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domingo, 30 de novembro de 2025

CONTÉM SPOILERS — "NÁUFRAGO"

Já algum tempo eu venho aprendendo que a experiência de assistir a um filme é multifacetada, envolve a visão, a audição, e, por que não dizer? O tato.

As sensações corporais, assim como sentimentais e emocionais, estão em constante processo de amalgamento na construção e reconstrução da psiquê do sujeito/espectador.

Tal é a complexidade da apreciação artística que, não raro, é relegada a um mero "passar de olhos" sobre um filme naqueles noventa a cento e vinte minutos, em média.

É lamentável que para muitas pessoas assistir a um filme, a uma peça de teatro, ler um livro ou ouvir uma música, seja apenas e unicamente para entretenimento.

Muitos são — quiçá, a maioria — os que o fazem instigados apenas por aquilo que é superficial, pelo apelo visual, por ser o ritmo da moda..., nada se importando com a experiência inigualável da imersão no contexto da obra artística.

No texto deste artigo, mais um capítulo da nossa série especial "Contém Spoilers", trazemos reflexões profundas propostas no filme "Náufrago", que, nesses meandros, de igual forma, as elucubrações e reflexões são igualmente estimuladas, principalmente diante do teor etéreo assimilado pelas produções artísticas, direta ou indiretamente.

Em algum momento de suas vidas, até mesmo em tom de pilhéria, as pessoas são confrontadas com a ideia: o que fariam e o que levariam à uma ilha deserta?

Tom Hanks, brilhante!


Tom Hanks vinha de uma carreira concisa no cinema, construída a partir de sólidas comédias e incursões dramáticas na década de 80 e início dos anos 90, densificando-se a ponto de tornar sua versatilidade interpretativa uma unanimidade, sendo um dos poucos atores a receber por dois anos consecutivos a estatueta do Oscar, por "Philadelphia" (1993) e "Forrest Gump" (1994), feito apenas conquistado anteriormente pelo ator Spencer Tracy (✰1900/✞1967).

Nesse passo, cientes das particularidades propostas pelo roteiro de "Náufrago (Cast Way, 1999)", em uma bela direção do cultuado Robert Zemeckis, inúmeras são as interpretações e derivações que se descortinam em um único personagem.

A atuação de Hanks em "Náufrago" é universalmente aclamada como um "tour de force" e um dos pontos altos de sua carreira, rendendo-lhe um Globo de Ouro e uma indicação ao Oscar de Melhor Ator.

Destaques da Atuação

  • Performance Solo — Grande parte do filme (cerca de 75 minutos) mostra Hanks atuando sozinho na ilha deserta, um desafio imenso que ele supera com maestria, transmitindo a solidão, o desespero e a resiliência do personagem Chuck Noland.
  • Transformação Física e Psicológica — Para o papel, Hanks passou por uma notável transformação física, perdendo peso e deixando o cabelo e a barba crescerem, o que contribuiu para a autenticidade da jornada de sobrevivência do personagem.
  • Conexão Emocional — Através de expressões faciais, linguagem corporal e até mesmo o relacionamento com um objeto inanimado (a bola Wilson), Hanks consegue evocar profunda empatia no público, mantendo a narrativa envolvente mesmo com a ausência de diálogo por longos períodos.
  • Reconhecimento da Crítica — A crítica especializada elogiou a profundidade e a humanidade que ele trouxe para o papel, com muitos considerando sua performance lendária e merecedora de todos os elogios e prêmios que recebeu.
Por fim, sua atuação em "Náufrago" é um exemplo notável de dedicação e talento, que sustenta todo o filme e o eleva de uma simples história de sobrevivência para um drama humano profundo e comovente.

O universo é uma ilha?


Muitas vezes, acreditamos que controlar o tempo seja o mesmo que controlar a vida.

No contexto da atualidade, onde o ter vem em detrimento do ser, trabalho, compromissos, agendas, metas — tudo parece girar em torno de eficiência e resultado.

Mas, sem perceber, vamos nos distanciando das pessoas ao nosso redor.

O que achamos que era foco e dedicação, na verdade, é isolamento. E quando nos damos conta, estamos como um náufrago, sozinhos em uma ilha — não uma ilha física, mas uma ilha emocional, onde o isolamento nada mais é que uma consequência das nossas escolhas.

Essa foi a realidade imposta sem a escolha de bagagem ao personagem de Tom Hanks no filme "Náufrago".

Na trama, Chuck Noland (brincadeira com o nome?)[1] é o funcionário da Empresa de Correios norte-americana, a Federal Express/Fedex, e quando seu avião sofre um acidente ele se vê como o único sobrevivente em uma ilha desabitada, e, aparentemente, inacessível às buscas a partir da angulação do raio de queda do avião.

Naquele contexto, um indivíduo eminentemente urbano se vê exposto às intempéries da natureza, da conscientização de sua fragilidade em paralelo à força do próprio circundar terrestre, alheio a sentimentos, necessidades (emotivas e práticas), e à sua própria sorte.

Esta é a crueza do universo, que apenas gira compondo a passagem do tempo, mecânico, eficaz, austero e contínuo, assim como o envelhecer como transposição ao passo seguinte mais próximo da finitude.

É nesse ponto que o contexto do filme, reflete exatamente esse processo do isolamento. O personagem Chuck Noland, assim como a maioria de nós, vivia obcecado pelo controle.

Funcionário dedicado da FedEx, ele levava o tempo a sério demais, a ponto de colocar sua vida pessoal em segundo plano.

Ele não apenas priorizava o trabalho, mas acreditava que poderia ditar o ritmo da própria existência, sempre correndo contra o relógio.

E então, o inevitável aconteceu.

O impacto da queda:

Quando a vida tira o controle das nossas mãos


O acidente de avião que leva Chuck à ilha deserta não foi apenas um evento trágico — foi um rompimento com a ilusão do controle. Num instante, tudo o que ele conhecia foi arrancado.

Ele perdeu a estrutura que regia sua vida e, ironicamente, tudo o que lhe restou foi aquilo que ele menos tinha: tempo.

Tempo de sobra, mas sem propósito.

Essa é a parte da história que mais reflete nossa realidade, vindo, portanto, nos atingir cheio.

Decerto, esse "mergulhar", inolvidavelmente descortina outras derivações naturalistas do ponto de vista filosófico e de autodescoberta, quanto há um confrontamento a realidades ou situações não esperadas.

Muitas são as vezes em que somos jogados — ou seria conduzidos? —  em uma espécie de "ilha", não por um acidente, mas pelas consequências das minhas escolhas.

O fato é que, assim como Chuck, nos vemos em um espaço onde o tempo não era mais uma ferramenta de controle, mas um reflexo da solidão.

Antes só?...

O isolamento não acontece apenas quando somos deixados sozinhos — ele pode ser construído aos poucos, quando negligenciamos as conexões humanas.

