"Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento" (Filipenses 4:8).
A Bíblia em nenhum lugar menciona o sexo virtual (sexo cibernético) ou sexo por telefone, obviamente, porque interações "virtuais" e qualquer coisa "por telefone" não eram possíveis nos tempos bíblicos.
A resposta a esta questão depende, em certa medida, de as pessoas envolvidas são casadas entre si. Dentro do casamento, o sexo cibernético/por telefone cairia sob o princípio do "consentimento mútuo" de 1 Coríntios 7:5, uma vez que, pelo entendimento do apóstolo Paulo, o que acontece entre quatro paredes é de interesse e responsabilidade dos respectivos cônjuges, claro, sob a licitude e conveniência pautados pelos limites bíblicos.
A evolução tecnológica do pecado virtual
O sexo virtual começou pelo uso do telefone há bastante tempo; algumas agências até se especializaram em oferecer esse tipo de atividade com moças e rapazes "de programa" contratados para isso. Foram os famosos "Teles": telefantasia, tele-erótico, telesexy, telegay, tele-horóscopo, teletarô, enfim… telepecado.
No entanto, a internet superou tudo isso! Primeiro, por causa da privacidade, comodidade e forma anônima com que oferece a fantasia; segundo, porque quase sempre é gratuita. Para ser sincero, nunca vi o Sexto Mandamento tão violado e Deus tão ofendido.
Nunca se viu tanta permissividade moral invadir os nossos lares! Nunca foi tão avassaladora a onda de lama a nos atingir. O Criador é ofendido e desprezado pela criatura mais bela que Ele criou à Sua imagem e semelhança, para ser a maior glória d'Ele na face da Terra.
É incrível a capacidade do ser humano para descobrir novas formas de satisfazer a sede de prazer dos seus mais baixos instintos. Seduzido pelo anjo das trevas ele se deixa seduzir e põe os mais sofisticados recursos da inteligência e da técnica a serviço do mal; isto é, daquilo que ofende a dignidade da criatura e atenta contra o Criador.
O sexo virtual é, em essência, desejar algo que é pecaminoso (fornicação ou adultério). O sexo cibernético trata-se de fantasiar sobre o que é imoral e impuro. Em nenhum sentido o sexo virtual poderia ser considerado puro, amável, de boa fama, virtuoso e digno de algum louvor.
O sexo cibernético é pecado virtual. Ele trata de fantasiar sobre uma pessoa de forma lasciva e encorajar a outra pessoa a uma luxúria imoral. Ele leva a pessoa à armadilha da "escravidão da impureza" (Romanos 6:19). Uma pessoa que é imoral em sua mente e desejos acabará se tornando imoral em suas ações. Sim, fora do casamento, o sexo cibernético/virtual é pecaminoso.
A luxúria de Sodoma e Gomorra, e também da antiga Pompeia consumida pelo Vesúvio, globalizaram-se pela internet. Mas o que mais nos entristece e até revolta é constatar que tudo isso é promovido com a complacência e a conivência das autoridades públicas, que deveriam ser as primeiras a impedir tais absurdos.
Instrumentos de promiscuidade moral
Esses meios de comunicação tão úteis e práticos como o telefone e a internet jamais poderiam, por razões éticas e morais, ser transformados em instrumentos de promiscuidade moral.
A nossa sociedade vive o neopaganismo; isto é, o Evangelho, que até alguns anos atrás era a referência para o comportamento da sociedade, não passa agora de letra morta para muitos.
Definitivamente, eliminou-se o temor de Deus no meio da sociedade, que, dessa forma, se torna mais individualista, narcisista, hedonista e pecadora. O ateísmo que se vive hoje é um ateísmo prático, selvagem, não mais filosófico.
Não mais se pergunta se Deus existe; apenas se age como se Ele não existisse e pronto. Apesar disso, 95% dizem acreditar em Deus, mas ignoram as leis divinas.
O comércio imoral desenfreado pelo dinheiro
Pior do que o pecado cometido sob o peso da fraqueza da carne, é aquele cometido quando se explora comercialmente aquilo que é imoral, que atenta contra a dignidade do ser humano, transformando-o em um meio de lucro.
Sem dúvida, estamos aqui diante de um pecado dobrado, praticado não pela fraqueza da natureza humana, mas pelo amor desenfreado pelo dinheiro, como disse Paulo
"...raiz [razão] de todos os males" (1 Timóteo 6:10).
Casados em sites pornográficos
É incrível notar que Cristo continua a ser vendido por "trinta moedas"! Infelizmente, é muito comum jovens mergulhados no vício de assistir à pornografia na web e que me pedem ajuda para sair dele.
