bem claro que eu sou um tanto quanto metódico e confesso não saber como lidar com imprevistos e improvisos. Então, antes de todos, esse texto que escrevo é direcionado primeiramente a mim.

O domínio próprio


Antes de falar sobre a questão do imprevisto, é relevante que conheçamos e/ou relembremos o que diz a Bíblia sobre a temperança (ou domínio próprio).

Na Bíblia, domínio próprio é a capacidade de se controlar e dizer "não" aos desejos nocivos, para viver uma vida mais equilibrada e com significado. É uma virtude do fruto do Espírito Santo, que ajuda a resistir ao pecado e a viver de acordo com a vontade de Deus.
A falta de domínio próprio é um pecado que pode se manifestar de diferentes formas. A Bíblia compara quem não tem domínio próprio a uma cidade sem muros.
O domínio próprio é importante porque nem todos os impulsos são bons. A natureza caída do ser humano ainda sofre influência do pecado, e é preciso controlar ou negar os desejos que não devem ser satisfeitos.

O Espírito Santo ajuda a fortalecer a pessoa para resistir ao pecado e gerir o domínio próprio. A Bíblia diz que Deus não deu aos seres humanos um espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio.

Domínio próprio é, portanto, ser temperado, saber se controlar. Quem vive apenas para satisfazer seus prazeres, sem se preocupar com as consequências, acaba caindo no pecado. Deus nos ajuda a ter autocontrole.

Como você reage aos imprevistos?


Ele se diz cristão. Vai aos encontros na igreja e é educado com todos. Aos olhos alheios é o marido modelo. Sempre "boa-praça" com quem lhe solicita algo, ele é camarada e prestativo com os colegas de trabalho. Muitos dirão que se trata de um cara legal. Outros que é um bom amigo para as horas difíceis.
Mas será que ele é assim em todas as situações? O que acontece quando esse homem passa por alguma adversidade, se encontra em uma atemporalidade, uma intempérie circunstancial? E se a sua conduta for testada no dia a dia, com as ocorrências naturais que a vida apresenta? Qual será a sua reação?
É bom saber que, por mais que se tenha a vida centrada na Palavra de Deus e em seus desígnios, os testes vão ocorrer. A vida não é brinquedo, um spa de relaxamento ou um parque de diversões. É nessas horas que se vê quem é esse homem na realidade. 

Se acontece algum incidente de trânsito, por exemplo, como uma colisão leve do seu carro com o de outro motorista, como ele lida com isso? Já sai esbravejando com o outro condutor, partindo para a briga e fazendo ameaças de morte, ou mantém a calma e procura conversar para entender o que realmente aconteceu?

Em outra situação, esse mesmo homem precisa fazer a compra de um equipamento importante para a sua empresa com o seu cartão de crédito e, quando vai ao caixa para finalizar a compra, recebe a notícia de que o cartão está bloqueado.

Será que esse homem vai se encher de ira e gritar aos quatro ventos que os incompetentes que estão fazendo isso com ele serão demitidos? Ou será que irá respirar fundo, ligar para a operadora do cartão e verificar o que está ocorrendo de forma civilizada?

Também há casos em que as adversidades pedem ações imediatas mais enérgicas que não podem esperar para amanhã. Em outros, é preciso tomar decisões que estão de acordo com a nossa maturidade. E é isso que se espera de um homem. Se ele ama uma mulher, mas se retrai, não conversa com ela para saber se há reciprocidade nesse sentimento e deixa esse momento passar, pode se arrepender pela vida inteira, por exemplo.

Se casos como esses ainda não aconteceram com você, tenha certeza de que situações similares vão se apresentar em sua vida. Podem ser momentos em que os seus limites serão testados ao máximo e vão exigir de você respostas. Nessas ocasiões, a forma como você lida com o que está acontecendo diz muito sobre você e mostra quem você é de verdade. 

Se fica nervoso em diversos momentos, precisa ter autocontrole. Se não raciocina diante de um problema, precisa preparar-se antes para pensar com calma nos momentos turbulentos. O seu vacilo na hora de uma decisão inadiável pode depor contra você e, por isso, essa atitude tem de ser mudada.

