sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

FREUD E OS SUPER-HERÓIS — 3) O HOMEM DE FERRO

"Eu sou o homem de ferro" (Homem de Ferro, 2008). 
Não é preciso ser um cinéfilo de filmes de super-heróis para identificar o autor dessa frase tão icônica: Tony Stark. O personagem é um gênio, inventor, bilionário, também conhecido como o Homem de Ferro. 

Perfil psicológico


O Homem de Ferro é um dos super-heróis mais queridos do Universo Cinematográfico Marvel. No cinema, o personagem foi interpretado pelo ator Robert Downey Jr.

O personagem possui uma trajetória complexa, em que precisa lidar com os próprios defeitos e traumas do passado, os quais, às vezes, afetam a família, os amigos e colegas de trabalho dele.

Contudo, Tony Stark demonstra ter um impulso nato por atos heróicos — não podemos deixar de citar que ele salva o universo ao usar as pedras do infinito para derrotar Thanos de uma vez por todas, mesmo sabendo que isso iria custar a vida dele.

A peculiaridade desse personagem é que sua onipotência se transforma como uma luva contra os problemas do coração que Stark está enfrentando. Este empresário cortês, rico, bonito e inteligente é forçado a usar constantemente esse marcapasso complicado para se manter vivo.

O pano de fundo para iniciar as discussões sobre identidade do sujeito é embasada no entendimento de que compreender a identidade do sujeito significa compreender a relação indivíduo-sociedade existente. 

Essa identidade humana seria a construção, reconstrução e desconstrução constantes, no dia a dia do convívio social, na multiplicidade das experiências vividas.

Neste sentido, a identidade passa a ser concebida como uma busca pela emancipação, que neste caso será alcançada ou não, ou melhor dizendo, atualmente uma emancipação total do sujeito na sociedade é algo impossível, o que se pode ser observado no sujeito são os chamados fragmentos emancipatórios. 

Partindo da concepção de identidade como metamorfose, e acrescentando a ideia de mesmice e mesmidade, Ciampa apresenta o sintagma Identidade-Metamorfose-Emancipação, que aborda a identidade do sujeito como um processo contínuo de metamorfoses orientadas para a emancipação, para a busca de projetos de vida que o levem a uma condição de autonomia frente ao sistema.

Origem do personagem

A Guerra do Vietnã estava em pleno curso quando Stan Lee (✰1922/✞2018) e Jack Kirby (✰1917/✞1994) criaram o Homem de Ferro. Anthony (Tony) Edward Stark, o protagonista desta história em quadrinho, é o herdeiro da empresa de armas, Indústrias Stark (Stark Industries), fundada por seu pai Howard Anthony Stark. 

O personagem faz sua primeira aparição na 39ª edição da revista Tales of Suspense, em 1963 (Lee; Kirby, 1963a). Já nos filmes, Tony Stark tem sua estreia no filme "Homem de Ferro" (2008). 
Ao contrário da maioria dos super-heróis, Tony Stark não tem poderes sobrenaturais.
Além de seu gênio criativo, ele é um humano comum. É a tecnologia de sua armadura que o torna avassalador. Mas também compensa a insuficiência cardíaca de Tony.

O podemos aprender com o Homem de Ferro

    • Faça algo para corrigir os próprios erros — Stark comete diversos erros, mas busca consertá-los, seja quando criou a inteligência artificial Ultron ou quando hesitou em ajudar Hulk a voltar no tempo para recuperar as joias do infinito. 
    • Se tornar o mentor de alguém é um bom jeito de usar seu o tempo — Conforme lida com os próprios defeitos, Stark decide se aproximar de Peter Parker e se tornar uma espécie de mentor para o jovem super-herói. O personagem percebe a importância de passar adiante o conhecimento dele e oferecer novas oportunidades para a nova geração. 
    • É perigoso colocar a saúde mental de lado — Nem sempre o Homem de Ferro nos ensina algo valioso por meio de uma boa experiência ou um ato de altruísmo. O personagem enfrenta problemas de saúde mental nos filmes do MCU, mas evita buscar ajuda, o que prejudica as pessoas ao redor dele. 
    • Heróis também podem ter defeitos — Sem dúvida, a maior lição do Homem de Ferro, desmistificando o que está implícito no imaginário dos fãs, é que heróis também podem ter defeitos ou ter cometido erros no passado.

Conclusão

Verificou-se que o nascimento da personagem Homem de Ferro no filme "Homem de Ferro" (2008) em si se constituiu como uma metamorfose identitária, por ter provocado emancipações das outras personagens de Tony, como também um fator propulsor para o desencadeamento do processo de metamorfoses identitárias subsequentes tanto na personagem Tony Stark quanto na personagem Homem de Ferro ao longo dos quatro filmes. 

No decorrer das histórias, observou-se uma maior prevalência do fenômeno de mesmice em relação ao de mesmidade, uma vez que a personagem Tony Stark e a personagem Homem de Ferro encontram-se amalgamados, ou seja, uma relação simbiótica se desenvolve e que incapacita Tony em distinguir as personagens e de construir novas outras. 

No entanto, ao fim do Homem de Ferro 3 (2013), a retirada do Reator Arc por Tony acaba expressando um fragmento emancipatório, na medida em que ele se identifica (e é identificado) como o Homem de Ferro, não dispondo mais de um artifício que o identifique com tal personagem, pois esta já se encontra consolidada.
    • Continua no próximo capítulo.
[Fonte: Unicesumar original por Marian Monteiro Nagi e Leonardo Pestillo de Oliveira; Rolling Stone, original via redação]

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E nem 1% religioso.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

DIRETO AO PONTO — FALANDO UM POUCO SOBRE O NARCISISMO


Em uma passagem reveladora, Deleuze (✰1925/✞1995) — filósofo francês —escreve: 
"Quando um médico dá o seu nome a uma doença, trata-se de um ato ao mesmo tempo linguístico e semiológico dos mais importantes, na medida em que se liga um nome próprio a um conjunto de signos, ou faz com que um nome próprio conote signos" (1967/2009, p. 18; grifo do autor).
Ao emprestar seu nome para a doença — os exemplos são inúmeros: mal de Parkinson (de James Parkinson [✰1755/✞1834], neurologista), síndrome de Down (de John Langdon Down [✰1828/✞1896], médico) mal de Alzheimer (de Alois Alzheimer [✰1864/✞1915], neuropsiquiatra, etc. —, o médico faz com que o seu nome próprio passe a conotar um conjunto de signos.

Certamente, como aponta Deleuze,
"o médico não inventou a doença. Mas separou sintomas até então associados, agrupou outros antes dissociados, ou seja, constituiu um quadro clínico profundamente original" (p. 17).
Dessa forma o mesmo nome passa a ter uma dupla referência: ao médico e ao conjunto de signos que caracterizam a doença. 

E com o passar do tempo a referência ao médico vai desaparecendo e seu nome passa a conotar apenas uma sintomatologia específica. É, em suma, um ato de nomeação.

A literatura, não raras vezes, contribuiu para esse tipo de nomeação. Quando, por exemplo, Richard von Krafft-Ebing (✰1840/✞1902) nomeia, pela primeira vez, certos quadros clínicos como casos de sadismo ou masoquismo, fazendo assim referência a nomes de autores (Marquês de Sade [✰1740/✞1814]e Leopold von Sacher Masoch  [✰1836/✞1895), desse modo, ele dá o mérito ao escritor pela revelação de uma entidade clínica.

Trata-se nesse caso de uma nomeação com uma singular temporalidade, pois o escritor não cria a entidade, é apenas posteriormente que o psiquiatra — olhando ao mesmo tempo para a obra literária e para o caso clínico — dá nome ao quadro; e tudo se passa como se o psiquiatra percebesse a antecipação do escritor. 

É, nesse sentido, uma forma de reconhecimento de que a arte evidencia o sofrimento bem antes que a clínica. As consequências, contudo, são as mesmas: cria-se um nome (sadismo ou masoquismo) que passa a designar um quadro clínico.

A origem do termo narcisismo


Com o narcisismo não foi diferente. Seu surgimento coincide com o momento inicial da psiquiatria; e sob o termo narcisismo — proveniente de uma referência ao mito de Narciso, cuja versão mais conhecida é a de Ovídio em Metamorfoses — foram agrupados uma série de signos, modos de conduta, comportamentos sexuais, que visavam definir e caracterizar um quadro clínico específico.

O termo narcisismo surge no final do século XIX, e há quase consenso em relação a quem teria cunhado a palavra. A maioria dos autores que buscou a origem da palavra narcisismo (inclua-se aí o próprio Freud [✰1856/✞1939]) atribuiu a dois clínicos — Havelock Ellis (✰1859/✞1939) e Paul Näcke (✰1851/✞1913) — a invenção do termo.

E teria sido Ellis, segundo esses autores, em 1898, no texto "Auto-erotism: a study of the spontaneous manifestation of the sexual impulse [Autoerotismo: um estudo sobre a manifestação espontânea do impulso sexual]", o primeiro a formular a expressão Narcissus-like [tal como Narciso] que por contiguidade daria origem ao narcisismo.

O conceito do Narcisismo


A questão do narcisismo – posição narcísica, neurose narcísica, alguns traços de personalidade narcísica – na psicanálise, vai muito além da referência ao mito de Narciso, que evoca o amor dirigido à própria imagem.

Freud relacionara o conceito de narcisismo às pulsões sexuais e a sexualidade. Enquanto o “eu” da criança, como tal, ainda não se constituiu, o modo de satisfação da libido dar-se-ia pelo “auto-erotismo”, ou seja, o prazer que um órgão retira de si mesmo.

Identificando um(a) narcisista


Pode ser difícil identificar narcisistas porque, às vezes, acreditamos que eles são tão especiais como gostariam que nós acreditássemos. Eles usam muito charme para tentar colocar as pessoas em seu mundo para segui-las, ao pensar que são melhores do que outras pessoas.

Os narcisistas, em geral, se sentem superiores aos outros e podem ser os primeiros que você pensa quando pensa em narcisismo.

Fica sempre aquela sensação de que, de alguma forma, não importa o que você faça, nunca será suficiente, porque ele nunca ficará abaixo na comparação com outra pessoa. Suas conquistas sempre são as melhores e maiores.

A necessidade de se sentir especial muitas vezes atrapalha os relacionamentos próximos para os narcisistas. No narcisismo, a compulsão por manter esse sentimento (de superioridade) é tão forte que os relacionamentos realmente não importam.

O narcisismo, em geral, significa ter uma visão inflada de si mesmo e uma falta de relações mais próximas e emocionalmente calorosas com outras pessoas. 

Porém, um ponto fraco de um narcisista é a sensibilidade à crítica e à rejeição. Eles podem reagir de forma exagerada e defensiva a qualquer feedback negativo.

Conclusão


Conlusão em termos, pois é impossível terminar este assunto tão complexo em tão poucas palavras. 

Mas, wm síntese, pessoas narcisistas podem parecer atraentes no início, contudo, acabam se tornando tóxicas ao longo do tempo e se preocupam muito pouco com os sentimentos dos outros.

Estudos revelam que o narcisismo é problemático para a sociedade, pois pessoas que acreditam que já são boas o suficiente e pensam apenas em si não procuram melhorar.


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terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

PAPO RETO — DEPRESSÃO NÃO É: FRESCURA, BRINCADEIRA E NEM FALTA DE FÉ


Que a pressão da fama e as exigências de uma carreira artística podem impactar a saúde mental dos artistas, não temos dúvida. O excesso de exposição, a vida atribulada por muitas tarefas e compromissos, a negligência com horários e alimentação, entre outros fatores, contribuem para o adoecimento psíquico dessa classe e reforça a necessidade de derrubar tabus e preconceitos, além de desmistificar os cuidados com a saúde mental.

Esse tema ganhou ainda mais evidência nessa semana em que o comediante Whindersson Nunes, 30 anos, precisou se internar em uma clínica psiquiátrica para cuidar de uma depressão e ansiedade que o acompanham há alguns anos.

Recentemente, o Padre Fábio de Melo, com seus 53 anos, compartilhou uma experiência pessoal significativa durante um evento na Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata. O religioso revelou, de forma aberta e emocionada, o desafio de conviver com a depressão, destacando a seriedade dessa condição de saúde mental.

Essas revelações trouxeram à tona a importância de reconhecer e abordar questões de saúde mental, especialmente entre pessoas que, como figuras públicas, muitas vezes sentem a pressão de manter uma imagem de constância e força. Suas palavras destacam o peso e a complexidade do que é viver com depressão.

O que ainda chama a atenção, é o fato de que ambos são relativamente jovens e já com sérios problemas depressivos. Sabemos que a depressão é uma doença que pode atingir pessoas de qualquer idade e segundo os dados, o número de internações de adolescentes por estresse, depressão e ansiedade cresceram 136% nos últimos 10 anos. 

O perigo da fama e da superexposição midiática


No caso de indivíduos envolvidos com a fama, ainda de acordo com os especialistas em doenças mentais, há uma potencialização ainda maior para ocorrência de casos de depressão, isso porque, a exaustão mental, o cansaço físico por sacrificar noites de sono em função de rotinas atribuladas de compromissos e a cobrança por manter a fama, são alguns dos fatores que elevam o esgotamento e reforçam a discussão da necessidade de uma internação psiquiátrica, para aqueles que enfrentam transtornos mentais, pelo fato de que a profissão passou a ser um fardo pesado.

Hoje em dia, para a grande maioria dos indivíduos, ter fama é um sonho a ser alcançado. Porém, são muitos os desafios emocionais e psicológicos de quem trilhar o caminho em busca do sucesso. Essa, muitas vezes, insana e intensa exposição pública, pode potencializar transtornos e sintomas depressivos e ansiosos, por conta da pressão constante, das críticas e cobranças diárias que exigem uma postura que confronta com a vulnerabilidade emocional de quem já possui algum tipo de desequilíbrio essa é uma grave e triste constatação que nos faz voltar o olhar para vários aspectos.