Enquanto humanos, somos seres gregários. É muito difícil vivermos completamos isolados de tudo e de todos e, recentemente, no período crítico da pandemia, pudemos sentir o quão angustiante é isso.

Numa época remota da história da civilização, existiram algumas tentativas de isolamento praticadas, muitas vezes por monges, pessoas que desejavam ficar em silêncio, refugiando-se em cavernas ou altos de morros e montanhas, pensadores que queriam fazer uma espécie de "desintoxicação" de pensamentos, amenizando ansiedades, ou ainda, aquietar a mente, fazer jejum, não falar com ninguém, deixar de tomar banho como um ritual para manter o corpo mais natural possível e evitar ao máximo dormir.

Resultado: muitos destes adeptos contraíam doenças por bactérias, desnutrição, comportamentos destoantes de uma certa "normalidade", discursos messiânicos delirantes, entre outras manifestações curiosas.

Outro resultado desta empreitada, gerou efeito contrário. Como a reclusão destas pessoas chamava a atenção de quem as via meditar dia e noite e modificar severamente sua aparência, seja por não se alimentar ou banhar-se, atraíam uma multidão em volta delas, logo, o tal isolamento transformava-se em evento.

Dessa forma, os não tão solitários ganhavam fama e passavam a estar em contato novamente com a comunidade.

Wilson: O reflexo de quem somos quando estamos sozinhos


No filme, Chuck encontra uma bola de vôlei e, eis que deparamo-nos com o famoso Wilson, que revela até mesmo um rosto em tom rudimentar, cujas feições são moldadas pelo próprio sangue de Noland em contato com a bola após um acidente em meio àquele ambiente inóspito.

Assim nasce Wilson, sua companhia, seu confidente, sua âncora emocional. O que parece uma solução bizarra, na verdade, revela algo profundo: o ser humano precisa de conexão.

Mais uma vez: criatividade ou projeção delirante? Interessante, e um dos inúmeros pontos de destaque do longa, é a capacidade de manter a atenção, "o segurar" do desenrolar do filme apenas pela permanência de Hanks em tela, em bem mais de quarenta minutos nos quais tão somente o desafortunado Noland e, por óbvio, Wilson, que lhe serve de companhia em compenetrados e densos colóquios, são suficientes em manter o suspense e interesse pela trama.

Wilson não era apenas uma bola — ele era um pedaço de Chuck, a parte dele que precisava se expressar e ser ouvida. E essa foi outra grande lição para mim.

Quando nos vemos sozinhos, sem distrações, somos forçados a encarar quem realmente somos. E, muitas vezes, percebemos que ignoramos nossa própria essência por muito tempo.

Para Chuck, Wilson representava a necessidade de conexão que ele sempre negligenciou.
A lição é que nossa própria "ilha" nos faz entender que precisamos valorizar mais as pessoas ao nosso redor antes que seja tarde demais.

O retorno e a mudança de perspectiva


Após anos na ilha, Chuck finalmente consegue escapar. Mas sua volta à civilização não foi um simples retorno ao que era antes — foi um renascimento.

Ele já não era mais o homem que havia caído naquele avião.

Pequenos gestos, antes banais, agora tinham um peso diferente.

A cena em que ele se vê diante de um banquete de frutos do mar, comida que antes exigia esforço extremo para conseguir na ilha, simboliza essa nova percepção.

O que antes era uma luta diária, agora estava ali, servido em sua frente, sem esforço algum. Mas a questão não era apenas a comida — era a compreensão do quanto vivemos sem perceber as facilidades que temos e o quanto deixamos de dar valor ao que realmente importa.

Depois de passar pelo próprio isolamento, nossa perspectiva sobre a vida muda. Coisas simples, como um café com um amigo, uma conversa sem pressa, um momento de pausa para observar o dia, ganham um significado novo.

Assim como Chuck, devemos aprendi que a vida não é sobre correr contra o tempo, mas sobre saber aproveitá-lo com consciência.

Conclusão

A vida acontece no presente


Muitas pessoas dizem que "só damos valor quando perdemos"

Mas eu não acredito nisso. O verdadeiro aprendizado não está na perda, mas na percepção.

O personagem de "Náufrago" não voltou para casa apenas dando valor ao que perdeu — ele voltou enxergando a vida de um jeito diferente.

A encruzilhada: Qual caminho seguir?


No final do filme, Chuck se encontra em uma encruzilhada literal.

Diferentes caminhos se abrem diante dele, sem um destino óbvio.

Numa cena, vemos que o personagem escolhe dormir no chão, em detrimento da confortável cama de hotel após seu retorno à cidade; mas, qual conforto? E para quem?

Afinal, dormir em pedras ou ao relento, talvez fosse muito mais familiar para Noland do que estranho. A maciez se torna dor. A dureza, bálsamo.

Essa cena é uma das mais simbólicas do filme, pois representa a liberdade que ele nunca teve antes. Pela primeira vez, ele pode escolher seu próprio rumo sem estar preso às amarras do tempo e do trabalho.

Essa é uma mensagem poderosa: quando saímos de uma situação de isolamento e sofrimento, não voltamos para onde estávamos antes. Voltamos diferentes, com novas escolhas a fazer.

Vamos refletir?


Uma possível questão suscitada pelo filme pode ser a seguinte: Noland saiu da ilha, mas será que a ilha saiu dele?

Ou seja, após anos vivendo em sua própria companhia, é plausível dizer que o retorno à civilização e, consequentemente, às relações interpessoais com todas as suas alegrias, tristezas, frustrações, expectativas, acordos e desacordos, encontros e desencontros, chegadas e partidas, provocariam Noland a regressar a sua singular e subjetiva ilha? Estaria ele realmente livre? Afinal, o que é liberdade, de fato?

Outra questão provocativa seria, se considerarmos a ilha enquanto metáfora, todos nós, em alguma medida, estaríamos ilhados em ideais, crenças, achismos, preconceitos, privações e imposições, repressões…

Quem seria o nosso Wilson? E quem construiria a jangada que nos faria sair das nossas próprias ilhas? A pergunta ecoa ao aguardo de possíveis respostas, ou mesmo, de outras indagações.

Eu entendi que o passado não pode ser mudado, mas que o presente está em nossas mãos. A grande questão não é o que perdemos, mas sim o que escolhemos fazer daqui para frente.

E essa é a reflexão que quero deixar: não espere uma grande perda para perceber o valor do que já tem.

Não espere estar ilhado para entender a importância das conexões. Pequenas ações diárias, pequenas escolhas conscientes já fazem toda a diferença.

Se o melhor que você pode fazer hoje é simplesmente levantar da cama, já é um começo.

A mudança não acontece de uma vez, mas em pequenas decisões diárias. O importante é seguir em frente, porque, como o filme nos ensina, nunca sabemos o que a maré pode nos trazer amanhã.
Ao Deus Todo-Poderoso e Perfeito Criador, toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blogue https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização frequentes dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
  • O blogue CONEXÃO GERAL presa pelo respeito à lei de direitos autorais (L9610. Lei nº 9.610, de 19/02/1998), creditando ao final de cada texto postado, todas as fontes citadas e/ou os originais usados como referências, assim como seus respectivos autores.
E nem 1% religioso.

sábado, 29 de novembro de 2025

TEOLOGANDO — NARCISISMO ESPIRITUAL

Logo que eu me converti, e lá se vão mais de quatro décadas, e ao começar a frequentar  uma igreja pude perceber uma pessoa que parecia destoar das outras.

Falava de forma altiva, imponente e até inerrante sobre vários assuntos, era o pastor da igreja, que, por uma questão de bom senso, não vou dizer o nome.

Um homem que parecia ser totalmente inacessível, com uma atitude que, mesmo sendo ainda um neófito, sempre considerei perigosa para um pastor.

Hoje, após muitas aventuras e desventuras que muito contribuíram para o meu crescimento pessoal e espiritual, me sinto bem a vontade para falar sobre essa questão um tanto quanto delicada.

É isso, cá venho eu enfiar o dedo em mais uma ferida exposta do sistema religioso institucionalizado e eis mais um capítulo da nossa série especial de artigos "Teologando".

Nosso intuito com esse artigo, não é o de fazer julgamento vazio e sim tentar ajudar você a reconhecer esses sinais e lidar com líderes narcisistas de forma prática e sábia.

O que a Bíblia diz sobre o narcisismo


O narcisismo na Bíblia pode parecer distante, mas a realidade é que muitos líderes na igreja exercem controle por meio da manipulação e da falta de empatia. Já se sentiu desvalorizado ou sem voz diante de alguém assim?

Frequentemente, comportamentos controladores e manipuladores passam despercebidos, prejudicando toda a comunidade.

A pesquisa The State of Pastors, feita pela World Vision International e pelo Barna Group com mais de 25 mil pessoas nos EUA, mostrou dados preocupantes:
  • 56% dos pastores sofrem com depressão, 65% se sentem solitários e um em cada três corre risco de esgotamento.
Assim como essas condições impactam as lideranças religiosas, há também casos de narcisismo, muitas vezes difíceis de identificar.

O que é narcisismo?


De acordo com a psicanálise, narcisismo é um padrão de comportamento marcado por exagero da própria importância, desejo constante de admiração e pouca consideração pelos outros.

No caso do transtorno de personalidade narcisista, essas características aparecem de forma persistente e afetam o relacionamento com familiares, colegas e amigos.

Narcisismo na Bíblia


O narcisismo na Bíblia é uma expressão do orgulho e do foco no próprio eu, que nasce da nossa natureza pecaminosa.

A Bíblia explica que todos nascemos com tendências ao pecado e com uma inclinação natural para o egocentrismo (Romanos 5:12; Gálatas 5:19-21).

Essa perspectiva impede o crescimento e dificulta relacionamentos saudáveis, pois o indivíduo encara o mundo apenas pelo que ele próprio recebe ou perde.

A transformação ocorre quando o crente se humilha e permite que o Espírito Santo conduza a santificação, deslocando o foco do eu para Deus (Marcos 8:34).
Assim, o narcisismo na Bíblia é retratado como uma inclinação presente em todos, até que reconheçamos nossa natureza humana e recebamos a graça de Cristo.
A partir de então, será possível amar os outros de forma genuína e superar o egocentrismo, vivendo segundo a justiça e não mais centrados em si. (Mc 12:31; João 8:34-36).

O evangelho nos mostra que não há justo algum e que a graça deve ser sempre o ponto de partida. 

Não somos salvos por mérito e sim, por conta da soberana e amorosa misericórdia de Deus. 

E este pensamento deveria gerar cristão e pastores humildes, mas quando isso não acontece, certamente percebemos que o ponto de partida destes líderes são outros, não é a Bíblia.

Narcisismo eclesiástico


É comum vermos pastores agindo como super-homens, como pessoas especiais, como se tivessem de uma maneira ou outra poderes especiais, fruto de mérito próprio. 

Desde minha conversão, convivi em um ambiente onde estas pessoas eram comuns, víamos todos os dias e aos montes exalando um ar de superioridade.

Olhar para a Bíblia e para o exemplo de Cristo, ler sobre seus ensinos e ainda ter todo este orgulho e arrogância é quase impossível, seria um caso raro. 

Com isso, só posso concluir que a maioria destes pastores não estudam a Bíblia como deveriam ou esquecem, por conta do excesso de arrogância, dos principais ensinos de Cristo. 

Talvez, quem sabe, acabam por seguir se prendendo a histórias ou versículos lidos fora de contexto, é difícil saber ao certo.

Quando ocorre o narcisismo espiritual?


O narcisismo espiritual ocorre quando uma pessoa, equivocadamente, deixa que sua prática espiritual ou religiosa suba à cabeça, levando-a a acreditar que isso a torna superior aos outros. 

Um narcisista espiritual pode buscar validação e elogios por suas ações, pode demonstrar falta de empatia e dificilmente assumirá a responsabilidade por seus erros. 

Lidar com uma pessoa assim pode ser desafiador, e os relacionamentos podem ser problemáticos. 

Se você está em um relacionamento com alguém desse tipo, é importante buscar apoio, seja por meio de amigos ou de um terapeuta. 

Pode ser necessário se distanciar da pessoa ou até mesmo terminar o relacionamento completamente. 

O narcisismo espiritual não é um diagnóstico formal e é possível se recuperar dele.

Sinais

  • Sinais de narcisismo na igreja
Quer os narcisistas simplesmente acabem chegando ao topo (o que deve ser o caso em alguma medida), quer o topo da torre de liderança atraia narcisistas (o que também deve ser o caso em alguma medida), um número excessivo de igrejas tem narcisistas na liderança. E eles são, em sua maior parte, do sexo masculino.

Aprenda a identificar os principais sinais de que há líderes narcisistas na sua igreja!
1. Manipulação emocional — Usa culpa, medo ou pressão para controlar membros da igreja, desvalorizando contribuições individuais.

Isso pode ser visto em um líder que constantemente diz aos membros que sua fé ou salvação depende de doações financeiras, ou participação ativa em eventos.

Também se enquadram nesse padrão pastores que culpam famílias ou membros por problemas pessoais, sugerindo que tudo se deve à falta de devoção.

2. Orgulho exagerado — Atribui todas as conquistas à própria liderança e busca reconhecimento público o tempo todo.

A publicação constante de conquistas pessoais nas redes sociais ou boletins da igreja pode sinalizar para um padrão de busca incessante por elogios e aprovação pública.

3. Falta de empatia — É possível que ele tome decisões que beneficiem a si ou à igreja em detrimento do bem-estar real da comunidade, como manter programas caros que pouco ajudam os irmãos.