Também é comum esposas que se desesperam quando pegam seus maridos vendo sites pornográficos — estou falando de crentes, frise-se. A tentação é enorme e a facilidade é muito grande. Outros se enveredam pelos chats variados e acabam se complicando. E tem ainda tal troca de nudez via aplicativo de mensagens.
Fora do casamento, a Palavra de Deus nos dá alguns princípios que definitivamente se aplicam ao sexo virtual. Há muitos textos nas Escrituras que indicam que o sexo fora do casamento é um pecado (Atos 15:20; 1 Co 5:1; 6:13,18; 7:2; 10:8; 2 Co 12:21; Gálatas 5:19; Efésios 5:3; Colossenses 3:5; 1 Tessalonicenses 4:3; Judas 7). O próprio Jesus nos ensinou que desejar algo pecaminoso também é pecado:
"Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela" (Mateus 5:27-28).
Provérbios 23:7 diz:
"Porque, como imagina em sua alma, assim ele é."
Pessoas carentes são as mais envolvidas
Sem dúvida, esse tipo de relacionamento virtual atinge em cheio as pessoas mais carentes e que lutam contra uma afetividade não bem controlada nem bem equilibrada. Por outro lado, a carne é fraca e pode arrastar qualquer um, mesmo as pessoas espiritualizadas e que vivem um bom relacionamento com Deus. Muitas vezes, embaladas pela conversa virtual, muitas acabam se expondo a perigos de vários tipos, que não imaginam.
É preciso dizer também que a atividade sexual virtual diante da internet pode se transformar em vício; e o pior de tudo é que, muitas vezes, leva o cristão ao pecado da masturbação, fornicação, adultério ou mesmo a uma vivência sexual pervertida com o cônjuge.
Tudo isso prejudica a pessoa; em primeiro lugar, porque ofende a Deus e polui a alma e a mente com cenas eróticas que desvirtuam o sexo; em segundo lugar, essa pessoa fomenta em si mesma o sexismo; isso prejudica o namoro, o noivado e o casamento.
Nota-se hoje que práticas condenadas há muito tempo, e que antes não eram aceitas, como sexo o anal, começam a se tornar de certa forma aceitos por casais cristãos. Isso é fruto da pornografia que foi anestesiando suas mentes. Nem a pessoa solteira nem o casal cristão podem se entregar à perversidade da pornografia.
Conclusão
Como vencer esse vício ou essa tentação?
Em primeiro lugar é preciso ter calma; não desanimar nem se desesperar diante dele; mas lutar com fé e perseverança, mesmo que se caia um milhão de vezes. Deus quer mais a nossa determinação de lutar contra o pecado, "até o sangue" se for preciso, como manda a Carta ao Hebreus 12:4:
"Ainda não resististe até ao sangue na luta contra o pecado".
Jesus deixou-nos a receita básica para vencer qualquer pecado: vigiar e orar. Estar sempre em estado de oração, com a alma sempre ligada a Deus, sempre suplicando ao Senhor o auxílio de Sua graça para não cair na tentação.
"Não nos deixeis cair em tentação…" Ele nos manda pedir essa graça ao Pai na grande oração do Pai-Nosso. "Mosca só assenta em prato frio", diz o adágio popular; então, não deixe sua alma esfriar pela falta de oração, comunhão, meditação da Palavra, oração do terço etc.
Em segundo lugar, é preciso vigiar. Fugir das ocasiões de pecado é uma fuga heroica; se você não se controla diante da internet e do sexo virtual, então não tenha acesso à rede mundial de computadores em seu computador enquanto não aprender a se dominar.
Ou então, diante do computador, ore ao Senhor ao ligar e fuja desse tipo de conteúdo. Lembre-se: o computador é uma máquina dominada pela força contida na ponta dos seus dedos!
Não acessar um site de pornografia ou de relacionamento perigoso, é uma decisão pessoal. Só por amor a Deus podemos deixar de vez o pecado, nunca por medo d'Ele. Tenha em mente o propósito de não vou pecar por amor a Jesus; Ele merece isso. Sem dúvida, o Senhor ficará muito feliz.
E se eu cair?
Levante-se imediatamente; não fique nem um minuto na lama do pecado. Peça perdão a Deus e prometa se confessar tão logo seja possível. Sim, é importante a confissão para que a graça divina lhe dê o perdão e a força para não voltar a pecar. Por outro lado, uma orientação psicológica e uma terapia de oração podem ajudá-lo a vencer o vício do sexo virtual.
O cristão tem que viver a santidade, porque sem ela é impossível ver (ou seja, ter acesso) a Deus (Hb 12:14); e isso só será possível se fechar as janelas da alma (olhos, ouvidos, boca, nariz e mãos) para tudo o que o excita e traz o pecado para seu interior. Com a graça de Deus e a força de vontade, isso é possível.
A Deus toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
E nem 1% religioso.
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. A pandemia não passou, a guerra não acabou.
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