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sábado, 30 de junho de 2018

ESCRITO NAS ESTRELAS - JOHANN SEBASTIAN BACH





Como um amante e admirador da música clássica, chego a ser suspeito para falar desse ilustre e inigualável compositor. Mas o fato é que mesmo que você não goste de música clássica (Fazer o que, né?), ainda assim é muito difícil que você nunca sequer tenha ouvido falar sobre o legado que Bach deixou para a música. Ainda que você nunca tenha ouvido uma de suas inúmeras e eternas composições.

Inigualável


É dessa forma bem apropriada que o site da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais descreve Johann Sebastian Bach (★1685-✞1750) em um dos artigos que pesquisei para escrever o meu. Ele foi um músico, compositor e organista alemão, considerado um dos mais importantes artistas da história da música. Faz parte da tríade dos maiores músicos eruditos ao lado de Beethoven e Mozart.

Johann Sebastian Bach nasceu em Eisenach, Alemanha, no dia 21 de março de 1685. Filho de um professor de violino e viola, enquanto frequentava a escola, tomava, com seu pai, lições de violino e viola e noções de teoria musical. Luterano de formação ficou órfão de mãe aos nove anos e de pai aos dez, indo morar com seu irmão mais velho, Johann Christoph, organista da Igreja de São Miguel, em Ohrdruf. Com o auxílio do irmão, aprendeu a tocar cravo e órgão.

Uma vida, uma história


Bach foi o mais importante compositor de uma longa dinastia de músicos, tornando-se, já após a sua morte, no músico mais reconhecido e popular do período Barroco. Iniciou a carreira como organista, vindo a servir dois dos grandes duques de Weimar. No ano de 1717 ocupou o cargo de mestre-capela do príncipe Leopoldo, na corte de Cöthen, e em 1723 mudou-se a título definitivo para Leipzig, onde assumiu as funções de diretor musical do Coro da Escola de São Tomás e do Collegium Musicum da Universidade. 

Nessa qualidade, era responsável pela produção musical das cinco igrejas mais emblemáticas da cidade. Durante esse último período, e dado o elevado estatuto que alcançou, teve a oportunidade de publicar muitas das suas obras de juventude. Após a sua morte, a sua música sofreu um período de alguma negligência mas um século depois passou a fazer parte dos mais diversos programas de concerto. 

Hoje em dia, Bach permanece como um dos maiores compositores de todos os tempos e um dos mais interpretados e gravados. A sua extensa obra é catalogada com a abreviatura BWV (Bach-Werke-Verzeichnis), cuja ordem sequencial corresponde aos diferentes gêneros musicais organizados cronologicamente.

Notável D.N.A.


Ele fora, por exemplo, empossado no cargo de organista da igreja de Anstadt, onde havia um órgão magnífico, que respondia, como animal sensitivo, ao seu toque.

As suas faculdades procriadoras eram tão prolíferas quanto as criadoras. Casado duas vezes, educou uma família de vinte rebentos(!). Sim, Bach gostava de algo mais do que fazer música. Brincalhão como as próprias crianças, estava sempre junto dos jovens, visto que, além da própria descendência, vivia rodeado de uma legião de alunos. De todos os cantos da Europa acorriam estes para aprender o mistério de sua mágica técnica.

Bach costuma se sentar com seus filhos na sala de visitas e por muito tempo cantavam intérminos corais. Cada um deles tomava um instrumento e improvisava um tema em harmonia e contraponto, confundindo-se com os outros numa salva orquestra.

Enquanto aos outros membros da família, estes também faziam parte do círculo encantado de compreensão musical. As próprias letras do seu nome. B-A-C-H, formavam uma sucessão melódica. Família de estranhos talentos e nervos sensitivos, esses Bachs. Especialmente o pai Sebastian.

Quando alguém sente a música com profundeza, com demasiada profundeza, força é que se mostra irritadiço em relação a esses organistas profissionais, cujas notas desajeitadas são outras tantas punhaladas no coração da gente.

Profundo adorador


Bach ressaltava que a estrutura da música, como a estrutura das igrejas, há de obedecer às linhas de ascensão e descensão. À melodia cumpre fazer uma estrada que ligue a terra aos céus e os céus à terra. Quando um grupo de notas enceta a sua jornada ao longo da estrada, prepara-se um segundo grupo para seguir-lhe a esteira.

E tanto que esse grupo se põe a caminhar, preparam-se para acompanhá-lo, por seu turno, um terceiro e um quarto. E a qualquer momento dado dessas eternas e periódicas subidas e descidas encontram-se, nas várias etapas da jornada, exercícios de notas, a subir ou a descer, prestes a tomar pela mão novos destacamentos na gloriosa andança.

E posto que cada destacamento encete a caminhada partindo com medida pontualidade do ponto final, isto é, precisamente no horário marcado e com intervalos iguais, algumas das notas mais impetuosas alcançavam as mais indolentes, de sorte que se estabelece constante movimento de misturas e precipitações para baixo e para cima das escalas.

Escapadas e perseguições, capturas e escapulidas, origem das fugas de Sebastian Bach


Bach, todavia, não se contenta em deixar as coisas desse jeito. É lhe preciso trabalhar para que não haja confusão nem discórdia nessa sucessão e interpretação constante de sons. Hão de viver as notas umas com as outras em completa harmonia.

