Conclusão
Qual a diferença entre “Vá e não peques mais”, e “Vai, a tua fé te salvou”? É o que veremos neste capítulo, como conclusão da sequência em que analisamos essas duas frases tão emblemáticas e imbuído de significado profético para nossas vidas.
Em ambos os casos em que Jesus disse “Vá e não peques mais” e “Vai, a tua fé te salvou”, a cura foi concedida.
Jesus pode conceder a cura aos pecadores, e cabe a eles evitar cometer erros que possam piorar sua condição, daí a instrução ao serem liberados:
- “vai e não peques mais”.
O comando “não peques mais” não deve ser confundido com o chamado ao arrependimento, como “arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus”, ou “convertei-vos”.
Arrependimento, traduzido do grego metanoia, refere-se à mudança de entendimento (de mentalidade) em resposta à chegada de Cristo e ao reino dos céus.
O arrependimento na Bíblia não se refere apenas a erros cotidianos de comportamento ou moralidade, mas à transformação fundamental na compreensão da salvação após a revelação do evangelho.
O arrependimento na Bíblia não se refere apenas a erros cotidianos de comportamento ou moralidade, mas à transformação fundamental na compreensão da salvação após a revelação do evangelho.
A conversão envolve voltar-se para Deus. Isso implica reconhecer que o homem está afastado de Deus e, ao ouvir o chamado do evangelho, responder com obediência e submissão. Em sua essência, a conversão é um ato de obediência a Deus.
“Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do SENHOR” (Atos 3:19).
A mensagem do apóstolo Pedro aos judeus reunidos junto à Porta Formosa do templo, na hora da oração, às três da tarde, exigia uma mudança significativa de entendimento.
Os judeus acreditavam que sua salvação estava garantida por serem descendentes de Abraão e por frequentarem o templo para ouvir a lei de Moisés. No entanto, com a chegada de Cristo, essa crença foi desafiada.
O apóstolo Pedro lhes dizia que, após se arrependerem (mudarem de entendimento), deveriam voltar-se para Deus, crendo em Cristo, o enviado divino, pois somente assim seus pecados seriam perdoados.
A conversão, portanto, trata-se da submissão a Cristo como Senhor.
“Mas, quando se converterem ao Senhor, então o véu se tirará” (2 Coríntios 3:16).
O resultado do arrependimento e da conversão é a salvação, o resgate do ser humano do domínio do pecado.
Nesse contexto, não há necessidade de dizer “vai e não peques mais”, pois aquele que é libertado do pecado não pode mais servi-lo e, portanto, não peca mais.
Quem comete pecado é servo do pecado, mas aquele que é liberto e se torna servo da justiça já não vive em pecado.
“Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado” (Jo 8:34);
“Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado. Porque aquele que está morto está justificado do pecado” (Romanos 6:6-7).
Para não restar dúvidas quanto ao afirmado acima, o evangelista João apresenta uma lógica incontestável: o verdadeiro arrependimento e a conversão conduzem à libertação do domínio do pecado.
João argumenta que aquele que é nascido de Deus não comete pecado, porque a semente divina permanece nEle.
Dessa forma, quem é verdadeiramente liberto e servo da justiça não pode mais viver em pecado, pois está sob a graça e o domínio de Deus, diferente de quem comete pecado, que pertence ao diabo.
“Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo. Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus” (1 João 3:7,8).
Seria sem sentido Jesus dar uma ordem àqueles que foram salvos para “irem e não pecarem mais”, uma vez que eles já não estavam sob o domínio do pecado, tendo sido transportados para o reino de Cristo (Colossenses 1:13).
- Vai, a tua fé te salvou
Aqueles que receberam a ordem “vai, a tua fé te salvou” ainda poderiam cometer erros, pois todos os cristãos tropeçam em muitas coisas.
No entanto, apesar desses tropeços, não são filhos do diabo, mas sim filhos de Deus, e portanto, não podem estar a serviço do pecado.
No entanto, apesar desses tropeços, não são filhos do diabo, mas sim filhos de Deus, e portanto, não podem estar a serviço do pecado.
“Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal é perfeito, e poderoso para também refrear todo o corpo" (Tiago 3:2).
Quando é dito: a tua fé te salvou, a salvação foi proporcionada por Cristo visto que a pessoa creu que Jesus é o enviado de Deus.
A crença da pessoa não tem poder para salvar, e sim, a pessoa de Cristo. É por isso que o apóstolo Paulo diz:
Quando é dito: “a tua fé te salvou”, a salvação foi proporcionada por Cristo, visto que a pessoa creu que Jesus é o enviado de Deus.
A crença da pessoa, em si mesma, não tem o poder para salvar; é a pessoa de Cristo que proporciona a salvação.
“Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego” (Romanos 1:16).
Observe que o enfermo do tanque de Betesda e a mulher adúltera não estavam à procura de Jesus.
A mulher foi trazida a contragosto, e o enfermo foi abordado por Jesus. Ele recebeu a cura e ela, o livramento, mas ambos, pelo texto, parecem não conhecer quem era Jesus e, por isso, não exerceram confiança n’Ele, o que é essencial para a salvação, mas não para a dádiva da cura e do livramento concedido.
A mulher foi trazida a contragosto, e o enfermo foi abordado por Jesus. Ele recebeu a cura e ela, o livramento, mas ambos, pelo texto, parecem não conhecer quem era Jesus e, por isso, não exerceram confiança n’Ele, o que é essencial para a salvação, mas não para a dádiva da cura e do livramento concedido.
Já os demais eventos na qual Jesus anuncia a tua fé salvou, eles ouviram falar de Jesus e o procuraram.
E ao se depararem com Ele creram e se renderam humildemente aos seus pés, e por isso, além de serem curados, receberam a salvação do pecado.
E ao se depararem com Ele creram e se renderam humildemente aos seus pés, e por isso, além de serem curados, receberam a salvação do pecado.
Por outro lado, nos eventos em que Jesus anuncia “a tua fé te salvou”, as pessoas ouviram falar de Jesus e o procuraram. Ao se depararem com Ele, creram e se renderam humildemente aos Seus pés. Por essa fé e entrega, além de serem curadas, essas pessoas receberam a salvação do pecado.
Esses exemplos ilustram a diferença entre a cura física e a salvação. A cura ou o livramento podem ser concedidos por Jesus como demonstração de Sua graça e poder, mesmo sem a pessoa ter crido em Cristo.
No entanto, a salvação do pecado requer uma confiança e entrega a Cristo, reconhecendo-O como o enviado de Deus e Senhor da vida.
No entanto, a salvação do pecado requer uma confiança e entrega a Cristo, reconhecendo-O como o enviado de Deus e Senhor da vida.
Assim, terminamos essa sequência de artigos da nossa série especial Bíblia Aberta e esperamos com ela termos alcançado o objetivo principal, como parte do atendimento ao chamado de Deus que nos foi proposto como servos no e do Seu Reino eterno.
[Fonte: Todos os capítulos dessa sequência por Estudos Bíblicos]
Ao Deus Todo-Poderoso e Perfeito Criador, toda glória.

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