Imprevistos e improvisos: impossível não tê-los, melhor, então, saber como enfrentá-los


Os imprevistos são pequenos obstáculos que surgem sem aviso. Imagine uma mulher, que, depois de um longo dia de trabalho, planejou um jantar especial em família. Tudo parecia perfeito, até que ela recebe uma ligação inesperada: uma amiga de longa data foi hospitalizada. O coração aperta e os planos iniciais rapidamente se tornam secundários.

Outro exemplo é quando ela se prepara para uma reunião importante e, na véspera, um dos filhos adoece e passa a exigir atenção e cuidado. O estresse se acumula e a sensação de inadequação surge. Esses dois fatos mostram o peso das responsabilidades que carregamos e das expectativas que criamos.

A reação da mulher ao enfrentar os problemas reflete a verdadeira condição espiritual dela. A Fé, é sustentada por pequenas práticas diárias que ancoram nossa vida em Deus. 

Muitos de nós — seja homem ou mulher, como nos exemplos usados acima —, já estivemos nesse lugar em que um sonho não se realiza como esperávamos e, no meio da dor, não conseguimos enxergar que, talvez, a Vontade de Deus não estivesse em primeiro lugar.

As provações da vida, tanto as grandes como as pequenas, têm o propósito de revelar onde estamos espiritualmente. Quando nos afastamos de Deus, mesmo sem perceber, Ele ainda tenta nos resgatar e coloca pessoas e situações para nos trazer de volta. 

No entanto, muitas vezes, em meio à dor, falhamos por não reconhecer esses sinais. E é justamente nesse momento que precisamos fazer uma pausa e refletir:
"onde estou errando? Onde estou quebrando minha aliança com Deus?"
O fato é que todos nós temos as nossas batalhas: aquelas para as quais nos preparamos e também outras que se apresentam sem dar aviso. A vida não tem um roteiro lhe apontando o que vai acontecer. O que podemos fazer é nos guiar pela Palavra de Deus e sermos fiéis para cumpri-la em todos os momentos. 

Cada vez que nos afastamos a sua conduta disso, também nos afastamos de Deus. Lembre-se e entenda: precisamos da presença dEle em todos os aspectos da nossa vida e em nossas ações para sermos filhos de Deus de verdade.

Conclusão

O que fazer?


É preciso que avaliemos onde estamos errando e não ir até Deus culpando-O pelas coisas ruins que acontecem em nossa vida. Se não fazemos a nossa parte, Deus também não se move. Também não basta apenas orar, frequentar a igreja ou ter boas intenções, pois a verdadeira Fé é revelada nas pequenas atitudes cotidianas.

Por isso, nos momentos de aflição, em vez de nos afastarmos de Deus, devemos pedir que Ele nos use e nos guie onde estivermos. Afinal, as provações são oportunidades para crescermos espiritualmente e realinharmos nosso coração com a Vontade de Deus.

[Fonte: Folha Universal]

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sábado, 30 de novembro de 2024

EM MEIO À CRISE INTERNA, IGREJA BATISTA DA LAGOINHA POLEMIZA COM EVENTO NO VALOR DE R$3.500 POR INGRESSO

Ana Paula, André e Mariana Valadão — Reprodução redes sociais
"[...] Disse Jesus: 'Todo o reino dividido contra si mesmo é devastado; e toda a cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá'. [...]" — Mateus 12:[24] 25b [-28].

A Igreja Batista da Lagoinha enfrenta um momento delicado, marcado por disputas familiares que refletem na dinâmica da congregação. O pastor André Valadão, líder global da igreja, moveu uma ação contra Felippe Valadão, cunhado e responsável pela Lagoinha de Niterói. A controvérsia envolve o uso do nome "Lagoinha", considerado uma marca registrada por André.

A família Valadão, fundadora da igreja Lagoinha Global, vem enfrentando uma disputa interna que divide os três filhos do patriarca do clã, Márcio Valadão. De um lado estão as duas filhas dos pastor, Ana Paula e Mariana Valadão, e do outro André Valadão, atual líder da congregação. 

O impasse chegou até mesmo na Justiça, após o pastor entrar com uma ação contra o cunhado, Felippe, marido de Mariana, por danos morais e outros prejuízos, por conta da gestão da unidade da igreja em Niterói, administrada pelo casal.

Crise reverbera d'álem do círculo evangélico


O pastor Felippe Valadão chegou a divulgar um texto em suas redes sociais falando sobre a briga entre os irmãos. Sem citar diretamente o cunhado, ele postou um versículo bíblico que critica um irmão por ir ao tribuna contra outro. Na publicação ele citou ainda o tempo de fundação da igreja em Niterói e afirmou que impasse 

"...vai doer, mas vai passar..."


Fellipe Valadão — Reprodução Redes Sociais
"Foram 11 anos, não foram 11 dias. Vai doer, mais vai passar...", 
escreveu.

A pastora Ana Paula Valadão saiu em defesa da irmã, postando um texto em suas redes sociais onde fala sobre a irmã entre irmão mandando Mariana. 

Na publicação, ela afirma que a relação de proximidade está relacionada com
"...se identificar com os valores..." 
do outro.
"Mas ser amigo tem a ver com uma escolha de fazer essa construção. É um processo de cultivar a confiança do outro, de estar ali quando mais se precisa, de se identificar com valores que nos fazem mais do que família de sangue, mas de mente e coração.
Ana Paula Valadão, irmã de André, defendeu Felippe e Mariana Valadão, sua outra irmã, em um posicionamento que trouxe ainda mais tensão à família. Durante uma pregação online, Ana Paula teve sua transmissão interrompida, gerando questionamentos na comunidade gospel.
O marido de Ana Paula, pastor Gustavo Bessa, lamentou o ocorrido, descrevendo a mensagem da esposa como "poderosa" e "confrontadora". Nas redes, a cantora gospel continua a demonstrar apoio à irmã e ao cunhado, ampliando o distanciamento com André.

A Controversa Era André Valadão


A presidência de André Valadão na igreja Batista da Lagoinha (Lagoinha Global) vem causando evasões de líderes da congregação. Milhares de membros estariam saindo da organização, enquanto outras igrejas filiadas anunciam a independência da Lagoinha. 

Com esta crise, estima-se que cerca de 70 igrejas já se desligaram da Batista Lagoinha, o que pode resultar em uma perda de mais de 10 mil membros, um impacto severo e direto na gestão de Valadão.

A polêmica do mega evento


Reprodução Sypla

Pois é, como se já não bastasse todo esse quiproquó que está longe de um desfecho, eis que André consegue polemizar ainda mais. A Primeira Igreja Batista da Lagoinha em Alphaville (SP) está organizando um evento de grande porte para a virada do ano: o Vira Brasil 2025

A celebração, que terá transmissão ao vivo do SBT em rede nacional, acontecerá no Allianz Parque, em São Paulo, no dia 31 de dezembro, e promete reunir mais de 40 mil pessoas. O evento contará com apresentações de renomados cantores gospel e pregadores, como Ana Nóbrega, Isaías Saad, Fernandinho, Banda Morada, Eli Soares, e os pastores André Fernandes e Quezia Cadimo.

A proposta é transformar o estádio em um espaço de avivamento espiritual.
"Cada nota, palavra e voz ecoará com o poder de uma nova era!", 
destaca a campanha oficial. 
Além da programação musical, a organização oferece ingressos que variam de R$ 55 (já esgotados) a R$ 3.500 na área VIP Experience, incluindo transporte em ônibus que partirão da sede da igreja.

Críticas e questionamentos sobre o evento


Nas redes sociais, a proposta tem dividido opiniões. Enquanto fãs dos artistas gospel elogiam a iniciativa, há quem critique a cobrança dos ingressos e acuse o evento de mercantilizar a fé. 
"Esse não é o evangelho de verdade!",
comentou uma jovem internauta. Outra publicação questionou: 
"Triste ver como o evangelho virou negócio."
A tradição de cultos de virada do ano é comum entre igrejas evangélicas, que frequentemente realizam celebrações como batismos e ceias em um clima comunitário. Contudo, o Vira Brasil 2025 adota um formato que se aproxima de grandes eventos comerciais, o que gerou reação de líderes religiosos.