Impacto da Depressão


A depressão é uma condição que pode afetar qualquer pessoa, independentemente de sua posição ou crenças. No caso do Padre Fábio de Melo, ele descreveu momentos difíceis antes de sua apresentação, onde foi dominado por sentimentos de incapacidade e angústia.

Esta experiência não é incomum entre aqueles que enfrentam a depressão. Sentir-se sobrecarregado por uma sensação de tristeza profunda e desesperança são marcas registradas dessa doença.

É crucial entender que a depressão não é um sinal de fraqueza ou falha pessoal. Sua origem muitas vezes é um complexo entrelaçamento de fatores biológicos, psicológicos e sociais. Reconhecer a gravidade e a legitimidade da doença é um passo importante para combatê-la.

É preciso ter autocuidado, com pausas necessárias para descanso e resgate da energia, além de atividades físicas recorrentes, tratamento psicoterápico contínuo, bem como o trabalho psicológico para aprender a lidar com as críticas, os julgamentos e o excesso de cobranças, são medidas fundamentais para encarar a carreira artística como uma atividade laboral saudável e menos tóxica.

O problema do preconceito


O que chama a atenção no caso do comediante Whidersson Nunes é a coragem por buscar uma internação psiquiátrica para enfrentar os impactos dos transtornos mentais, dos quais ele já vem enfrentando há bastante tempo.

O tabu e o preconceito que rondam o tema, ainda são fantasmas que assombram as pessoas que sabem que precisam de um apoio especializado, porém por medo de se expor ou assumir suas fragilidades, rotulando negativamente a carreira, negam e fogem dos serviços psiquiátricos disponíveis em todo o país. Portanto, fato é que, a saúde mental, seja de um artista ou não, deve ser sempre uma prioridade do cuidado.

Como Lidar com a Depressão


Para muitos, como o Padre Fábio de Melo, o apoio da comunidade pode ser um componente vital do processo de recuperação. Durante momentos de crise, estar cercado por amigos, familiares e colegas compreensivos pode oferecer um alicerce de conforto necessário.

Além disso, buscar ajuda profissional continua sendo uma medida eficaz e recomendada para lidar com a depressão. Veja algumas dicas:
    • Psicoterapia — Sessões de terapia com um psicólogo qualificado podem ajudar a entender e gerenciar a depressão. 
    • Tratamento Medicamentoso — Quando prescrito por um psiquiatra, medicamentos antidepressivos podem equilibrar os químicos cerebrais. 
    • Estilo de Vida — Manter um estilo de vida saudável, com exercícios regulares e uma dieta balanceada, pode ajudar a melhorar o bem-estar mental.

Qual é o Papel da Fé na Superação da Depressão?


Para muitas pessoas, incluindo figuras religiosas como o Padre Fábio de Melo, a fé desempenha um papel significativo na busca por forças para enfrentar adversidades.

A fé pode fornecer um senso de propósito e esperança, aspectos muitas vezes abalados pela depressão. Entretanto, é importante lembrar que, independente da religião, a fé deve ser aliada a tratamentos clínicos quando necessário.

Como a fé pode ajudar:
    • Sentido de propósito — A crença em um propósito maior pode oferecer um sentido de direção e significado à vida, mesmo em momentos de sofrimento. 
    • Conexão com algo maior — A fé pode fortalecer o sentimento de pertencer a uma comunidade e de estar conectado a algo superior, diminuindo a sensação de isolamento. 
    • Esperança — A crença em um futuro melhor e a promessa de um conforto além da vida terrena podem oferecer esperança e alívio. 
    • Apoio social — As comunidades religiosas oferecem um sistema de apoio social, onde as pessoas podem compartilhar suas experiências e receber apoio emocional. 
    • Práticas espirituais — Atividades como oração, meditação e participação em rituais religiosos podem promover o bem-estar mental e emocional.
É importante ressaltar que:
    • A fé não substitui o tratamento médico — A depressão é uma doença complexa que requer tratamento profissional, incluindo medicação e psicoterapia. A fé pode ser um complemento valioso, mas não deve ser vista como uma alternativa ao tratamento médico. 
    • A experiência individual varia — A forma como a fé influencia a experiência da depressão varia de pessoa para pessoa. O que funciona para um indivíduo pode não funcionar para outro. 
    • A fé pode ser desafiada — A depressão pode levar a questionamentos sobre a fé e a espiritualidade. É importante permitir-se experimentar esses sentimentos sem julgamento.

Conclusão


Os primeiros sinais de um novo quadro depressivo podem incluir alterações no sono (insônia ou sono excessivo), alterações de humor, como irritabilidade e tristeza permanente, sensação de vazio e angústia, acompanhada de sensação de solidão.

Segundo os especialistas em psicoterapia, a experiência compartilhada por Padre Fábio de Melo não só ilumina sua luta pessoal, mas também oferece um lembrete poderoso sobre a importância do diálogo aberto sobre saúde mental. Seu testemunho destaca a necessidade de apoio coletivo e compreensão, elementos essenciais no caminho para a recuperação.

No caso do Whindersson, muitos são os desafios da profissão e a internação psiquiátrica fortalece a necessidade de conscientização de que, um suporte emocional adequado, uma rede de apoio presente, a terapia contínua e a busca pelo equilíbrio emocional, podem ajudar a desmistificar o tema.

Bem como provocar mais discussões na sociedade, fornecendo evidências concretas de que, independentemente do status social ou profissional, saúde mental é imprescindível para construir a conexão perfeita e saudável entre corpo e mente.

[Fonte: Tudo Rondônia Jornal Eletrônico Independente, original, por Andrea Ladislau é doutora em Psicanalise Contemporânea, Neuropsicóloga. Graduada em Letras - Português/ Inglês, Pós graduada em Psicopedagogia e Inclusão Digital, Administração de Empresas Administração Hospitalar. É palestrante, membro da Academia Fluminense de Letras]

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domingo, 23 de fevereiro de 2025

O AVIVAMENTO EM ASBURY, EUA: DOIS ANOS DEPOIS, O QUE MUDOU? O QUE FICOU?

Atualmente, não é preciso ser uma pessoa religiosa para perceber que o padrão da sociedade parece ser o desarranjo. A corrupção moral é grande, a estrutura familiar é desacreditada, o endividamento é cada vez maior, a confiança nas instituições é cada vez menor e a confusão espiritual é sem-precedentes. 

Milhões estão em busca de um toque do céu. Às vezes, chega o momento em que as pessoas se cansam das orações casuais repetitivas e alcançam aquele nível de desespero que permite que percebam que nada nesse mundo oferece mais significado à existência do que estar na presença de Deus.

Episódios como os chamados avivamentos são registrados, segundo a visão de muitos evangélicos, na história bíblica e do protestantismo, especialmente pós-colonização norte-americana. Tais fenômenos são caracterizados por uma experiência religiosa de grupos de indivíduos, geralmente de modo intenso e dramático.

O fenômeno em Asbury


Já se passassaram dois anos desde que o maior renascimento dos EUA em mais de 50 anos eclodiu em Wilmore, na Universidade de Asbury, Kentucky. 

