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domingo, 3 de novembro de 2024

QUAL O SIGNIFICADO DA ETERNIDADE PARA O CRISTÃO?

“Ele fez tudo apropriado a seu tempo. Também pôs no coração do homem o anseio pela eternidade...” (Eclesiastes 3:11).
Ontem, 02 de novembro de 2024, a vertente católica do cristianismo, "celebrou" mais um Dia de Finados. O dia 2 de novembro é conhecido em diversos lugares do mundo como o Dia de Finados, em que familiares e amigos rememoram e homenageiam os entes queridos falecidos. Mas você sabe quem criou o dia dos finados?

A origem do dia dos finados é bastante antiga e remete à época da idade média. Mesmo tendo sido criada há muitos séculos, essa data continua tendo uma grande importância em vários países, incluindo o Brasil.

Sendo assim, vale a pena saber quem criou o dia dos finados e como essa data é lembrada em diferentes nações —
é fato que a maioria só seguem a data por tradição de antepassados, mas sem conhecer ao certo a origem dela.

Qual a origem do Dia dos Finados


Feriado nacional aqui no Brasil, o dia dos finados, também conhecido como dia dos mortos, é uma data em que as pessoas costumam se lembrar de entes queridos que já se foram e prestar homenagens a elas com visitas aos cemitérios onde foram sepultadas e limpando os túmulos ou jazigos e levando algumas coroas de flores para adornar as lápides desses falecidos.

Alguns católicos também costumam intensificar as preces pela alma daqueles que já se foram nessa data e, em alguns casos, participam de missas em homenagem aos mortos.

A história e a origem do dia dos finados


O Dia dos Finados foi instituído pela Igreja Católica na França no século X. Segundo as histórias, era tradição que, nesta data, os monges orassem pelos mortos — sobretudo pelos falecidos que eram esquecidos por seus familiares — por ordem do abade Odilo de Cluny.

Com o passar dos séculos, criou-se então uma data especialmente destinada às orações para os mortos: o dia 2 de novembro. No entanto, reza-se pelos finados ao menos desde o Império Romano, quando os mártires eram homenageados nas catacumbas em que eram sepultados.
Apesar dessa data ter sido instituída no século X, ela só foi oficializada pela igreja católica no ano de 1915 pelo Papa Bento XV. Desde então, todos os anos, o Papa reza uma missa em homenagem aos mortos.
A escolha do dia 2 de novembro como Dia dos Mortos foi realizada por suceder o Dia de Todos os Santos, celebrado no dia 1º de novembro.

Como o dia dos finados é comemorado em diferentes países?


Outras religiões e culturas também homenageiam seus entes falecidos neste mesmo período com os mais variados rituais. Sendo assim, confira a seguir como essa data é celebrada em diferentes países.
  • México — O Dia de Los Muertos, como é conhecido o Dia dos Finados no México, é, na verdade, uma celebração que dura três dias, começando no dia 31 de outubro e terminando no dia 2 de novembro. Durante esses dias, as ruas do país recebem uma decoração especial, com velas e caveiras coloridas. 
Além disso, é comum que as pessoas façam altares nas casas para homenagear aqueles que já se foram, colocando, inclusive, alguns dos pratos favoritos do falecido. Alguns mexicanos acreditam que os mortos podem visitar os seus parentes durante a celebração do dia dos finados. Por isso, é comum que a família se reúna para homenagear aqueles que já se foram.
  • Guatemala — Na Guatemala, as pessoas costumam se reunir nos cemitérios para fazer e soltar pipas. As pipas no céu representam as almas daqueles que já se foram. Após empinar as pipas, os guatemaltecos costumam se reunir na casa de um familiar para desfrutar de uma refeição em família e homenagear os parentes que já faleceram.
  • Japão — No Japão, assim como no México, a celebração do Dia de Finados dura três dias. Contudo, no país asiático, essa comemoração é chamada de Festival Obon e ocorre entre os dias 13 a 15 de julho ou entre 13 a 15 de agosto, de acordo com a região do país. 
Durante o Festival Obon, as pessoas visitam os túmulos dos seus familiares falecidos para orar por eles. Alguns japoneses também fazem altares para aqueles que já se foram e oferecem alguns pratos à base de algas e arroz, pois eles acreditam que os mortos voltam nessa data para visitar seus parentes.
  • Espanha — Na Espanha, o Dia de Finados também é marcado por festividades alegres. Nesse país, essa data é comemorada no dia 1º de novembro, o dia de todos os Santos. Nesse dia, os espanhóis se reúnem para visitar os cemitérios e levam flores e outros objetos de presente para os entes queridos que já se foram. Após visitar os túmulos, os espanhóis se reúnem para desfrutarem de uma refeição especial, na qual é servida uma sobremesa chamada “Huesa dos Santos”.
Mas e para os cristãos da vertente protestante, o Dia de Finados tem algum significado ou faz algum sentido? Não, absolutamente nenhum!