Sim, era essa a palavra, harmonia. Mas como consegui-la? Aqui aproveitou ao organista a própria experiência. Em casa, quando os numerosos membros da família se reuniam, aos domingos, na sala de visitas, conversavam e cantavam bastante.

Cada qual tinha seu repertório próprio de ideias e expressava-as, corajosamente, diante dos outros. Ninguém que desejasse falara era impedido de fazê-lo. Tinham todas a liberdade de exprimir-se à vontade. Na maioria das vezes, contudo, falavam ao mesmo tempo.

Mas tamanha era a boa vontade de todos que o espírito geral era o da mais absoluta harmonia. Cada opinião individual constituía importante contribuição à mútua compreensão da família inteira.

Ao cantarem os seus corais o princípio era o mesmo. Cada voz improvisava livremente a própria melodia e todas as vozes se confundiam numa unidade concordante. Este foi precisamente o princípio que ele aplicou à harmonização de suas composições.


Conclusão


Johann Sebastian Bach, cedo mostrou possuir talento e logo tornou-se um músico completo. Nasceu no dia 31 de março de 1685 em Eisenach, na Alemanha, faleceu(?) no dia 28 de Julho de 1750 em Lípsia na Alemanha.
"O objeto de toda a música devia ser a glória de Deus" (grifo meu)
observou Bach. 
"Todo e qualquer homem piedoso poderia fazer quanto fiz se nisso se empenhasse como me empenhei"
O povo da época sempre percebia suas qualidades, era um excelente organista. Tinha mãos enormes, pois alcançava doze notas com a mão esquerda, enquanto executava passagens com os três dedos do meio. Havia quem dissesse que era capaz de trinar com o polegar e o indicador e, ao mesmo passo, tocar uma melodia com o quarto e o quinto dedo.

As suas principais composições

  • Corais: "A paixão segundo São Mateus", "A Paixão Segundo São João", "Missa Em Si Menor", "Oratório de Natal", "Bauern Cantata", "Cafee Cantata", dentre outras…
  • Instrumentais: "Concertos de Brandenburgo Para Orquestra (1 – 6)", "Concerto Em Estilo Italiano", "Sonata Para Violino e Piano (1 – 6)", Suíte Para Orquestra (1 – 4)" , "O cravo Bem Temperado", etc…
Aos trinta e oito anos de idade alcançara o auge de suas faculdades criadoras. Escrevera a "Paixão Segundo São Mateus" e a "Paixão Segundo São João", tremendos dramas musicais em que pintara os sofrimentos de Cristo.

Existira antes dele a música da Paixão, assim como existira, os antes de Ésquilo, a tragédia grega, simples cânticos cristãos e coros populares gregos.

No entanto, Bach, à Semelhança de Ésquilo, transformara essa tradição heterogênea numa forma pessoal e homogênea de arte.

E aquela portentosa "Missa em Si Menor", dedicada ao rei católico da Polônia! Sim, elemento servira bem à Deus com uma sua música.

Duzentas composições parágrafo órgão, prelúdios, fugas, cantatas para orquestra e coro e concertos para Instrumentos de corda e de sopro. E a música, como ele mesmo, fora sã, despretensiosa e devota. Simples como o canto dos pássaros ao sol que nasce ou que morre.

Últimos anos de uma "vida eterna"


A partir de 1740, Bach se afasta aos poucos da Escola. Dos treze filhos que tivera com Ana, seis sobreviveram e já começavam a se encaminhar na vida. Em 1747, com 62 anos, se sentia pesado e andava lentamente. Em uma viagem a Potsdam, foi levado pelo rei Frederico II ao salão onde se realizava um concerto e é respeitosamente acolhido pelos nobres. 

É levado para ver um instrumento inventado pelo italiano Bortolomeo Cristofori. Bach senta-se diante do piano e dedilha o teclado. Em seguida, toma lugar diante de um velho cravo e improvisa sobre os temas sugeridos pelo rei. Ao terminar, sentiu pela primeira vez o calor dos aplausos. Jamais soubera o significado do triunfo.

De volta a Leipzig, desenvolveu a obra "Oferenda Musical" e enviou a Frederico II. No fim da vida, a revisão dos dezoito "Prelúdios de Coral para Órgão", lhe custou um grande sacrifício. Sua última obra "A Arte da Fuga", foi produzida quando sua visão já estava debilitada. Aos 65 anos, Bach estava cego. 

A obra de Bach permaneceu na obscuridade, até que em 1829, o compositor Felix Mendelssohn apresentou em Berlim a "Paixão Segundo São Matheus", cuja partitura descobrira por acaso. Na segunda metade do século XIX foi criado o Bach Gesellschaft – um instituto responsável por coletar toda sua produção. 

Graças a esse trabalho o mestre começou a ser consagrado. Johann Sebastian Bach faleceu em Leipzig, Alemanha, no dia 28 de julho de 1750, às oito horas da noite, morreu rapidamente, de um ataque apoplético. Foi enterrado no cemitério de São João, para ser esquecido por mais de um século e depois ser lembrado por toda a eternidade, deixando escrito nas estrelas seu nome com harmoniosas notas musicais.


A Deus toda glória. 
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E nem 1% religioso.

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