Embora tenha durado apenas duas semanas e dois dias, o impacto foi sentido em toda parte, não apenas no campus, mas em todo o mundo. 

Entretanto, embora tenha gerado enorme repercussão à época, não apenas nos círculos evangélicos, sendo noticiado pela maioria dos veículos de comunicação, o fato é que hoje muito pouco se fala (para muitos, já foi lançado no limbo do esquecimento) e se sabe sobre quais foram os frutos do acontecimento que ficou conhecido como o Avivamento em Asbury.

Relembre o acontecimento histórico


O culto que começou com jovens da Universidade de Asbury, nos Estados Unidos, impactou o mundo e atraiu pessoas de diversos países. Foram 16 dias de um mover que tem sido reconhecido por muitos como um avivamento para este tempo.

Durante esses 16 dias e noites, estudantes e outros adoraram e experimentaram a presença de Deus. O que começou como uma oração liderada por estudantes em um culto programado para a capela em 8 de fevereiro de 2023, levou a algo extraordinário.

De acordo com informações do portal Guia-me, à época, o pastor brasileiro Joel Engel esteve na Universidade de Asbury, na pequena cidade de Wilmore, Kentucky, enquanto os cultos aconteciam.
“Multidões de várias nações vieram participar. Há uma atmosfera de muita unção e muita graça”,
ele relatou.

Engel registrou imagens de pessoas prostradas a Deus em frente à Universidade, ainda que não houvesse espaço dentro do templo.
“Uma grande multidão se formou do lado de fora e houve uma enorme fila contornando o quarteirão”,
disse o pastor.

Com mais de 300 horas de duração, o evento final do movimento que  foi apontado como de avivamento na Universidade de Asbury foi transmitido diretamente do auditório da escola e replicado com lives transmitidas simultaneamente por todas as plataformas na internet (há vários vídeos disponíveis no YouTube).
Durante a noite, os estudantes compartilharam versículos das escrituras que mudaram suas vidas, adoraram com todas as suas forças e oraram fervorosamente.

Repercussão internacional


De acordo com CBN News, o evento final do movimento de avivamento na Universidade de Asbury foi uma noite de consagração, Palavra, adoração e salvação. 

Os estudantes compartilharam suas lutas e testemunhos de liberdade e esperança em Jesus Cristo. 

Houve um forte desejo de alcançar as nações e a sensação persistente de que Deus ainda não tinha terminado seu agir. 
Os jovens entoaram 
“Jesus! Jesus! Jesus!”
 e cantaram
“Grande és tu Senhor”
 em um momento poderoso de adoração.

Mas e hoje, como está Asbury? Quais foram os frutos deixados por estes dias do que foi quase que uninamente considerado como a eclosão de um avivamento?

Asbury, hoje

Bom, para a composição do texto deste artigo, fiz uma pesquisa no Google, acerca do tema e fato é que não encontrei absolutamenta nada de novo acerca do que está acontecendo na Universidade Asbury atualmente.
Estima-se que entre 15.000 e 20.000 pessoas compareceram aos cultos, um número surpreendente para a pequena cidade de Wilmore, Kentucky, com apenas 6.000 habitantes.

O reavivamento da Asbury University certamente fez história em Wilmore, atraindo multidões incríveis e até mesmo afetando o tráfego da cidade. Infelizmente, tudo acabou com a notícia de que o avivamento não poderá mais acontecer no campus da universidade. Resta saber o que o futuro reserva para esse movimento religioso e para aqueles que foram inspirados por ele.

O que caracteriza um avivamento


Os eventos chamados historicamente de "avivamentos" são momentos significativos na história do cristianismo, que se caracterizam por um aumento no fervor espiritual e na conversão de pessoas ao cristianismo. 

Esses momentos podem ocorrer em contextos e formas diferentes, desde o nível pessoal, passando pelo nível comunitário, podendo crescer e alcançar o nível nacional e, até mesmo, alcançar o nível de escala mundial, onde o mundo todo é alcançado e impactado pelo avivamento iniciado, muitas vezes, em pequenas cidades. 

Ao longo da história, muitos avivamentos ocorreram, tanto na Bíblia quanto na história moderna, e todos causaram grande impacto no período e no contexto cultural em que ocorreram, e muitos foram os que romperam drasticamente com todas as barreiras culturais e geográficas de sua época alcançando lugares inicialmente inimagináveis.

Por hora, basta que entendamos que os eventos conhecidos como "avivamentos", principalmente os bíblicos, foram caracterizados por uma forte presença de Deus e, principalmente ação divina, e muitas conversões, resultando numa mudança completa na forma de vida das pessoas alcançadas por tais avivamentos, e isso se refletia na sociedade e na cultura de sua época, que eram, aos poucos, modificadas em decorrência da mudança ocorrida na vida dessas pessoas que não se restringiu, simplesmente, ao "calor do momento", dando frutos por um longo período de tempo.
    • Os avivamentos têm, como característica importante, a ênfase no arrependimento e na santidade. Os pregadores e líderes enfatizam a necessidade de se arrepender e abandonar o pecado para se aproximar de Deus. 
    • Outra característica dos avivamentos genuínos, e acredito que seja o ponto mais importante a ser destacado para que um avivamento seja realmente "genuíno", é a importância que é dada à pregação e à exposição bíblica.  
    • Se o chamado "avivamento" não dá a verdadeira importância à pregação do evangelho, sendo tal evento centrado somente em emocionalismo, sentimentalismo momentâneo, confinado em um único lugar sem ter uma ação prática na sociedade ao redor, o culto pode durar um século ininterrupto, mas essa durabilidade não o classificará como um avivamento genuíno.  
    • O verdadeiro avivamento impacta, rompe barreiras, rompre fronteiras, alcança o maior númerode pessoas dispostas a ouvir a mensagem evangelística, ele é transmutado em ação, as palavras e ensinamentos ouvidos a partir da pregação bíblica são convertidas em ações práticas, transformando os ouvintes, não se reduzindo a locais e experiências pessoais que não possam ser úteis para a verdadeira transformação de outros. 
Ser Eclesia — Igreja —, é ser "chamados para fora" — para fora do "sistema" mundano, mas também é ser "chamados para fora" do nosso egoísmo, nosso sentimentalismo, nosso emocionalismo, para fora dos sistemas que criamos para nós mesmos na intenção de massagear nosso ego e nos sentirmos "bem" em um mundo tão mal. E também é ser "chamados para fora" da comodidade de nossos templos e catedrais para levarmos ao mundo a mensagem do evangelho, mesmo que isso nos custe a vida.

Avivamento bíblico


Destaco aqui um período de avivamento na história de Israel, durante a restauração religiosa encabeçada por Esdras e Neemias, a exposição Bíblica teve uma importância enorme! Neemias narra que durante seis horas ininterruptas — um quarto de dia —, a Palavra de Deus era exposta, lida e explicada a todo o povo através por intermédio de Esdras.

E, ao ouvir a exposição de Esdras, o povo chorava amargamente, arrependido, tendo expostos diante de si os seus pecados, os seus caminhos tortuosos, as suas más obras, e isso lhes doía imensamente.

Era doloroso para eles enxergarem o quão distante eles estavam daquilo que era a vontade de Deus. Se Asbury foi um avivamento genuíno, isso só o tempo dirá, mas, nos avivamentos que foram comprovados no decorrer da história, em todos eles, sem exceção, a leitura bíblica teve uma importância crucial.

É, a partir da leitura da Bíblia, da exposição das palavras de Deus expressas nas Escrituras que se forma a base para um avivamento genuíno, sincero, duradouro, e que causa um verdadeiro impacto, trazendo boas consequências para todos os envolvidos e, principalmente, para as pessoas que orbitam ao redor dessas pessoas envolvidas. 

Um verdadeiro avivamento que tem em sua gênese, e como ponto central, a exposição e vivência das Escrituras trará consequências boas para as pessoas envolvidas e para as pessoas ao redor. Dependendo do tamanho e profundidade desse avivamento, toda uma cidade pode ser impactada, todo um país e, até mesmo, todo o mundo!

Conclusão


Se o que aconteceu em Asbury foi um avivamento genuíno, só o tempo dirá. Pois, somente através das consequências boas advindas desse evento, somente através de seus frutos, é que veremos se ele foi, e continuará sendo, um genuíno avivamento, e essas consequências e frutos só virão com o tempo. 

Então, só nos resta esperar pelas aguardadas consequências advindas de Asbury, pois, enquanto isso não vir a acontecer, mesmo que seja só lá, restritas a cidade de Wilmore, o evento em Asbury terá sido somente um culto "fora do normal" para a sociedade, e a religiosidade, do mundo atual. Então, que aguardemos pelos frutos e pelas consequências advindas desse evento singular.
    • Em tempo: durante o acontecimento em Asbury, alguns líderes conhecidos, como a apóstola Valnice Milhomens, por exemplo, oraram e profetizaram para que a chamada "unção de Asbury", chegasse até o Brasil. Pelo jeito, até o momento, a oração deles não foi atendida e nem a profecia cumprida.
[Fonte: Gospel Prime; Guia-me; Capital News, original por Wanderson R. Monteiro — Bacharel em Teologia]

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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

FREUD E OS SUPER-HERÓIS — 2) O INCRÍVEL HULK

Você já parou para pensar por que muitas pessoas adoram tanto os heróis dos filmes de ação? Por que tantos são os que se identificam com eles e torcem para que eles vençam todas as batalhas?

Será que existe uma explicação psicológica para esse fascínio? Nesta série especial de artigos, estamos explorando esse tema de forma divertida e descomplicada, usando exemplos de filmes famosos. Preparado para embarcar no segundo capítulo dessa jornada de autoconhecimento?

Heróis no divã


Os heróis são populares porque representam valores que admiramos, como justiça, bondade e heroísmo. Eles nos inspiram a ser melhores e nos lembram que podemos superar obstáculos.

Agora que você já entendeu que o herói é bem mais do que um rostinho bonito nos filmes, vamos ver mais a fundo as questões que esses personagens trazem. O mais legal é perceber que cada um tem uma demanda diferente, assim como nós, pessoas comuns da vida real.

O próprio Freud (✰1856/✞1939) abordava todos os temas humanos de seu tempo, desde os mais teóricos — como a religião, a arte e a antropologia — até os mais cotidianos, como espetáculos, publicações de atualidades, tradições, anedotas e contos de fadas.

Escreveu um par de livros sobre Moisés, um dos maiores heróis bíblicos. Se vivesse hoje, não teria deixado de analisar os super-heróis, os ídolos da moda e os personagens de filmes e telenovelas.

Com base nos estudos freudianos, podemos afirmar que os diversos super-heróis podem ter significados políticos — construídos com diversas características de anormalidade mental ou com superpoderes simbólicos (como por exemplo as cores americanas no uniforme do Super-Homem) — ou simplesmente psicológicos, com a idealização ou exagero de traços de personalidade ou de momentos do desenvolvimento humano. O mesmo pode ocorrer nos personagens dos contos, dos quadrinhos, da TV e do cinema.

Hulk e sua psique


O Hulk é um super-herói fictício que aparece nas histórias em quadrinhos americanas publicadas pela Marvel Comics. O personagem foi criado por Stan Lee (✰1922/✞2018)  e Jack Kirby (✰1917/✞1994) e apareceu pela primeira vez em "The Incredible Hulk #1" (maio de 1962).

Ao longo de suas aparições em quadrinhos, o Hulk é retratado como um grande humanoide verde que possui imensa força sobre-humana e grande invulnerabilidade, atributos que se tornam mais potentes quanto mais irritado ele fica. 

Hulk é o alter ego de Bruce Banner, um físico socialmente retraído e emocionalmente reservado que se transforma fisicamente no Hulk sob estresse emocional e outras circunstâncias específicas à vontade ou contra ele; essas transformações involuntárias levam a muitas complicações na vida de Banner. Quando transformado, o Hulk geralmente age como uma personalidade dissociada separada de Banner ou seja, um típico caso de dupla personalidade.

Ao longo das décadas de histórias do Hulk, o Hulk foi representado com várias personalidades baseadas na psique fraturada de Hulk e Banner, variando de selvagem irracional a guerreiro brilhante, e Banner assumiu o controle da forma do Hulk ocasionalmente.

Banner se transforma no Hulk pela primeira vez após ser pego na explosão da bomba gama que ele inventou enquanto salvava Rick Jones, um jovem que havia vagado pelo campo de testes.

Hulk por Hulk


"Humanos estúpidos, estúpidos! Vocês chamam o Hulk de 'monstro'! Vocês chamam o Hulk de 'sem cérebro!' Mas vocês machucariam o Hulk quando ele só quer ser deixado em paz. 
Vocês são mais monstros que o Hulk! E quando o Hulk os esmaga, vocês voltam para mais! Isso os torna mais sem cérebro que o Hulk. 
Nada pode machucar o Hulk! Eles sabem disso! Eles têm inveja do Hulk! Eles não vão descansar até que o Hulk seja tão insignificante e impotente quanto eles! O que significa que eles não vão descansar por um longo tempo." ― Hulk
Quando pensamos em Hulk, pensamos no seu bordão "Hulk esmaga!" Mas Hulk não esmaga sempre, na verdade.

Em uma cena muito famosa, o Capitão América diz a Bruce Banner, versão humana do Hulk, que aquela é uma boa hora para ficar com raiva. Afinal, estão em uma luta, e o "grandão verde" seria útil naquele momento. É quando Banner revela seu segredo: ele está sempre com raiva.

Se ele está sempre com raiva, como não é o Hulk o tempo todo? Simples: ele foi desenvolvendo técnicas de controle de raiva. E essa ideia é tão útil para todos nós que não tinha como a gente não falar dessa situação!

Quando estamos com raiva, tudo que temos vontade é de explodir, liberar esse sentimento ruim e atacar tudo que está a nossa volta. Contudo, sabemos que isso não é saudável e que pode causar danos para nós e para os outros. Por isso, técnicas de controle de raiva são vitais para dar vazão do jeito certo.

