quinta-feira, 9 de outubro de 2025

📖BÍBLIA ABERTA📖 — ENTENDENDO JOÃO 5

 
Retornando à nossa série especial de artigos Bíblia Aberta, escolhemos uma sequência de algumas passagens conhecidas para analisar. A primeira delas é a narrativa do Evangelho de acordo com o apóstolo João, 5:14. Daremos o título de:

Vai e não peques mais


O capítulo 5 do Evangelho de João é rico em significado e se divide em duas partes principais: a cura de um paralítico no tanque de Betesda e o discurso de Jesus sobre a sua autoridade divina.

Ela narra a cura de um paralítico e o consequente conflito de Jesus com as autoridades religiosas judaicas, revelando a autoridade divina de Jesus, que tem o poder de dar vida, ressuscitar os mortos e julgar.

O capítulo também enfatiza a importância da fé em Jesus para a vida eterna e a necessidade de não pecar após ser perdoado, além de apresentar a resistência dos judeus à divindade de Jesus, mesmo diante de testemunhos como o de João Batista, das Escrituras e de Suas próprias obras.

O resultado do arrependimento e da conversão é a salvação, o resgate do ser humano do domínio do pecado. Nesse contexto, não há necessidade de dizer
"vai e não peques mais",
pois aquele que é libertado do pecado não pode mais servi-lo e, portanto, não peca mais.

Quem comete pecado é servo do pecado, mas aquele que é liberto e se torna servo da justiça já não vive em pecado.

As expressões “Vá e não peques mais” e “Vai, a tua fé te salvou” ecoam nos Evangelhos, proferidas por Jesus em contextos semelhantes, porém carregando mensagens profundamente distintas.

Compreender a essência de cada uma é essencial para desvendar as nuances do milagre e da salvação em Cristo.

A ordem ao enfermo de Betesda


Em João 5:14, Jesus se dirige a uma pessoa enferma deitado nas proximidades do tanque de Betesda, concedendo-lhe a cura.

Jesus sabia do longo tempo que aquele enfermo aguardava uma cura junto ao tanque de Betesda e, ao vê-lo deitado, perguntou se ele queria ser curado.
“E estava ali um homem que, havia trinta e oito anos, se achava enfermo. E Jesus, vendo este deitado, e sabendo que estava neste estado havia muito tempo, disse-lhe: Queres ficar são?” (João 5:5,6).
Após ouvir a pergunta de Jesus, o homem enfermo lamentou que não havia ninguém para ajudá-lo a entrar no tanque, mostrando que ele não reconhecia Jesus. Em resposta, Jesus o curou com as palavras 
“Levanta-te, toma o teu leito, e anda” (v. 8).
O homem foi imediatamente curado, pegou seu leito e começou a andar.

Os judeus, ao verem o homem carregando sua cama, o repreenderam por estar violando as regras do sábado.

Ele defendeu-se, explicando que foi Jesus quem o curou e ordenou que ele carregasse o leito.

No entanto, quando questionado sobre quem era aquele que o curou e mandou carregar o leito, o homem não soube responder (vv. 10-13).

Mais tarde, Jesus encontrou o homem novamente e disse:
"Eis que já estás são; não peques mais, para que não te suceda alguma coisa pior" (João v.14).
Embora muitos considerem que a doença do homem a beira do tanque de Betesda fosse paraplegia, o texto apenas menciona que era uma enfermidade e que o homem tentava chegar ao tanque para ser curado (v. 7)
Sabemos que as doenças não têm sua origem no pecado do doente ou de seus pais, conforme Jesus afirmou aos seus discípulos durante a discussão sobre um homem cego de nascença (9:2).
Se o homem junto ao tanque de Betesda fosse enfermo desde o nascimento, nem ele nem seus pais teriam pecado para que ele permanecesse enfermo, ao contrário do cego de nascença.

Isso se deve ao fato de que o pecado é uma consequência do ato de Adão, segundo o qual o julgamento de Deus trouxe condenação a todos os homens, resultando na morte de todos, sendo assim dito que todos pecaram (Romanos 3:23; 5:12 e 18,19).

Conclusão


Nesse contexto, percebe-se que a enfermidade que afligiu o homem que ficou deitado ao lado do tanque de Betesda por trinta e oito anos foi resultado de alguma falha dele, não sendo necessariamente atribuível à condição humana de sujeição ao pecado. Por isso, a ordem de Jesus: 
"Não peques mais, para evitar que algo pior aconteça".
O verbo traduzido como “pecar” significa originalmente “errar o alvo”, indicando um erro que pode ser comportamental, moral, ou conceitual, e também pode ser utilizado para se referir à condição daqueles que estão sujeitos ao pecado.

A advertência de Jesus não estabelece uma ligação direta entre pecado e sofrimento.

O pecado é um senhor da humanidade gerado pela semente corruptível de Adão, resultando no aguilhão da morte.

O sofrimento, por sua vez, é uma consequência da punição imposta por Deus: à mulher, dores no parto, e ao homem, a obrigação de ganhar o sustento com o suor do rosto.

Ao Deus Todo-Poderoso e Perfeito Criador, toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blogue https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização frequentes dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
  • O blogue CONEXÃO GERAL presa pelo respeito à lei de direitos autorais (L9610. Lei nº 9.610, de 19/02/1998), creditando ao final de cada texto postado, todas as fontes citadas e/ou os originais usados como referências, assim como seus respectivos autores.
E nem 1% religioso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário