sexta-feira, 10 de outubro de 2025

🎼CANÇÕES ETERNAS CANÇÕES🎼 — "TODO AZUL DO MAR", 14 BIS

Em mais um capítulo da nossa série especial de artigos, Canções Eternas Canções, trazemos essa belíssima composição do conterrâneo Flávio Venturini, "Todo Azul do Mar", que se tornou um dos maiores hits na carreira da banda 14 Bis.

A história da banda


Primeira e clássica formação do 14 Bis
Como sempre fazemos, antes de irmos para a música, vamos conhecer um pouco da história da banda 14 Bis.

A história da banda 14 Bis começou em 1979 aqui em Belo Horizonte, Minas Gerais, quando músicos de duas bandas mineiras (O Terço e Bendegó) se uniram, oriunda da turma original que se reunia desde muito antes, na garagem da casa dos irmãos Venturini, atrás do grupo Escolar Pedro II, na avenida Pasteur.. 

Formada pelos irmãos Flávio e Cláudio Venturini, Sérgio Magrão, Vermelho e Hely Rodrigues, a banda surgiu inspirada no pop-rock internacional como Led Zeppelin e Beatles, mas com forte influência do cenário musical mineiro, principalmente do Clube da Esquina. O nome é uma homenagem ao avião 14 Bis de Santos Dumont (✰1873/✞1932).

Era a Pensão da Dona Dalila


No vizinho bairro de Santa Tereza, Lô também crescia em meio ao ambiente de ensaios e música ao vivo que se formara lá em casa, em torno de mim, Marilton, Milton Nascimento, o Bituca e os agregados.

Pianos, violões, contrabaixos, flautas, percussões e panelas amassadas, bem como canetas e cadernos, faziam parte do cotidiano daquele bando de irmãos musicais, arruaceiros e boêmios, os filhos de Salim e Maricota, pai e mãe dos Borges. Nada diferente da garagem de Dona Dalila, portanto.

Pois bem. Quando chegou 1979, ano da formação oficial do grupo, aqueles meninos já tinham rodado altas quilometragens antes de se juntarem para formar o 14 Bis.

Cláudio, o Venturini caçula, virtuoso guitarrista, já tinha gravado o “disco do tênis” com o Lô Borges e o acompanhava em shows. Flávio já havia participado de discos do Milton e estrelava o antológico grupo O Terço, com os Sérgios, Magrão e Hinds. Patrono da ideia, veio para o 14 Bis e trouxe o carioca Magrão consigo.

Vermelho e Hely Rodrigues tocavam no grupo Bendegó, que contava ainda com Capenga, Gereba e Patinhas (que viria a ser o poderoso publicitário João Santana). Convidados por Flávio, subiram a bordo.

Os cinco, quatro mineiros e um carioca, incorporaram o 14 Bis com entusiasmo. E alçaram voo, levando seu aeroplano aos céus do Brasil.

Assim, os jovens partiram para a gravação de seu primeiro long-play, em 1979, intitulado simplesmente 14 Bis.

Realese

  • Formação e Influências — A banda foi formada no final da década de 70, unindo talentos de diferentes grupos. Flávio Venturini e Sérgio Magrão integravam o O Terço, enquanto Vermelho e Hely Rodrigues faziam parte do Bendegó. O irmão de Flávio, Cláudio Venturini, já acompanhava Lô Borges na época. As influências incluíam bandas como Pink Floyd e Beatles, além do Clube da Esquina, que moldou a musicalidade do grupo.
  • Nome e Apadrinhamento — O nome 14 Bis é uma clara homenagem ao avião de Santos Dumont. A banda foi apadrinhada por Milton Nascimento, que os ajudou a lançar o primeiro disco no mesmo ano de sua formação.
  • Estilo Musical — A banda misturou rock progressivo com elementos regionais e MPB, criando um estilo único. As letras, ricas em poesia, abordavam temas como a infância, juventude e a vida em Minas Gerais.
  • Carreira e Sucesso — O grupo lançou seu primeiro álbum em 1979 e, ao longo da década de 80, emplacou diversos sucessos com uma sonoridade mais voltada para o rádio. Mesmo com a saída de Flávio Venturini, a banda continuou produzindo, mantendo a identidade musical e se tornando uma das mais prolíficas do Brasil.
  • Legado — Considerada um dos grupos mais importantes do rock brasileiro, a 14 Bis foi declarada patrimônio imaterial de Belo Horizonte em 2012.

'Todo Azul  do Mar'


A música 'Todo Azul do Mar', do 14 Bis, foi composta por Flávio Venturini e Ronaldo Bastos em 1983 e lançada no álbum "A Idade da Luz".

A canção retrata a experiência de um mineiro ao ver o mar pela primeira vez, expressando o encantamento e a intensidade do amor que surge de forma espontânea e transformadora.

A música, um dos maiores sucessos da banda 14 Bis, que se tornou um clássico da MPB, possui uma história de origem bastante pessoal e poética.

O mar é usado como metáfora para a vastidão e liberdade do sentimento, que pode ser tanto libertador quanto envolvente.

A letra

Foi assim
Como ver o mar
A primeira vez
Que meus olhos
Se viram no seu olhar 
Não tive a intenção
De me apaixonar
Mera distração e já era
Momento de se gostar 
Quando eu dei por mim
Nem tentei fugir
Do visgo que me prendeu
Dentro do seu olhar 
Quando eu mergulhei
No azul do mar
Sabia que era amor
E vinha pra ficar 
Daria pra pintar
Todo azul do céu
Dava pra encher o universo
Da vida que eu quis pra mim 
Tudo que eu fiz
Foi me confessar
Escravo do seu amor
Livre pra amar 
Quando eu mergulhei
Fundo nesse olhar
Fui dono do mar azul
De todo azul do mar 
Foi assim
Como ver o mar
Foi a primeira vez
Que eu vi o mar 
Daria pra beber
Todo azul do mar
Foi quando mergulhei
No azul do mar 
Onda que vem do azul
Todo azul do mar
Onda azul
Todo azul do mar

Inspiração e Contexto


A letra foi inspirada pela experiência de Flávio Venturini, um mineiro que se encantou ao ver o mar pela primeira vez no Rio de Janeiro.

A música aborda o surgimento espontâneo do amor, que se manifesta de forma avassaladora, transformando a vida da pessoa que o sente.
  • 🎼O Mar como Metáfora — O "todo azul do mar" simboliza a profundidade, grandiosidade e liberdade do amor, que pode ser uma entrega total e transformadora.  Aqui, o mar simboliza não só a beleza, mas também a entrega total ao amor, algo que transforma e marca profundamente quem sente. O azul do mar representa a vastidão e a liberdade desse sentimento, sugerindo que o amor é tão intenso que 
"...daria pra pintar todo azul do céu..."
"...encher o universo da vida que eu quis pra mim"
Assim, a canção expressa o encantamento e a intensidade do amor, usando imagens naturais para tornar essas emoções universais e acessíveis.
  • 🎼O Olhar do Outro — A letra usa a imagem de um "visgo" para descrever o olhar da pessoa amada, que representa um convite inevitável e doce para o amor. O olhar do outro é descrito como um "visgo", uma armadilha doce e inevitável, reforçando a ideia de que o amor pode ser ao mesmo tempo libertador e envolvente.
  • 🎼Libertação e Envolvimento — A canção expressa como o amor pode ser, ao mesmo tempo, libertador e envolvente, como nos versos 
"...Escravo do seu amor, livre pra amar...".
  • 🎼A inspiração por trás da letra — Ronaldo Bastos, letrista parceiro de Flávio, transformou a emoção do relacionamento em versos. A letra usa o mar como uma metáfora para expressar a intensidade e a imensidão do amor vivido entre o casal, especialmente na primeira vez.
  • 🎼A "poesia suave" da canção reflete a lembrança de momentos de amor e tranquilidade à beira-mar, evocando a vastidão e a profundidade de um sentimento puro.

Conclusão

Legado


A música marcou uma geração e se mantém como um clássico romântico atemporal, celebrado por sua melodia envolvente e sua letra poética e sincera.

A canção tenta mostrar de forma poética a sutileza do momento da descoberta do amor. 

Para tanto, evoca a noção de distração, portanto, rejeita a ideia de fissura e de busca; e a noção de envolvimento involuntário. 