Opções para isso são a respiração diafragmática, a técnica de grounding e a meditação. Além disso, é útil entender e aceitar que ficar com raiva é algo normal e não precisa causar culpa ou vergonha. É tudo sobre saber dosar suas reações, certo?

Momento nostalgia

O Incrível Hulk, a série


Abertura da série de televisão
A série televisiva "O Incrível Hulk", foi ao ar nos Estados Unidos de 1977 a 1982, e foi uma bem sucedida adaptação de um herói de quadrinhos para a TV, apesar de ter sofrido mudanças radicais em relação a HQ original.

Na história da TV, saem o cientista Bruce Banner e a explosão de uma bomba gama. Entra em cena o médico (e também cientista) David Banner, interpretado por Bill Bixby (✰1934/✞1993).

Durante uma pesquisa, ele descobre que pessoas expostas a raios gamas vindos do sol liberam uma força oculta em momentos de estresse. Em uma simulação em seu laboratório, Banner se expõe a uma overdose dos raios, mas ele só notará os efeitos quando tenta trocar um pneu na chuva e destrói o carro, em um momento de ódio.

O "Hulk" era protagonizado por Lou Ferrigno, um fisiculturista de quase 2 metros de altura que tinha de passar horas em um trailer refrigerado durante as gravações para evitar estragar a maquiagem verde que tinha pelo corpo.

Na história, Hulk é perseguido por Jack McGee (Jack Colvin — ✰1856/✞1939), um jornalista sensacionalista, o que o faz David Banner se mudar de cidade a cada episódio, o que o obriga a arranjar novos empregos e a trocar de sobrenomes.

Bill Bixby já era um ator de renome quando foi escalado para aquele que seria seu papel mais famoso, o de David Banner, na adaptação televisiva da história em quadrinhos do Hulk (criada por Stan Lee e Jack Kirby).

Kenneth Johnson, o criador da série, disse que Bixby era o único ator que poderia fazer o papel, e insistiu em sua contratação. A série foi um grande sucesso, e valeu ao ator uma enorme popularidade, apesar de já ser um veterano nas telas.

Em 1991, Bill Bixby foi diagnosticado com câncer de próstata, e submetido a tratamento. No dia 21 de novembro de 1993, faleceu, com apenas 59 anos de idade. Essa versão televisiva do Hulk, é a minha preferida.

Conclusão

O que podemos aprender com o Hulk?

Temos de abraçar as incertezas da vida, afinal esta é uma das poucas certezas que ela guarda, mas ainda assim, muitos de nós não aceitam este fato e acabam sem saber lidar com as suas emoções.

Tendemos a dividir as emoções em extremidades, sentimentos bons ou ruins e acolher somente os bons, ignorando aqueles que consideramos ruins. Isso faz com que muitas vezes nem consigamos reconhecer os nossos sentimentos e o real motivo dele estar presente em nossas vidas. Quando classificamos as nossas emoções corretamente temos maior capacidade de discernir a causa exata dos nossos sentimentos.

Quando ignoramos os nossos sentimentos eles se tornam mais poderosos e tendem a nos controlar, mesmo que inconscientemente. As dores internas sempre vem à tona, e às vezes nos momentos mais inoportunos.

O que precisamos aprender, assim como o Hulk, é acolher os nossos sentimentos, até mesmo os que consideramos ruins. Emoções contém indícios das coisas que realmente são importantes para nós, que estão ligadas essencialmente com os nossos valores. Quando recebemos alguma notícia que gera em nós uma sensação ruim significa que aquilo tem real importância para a a gente.

A aceitação incondicional das nossas emoções, sem exceção, é o pilar da resiliência, do crescimento e da autêntica felicidade.

  • Continuamos no próximo capítulo.
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E nem 1% religioso.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

CONHEÇA A HISTÓRIA DE JOÃO FERREIRA DE ALMEIDA, O TRADUTOR DA VERSÃO MAIS LIDA DA BÍBLIA

Em todos os países e regiões de língua portuguesa a versão popular da Bíblia que goza da mais ampla distribuição leva o nome de seu tradutor, João Ferreira de Almeida (JFA). Quem era ele? Que parte desempenhou em tornar a Palavra de Deus disponível ao povo?

No texto deste artigo, vamos conhecer um resumo da Biografia desse que se tornou o tradutor mais lida e confiado da Palavra de Deus.

Nascimento


Pouco se sabe de sua infância. Foi criado em Lisboa por seu tio, um sacerdote, com quem aprendeu latim. Aos 14 anos, partiu de Portugal para a Holanda, e dali, em 1641, mudou-se para a possessão holandesa de Batávia (agora Jacarta, capital da Indonésia), onde começou a freqüentar a Igreja Reformada Holandesa local.

Tão impressionado ficou com o conteúdo dum panfleto, "Diferença da Cristandade da Igreja Reformada e da Romana" que se converteu, fazendo sua "profissão de fé" no ano 1642, quando ainda era adolescente.

Juventude


Como jovem sempre estudioso que era, pôs-se a trabalhar na tradução dum resumo dos Evangelhos e das Epístolas, do espanhol para o português. Em 1644-45, traduziu todas as Escrituras Gregas Cristãs (comumente mencionadas como Novo Testamento) do latim para o português.

Casou-se com a filha dum pastor holandês, e, em 1656, foi ordenado ministro da Igreja Reformada. Seu ministério como pastor o levou ao Ceilão (agora Sri-Lanka) e a Tuticorin, sul da Índia, nos anos 1656-63.

Em 1644, com apenas 16 anos, Ferreira de Almeida traduziu do espanhol para português os Atos dos Apóstolos, que eram copiados à mão e distribuídos pelas comunidades portuguesas. Em 1645 a tradução do Novo Testamento foi concluída, mas somente publicada em 1681, em Amesterdão.

Atividades ministeriais


Ferreira de Almeida visitava doentes em Malaca e mais tarde, em Batávia, e percorria diariamente hospitais e casas de doentes, dando apoio espiritual, com orações e exortações. Parece ter sido em Batávia, o centro das suas atividades religiosas. Ali ingressou na Igreja Protestante Portuguesa, (que existiu entre 1633 e 1808) e em 1656, foi ordenado ministro pregador.

De 1656 a 1663, Ferreira de Almeida pregou em várias línguas na ilha de Ceilão (Colombo, Porto de Gale, etc.) e nas costas Indostânicas (Coromandel, Malabar), difundindo em especial a língua portuguesa.

Em março de 1651, foi para a Batávia, para a cidade de Djacarta, ainda como capelão visitante de doentes, mas simultaneamente, desenvolvia os seus estudos de Teologia e revisava o Novo Testamento.

Em 17 de março de 1651, foi examinado publicamente, sendo considerado candidato a ministro. Depois de ser examinado, pregou com eloquência sobre Romanos 10:4. 

Desenvolveu também um ministério importantíssimo entre os pastores holandeses ensinando-lhes o português, uma vez que ministravam nas igrejas portuguesas das Índias Orientais Neerlandesas. 