O pastor Milton Paulo Silva, da Igreja Vineyard em Mogi das Cruzes, lamentou o que considera uma abordagem megalomaníaca. 
Reprodução redes sociais
"Eventos desse tipo distorcem a vocação do Evangelho, afastando-se do cuidado com os necessitados",
afirmou. Ele também criticou a exclusividade financeira do evento: 
"Isso não é o Evangelho. A igreja deveria acolher e dividir, não acumular riqueza."
Reprodução redes sociais
Já Kenner Terra, pastor batista e doutor em ciências da religião, destacou que o evento se diferencia de cultos tradicionais por sua dimensão comercial. 
Para ele, cobrar ingressos elevados em um evento que deveria ser inclusivo contradiz os valores bíblicos de empatia e solidariedade.

Debates sobre os rumos do cristianismo


As discussões em torno do evento revelam a polarização entre quem apoia inovações no modo de celebrar a fé e quem questiona a crescente comercialização de práticas religiosas. 
Críticos apontam que o Vira Brasil 2025 representa um cristianismo mais voltado ao entretenimento do que ao acolhimento comunitário.

Modelo internacional


O evento segue a linha de celebrações da Lagoinha em Orlando, nos Estados Unidos, também liderada pelo pastor André Valadão.
Lá, o evento de Réveillon cobra ingressos de até R$ 5 mil e terá como atrações Deive Leonardo, Camila Barros e Maria Marçal, entre outros.

Conclusão


O Clã Valadão — Reprodução redes sociais
Por tudo isso, um olhar atento para toda essa movimentação envolvendo a Lagoinha nos ajuda a compreender o cenário de capilaridade e articulação do fundamentalismo religioso, capitalista, político e da radicalização construída gradativamente em muitas igrejas. 

O conflito expõe fissuras internas na Igreja Lagoinha, uma das maiores do Brasil, e gera questionamentos entre os fiéis. Enquanto a disputa judicial segue, o silêncio imposto a Ana Paula Valadão também repercute. 

Esse imbróglio mostra que a imagem de família perfeita, que ilustra os comerciais de margarina, além de utópica, é a prova inquestionável do quão hipócrita é grande parte — quiçá a maioria — dessa gente que brilha sob as luzes dos holofotes das mídias digitais.


Ao Deus Perfeito Criador, toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
  • O blogue CONEXÃO GERAL presa pelo respeito à lei de direitos autorais (L9610. Lei nº 9.610, de 19/02/1998), creditando ao final de cada texto postado, todas as fontes citadas e/ou os originais usados como referências, assim como seus respectivos autores.
E nem 1% religioso.

domingo, 3 de novembro de 2024

QUAL O SIGNIFICADO DA ETERNIDADE PARA O CRISTÃO?

“Ele fez tudo apropriado a seu tempo. Também pôs no coração do homem o anseio pela eternidade...” (Eclesiastes 3:11).
Ontem, 02 de novembro de 2024, a vertente católica do cristianismo, "celebrou" mais um Dia de Finados. O dia 2 de novembro é conhecido em diversos lugares do mundo como o Dia de Finados, em que familiares e amigos rememoram e homenageiam os entes queridos falecidos. Mas você sabe quem criou o dia dos finados?

A origem do dia dos finados é bastante antiga e remete à época da idade média. Mesmo tendo sido criada há muitos séculos, essa data continua tendo uma grande importância em vários países, incluindo o Brasil.

Sendo assim, vale a pena saber quem criou o dia dos finados e como essa data é lembrada em diferentes nações —
é fato que a maioria só seguem a data por tradição de antepassados, mas sem conhecer ao certo a origem dela.