Ou seja, o amor é algo que acontece sem a intervenção do sujeito: que, de repente, se percebe enredado no canto do amor.

'Todo Azul do Mar' é um dos grandes sucessos da banda 14 Bis e uma das canções mais importantes de Flávio Venturini.

A canção se tornou rapidamente um sucesso, consagrando a banda no cenário musical brasileiro. 

Ao longo dos anos, a música continuou a emocionar o público e foi regravada por diversos artistas, além de ser frequentemente revisitada pelo próprio Flávio Venturini, inclusive em parcerias recentes, conforme ele mesmo disse:
"A letra nasceu em Niterói, e sacou isso que o mineiro chega ao Rio de Janeiro, quando se vê diante do mar. Ele fica doido. 
É um sucesso do 14 Bis, regravei e é uma das mais importantes e regravadas faixas (na discografia da banda mineira)".
Em uma revelação feita anos depois, Flávio Venturini contou que a música foi uma dedicatória especial para a sua ex-esposa, a cineasta e cofundadora do festival Anima Mundi, Léa Zagury.
Por esse motivo, ela é eterna e por ser eterna está aqui.

Ao Deus Todo-Poderoso e Perfeito Criador, toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blogue https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização frequentes dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
  • O blogue CONEXÃO GERAL presa pelo respeito à lei de direitos autorais (L9610. Lei nº 9.610, de 19/02/1998), creditando ao final de cada texto postado, todas as fontes citadas e/ou os originais usados como referências, assim como seus respectivos autores.
E nem 1% religioso.

📖BÍBLIA ABERTA📖 — ENTENDENDO A DIFERENÇA ENTRE: "...VÁ E NÃO PEQUES MAIS!" E "...VAI, A TUA FÉ TE SALVOU!"

Conclusão

Qual a diferença entre “Vá e não peques mais”, e “Vai, a tua fé te salvou”? É o que veremos neste capítulo, como conclusão da sequência  em que analisamos essas duas frases tão emblemáticas e imbuído de significado profético para nossas vidas.

Em ambos os casos em que Jesus disse “Vá e não peques mais” e “Vai, a tua fé te salvou”, a cura foi concedida.

Jesus pode conceder a cura aos pecadores, e cabe a eles evitar cometer erros que possam piorar sua condição, daí a instrução ao serem liberados:
  • “vai e não peques mais”.
O comando “não peques mais” não deve ser confundido com o chamado ao arrependimento, como “arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus”, ou “convertei-vos”.

Arrependimento, traduzido do grego metanoia, refere-se à mudança de entendimento (de mentalidade) em resposta à chegada de Cristo e ao reino dos céus.

O arrependimento na Bíblia não se refere apenas a erros cotidianos de comportamento ou moralidade, mas à transformação fundamental na compreensão da salvação após a revelação do evangelho.

A conversão envolve voltar-se para Deus. Isso implica reconhecer que o homem está afastado de Deus e, ao ouvir o chamado do evangelho, responder com obediência e submissão. Em sua essência, a conversão é um ato de obediência a Deus.
“Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do SENHOR” (Atos 3:19).
A mensagem do apóstolo Pedro aos judeus reunidos junto à Porta Formosa do templo, na hora da oração, às três da tarde, exigia uma mudança significativa de entendimento. 

Os judeus acreditavam que sua salvação estava garantida por serem descendentes de Abraão e por frequentarem o templo para ouvir a lei de Moisés. No entanto, com a chegada de Cristo, essa crença foi desafiada.

O apóstolo Pedro lhes dizia que, após se arrependerem (mudarem de entendimento), deveriam voltar-se para Deus, crendo em Cristo, o enviado divino, pois somente assim seus pecados seriam perdoados. 

A conversão, portanto, trata-se da submissão a Cristo como Senhor.
“Mas, quando se converterem ao Senhor, então o véu se tirará” (2 Coríntios 3:16).
O resultado do arrependimento e da conversão é a salvação, o resgate do ser humano do domínio do pecado. 

Nesse contexto, não há necessidade de dizer “vai e não peques mais”, pois aquele que é libertado do pecado não pode mais servi-lo e, portanto, não peca mais. 