Em setembro de 1655, João Ferreira de Almeida o exame final, quando prega sobre Tito 2.11-12, mas só recebeu a sua confirmação em 22 de agosto de 1656. Neste mesmo ano, quase um mês depois, em 18 de setembro, é enviado como ministro para o Ceilão, hoje Sri Lanka.

Perseguição, inquisição e obstáculos à publicação da tradução


Em 1657, João Ferreira de Almeida encontrava-se em Galle, no sul do Ceilão. Durante o seu ministério em Galle, assumiu uma posição tão firme contra o que ele chamava de "superstições papistas", que o governo local resolveu apresentar uma queixa a seu respeito ao governo da Batávia. 

Durante a sua estadia em Galle é que, provavelmente, conheceu e se casou com Lucretia Valcoa e Lemmes, ou Lucrecia de Lamos, jovem também vinda do catolicismo romano. 

O casal completou-se como família tendo dois filhos, um menino e uma menina, dos quais os historiadores não comentam mais nada. No decorrer da viagem de Galle para Colombo, Almeida e a sua esposa foram milagrosamente salvos da investida de um elefante.

A partir de 1658, e durante três anos, Almeida desenvolveu o seu ministério na cidade de Colombo e ali de novo enfrenta problemas com o governo, o qual tentou, sem sucesso, impedi-lo de pregar em português. O motivo dessa medida, estava provavelmente relacionado com as firmes e fortes idéias anti-católicas de João Ferreira de Almeida.

Em 1661, Almeida seguiu, no sul da Índia, onde ministrou o evangelho durante um ano, mas onde também foi perseguido. As Tribos da região negaram-se a ser baptizadas ou ter os seus casamentos abençoados por ele, pelo facto da Inquisição ter ordenado que um retrato de Almeida fosse queimado numa praça pública em Goa.

Em 1676, após ter dedicado vários anos a aprender grego e hebraico e a aperfeiçoar-se na língua holandesa, João Ferreira de Almeida concluiu a tradução do Novo Testamento para a língua portuguesa, passando a batalhar pela publicação do texto, já que para ter o aval do presbitério e o consentimento do Governo da Batávia e da Companhia Holandesa das Índias Orientais, o seu texto deveria passar pelo crivo dos revisores indicados pelo presbitério. 

Em 1680, quatro anos depois do início da revisão, desiludido com a morosidade da publicação, envia o seu manuscrito, para ser publicado na Holanda por conta própria. O seu desejo é que a Palavra de Deus seja conhecida pelo povo de língua portuguesa. Mas, o presbitério percebeu a situação e conseguiu sustar o processo, interrompendo a impressão.

Depois de alguns meses, quando João Ferreira de Almeida já estava prestes a desistir da publicação, recebeu cartas vindas da Holanda, informando que o texto tinha sido revisto e que estava a ser impresso. Em 1681, foi publicada a primeira edição do Novo Testamento de Almeida e, no ano seguinte, em 1682, chegou à Batávia. 

Quando começou a ser manuseada foram percebidos vários erros de tradução e revisão. Tal facto foi comunicado à Holanda e todos os exemplares que ainda não haviam saído foram destruídos, por ordem da Companhia Holandesa das Índias Orientais. 

As autoridades holandesas determinaram também que se fizesse o mesmo com os exemplares que já estavam na Batávia. Mas, ao mesmo tempo, providenciaram para que se começasse, o mais rapidamente possível, uma nova e cuidadosa revisão do texto. 

Apesar das ordens recebidas da Holanda, nem todos os exemplares foram destruídos, e correções foram feitas a mão com o objectivo de que cada comunidade pudesse fazer uso desse material. Um desses exemplares foi preservado e encontra-se no Museu Britânico em Londres. 

O trabalho de revisão e correção do Novo Testamento foi iniciado e demorou dez longos anos para ser terminado. Somente após a morte de João Ferreira de Almeida, é que essa segunda versão foi impressa, na própria Batávia, e distribuída.

A dedicação no final da vida


Apesar da sua saúde estar abalada, entregou-se ainda mais à tradução do Antigo Testamento. Um ano depois, em 1683, já havia traduzido o Pentateuco. João Ferreira de Almeida faleceu em Outubro de 1691, deixando a esposa e um casal de filhos.

Nessa altura, tinha traduzido o Antigo Testamento, para a língua portuguesa, até Ezequiel 48.21.

A tradução do Antigo Testamento foi completada em 1694 por Jacobus op den Akker (✰1647/✞1731), pastor holandês. Depois de passar por muitas mudanças, ela foi impressa na Batávia, em dois volumes: o primeiro em 1748 e o segundo, em 1753.

Conclusão


Apesar dessas adversidades, a tradução de João Ferreira de Almeida sobreviveu e prosperou. Suas revisões e edições subsequentes tornaram-se padrão para as comunidades protestantes lusófonas ao redor do mundo. 

Mesmo hoje, a "Almeida Revista e Corrigida" e a "Almeida Revista e Atualizada" são amplamente utilizadas em igrejas evangélicas no Brasil, em Portugal e em outros países de língua portuguesa.

A importância de João Ferreira de Almeida na história do cristianismo em língua portuguesa não pode ser subestimada. Seu trabalho abriu caminho para que milhões de falantes de português tivessem acesso à Bíblia em sua língua materna, e seu legado continua a ser uma parte central da identidade religiosa de muitos até os dias de hoje. 

Por meio de sua dedicação e perseverança, Almeida se tornou uma figura emblemática da tradução bíblica, um verdadeiro pioneiro que moldou a história espiritual de gerações.

Datas importantes da tradução de João Ferreira de Almeida da Bíblia

    • 1676 — Conclusão da tradução do Novo Testamento para português
    • 1681 — Data da publicação, na Holanda do Novo Testamento, em português
    • 1691 — Morte de João Ferreira de Almeida. Tinha traduzido até Ezequiel 48:21.
    • 1753 — Publicação da Bíblia, na tradução de João Ferreira de Almeida, em três volumes.
    • 1819 — Primeira impressão da Bíblia completa em português, em um único volume. Tradução de João Ferreira de Almeida. Publicada em Londres.
    • 1898 — 1.ª Revisão da tradução de João Ferreira de Almeida, que recebeu o nome de «Revista e Corrigida».
    • 1932 — Versão de Matos Soares, elaborada em Portugal.
    • 1956 — Publicação da versão "Revista e Actualizada", pela Sociedade Bíblica do Brasil.
    • 1968 — Publicação da versão dos padres Capuchinhos.
    • 1993 — 2.ª Edição da versão Revista e Actualizada
    • 1995 — 2.ª Edição da versão Revista e Corrigida.
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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

FREUD E OS SUPER-HERÓIS — 1) CAPITÃO AMÉRICA

Ao contrário de mim, que os detesto, quem nunca se interessou por super-heróis? O sucesso dos super-heróis em nossa cultura parece poder ser relacionado, por exemplo, ao conceito psicanalítico de onipotência infantil que é vivenciada pelo bebê, ser em total dependência, através da satisfação de suas necessidades básicas para sobrevivência.