Outro comportamento comum é desconsiderar sentimentos ou opiniões de pessoas que questionam decisões, mostrando desinteresse genuíno pelas necessidades individuais.

4. Atração por estruturas sem prestação de contas — Para o narcisista, tudo é uma questão de controle. Por isso, pastores narcisistas de igrejas grandes e pequenas têm a tendência de se sentir atraídos por igrejas não denominacionais ou desprovidas de estruturas eclesiásticas de prestação de contas. […].

Igrejas independentes são especialmente propícias para líderes que não desejam ser supervisionados nem responsabilizados por sua conduta.
Outros seguintes sinais estão entre as maneiras pelas quais você pode identificar um narcisista espiritual:
  • Eles agem com superioridade 
"Mais santo que os outros" é uma expressão comum para descrever a postura de um narcisista espiritual. 

Isso porque eles acreditam ser mais evoluídos do que as outras pessoas. Eles podem menosprezar aqueles que não compartilham suas crenças ou seu nível de compreensão espiritual.
  • Falta de empatia 
Um narcisista espiritual pode parecer gentil externamente, mas seu comportamento demonstra que ele não se importa com os sentimentos dos outros.
  • O uso da religião/espiritualidade como ferramenta de manipulação
Em vez de manter sua prática espiritual para si, o narcisista espiritual a utiliza como arma para controlar ou prejudicar os outros.

Eles podem envergonhar, humilhar ou usar seu conhecimento espiritual para exercer poder sobre os outros.
  • Críticas disfarçadas de espiritualidade
Narcisistas espirituais podem usar suas crenças espirituais para criticar e menosprezar outros que não compartilham seu nível de compreensão ou crenças espirituais.
  • Comportamento de busca por validação
Assim como outros tipos de narcisistas, os narcisistas espirituais buscam validação para seu comportamento. 

A diferença é que, geralmente, eles buscam validação para suas práticas espirituais ou religiosas, ou para os atos que realizam sob o pretexto dessas práticas. Isso também pode incluir a busca por elogios.
  • Positividade tóxica e falta de responsabilidade
Um narcisista espiritual gosta de levar o crédito por boas ações, mas provavelmente não assumirá a responsabilidade pelas negativas. 

Além disso, ele o incentivará a se concentrar apenas nos aspectos positivos de qualquer situação e poderá acusá-lo de ser uma "pessoa negativa" ou "não um verdadeiro crente" se você estiver passando por algo terrível que não consegue simplesmente superar.

Exemplos do dia a dia


É provável que você já tenha se deparado com um narcisista espiritual em algum momento da sua vida. Essas são as diferentes maneiras pelas quais ele pode se manifestar no dia a dia:
  • Comportamentos que buscam atenção
Como a necessidade de ser o centro das atenções mesmo em encontros espirituais ou religiosos.

Isso pode incluir alguém que está constantemente usando as redes sociais durante círculos de oração ou aulas de meditação, ou alguém que estabelece ou lidera grupos semelhantes a cultos, onde exerce controle sobre seus seguidores sob o pretexto de autoridade espiritual.

Esses indivíduos podem exigir lealdade e obediência absolutas, explorando seus seguidores para ganho pessoal ou gratificação do ego.
  • Superioridade ou Atitude de Santidade 
Indivíduos com narcisismo espiritual podem adotar uma atitude de superioridade ou condescendência em relação a outros que percebem como menos evoluídos espiritualmente. 

Isso pode envolver julgamentos sobre seus comportamentos, julgando ou menosprezando aqueles que não aderem às suas crenças ou práticas espirituais.
  • Impor crenças a você sem que você tenha pedido ou dado permissão para isso 
Seja dizendo que você irá para o inferno se não frequentar a igreja deles ou fazendo proselitismo sem sua permissão, um narcisista espiritual não terá limites claros em relação à sua falta de interesse.
  • Materialismo Espiritual
Isso ocorre quando indivíduos usam suas crenças ou práticas espirituais como meio de adquirir riqueza material, status ou poder. 

Por exemplo, alguém pode ostentar seus retiros espirituais caros ou seus bens materiais como sinal de sua iluminação ou superioridade.
  • Utilizando a espiritualidade para obter validação 
Algumas pessoas podem usar suas crenças ou práticas espirituais para buscar validação ou atenção de outras. 

Elas podem falar constantemente sobre suas experiências ou percepções espirituais a fim de obter admiração ou aprovação.
  • Manipulação de Outros
Narcisistas espirituais podem manipular outras pessoas usando linguagem ou conceitos espirituais para justificar suas ações ou controlar aqueles ao seu redor. 

Eles podem usar a culpa ou a vergonha para coagir os outros a se conformarem às suas crenças ou desejos.
  • Fuga espiritual
Isso envolve o uso de crenças ou práticas espirituais para evitar lidar com emoções difíceis ou problemas pessoais. 

Em vez de encarar suas próprias falhas ou dificuldades, os indivíduos podem usar a espiritualidade como um escudo para evitar assumir a responsabilidade por seus atos ou buscar a ajuda necessária.
  • Grandiosidade e Autoimportância
Narcisistas espirituais frequentemente exibem crenças grandiosas sobre sua própria superioridade espiritual ou iluminação. 

Eles podem se ver como indivíduos especiais ou escolhidos, com uma conexão única com o divino, enquanto desconsideram as perspectivas e experiências dos outros.
  • Falta de Empatia
Apesar de professarem valores espirituais como compaixão e empatia, os narcisistas espirituais podem não demonstrar empatia genuína pelos outros. 

Podem ser indiferentes às lutas ou dificuldades alheias, concentrando-se, em vez disso, em suas próprias conquistas ou aspirações espirituais.

Conclusão


Cristo é o centro do Novo Testamento e também pode ser visto em muitas partes do Velho Testamento, como uma sombra de um Deus que um dia viria. 

Sendo que a sua sabedoria e humildade são visíveis e a passagem que mais exemplifica isso é o lava-pés (Jo 13:1-17). 

Só há um Salvador, só há um que é digno de glória, no mais, somos só ferramentas na mão de Deus. 

Tal verdade deve estar guardada em nosso coração para não cairmos em algumas destas ciladas.

O narcisista espiritual se acha o centro e o mais capaz. Faz as coisas como se o mérito fosse todo dele e segue calcado em muito orgulho e um espírito de superioridade. 

Estas pessoas esquecem da graça e do quanto não somos merecedores, seguindo uma vida altiva e irrelevante.

Nós somos apenas ferramentas nas mãos de Deus, fomos chamados a servir e ajudar a sua obra frutificar. 

Por isso que tudo o que fazemos deve estar calcado na vontade de agradar a Deus, sendo que o mérito deve ser sempre dele, nunca nosso.

O sentimento de orgulho e superioridade não combinam com o evangelho, na verdade, ele demostra que tal pessoa não compreendeu a palavra de Deus!

O narcisismo na Bíblia mostra como o orgulho e o egocentrismo afastam o ser humano da vontade de Deus e comprometem o testemunho cristão.