Vivendo a eternidade hoje


É no chão da vida e no quotidiano que percebemos, na nossa vida frágil e efêmera, sinais concretos da eternidade, este outro tempo atemporal que desconhecemos.

Jesus nos ensina que quem guardar a sua Palavra nunca verá a morte (João 8:51-59). Ele não se refere à morte física, mas a morte como um poder irreversível e inevitável que nos conduz ao nada, ao vazio, ao aniquilamento completo da vida.
A vida eterna na perspectiva cristã não evita a morte física, mas não fica presa nem refém dela, pois depois da morte vem à ressurreição. A obra que o Filho de Deus realizou em nosso favor inclui a vitória sobre o pecado e a morte.
Guardar a Palavra não significa simplesmente crer numa reta doutrina, se bem que isto também seja importante. Vai mais longe, é guardar a Palavra no coração, e pratica-la no quotidiano. 

O apóstolo recomenda que sejamos praticantes da Palavra e não somente ouvintes. Trata-se de uma fé relacional, afetiva, encarnada e racional (ou seja, inteligente), isto é uma Palavra testada na vida, que se torna gesto e atitude no quotidiano.

A Palavra deixa de ser um conceito ou uma informação verdadeira para ser explicada, argumentada, discursada, defendida e discutida para se tornar Palavra vivida, demonstrada através de uma vida que se assemelha à vida de Cristo, o homem como todo homem deveria ser. Palavra que acontece no chão da vida, que deixa de ser discurso correto e articulado para ser Palavra vivida nos embates e nas alegrias da vida humana.

Amar, amar... e depois de tudo: amar ainda mais!


O homem perguntou, uma vez, a Jesus Cristo: O que farei para herdar avida eterna. Ele responde com outra pergunta: Conheces os mandamentos? Sim, respondeu o homem, Amarás o teu Deus, o teu próximo como a ti mesmo. E Jesus arrematou: Sim, é isto mesmo: vai e faz isto, deixando implícito que a vida eterna é a prática do mandamento maior. 

O resumo de toda a Palavra, é amar, é se relacionar, é se vincular com laços de afeto e de intimidade com Deus, consigo mesmo e com o próximo. É amando que somos visitados pelo eterno. A vida eterna já começou para aqueles que amam.
Amamos, no entanto, de uma forma precária. Como ponto de partida somos todos analfabetos afetivos. Preferimos nos refugiar nas minucias da lei do que empreender o árduo aprendizado de amar quem não merece, perdoar quem nos fere, amar até o fim sem desistir. 
Na realidade não podemos dizer que amamos como Ele nos amou, amamos de forma imperfeita, mas prosseguimos tateando rumo à eternidade, na busca de sermos de tal forma acolhidos no seio da Trindade que nos tornemos um com ela. 

E, transbordantes deste amor, amemos uns aos outros, vivendo para servir o próximo. O amor que nos amamos nosso semelhante é sempre uma pálida resposta ao grande amor com que Deus nos amou. 

Se amamos é porque Ele nos amou primeiro. Um amor incondicional, imerecido, irretribuível, infinito e imutável. Percebemo-nos amados quando reconhecemos a maldade e o pecado no nosso coração e nos colocamos aos pés da cruz. Ali então vivenciamos este amor. 

Quem nunca chorou de arrependimento aos pés da cruz tampouco conhece a alegria indizível e cheia de glória que invade o nosso coração, quando somos acolhidos pelo amor e pelo perdão de Deus, e não somente por isto, mas também por contemplar a cruz vazia, sinal concreto da vitória do Senhor sobre a morte e o pecado.
Amar não é categoria teológica para ser debatida por eruditos na academia. É oferta e convite de Deus a todos os homens, para se tornar experiência do coração e prática relacional e afetiva expressa no gesto simples do quotidiano, permeado de gentileza, doçura, bondade e ternura. Amar gratuitamente, sem cobrar, sem exigir, sem barganhar.
Não podemos amar a Deus concretamente, pois não O vemos. É quando amamos uns ao outros que o amor de Deus permanece em nós, nos ensina o apostolo João. E amar não é só declaração, intenção ou sentimento, amar é se relacionar,é servir, é ajudar, acontece nos vínculos humanos, pois se alguém disser que ama a Deus, mas não tem amigos é mentiroso conclui o discípulo amado. 