Quem comete pecado é servo do pecado, mas aquele que é liberto e se torna servo da justiça já não vive em pecado.
“Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado” (Jo 8:34); 
“Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado. Porque aquele que está morto está justificado do pecado” (Romanos 6:6-7).
Para não restar dúvidas quanto ao afirmado acima, o evangelista João apresenta uma lógica incontestável: o verdadeiro arrependimento e a conversão conduzem à libertação do domínio do pecado. 

João argumenta que aquele que é nascido de Deus não comete pecado, porque a semente divina permanece nEle. 

Dessa forma, quem é verdadeiramente liberto e servo da justiça não pode mais viver em pecado, pois está sob a graça e o domínio de Deus, diferente de quem comete pecado, que pertence ao diabo.
“Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo. Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus” (1 João 3:7,8).
Seria sem sentido Jesus dar uma ordem àqueles que foram salvos para “irem e não pecarem mais”, uma vez que eles já não estavam sob o domínio do pecado, tendo sido transportados para o reino de Cristo (Colossenses 1:13).
  • Vai, a tua fé te salvou
Aqueles que receberam a ordem “vai, a tua fé te salvou” ainda poderiam cometer erros, pois todos os cristãos tropeçam em muitas coisas.

No entanto, apesar desses tropeços, não são filhos do diabo, mas sim filhos de Deus, e portanto, não podem estar a serviço do pecado.
“Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal é perfeito, e poderoso para também refrear todo o corpo" (Tiago 3:2).
Quando é dito: a tua fé te salvou, a salvação foi proporcionada por Cristo visto que a pessoa creu que Jesus é o enviado de Deus. 

A crença da pessoa não tem poder para salvar, e sim, a pessoa de Cristo. É por isso que o apóstolo Paulo diz:

Quando é dito: “a tua fé te salvou”, a salvação foi proporcionada por Cristo, visto que a pessoa creu que Jesus é o enviado de Deus. 

A crença da pessoa, em si mesma, não tem o poder para salvar; é a pessoa de Cristo que proporciona a salvação.
“Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego” (Romanos 1:16).
Observe que o enfermo do tanque de Betesda e a mulher adúltera não estavam à procura de Jesus.

A mulher foi trazida a contragosto, e o enfermo foi abordado por Jesus. Ele recebeu a cura e ela, o livramento, mas ambos, pelo texto, parecem não conhecer quem era Jesus e, por isso, não exerceram confiança n’Ele, o que é essencial para a salvação, mas não para a dádiva da cura e do livramento concedido.

Já os demais eventos na qual Jesus anuncia a tua fé salvou, eles ouviram falar de Jesus e o procuraram.

E ao se depararem com Ele creram e se renderam humildemente aos seus pés, e por isso, além de serem curados, receberam a salvação do pecado.

Por outro lado, nos eventos em que Jesus anuncia “a tua fé te salvou”, as pessoas ouviram falar de Jesus e o procuraram. Ao se depararem com Ele, creram e se renderam humildemente aos Seus pés. Por essa fé e entrega, além de serem curadas, essas pessoas receberam a salvação do pecado.

Esses exemplos ilustram a diferença entre a cura física e a salvação. A cura ou o livramento podem ser concedidos por Jesus como demonstração de Sua graça e poder, mesmo sem a pessoa ter crido em Cristo.

No entanto, a salvação do pecado requer uma confiança e entrega a Cristo, reconhecendo-O como o enviado de Deus e Senhor da vida.
Assim, terminamos essa sequência de artigos da nossa série especial Bíblia Aberta e esperamos com ela termos alcançado o objetivo principal, como parte do atendimento ao chamado de Deus que nos foi proposto como servos no e do Seu Reino eterno.
[Fonte: Todos os capítulos dessa sequência por Estudos Bíblicos]

Ao Deus Todo-Poderoso e Perfeito Criador, toda glória.
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📖BÍBLIA ABERTA📖 — ENTENDENDO A FRASE MESSIÂNICA: "...A TUA FÉ TE SALVOU!..."

Continuando a sequência de análises dos trechos importantes, registrados nas narrativas do Evangelho de Jesus, neste capítulo, vamos entender o significado profético dessa frase dita pelo Messias e que ainda ecoa no universo espiritual.


A ordem à mulher pecadora: "A tua fé te salvou; vai-te em paz!"