A partir dos exemplos de líderes controladores e das orientações bíblicas, percebemos que esse comportamento é um reflexo de um coração que ainda não se submeteu ao Espírito Santo.

A falta de empatia, o desejo por reconhecimento e a manipulação emocional são sintomas antigos, já descritos nas Escrituras, mas que seguem corroendo comunidades até hoje.

Mais do que identificar falhas alheias, o desafio está em cultivar humildade e dependência de Deus, reconhecendo que todos somos suscetíveis ao orgulho.

E, quando esse mal se instala na liderança, o caminho para a cura começa com limites claros, oração, prestação de contas e sabedoria para agir com amor, sem abdicar da verdade.

[Fonte: Verywell Mind; Teologia na Solitude, original por Guilherme Augusto]

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PAPO RETO — ME CANSEI DE SER BONZINHO

Hoje quero estudar com você mais um texto que está registrado na Epístola Apostólica de Paulo aos Gálatas, Capítulo 6:9 – 
"E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido".
Este versículo pode ser dividido em duas partes. A primeira tem a ver com um dos mais lindos conselhos encontrados em toda a Bíblia. Lembre, o texto diz: 
"E não nos cansemos de fazer o bem."

O bem ou o mal, qual será a melhor escolha?


Um dos grandes desafios do cristão é continuar fazendo o bem. Alguns até fazem por algum período de sua vida, mas o tempo é um inimigo implacável, e estes atos ou ações de bondade, acabam sendo eliminados ou suprimidos com o passar dos dias.

Mas que bem é este que Paulo pede para não nos cansarmos de fazer? Antes de responder, quero que você entenda o que significa o termo "cansar". Ele significa perder o ânimo, desesperar, temer.

Algumas vezes você já se percebeu com um cansaço emocional, espiritual ou até moral, a ponto de se sentir cansado ser o bom-moço ou boa-moça, de fazer o que é justo e correto?

Eventos recentes na nossa sociedade me fizeram pensar em como o coração das pessoas está falhando. 

Vemos muitos dizerem coisas que não deveriam dizer, tratar pessoas como não deveriam tratar ou mesmo fazer coisas que não deveriam fazer.

Até cheguei a pensar que eu estava sendo sensível demais, me importando com coisas que não dizem respeito diretamente a mim, mas as inversões de valores que têm regido nossa sociedade, ainda que indiretamente ou não especificamente, entretanto, diz sim respeito a todos nós que que estamos inseridos nessa sociedade.

Por isso, ao ponderar sobre esses acontecimentos, imediatamente me veio à mente outro versículo que se encontra no Evangelho de Jesus, narrado por Mateus, capítulo 24, versículo 12:
"Devido ao aumento da maldade, o amor de muitos esfriará."
Confesso que cheguei a ficar desanimado e até um pouco triste ao ver que as pessoas estão de fato cada vez mais frias, e ficar nessa espécie de fossa, me fez pensar que não valia tanto a pena fazer coisas boas para as pessoas.

Talvez você um dia você também já tenha se sentido assim, ou mesmo já pensou que seus atos de bondade não adiantam de nada.

Afinal, a gente se esforça para servir, amar e ajudar o nosso próximo, sacrificamos algo que é importante para nós e somos recebidos de uma maneira totalmente diferente do que imaginamos.

Esse tipo de estafa é mais comum do que você imagina e pode atingir qualquer um a qualquer momento. Mas é justamente aí que muitos bons cristãos se tornam ímpios: porque eles se cansam de fazer o bem.

O que devo fazer, isso não faço...

18 "Sei que nada de bom habita em mim, isto é, em minha carne. Porque tenho o desejo de fazer o que é bom, mas não consigo realizá-lo.

19 Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer esse eu continuo fazendo.

20 Ora, se faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, mas o pecado que habita em mim.

21 Assim, encontro esta lei que atua em mim: Quando quero fazer o bem, o mal está junto de mim" (Romanos 7).
E por que alguém se cansaria de fazer o bem? Primeiramente, isso acontece porque, ao fazer o bem, nem sempre os resultados dessa ação serão imediatos.

Pelo contrário, neste mundo onde a cultura é a vantagem e a expertise são sinônimos de sucesso, aqueles que procuram fazer o certo podem perder oportunidades, serem mal interpretados e acabar sendo isolados, massacrados e até crucificados pela grande maioria que opta em fazer o mal.

Outra razão dessa exaustão pode estar ligada à maneira que você olha para os perversos. 

É impossível observá-los e não encontrar injustiças neles, mesmo que aparentemente, sejam favorecidos. 

Com isso, fica o alerta: invejar os ímpios é loucura e um grave motivo de tropeço espiritual (Salmo 73:2,3).

É importante entender que é para onde você olha que você vai. Então, olhe para si mesmo e jamais se esqueça o que o motiva a praticar o bem: o seu temor e a sua fidelidade a Deus.

E não faça isso esperando receber algo em troca, porque, ao agir assim, cedo ou tarde, você se cansará.

Conforme o Altíssimo, através de Paulo, nos orienta em Gálatas 6:9
"Não vos canseis de fazer o bem...",
isto é, não caia no engano de pensar que possui o direito a férias da justiça, pois ninguém acumula crédito com Deus.

Ninguém será justificado ou poderá compensar o seu mal pelos anos que praticou o bem.

Você pode ter feito o bem a vida toda, mas se, no último dia, você praticar o mal, sofrerá as consequências.

O mesmo serve para a situação oposta: ainda que você pratique o mal toda a sua vida, se decidir fazer o bem, mesmo que seja no seu último dia, Deus o absolverá da condenação, conforme está descrito em Ezequiel 18:21,22.
Não é o caso de deixar ou não de concordar, é o caso de aceitar, pois estamos falando da soberania e do senso de justiça sob a ótica de Deus e, justamente por ser soberano, Ele não depende de nossa concordância para pauta os seus atos.

Fazer o bem sem olhar a quem?


Não é que esperamos um super reconhecimento pelo o que fazemos, não é isso.

É só que não esperamos palavras duras, gestos bruscos ou negatividade.

Aprendemos nas escrituras que o mundo ficará mais frio mesmo (2 Timóteo 3) e que muitas coisas erradas acontecerão.

Mas saber que tudo isso faz parte do momento que vivemos, um momento que antecede a Segunda Vinda de Cristo, não deveria ditar nossas ações.

Ou seja, você não deve pensar como eu pensava e achar que como estamos fadados a frieza só devemos seguir o baile.

É claro que tanto a colheita das coisas boas, como das ruins, não acontece somente aqui nesta vida.

A colheita maior será no futuro. Deus dará a cada um a recompensa daquilo que fez do seu corpo, tempo, talentos e recursos.

No reino de Céus está garantido que Deus vai analisar todas as coisas boas que foram feitas em favor de um filho dEle.

Nenhuma ação passará despercebida pelo Juiz de toda a terra. O próprio Jesus, quando aqui esteve, declarou: 
"E qualquer que vos der de beber um copo d’água em meu Nome, porque sois discípulos de Cristo, em verdade vos digo que não perderá o seu galardão" (Marcos 9:41).
Deus já definiu quando será a colheita daquilo que semeamos na vida. 
  • "Portanto, o filho do homem virá na glória de seu Pai, com todos os seus anjos; e então dará a cada um segundo as suas obras" (Mt 16:27). 
  • "Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos" (Atos 17:31). 
  • "E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra" (Apocalipse 22:12).

Conclusão


Devemos sempre nos lembrar que como seres humanos somos todos falhos, que estamos sujeitos ao homem natural, e que estamos em um processo de nos tornarmos.

Precisamos ser pacientes com as pessoas que nos rodeiam, e principalmente nunca esquecer que o mundo precisa de nossos pequenos atos de bondade.

Precisamos continuar servindo, ajudando, e sendo uma extensão dos braços de Jesus Cristo, de gota em gota, pois é somente dessa maneira que os oceanos são formados.

O que importa é hoje, pois o bem que você fez ontem já passou. Então, escolha agir em prol do bem o tempo todo. Respire fundo, olhe para o Senhor Jesus e continue fazendo o bem. Isso vai contar no final de tudo.

Ao Deus Todo-Poderoso e Perfeito Criador, toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blogue https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização frequentes dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
  • O blogue CONEXÃO GERAL presa pelo respeito à lei de direitos autorais (L9610. Lei nº 9.610, de 19/02/1998), creditando ao final de cada texto postado, todas as fontes citadas e/ou os originais usados como referências, assim como seus respectivos autores.
E nem 1% religioso.

sexta-feira, 28 de novembro de 2025

ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU

¹ "Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. ² Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra; ³ Porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus" (Colossenses 3).
Se você soubesse que amanhã seria o seu ultimo dia de vida, você viveria da mesma maneira que você viveu hoje? Faria as mesmas coisas que você fez hoje?
Meus amigos e irmãos, Paulo estava escrevendo para aqueles que já haviam se entregado totalmente ao domínio de Cristo, ou seja, mortos para os rudimentos desse mundo, e que agora, viviam somente para Jesus, o autor de nossa fé.

Vivendo na terra, com o pensamento no que é celestial, é uma decisão que exige bastante esforço e uma completa renúncia para o cidadão que na verdade quer ser um "morador do céu".

O próprio Senhor declarou em Mateus 16:24:
"Então disse Jesus aos seus discípulos: 'Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me'".
Uma vida de total renúncia das vontades próprias e dos prazeres carnais, deve ser contínua, e não apenas momentânea.

Ser santo não é ser alienado, é ser separado


A vida do cristão deve ser de total dedicação exclusiva a Jesus. Viver sempre pensando no céu, é uma das maneiras de não desistirmos de nosso propósito como cidadão da nova pátria celestial.

Jesus preparou no céu um novo lar para nós, Em João 14:2,3, o Mestre declarou aos discípulos: 
"Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vô-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também."
Em Apocalipse 21:1-3, João teve a visão desse lugar e escreveu: 
"E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. 
E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido. 
E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: 'Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus'".
Ao ler essa passagem, eu fico pensando no êxtase espiritual do apóstolo João, ao ter essa visão. Para quem já nasceu de novo será prazeroso pensar nas coisas do alto, e não nos prazeres da injustiça que entristece a Deus.

Atitudes para vivermos como se cada dia fosse o nosso último dia


Uma das lições mais importante que devemos aprender, é viver a cada dia como se fosse o nosso ultimo dia de vida.

Se soubéssemos que amanha seria o nosso ultimo dia de vida, como seria o nosso ultimo culto? Último dia de trabalho? Último dia com a família? Último dia como cristão aqui na terra?...

No texto de 2 Reis, Deus disse ao Rei Ezequias: 
"...põe a tua casa em ordem, porque morrerás e não viverás..."
Mas devido às orações e lágrimas do Rei Ezequias, Deus o curou e acrescentou 15 anos de vida a ele (2 Rs 20:1-6Isaías 38:1-5).

Bem diferente de Ezequias, não sabemos qual o nosso ultimo ano, ou último dia de vida, por isso precisamos aprender a viver cada dia como se fosse o último. 

Sem dúvida esta é a melhor maneira de aproveitarmos a vida, e vivermos melhor. 

Vejamos 3 atitudes que devemos tomar, para vivermos assim na Terra como se estivéssemos no céu.

1ª Atitude – Temos que esquecer as feridas do passado – Filipenses 3:13,14


É impossível alguém viver bem, sem se desprender das perdas e traumas do passado.

Não podemos ficar preso no passado remoendo traumas e perdas que marcaram negativamente a nossa vida.

O Apóstolo Paulo, foi um perseguidor da Igreja, e consentia nas mortes dos cristãos, porém, depois que Paulo recebeu Jesus, ele disse que se esqueceu das coisas que para trás ficaram, e avançava para as que estavam diante dele.

Como cristão também temos que ter a mesma atitude de Paulo (2 Coríntios 5:17).

2ª Atitude – Valorize cada momento com sua família – Eclesiastes 9:9


O tempo passa muito rápido, lamentavelmente muitas pessoas passam a vida toda correndo de um lado para o outro, e esquecem de desfrutar aquilo que Deus nos deixou de mais precioso nesta vida; a família.

Muitos tem trocado momentos preciosos com a família, por trabalho, dinheiro, "amizades", etc...

Não sabemos quanto tempo teremos para desfrutar ao lado de nossa família, por isso não podemos trocar a família pelos cuidados e riquezas deste mundo. 

3ª Atitude – Esteja sempre preparado para se encontrar com Deus – Amós 4:12, Tiago 4:14 


Diferente do que pensam algumas religiões, a Bíblia nos ensina que só temos uma vida para determinar onde passaremos a eternidade (Hebreus 9:27).

Não teremos uma segunda vida para escolhermos entre o céu e o inferno. Pode parecer chocante, mas precisamos estar conscientes disto.

Muitos só se preocupam com o aqui e agora, como se essa vida passageira fosse tudo, mas não é. Precisamos viver a cada dia preparado para se encontrar com Deus.

QUATRO COISAS QUE DEVEMOS GUARDAR


Agora, quando falamos sobre a necessidade de guardar valores espirituais, muitas vezes não damos a mesma importância que damos para as coisas matérias.

A Bíblia fala de muitas coisas que devemos guardar, neste estudo estaremos sintetizando quatro coisas essenciais que segundo a Palavra de Deus nós devemos guardar.

1) A Palavra de Deus – Salmo 119:11


Com certeza, a Palavra de Deus é a mais substancial e significativa dádiva que devemos não só adquirir como preservá-la guardando-a no nosso coração.