Qual a origem do Dia dos Finados


Feriado nacional aqui no Brasil, o dia dos finados, também conhecido como dia dos mortos, é uma data em que as pessoas costumam se lembrar de entes queridos que já se foram e prestar homenagens a elas com visitas aos cemitérios onde foram sepultadas e limpando os túmulos ou jazigos e levando algumas coroas de flores para adornar as lápides desses falecidos.

Alguns católicos também costumam intensificar as preces pela alma daqueles que já se foram nessa data e, em alguns casos, participam de missas em homenagem aos mortos.

A história e a origem do dia dos finados


O Dia dos Finados foi instituído pela Igreja Católica na França no século X. Segundo as histórias, era tradição que, nesta data, os monges orassem pelos mortos — sobretudo pelos falecidos que eram esquecidos por seus familiares — por ordem do abade Odilo de Cluny.

Com o passar dos séculos, criou-se então uma data especialmente destinada às orações para os mortos: o dia 2 de novembro. No entanto, reza-se pelos finados ao menos desde o Império Romano, quando os mártires eram homenageados nas catacumbas em que eram sepultados.
Apesar dessa data ter sido instituída no século X, ela só foi oficializada pela igreja católica no ano de 1915 pelo Papa Bento XV. Desde então, todos os anos, o Papa reza uma missa em homenagem aos mortos.
A escolha do dia 2 de novembro como Dia dos Mortos foi realizada por suceder o Dia de Todos os Santos, celebrado no dia 1º de novembro.

Como o dia dos finados é comemorado em diferentes países?


Outras religiões e culturas também homenageiam seus entes falecidos neste mesmo período com os mais variados rituais. Sendo assim, confira a seguir como essa data é celebrada em diferentes países.
  • México — O Dia de Los Muertos, como é conhecido o Dia dos Finados no México, é, na verdade, uma celebração que dura três dias, começando no dia 31 de outubro e terminando no dia 2 de novembro. Durante esses dias, as ruas do país recebem uma decoração especial, com velas e caveiras coloridas. 
Além disso, é comum que as pessoas façam altares nas casas para homenagear aqueles que já se foram, colocando, inclusive, alguns dos pratos favoritos do falecido. Alguns mexicanos acreditam que os mortos podem visitar os seus parentes durante a celebração do dia dos finados. Por isso, é comum que a família se reúna para homenagear aqueles que já se foram.
  • Guatemala — Na Guatemala, as pessoas costumam se reunir nos cemitérios para fazer e soltar pipas. As pipas no céu representam as almas daqueles que já se foram. Após empinar as pipas, os guatemaltecos costumam se reunir na casa de um familiar para desfrutar de uma refeição em família e homenagear os parentes que já faleceram.
  • Japão — No Japão, assim como no México, a celebração do Dia de Finados dura três dias. Contudo, no país asiático, essa comemoração é chamada de Festival Obon e ocorre entre os dias 13 a 15 de julho ou entre 13 a 15 de agosto, de acordo com a região do país. 
Durante o Festival Obon, as pessoas visitam os túmulos dos seus familiares falecidos para orar por eles. Alguns japoneses também fazem altares para aqueles que já se foram e oferecem alguns pratos à base de algas e arroz, pois eles acreditam que os mortos voltam nessa data para visitar seus parentes.
  • Espanha — Na Espanha, o Dia de Finados também é marcado por festividades alegres. Nesse país, essa data é comemorada no dia 1º de novembro, o dia de todos os Santos. Nesse dia, os espanhóis se reúnem para visitar os cemitérios e levam flores e outros objetos de presente para os entes queridos que já se foram. Após visitar os túmulos, os espanhóis se reúnem para desfrutarem de uma refeição especial, na qual é servida uma sobremesa chamada “Huesa dos Santos”.
Mas e para os cristãos da vertente protestante, o Dia de Finados tem algum significado ou faz algum sentido? Não, absolutamente nenhum!

Vivendo a eternidade hoje


É no chão da vida e no quotidiano que percebemos, na nossa vida frágil e efêmera, sinais concretos da eternidade, este outro tempo atemporal que desconhecemos.

