terça-feira, 14 de janeiro de 2020

"EFEITO DENOREX": PARECE, MAS NÃO É!


Nos anos 1980, um bordão reinou nos veículos de comunicação e saltou da propaganda para as conversas comuns dos meios sociais, nos bares, no trabalho e no ambiente familiar: 
"Denorex: parece remédio mas não é"! 

Cada vez que havia semelhança – mas não igualdade – entre duas coisas a ponto de confundi-las lá vinha a frase: 
"É Denorex: parece mas não é!"

O "efeito denorex" na era digital


Na época, este bordão caiu no gosto popular  ou, contextualizando, viralizou  por causa do sucesso do slogan usado nas peças publicitárias do medicamento usado para o combate às caspas: 
"Denorex, até parece remédio, mas não é"
dizia o narrador ao final dos comerciais. 

Pois bem, estamos no início de 2020. Como este é um ano bissexto, teremos, se contado a partir de hoje, 14 de janeiro, 352 dias para fazer deste ano um período melhor e mais produtivo do que o ano que passou. 

É também uma oportunidade de atentar para o tipo de informação que vamos consumir ao longo dos próximos meses. Muitas delas são notícias falsas, publicadas e disseminadas na internet como se fossem verdadeiras. É claro que não podemos esquecer que, ao longo da história, os boatos sempre existiram, mas, com o advento da web, eles adquiriram novos formatos e até um nome: são chamados de fake news.

Como ocorre o "fenômeno" fake news

Cuidado para não se afogar nas ondas de notícias falsas


Elas são divulgadas por meio do Twitter, do Instagram, do Facebook e, principalmente, do WhatsApp, entre outros meios. Chegam facilmente às pessoas que usam essas redes sociais como fonte de informação e elas ainda as compartilham, na maioria das vezes, sem nem sequer checá-las.

As fake news possuem um grande poder viral: elas se espalham rapidamente e seu efeito pode ser devastador. Já houve os registros de vários crimes que foram cometidos contra pessoas inocentes, justamente devido à disseminação de notícias falsas. 

E neste cenário comportamental, "o feitiço pode virar contra o feiticeiro", pois, quem hoje espalha uma notícia falsa, pode ser a vítima de outra amanhã. Apesar das mentiras serem disseminadas velozmente, sempre prevalecerá a verdade mas não sem antes causarem desconfiança em relação às pessoas ou às instituições envolvida.

Como podemos constatar, as notícias falsas não estão restritas a um único alvo. Anônimos, famosos, instituições, ninguém está imune a ser uma potencial vítima de uma fake news

Ainda no ano passado, o Ministério da Saúde se viu obrigado a fazer uma campanha para esclarecer a população que as vacinas disponibilizadas pelo órgão contra doenças como sarampo, gripe e hepatite, por exemplo, eram eficazes, ao contrário do que era falsamente divulgado nas fake news disseminadas na internet. Induzidas por elas, muitos estavam deixando de se vacinar e de imunizar seus filhos contra doenças que poderiam deixar sequelas permanentes ou até matar (escrevi um artigo sobre a importância da vacinação aqui).

Perigo e crime!


Por meio desses episódios, é possível perceber o quanto as fake news podem ser extremamente danosas, o que também vem desencadeando um movimento crescente para combatê-las.

A rede social WhatsApp, que acabou se tornando um grande meio para o compartilhamento de notícias falsas, iniciou, no final de dezembro passado, uma campanha educacional para combatê-las e lembrar aos seus usuários que os rumores nem sempre são fatos, além de oferecer dicas para que as pessoas possam se proteger contra a disseminação delas.

Outra notícia positiva é que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou para este ano uma nova regra contra elas. O TSE incluiu na resolução sobre propaganda eleitoral das eleições de 2020 um dispositivo para tornar mais fácil aos candidatos obterem direito de resposta contra informações inverídicas ou fake news propagadas por campanhas adversárias. 

E, neste que também será um ano eleitoral, esta medida veio à calhar, pois todos sabemos que no cenário político, as notícias falsas encontram um terreno propício para seu florestamento, ainda mais se levarmos em conta que a maioria dos brasileiros não tem a devida cultura política. Este fato associado ao de os mesmos brasileiros, de acordo com várias pesquisas já realizadas, não gostarem de ler e quando leem algum conteúdo informativo, também não têm o hábito de checar a fonte. 

Assim, mesmo com esses esforços, o combate às fake news não é fácil, pois a mecânica de produção e veiculação, na maioria dos casos, esconde, muitas vezes, a identidade dos criminosos. 

Para o internauta, o importante é conseguir identificar se uma notícia é sensacionalista ou falsa e não compartilhar conteúdo duvidoso. Aliás, é bom que se registre que quem compartilha notícia falsa que com conteúdo que venha a desencadear delito ou prática criminosa, também está cometendo crime. Buscar a informação em outras fontes, indispensavelmente confiáveis, é uma boa ferramenta para saber se uma notícia é verdadeira ou não.

Conclusão


Hoje, mais do que nunca, já que estamos em um ano de eleição e os brasileiros irão às urnas no mês de outubro para eleger mais de 5 mil prefeitos e cerca de 70 mil vereadores (escrevi um artigo sobre este tema aqui), é necessário desconfiar de toda informação que chega por meio das redes sociais e se manter bem informado para fazer a melhor escolha e não ser enganado. Mas, excetuando-se a especificidade da questão política, esta é uma premissa indicada para todo tipo de informação que recebemos, seja de qual meio for. Fiquem sempre atentos.
A Deus, toda glória.
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