Esconder a Palavra de Deus em nosso coração é um meio de evitar o pecado, também devemos colocar a Palavra de Deus em prática em nossa vida, fazendo dela um guia vital para tudo o que fazemos (Tg 1:22,25).

2) O Coração – Provérbios 4:23, Marcos 7:21-23


Nosso coração é a sede de nossos sentimentos e desejos, ele dita como viveremos. 

Salomão disse que acima de tudo, devemos guardar nosso coração, tendo certeza de que se nossos desejos estiverem de acordo com os propósitos de Deus, permaneceremos no caminho certo.

3) A Língua – Pv 21:23, Tg 1:26


Em Pv 18:21, está escrito que:
"...a morte e a vida estão no poder da língua..."
O que sai de nossa boca será usado pelo Espírito de Deus ou pelo inimigo de nossa alma.

Quando usamos a língua como um canal de benção é como se ela fosse um manancial de águas cristalinas, porém quando a usamos para murmurar, amaldiçoar ou fazermos comentários pecaminosos dos outros, a nossa boca fica como uma rede de esgotos, por onde só passa aquilo que deve ser lançado fora. 

4) Os Olhos – Mt 6:22, 23


Os olhos são o principal meio de entrada das informações que recebemos de tudo o que nos cerca.

É uma grande porta para que os desejos cheguem ao nosso coração. Por isso devemos vigiar o que olhamos e como olhamos.

O texto lido diz que se nossos olhos forem bons, todo o nosso corpo estará na luz, mas se forem maus, todo nosso corpo estará em trevas. 

Você tem guardado a Palavra de Deus? Tem guardado seu coração, tem guardado sua língua e seus olhos do mal?

Que possamos, a cada manhã, pedir a Deus, que Ele nos ajude a conservar nosso coração, língua e olhos, irrepreensíveis, e também que possamos guardar Sua Palavra em nossos corações para não pecar contra Ele.

Conclusão


Neste artigo aprendemos juntos que para viver o melhor de Deus precisamos viver a cada dia como se fosse o nosso ultimo dia de nossas vidas.

Precisamos esquecer das feridas e perdas do passado, aprender a valorizar cada momento com nossa família e estar sempre preparado para se encontrar com nosso Deus!

Que o nosso alvo maior seja a nova pátria que Deus nos preparou e que a nossa alma tanto anela. Viver na terra e pensando no céu, é manter o alvo maior, que é Jesus.

É como declarou o escritor da carta ao Hebreus no capítulo 12 e o versículo 2:
"Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus."
Devemos pensar mais no céu do que na terra, porque o homem é mais espiritual do que material.

Nossos anos de vida nesse mundo é muito pequeno em relação a eternidade que um dia teremos que enfrentar, com ou sem Deus.

Se pararmos para pensar mais no céu, entenderíamos que todas as dificuldades que aqui nesse mundo enfrentamos não se pode comparar com o que Deus preparou para cada um de nós. Paulo destacou isso em Romanos 8:18: 
"Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada."
Devemos olhar e pensar mais no céu, porque de lá vem tudo o que é perfeito. 

Tiago 1:17: 
"Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação".
Devemos pensar mais no céu, por que lá está o trono de Deus. Onde está a nossa riqueza e sem o risco de perde-la. Jesus disse em Mateus 6:19-21: 
"Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; 
Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. 
Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração."
Amém?


Ao Deus Todo-Poderoso e Perfeito Criador, toda glória.
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E nem 1% religioso.

quinta-feira, 27 de novembro de 2025

📖BÍBLIA ABERTA📖 — O PASTOR NÃO É O UNGIDO DO SENHOR!

Há alguns anos (Muitos anos!), enquanto ainda estava no exercício do meu chamado pastoral, fui convidado para ser um dos preletores em um congresso de jovens.

Como era um congresso batista, realizado numa época em que a denominação que eu estava representando defendia doutrinas bem definidas e sólidas, um outro colega preletor encontrou forte resistência nos jovens que, ao final da sua ministração, um tanto quanto confusa, sobre a doutrina da predestinação, já no primeiro dia, deixaram-no perdido com perguntas e mostras de reprovação.

Por causa disso, no segundo dia do evento o referido preletor não teve dúvidas. Subiu ao púlpito e, não tendo bases para sustentar seus argumentos, apelou dizendo que os jovens estavam se insurgindo contra o "ungido do Senhor".

Estratégia de intimidação e de dominação religiosa


Quem conhece bem a Bíblia vai lembrar que aquilo que o palestrante bravo disse se baseava na história de Davi, que teve a oportunidade de matar o perverso rei Saul, mas não o fez sob a justificativa de que jamais tocaria naquele homem, posto que ele era o ungido do Senhor (1 Samuel 24:1-13).

Usando esse episódio bíblico, o irritado preletor tentou dar uma espécie de "carteirada gospel" pra tentar fazer valer suas ideias e calar a oposição. Infelizmente — para ele — a jogada não funcionou e os jovens corretamente continuaram a censurar todos os desvios que o tal  "ungido" ensinou.

E eu lá, só observando (e amando) aquele fuzuê no arraial!
Por mais jovens assim, que tenham suas bases doutrinárias e espirituais bem fundamentadas não nos modismos do maistream gospel, mas na Palavra de Deus!

Unção fake


De lá para cá parece que muitos pastores fracos e inseguros passaram a seguir as técnicas do nosso amiguinho.

Usando também a história de Davi e Saul, esses pastores se dizem ungidos do Senhor e arrogam para si uma posição especial no meio do povo de Deus, posição essa que, segundo imaginam, os coloca acima da possibilidade de serem questionados ou mesmo corrigidos quando erram.
E o pior é que — diga-se de passagem — geralmente, quem dá essa espécie de carteirada é o tipo de pastor que mais erra... E erra feio... Em muitas áreas!
Isso é uma grande bobagem inventada por esses pastores mercenários para não perderem seus seguidores (e a renda).

O versículo descontextualizado geralmente usado é Salmo 105:15:
"Não toqueis os meus ungidos, e não maltrateis os meus profetas".
Valendo-se deste versículo isolado homens corruptos podem gozar de um tipo de "imunidade parlamentar" nos meios religiosos, deixando de ser julgados e condenados por seus atos.

Entretanto, o alerta aqui não era dirigido aos do povo de Deus, mas aos tiranos que queriam explorá-los, como Faraó fazia.

Oportunismo e manipulação religiosa


Não vai demorar e a legislação terá de incluir o "bullying espiritual" como crime sem fiança.

O assédio e exploração feitos por líderes religiosos têm destruído famílias e levado pessoas ao desespero.

Os psiquiatras que o digam. A manipulação religiosa é uma forma de lavagem cerebral que deixa sequelas terríveis, e muitos incrédulos acabam confundindo isso com o puro cristianismo encontrado na Palavra de Deus.

É triste ver quantos têm sido vítimas desses lobos vestidos de cordeiro.

Entendendo o contexto

O que realmente diz a Bíblia


Vamos colocar os pingos nos "is". Em primeiro lugar, a expressão "ungido do Senhor" era aplicada no Antigo Testamento para se referir aos profetas, aos sacerdotes e aos reis, ou seja, aos homens de destaque em Israel, responsáveis por sua direção política e espiritual.

Leia o capítulo 16 inteiro de 1 Crônicas que é dirigido, obviamente, a Israel e não à igreja, e também tem um caráter profético, mostrando como Deus irá libertar o seu remanescente de judeus fiéis durante a tribulação.
No Novo Testamento, porém, os ungidos do Senhor não são somente os líderes do povo santo.
Antes, segundo o ensino de João, todos os crentes têm a unção do alto (1 João 2:20,27), desfrutando juntos da bela posição de reis e sacerdotes (1 Pedro 2:9).
Isso significa que, para desespero dos líderes covardes que usam a expressão "ungido do Senhor" como um escudo de imunidade para fazer e dizer tolices sem aceitar reprovação, o fato é que, na igreja de Deus, pastores e ovelhas, em termos de unção, estão no mesmo nível.
Em segundo lugar, é preciso destacar que, mesmo no Antigo Testamento, os ungidos do Senhor, ainda que desfrutassem de um respeito especial, como demonstra a citada história de Davi e Saul, isso jamais significou que aqueles homens estavam acima de avaliação, correção e castigo.

Na verdade, na mesma passagem em que Davi se recusa a tocar no ungido do Senhor, ele repreende Saul por suas injustiças (1 Sm 24:9-15).

E isso ocorreu com outros ungidos de verdade (sacerdotes, reis e profetas), mostrando que, se de um lado não se podia tocar neles, de outro era perfeitamente correto adverti-los, corrigi-los e exortá-los.
Ora, se os ungidos verdadeiros não estavam acima de censura e disciplina quando erravam, que dizer dos ungidos piratas de hoje, que criam uma blindagem imaginária em torno de si, tomando falsamente esse título com o único propósito de fazer o mal sem aceitar correção?
Enfim, a grande verdade que se quer destacar aqui é que os pastores e líderes evangélicos de hoje não têm o direito de abusar de sua autoridade, não têm o direito de ser injustos com as pessoas, não têm o direito de ensinar meras opiniões pessoais, não têm o direito de praticar o mal e não têm o direito de forçar sua vontade individual sobre os outros, tudo sob a afirmação de que são os ungidos do Senhor.

Em vez disso, esses homens devem estimular o povo de Deus a ouvir todos os sermões e aulas que pronunciam com postura crítica (1 Coríntios  14:29) e avaliar a vida dos líderes eclesiásticos sob o crivo da Palavra de Deus (1 Timóteo 3:1-7), sabendo que o Senhor muitas vezes usa os respeitosos e amorosos alertas da igreja para colocar os seus pastores nos trilhos certos.

E tenho dito!

Quero terminar com uma ressalva. Tudo o que foi dito aqui não significa que os pastores estão no mesmo nível dos membros da igreja em termos de liderança, nem que eles devem ser tratados sem qualquer respeito especial.

Que ninguém venha usar este texto como um pretexto para dar vazão à atitudes de rebeldia ou justificativa para desobediência e desrespeito com suas lideranças pastorais.
Os pastores bíblicos são líderes de verdade que o Senhor colocou sobre o seu povo para equipá-los para o serviço santo e protegê-los da mentira (Atos 20:28; Efésios 4:11-15).

Eles merecem respeito por causa do trabalho que realizam e porque velam por nossas almas como quem deve prestar contas (1 Tessalonicenses 5:12,13; Hebreus 13:17).

Tudo isso os coloca numa função diferenciada que deve ser levada em conta.

Porém, o que não se deve admitir é a ideia de que os pastores desfrutam de um status espiritual que os torna intocáveis, situando-os acima de qualquer correção e obrigando o povo de Deus a aceitar seus desvios e falhas sem dizer nada (Gálatas 2:11; 1 Tm 5:19,20; 3 Jo 9,10).

Essa ideia ilusória jamais recebeu respaldo bíblico e todos os crentes, tendo a unção que vem do Santo, devem rejeitá-la com todo vigor a fim de escapar de homens maus que aterrorizam o rebanho com ameaças vazias.

Conclusão

"Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos, por onde conhecemos que é já a última hora. 
Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós. 
E vós tendes a unção do Santo, e sabeis tudo. Não vos escrevi porque não soubésseis a verdade, mas porque a sabeis, e porque nenhuma mentira vem da verdade. 
Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? É o anticristo esse mesmo que nega o Pai e o Filho. Qualquer que nega o Filho, também não tem o Pai; mas aquele que confessa o Filho, tem também o Pai. 
Portanto, o que desde o princípio ouvistes permaneça em vós. Se em vós permanecer o que desde o princípio ouvistes, também permanecereis no Filho e no Pai. 
E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna. Estas coisas vos escrevi acerca dos que vos enganam. 
E a unção que vós recebestes dele, fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim nele permanecereis" (1 Jo 2:18-29).
Percebeu como tudo fica mais claro quando examinamos o contexto e não um versículo isolado?

Se quisermos aplicar as passagens do Antigo Testamento como um princípio para nossos dias, eu diria que o alerta cabe aos que se colocam como Faraós do atual povo de Deus tentando explorá-los a todo custo.

Ou seja, o aviso "não toqueis no meu ungido (no caso, não a uma pessoa específica, mas ao povo)" é dirigido diretamente a esses pregadores corruptos que exploram as ovelhas do rebanho do Senhor.

O verbo "ungir" significa aplicar azeite em alguém, e era assim que as pessoas no Antigo Testamento eram escolhidas para alguma função especial, como reis, os sacerdotes etc.

As coisas que foram escritas no Antigo Testamento são tipos e sombras das coisas atuais e também das que estão no céu. 

Hoje todo verdadeiro crente em Jesus tem a unção, ou seja, recebe em si o azeite do Espírito (na Palavra de Deus o azeite simboliza o Espírito Santo) quando é selado após crer em Jesus.

Deus aparelhou cada crente com essa unção para que ele saiba discernir o que vem de Deus e o que vem do diabo, o pai da mentira. 

Quando algum desses pregadores promete algo que não é capaz de entregar, está mentindo e fazendo a obra de satanás.

Não é de admirar que isso aconteça hoje na cristandade, não por pessoas declaradamente inimigas, como era o faraó, mas por aqueles que se dizem "pastores" do povo. Aconteceu exatamente o mesmo em Israel durante sua decadência.

Portanto não caia nessa conversa de "não toqueis os meus ungidos" como ameaça contra os que criticam os líderes corruptos, porque a advertência é justamente dirigida aos líderes corruptos que querem extrair o máximo do povo de Deus, como fazia o faraó. 

Ao Deus Todo-Poderoso e Perfeito Criador, toda glória.
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