Jesus nos ensina que quem guardar a sua Palavra nunca verá a morte (João 8:51-59). Ele não se refere à morte física, mas a morte como um poder irreversível e inevitável que nos conduz ao nada, ao vazio, ao aniquilamento completo da vida.
A vida eterna na perspectiva cristã não evita a morte física, mas não fica presa nem refém dela, pois depois da morte vem à ressurreição. A obra que o Filho de Deus realizou em nosso favor inclui a vitória sobre o pecado e a morte.
Guardar a Palavra não significa simplesmente crer numa reta doutrina, se bem que isto também seja importante. Vai mais longe, é guardar a Palavra no coração, e pratica-la no quotidiano. 

O apóstolo recomenda que sejamos praticantes da Palavra e não somente ouvintes. Trata-se de uma fé relacional, afetiva, encarnada e racional (ou seja, inteligente), isto é uma Palavra testada na vida, que se torna gesto e atitude no quotidiano.

A Palavra deixa de ser um conceito ou uma informação verdadeira para ser explicada, argumentada, discursada, defendida e discutida para se tornar Palavra vivida, demonstrada através de uma vida que se assemelha à vida de Cristo, o homem como todo homem deveria ser. Palavra que acontece no chão da vida, que deixa de ser discurso correto e articulado para ser Palavra vivida nos embates e nas alegrias da vida humana.

Amar, amar... e depois de tudo: amar ainda mais!


O homem perguntou, uma vez, a Jesus Cristo: O que farei para herdar avida eterna. Ele responde com outra pergunta: Conheces os mandamentos? Sim, respondeu o homem, Amarás o teu Deus, o teu próximo como a ti mesmo. E Jesus arrematou: Sim, é isto mesmo: vai e faz isto, deixando implícito que a vida eterna é a prática do mandamento maior. 

O resumo de toda a Palavra, é amar, é se relacionar, é se vincular com laços de afeto e de intimidade com Deus, consigo mesmo e com o próximo. É amando que somos visitados pelo eterno. A vida eterna já começou para aqueles que amam.
Amamos, no entanto, de uma forma precária. Como ponto de partida somos todos analfabetos afetivos. Preferimos nos refugiar nas minucias da lei do que empreender o árduo aprendizado de amar quem não merece, perdoar quem nos fere, amar até o fim sem desistir. 
Na realidade não podemos dizer que amamos como Ele nos amou, amamos de forma imperfeita, mas prosseguimos tateando rumo à eternidade, na busca de sermos de tal forma acolhidos no seio da Trindade que nos tornemos um com ela. 

E, transbordantes deste amor, amemos uns aos outros, vivendo para servir o próximo. O amor que nos amamos nosso semelhante é sempre uma pálida resposta ao grande amor com que Deus nos amou. 

Se amamos é porque Ele nos amou primeiro. Um amor incondicional, imerecido, irretribuível, infinito e imutável. Percebemo-nos amados quando reconhecemos a maldade e o pecado no nosso coração e nos colocamos aos pés da cruz. Ali então vivenciamos este amor. 

Quem nunca chorou de arrependimento aos pés da cruz tampouco conhece a alegria indizível e cheia de glória que invade o nosso coração, quando somos acolhidos pelo amor e pelo perdão de Deus, e não somente por isto, mas também por contemplar a cruz vazia, sinal concreto da vitória do Senhor sobre a morte e o pecado.
Amar não é categoria teológica para ser debatida por eruditos na academia. É oferta e convite de Deus a todos os homens, para se tornar experiência do coração e prática relacional e afetiva expressa no gesto simples do quotidiano, permeado de gentileza, doçura, bondade e ternura. Amar gratuitamente, sem cobrar, sem exigir, sem barganhar.
Não podemos amar a Deus concretamente, pois não O vemos. É quando amamos uns ao outros que o amor de Deus permanece em nós, nos ensina o apostolo João. E amar não é só declaração, intenção ou sentimento, amar é se relacionar,é servir, é ajudar, acontece nos vínculos humanos, pois se alguém disser que ama a Deus, mas não tem amigos é mentiroso conclui o discípulo amado. 

Só podemos amar a Deus através do nosso próximo, quando nos relacionamos com bondade, empatia, altruísmo, desejando e fazendo o bem especialmente a aqueles que não têm como retribuir: os pobres, os destituídos, os órfãos, as viúvas, os enfermos. Ao fazer isto nos conectamos com o Deus eterno, Pai de Jesus Cristo,a fonte e a origem de todo amor no Universo.

Quando tangenciamos o amor, o eterno invade nossa frágil e efêmera existência. E suspiramos aliviados, nos sentimos amados e prontos para amar, e isto basta,a eternidade já começou, já não morreremos mais, o amor é mais forte do que os poderes destrutivos da morte.

Somos todos aprendizes, nos entregamos ao grande amor com que o Pai nos amou através do Filho e cheios do Espírito Santo. A vida se torna uma escola para amar. Somos todos peregrinos, no caminho com Cristo até Cristo, fazendo esta jornada que vai do homem caído e rebelde em direção a nos assemelhar a ele. Uma jornada da terra ao céu, uma jornada do efêmero à eternidade, uma jornada do egoísmo e do individualismo ao amor desinteressado e aos vínculos e afetos.

E Paulo nos adverte em 1 Coríntios 13 que este aprendizado e esta peregrinação não é baseada em conhecimento ou desempenho religioso, mas sim em ser amado e amar.
A eternidade já começou para estes aprendizes e peregrinos.

Conclusão


O homem foi criado para a vida eterna. Aqueles que investem apenas nesta vida são loucos. Aqueles que buscam o sentido da vida nas aventuras da embriaguez, ou na instabilidade das riquezas, ou nas aventuras do sexo ou mesmo no glamour do sucesso descobrem que todas essas conquistas não passam de vaidade. 

Quando você compreender plenamente que na vida há muito mais que apenas o aqui e agora e perceber que a vida é apenas uma preparação para a eternidade, começará a viver de forma diferente — passará a viver à luz da eternidade e a lidar com cada relacionamento, tarefa ou circunstância de uma perspectiva nova. 

Subitamente, muitas atividades e até mesmo problemas que pareciam importantes vão se tornar banais, insignificantes indignos de sua atenção. Quanto mais próximo você viver de Deus, mais as outras coisas vão lhe parecer insignificantes. À luz da eternidade, os valores mudam.

A Bíblia diz no Salmo 33:11:
“O que o Senhor planeja dura para sempre, as suas decisões permanecem eternamente”.
Então, acredito que Deus tem um propósito para nossa vida na Terra, mas que não termina aqui apenas com algumas décadas vividas. Não termina simplesmente com a morte. Na verdade, a morte é tão somente a transição para a eternidade. 

Devemos encarar nossa vida aqui como um teste, como um cargo de confiança. Estamos semeando sementes que vão crescer e amadurecer. Há consequências eternas resultantes de todas as nossas palavras, ações e pensamentos. Nossos pensamentos são contados, nossas palavras pesadas, nossas obras julgadas. Aquilo que o homem semear isso ele ceifará. O que nós vivemos nesta vida, vamos colher depois da morte por toda a eternidade.

Diante disso, devemos considerar duas verdades muito importantes: A verdade de que a futura felicidade daqueles que são salvos é eterna e, a verdade de que a futura miséria dos perdidos também é eterna.

Então queridos, definitivamente estou convicto de que fomos criados para a eternidade, seja ela com Cristo ou sem Ele. O apóstolo João escreveu: 
"Este mundo está desaparecendo juntamente com tudo o que ele almeja. Mas, se você faz a vontade de Deus, viverá para sempre” (1 Jo 2:17).
Se hoje você ouvir a voz de Jesus te chamando, não endureça seu coração. Não adie mais a sua entrega a Cristo. Há um abismo ou um paraíso à sua frente. Para onde você está indo?
[Fonte: Seminário Teológico Servos de Cristo, original por Osmar Ludovico; Laços para Sempre original, por Eduardo Gouveia; Igreja Batista Renascença, original por Erivan Pedro]

Ao Deus Perfeito Criador, toda glória.
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