Como seu ser ainda está misturado com os de seus adultos cuidadores, ele não diferencia entre o benefício decorrente da ação de seu cuidador e o que foi causado por seu grito ou gesto.

Desse modo, o bebê acredita que tanto ele quanto seus pais possuiriam "super-poderes". A figura do super-herói, neste contexto, poderia representar o saudosismo dessa nossa tenra idade em que tudo parece ser possível e nossos pais são todo-poderosos.

Seja para adorar ou para criticar os filmes, não é à toa que esse gênero caiu nas graças da maior parte de crianças, jovens — e até mesmo de alguns adultos. Mesmo que você acredite que isso se dá pelos personagens legais ou pelas histórias interessantes, isso tem muito a ver com a psicologia nos filmes da Marvel e de outras franquias.

Os ʜᴇʀᴏ́ɪs ᴇ ᴀ Psɪᴄᴀɴᴀ́ʟɪsᴇ


O arquétipo do herói dá sentido para todas as histórias que escutamos desde a infância, e serve para externar elementos que temos no nosso subconsciente, de acordo com Jung (✰1875/✞1981).

Os super-heróis da Marvel, especificamente, apesar de possuírem super-poderes, apresentam características humanas, criando maior proximidade e identificação com seus fãs e podendo explicar a sua popularidade com o público adulto.

Porque se as crianças são as mais impressionadas com os super-poderes dos personagens, são os adultos os que mais se divertem com as piadas dos super-heróis durante o filme.

Neste contexto, segue abaixo a análise psicanalítica dos principais personagens da trama que pode auxiliar na compreensão da popularidade do filme do ponto de vista psicanalítico:

Então, falando de um jeito mais light, podemos entender que a figura do herói faz com que a gente se identifique com seus problemas e nos dê esperança de momentos melhores. Eles inspiram e refletem os valores sociais da época em que foram criados!

A identificação, de acordo com Freud (✰1856/✞1939), é a mais antiga e original forma de a gente se ligar com algo ou alguém de forma afetiva. Por isso, há heróis que fazem a gente pensar em nós mesmos, falando 
"nossa, eu sou assim também!",
e são esses que caem na graça do povo.

Este é o propósito desta série especial. Tentar desvendar os aspectos psicológicos de personagens, agora, os da Marvel.

Cᴀᴘɪᴛᴀ̃ᴏ Aᴍᴇ́ʀɪᴄᴀ

O Capitão América é o codinome do de Steve Rogers que viveu durante a Segunda Guerra Mundial.

Steve era um jovem franzino que queria servir os Estados Unidos, por isso passa por um experimento em que ganha superpoderes. Contudo, devido a vários eventos, ele é congelado por quase 90 anos.

Por ter nascido em uma época e estar vivendo em um momento bem diferente, o Capitão América se sente bastante deslocado.

Mas aprende que é necessário contar com seus amigos vingadores para poder sobreviver, mesmo sentindo falta daqueles que estão em outra época.

Steve Rogers/Capitão América


O personagem surgiu na época da II Guerra Mundial para aumentar a autoestima americana durante o conflito. Ele era um rapaz franzino e com problemas de saúde que possuía um grande potencial para o heroísmo.

Dessa forma, aceita participar de experimento para se tornar um supersoldado e lutar contra os nazistas. Porém, ao final da guerra, após sua queda de um avião, permaneceu congelado nas últimas décadas. Sua convocação para os Vingadores é explicada pelo agente Coulson: 
"As pessoas precisam de algo antiquado".
O que poderia ser mais antiquado que um capitão no mundo atual, em que não há limites, valores e ideologias absolutas para se seguir? No entanto, percebe-se que certo direcionamento é necessário para se posicionar diante dos impasses do dia-dia.

O dilema humano básico de Erich Fromm se desenrola na telona com o grande conflito dos superhumanos


O psicanalista, filósofo e sociólogo Erich Fromm (✰1900/✞1980) tentou buscar o sentido de por que as pessoas que haviam sofrido na Grande Depressão renunciaram à tantas liberdades, elevando os nazistas ao poder. Ele veio a dizer que o dilema humano mais básico é o conflito de liberdade e segurança.

Mesmo quando crianças, nós queremos liberdade para explorar e experimentar coisas novas, mas também queremos nos sentir seguros e protegidos. Por causa dos atentatos ao World Trade Center em 9/11, as pessoas cederam à algumas liberdades a fim de ficar mais seguras contra a séria ameaça de terrorismo.
"'Escape from Freedom' tenta mostrar que o homem moderno ainda é ansioso e tentado a renunciar à sua liberdade por ditadores de todos os tipos, ou perdê-la, transformando-se em uma pequena roda dentada na máquina, bem alimentado e bem vestido, não um homem livre, mas sim um autômato."
 —  Erich Fromm em seu clássico livro de 1941 "Escape from Freedom" , conhecido como "O medo da Liberdade fora da América do Norte".

No filme "Capitão América: Guerra Civil" , Steve Rogers leva super-heróis que resistem aos esforços internacionais para regular os Vingadores. Heróis em seu lado lutam para manter a sua independência e ficar livres para entrar em ação quando eles vêem uma necessidade em vez de responder a burocratas. 

Tony Stark (Homem de Ferro), sofrendo a culpa sobre as consequências de sua própria ação, conduz outros super-heróis que acreditam que eles devem ser responsabilizados por suas ações. No filme em questão, Steve Rogers torna-se o líder da equipe por solicitar foco dos demais e coordenar as ações em grupo.
Quem está certo?
Isso é realmente sobre o dilema humano básico de Erich Fromm?
Qual lado você escolheria: Liberdade ou segurança?
Traçando um paralelo com a vida familiar, ele poderia representar a autoridade que os pais deveriam representar diante de suas crianças, ao impor limites e regras que facilitem a introdução dos filhos na vida em sociedade.

Conclusão


Embora o herói não receba um estatuto propriamente conceitual, o termo é recorrente no pensamento de Freud e Lacan (✰1901/✞1981) no cerne da elaboração teórico-clínica da psicanálise.

Este texto trabalha os desdobramentos das significações do herói de acordo com as transformações da metapsicologia analítica. A partir disso, traz duas dimensões do herói no âmbito dos destinos do sujeito no mal-estar na civilização: a revolução, que se lança a uma transformação nos laços sociais, mas promove a manutenção do lugar do Pai, e a subversão, que avança em um ato que produz mudanças em relação às articulações simbólico-imaginárias que determinam o sujeito.

A psicanálise nos ajuda a compreender os heróis de ação além das cenas de luta e explosões. Ela nos permite mergulhar nas profundezas do inconsciente desses personagens e entender as motivações por trás de suas ações heroicas.

Ao analisarmos os complexos, as motivações inconscientes, os conflitos internos, os arquétipos e as influências paternas e maternas, podemos ter uma visão mais completa desses personagens fascinantes. E quem sabe até mesmo descobrir algo sobre nós mesmos no processo.
    • Continuamos no próximo capítulo.

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