Só podemos amar a Deus através do nosso próximo, quando nos relacionamos com bondade, empatia, altruísmo, desejando e fazendo o bem especialmente a aqueles que não têm como retribuir: os pobres, os destituídos, os órfãos, as viúvas, os enfermos. Ao fazer isto nos conectamos com o Deus eterno, Pai de Jesus Cristo,a fonte e a origem de todo amor no Universo.

Quando tangenciamos o amor, o eterno invade nossa frágil e efêmera existência. E suspiramos aliviados, nos sentimos amados e prontos para amar, e isto basta,a eternidade já começou, já não morreremos mais, o amor é mais forte do que os poderes destrutivos da morte.

Somos todos aprendizes, nos entregamos ao grande amor com que o Pai nos amou através do Filho e cheios do Espírito Santo. A vida se torna uma escola para amar. Somos todos peregrinos, no caminho com Cristo até Cristo, fazendo esta jornada que vai do homem caído e rebelde em direção a nos assemelhar a ele. Uma jornada da terra ao céu, uma jornada do efêmero à eternidade, uma jornada do egoísmo e do individualismo ao amor desinteressado e aos vínculos e afetos.

E Paulo nos adverte em 1 Coríntios 13 que este aprendizado e esta peregrinação não é baseada em conhecimento ou desempenho religioso, mas sim em ser amado e amar.
A eternidade já começou para estes aprendizes e peregrinos.

Conclusão


O homem foi criado para a vida eterna. Aqueles que investem apenas nesta vida são loucos. Aqueles que buscam o sentido da vida nas aventuras da embriaguez, ou na instabilidade das riquezas, ou nas aventuras do sexo ou mesmo no glamour do sucesso descobrem que todas essas conquistas não passam de vaidade. 

Quando você compreender plenamente que na vida há muito mais que apenas o aqui e agora e perceber que a vida é apenas uma preparação para a eternidade, começará a viver de forma diferente — passará a viver à luz da eternidade e a lidar com cada relacionamento, tarefa ou circunstância de uma perspectiva nova. 

Subitamente, muitas atividades e até mesmo problemas que pareciam importantes vão se tornar banais, insignificantes indignos de sua atenção. Quanto mais próximo você viver de Deus, mais as outras coisas vão lhe parecer insignificantes. À luz da eternidade, os valores mudam.

A Bíblia diz no Salmo 33:11:
“O que o Senhor planeja dura para sempre, as suas decisões permanecem eternamente”.
Então, acredito que Deus tem um propósito para nossa vida na Terra, mas que não termina aqui apenas com algumas décadas vividas. Não termina simplesmente com a morte. Na verdade, a morte é tão somente a transição para a eternidade. 

Devemos encarar nossa vida aqui como um teste, como um cargo de confiança. Estamos semeando sementes que vão crescer e amadurecer. Há consequências eternas resultantes de todas as nossas palavras, ações e pensamentos. Nossos pensamentos são contados, nossas palavras pesadas, nossas obras julgadas. Aquilo que o homem semear isso ele ceifará. O que nós vivemos nesta vida, vamos colher depois da morte por toda a eternidade.

Diante disso, devemos considerar duas verdades muito importantes: A verdade de que a futura felicidade daqueles que são salvos é eterna e, a verdade de que a futura miséria dos perdidos também é eterna.

Então queridos, definitivamente estou convicto de que fomos criados para a eternidade, seja ela com Cristo ou sem Ele. O apóstolo João escreveu: 
"Este mundo está desaparecendo juntamente com tudo o que ele almeja. Mas, se você faz a vontade de Deus, viverá para sempre” (1 Jo 2:17).
Se hoje você ouvir a voz de Jesus te chamando, não endureça seu coração. Não adie mais a sua entrega a Cristo. Há um abismo ou um paraíso à sua frente. Para onde você está indo?
[Fonte: Seminário Teológico Servos de Cristo, original por Osmar Ludovico; Laços para Sempre original, por Eduardo Gouveia; Igreja Batista Renascença, original por Erivan Pedro]

Ao Deus Perfeito Criador, toda glória.
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E nem 1% religioso.