A adoração verdadeira X a hipocrisia religiosa


Em Lucas 7:48-50, Jesus estava na casa de Simão, um fariseu que o convidara para uma refeição. Durante a refeição, uma mulher soube que Jesus estaria ali e trouxe um vaso de alabastro com unguento, entrando no recinto.

A mulher se colocou atrás de Jesus, aos seus pés, chorando, e começou a molhar seus pés com lágrimas, enxugando-os com seus cabelos. Ela beijou os pés de Jesus e os ungiu com o unguento.

O fariseu criticou Jesus por permitir que aquela mulher, conhecida como pecadora na cidade, o tocasse. Ele argumentou que se Jesus fosse um profeta verdadeiro, saberia quem ela era.

Em resposta, Jesus ensinou ao fariseu que ele não observou os preceitos básicos de hospitalidade ao recebê-lO em sua casa, como oferecer água para lavar os pés de Jesus, saudá-lo com um beijo de boas-vindas e ungir sua cabeça com óleo — práticas culturais que eram comuns à época (Lc 7:44-46).

Depois de esclarecer ao fariseu que os muitos pecados da mulher haviam sido perdoados, Jesus declarou a ela: 
"Os teus pecados te são perdoados."
Os demais convidados ficaram surpresos com o poder de Jesus de perdoar pecados e perguntaram entre si quem ele era para fazer tal coisa.

Para dissipar qualquer dúvida, Jesus disse à mulher: 
"A tua fé te salvou; vai em paz." 
Este gesto revela que a mulher não veio em busca de cura física, mas da pessoa: Jesus.

Embora não tenha pedido nada, ela demonstrou completa submissão a Cristo como seu Senhor, reconhecendo sua própria indignidade, assim como João Batista, que disse não ser digno de desatar as sandálias de Jesus.

O ato daquela mulher se assemelha a de outros que adoraram a Jesus pedindo socorro, pois somente alguém sendo Senhor e Cristo poderia prestar o socorro pretendido (Mateus 15:25).

O ato de submissão daquela mulher pecadora foi um reconhecimento de Jesus como Senhor e Salvador, o que lhe rendeu o perdão dos pecados e a redenção.

A ordem ao cego de Jericó: "Vê; a tua fé te salvou."


O caso do cego de Jericó é notável, pois ao ouvir que Jesus passava próximo ao local onde ele mendigava, começou a gritar: 
"Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim!" (Lc 18:38).
As pessoas ao redor, incomodadas com o fato de o cego declarar publicamente que Jesus era o “Filho de Davi” — um título que reconhecia Jesus como o Messias prometido, o Filho de Deus e o rei de Israel — ordenaram que ele se calasse.
"Quando teus dias forem completos, e vieres a dormir com teus pais, então farei levantar depois de ti um dentre a tua descendência, o qual sairá das tuas entranhas, e estabelecerei o seu reino. 
Este edificará uma casa ao meu nome, e confirmarei o trono do seu reino para sempre. Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; e, se vier a transgredir, castigá-lo-ei com vara de homens, e com açoites de filhos de homens." (2 Samuel 7:12-14).
O cego, convicto da verdade que gritava, não cessou de clamar por misericórdia, e Jesus o mandou chamar.

Quando o trouxeram diante dEle, Jesus perguntou: 
"Que queres que te faça?"
O cego pediu algo que para um homem seria impossível, mas para Deus era possível:
“Senhor, que eu veja.”
A resposta de Jesus ao cego de Jericó foi direta:
“Vê; a tua fé te salvou.”
E imediatamente o cego recuperou a visão. O homem curado começou a seguir a Cristo, glorificando a Deus, enquanto o povo ao redor também louvava a Deus.

O cego glorificava a Deus, produzindo fruto em seus lábios ao proclamar que Jesus é o Cristo.

Fica evidente que, ao estar ligado a Cristo, a videira verdadeira, ele se tornou uma árvore de justiça.

Sua confiança em Cristo resultou em salvação, e por isso ele próprio produzia o fruto que Deus requer (cf. Isaías 61:3; João 15:1-8Hebreus 13:15).

A ordem à mulher curada do fluxo de sangue: "Tem bom ânimo, filha, a tua fé te salvou; vai em paz."


A mulher do fluxo de sangue, assim como a mulher do vaso de alabastro, procurou Jesus, mas com propósitos distintos.

Enquanto a mulher do vaso de alabastro veio reverenciar Jesus, a mulher com o fluxo de sangue buscava sua cura.

A mulher do fluxo de sangue acreditava firmemente que, se tocasse apenas nas vestes de Jesus, seria curada. 

Vencendo os obstáculos sociais e religiosos em nome da Fé


Confiando nas histórias que ouvira sobre Cristo, ela desafiou as normas sociais da época, que proibiam uma mulher com fluxo de sangue de tocar outras pessoas para evitar a contaminação. Ela atravessou uma multidão para alcançar Jesus.

Depois de tocar nas vestes de Cristo, foi imediatamente curada. Ela tentou se esconder na multidão, mas Jesus percebeu e perguntou quem o havia tocado. 

A mulher, temerosa, se apresentou e explicou seus motivos e a cura que recebera. Jesus a confortou, dizendo: 
"Tem bom ânimo, filha; a tua fé te salvou; vai em paz." 
“Então, vendo a mulher que não podia ocultar-se, aproximou-se tremendo e, prostrando-se ante ele, declarou-lhe diante de todo o povo a causa por que lhe havia tocado, e como logo sarara” (Jo 8:47).
A mulher se entregou completamente a Cristo e se prostrou, pois havia sido curada e não podia mais se esconder. 

Isso evidencia que Jesus não era apenas um profeta, mas divino. 

A confiança profunda que ela depositou em Jesus, como evidenciado na frase “a tua fé te salvou”, resultou não apenas na sua cura, mas também na sua salvação.

A ordem ao leproso agradecido: "Levanta-te, e vai; a tua fé te salvou"


Em outro evento registrado nos evangelhos, dez leprosos pediram misericórdia a Jesus sem se aproximarem dele, devido à proibição social existente para portadores daquela doença. 

Jesus instruiu-os a irem mostrar-se aos sacerdotes, e enquanto estavam a caminho, foram purificados.

Um dos leprosos, ao perceber que estava curado, não foi ao sacerdote como Jesus havia indicado, mas voltou glorificando a Deus em voz alta pelo caminho. 

Quando chegou diante de Jesus, prostrou-se aos seus pés com o rosto em terra, rendendo-lhe graças.

A salvação como fruto de gratidão


Jesus então fez três observações impactantes: perguntou onde estavam os outros nove que também haviam sido curados e não voltaram para agradecer a Deus, exceto aquele estrangeiro, um samaritano. Em seguida, dirigiu-se ao samaritano e disse:
“Levanta-te e vai; a tua fé te salvou!”
A atitude desse samaritano, semelhante à da mulher do fluxo de sangue, demonstra sua completa rendição a Cristo como Salvador.

Ele confiou em Jesus de tal maneira que sua fé superou as regras tradicionais da lei, que exigiam que os curados se apresentassem aos sacerdotes (conforme descrito em Levítico 14:1-25).
  • A conclusão virá como o próximo capítulo da série.
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quinta-feira, 9 de outubro de 2025

📖BÍBLIA ABERTA📖 — ENTENDENDO JOÃO 8

Continuando a sequência, agora, iremos analisar a passagem registrada na mesma narrativa do Evangelho, feita por João, capítulo 8.

O capítulo 8 do Evangelho de João apresenta Jesus ensinando no templo e discute temas como julgamento, verdade e liberdade. 

O capítulo contém alguns dos eventos e ensinamentos mais conhecidos de Jesus, incluindo o episódio da mulher apanhada em adultério e a famosa declaração
"a verdade vos libertará".
O capítulo culmina com um intenso debate entre Jesus e os líderes religiosos, no qual Jesus revela a Sua divindade, sua pré-existência antes de Abraão, e a verdade sobre a liberdade espiritual, que não se encontra na descendência física, mas em conhecê-Lo e seguir Sua palavra.

Chamaremos este capítulo de:

Vai e não peques mais — 2


A ordem à mulher pega em adultério foi:
"vai-te e não peques mais."
No episódio descrito em João 8:6-11, Jesus é confrontado pelos escribas e fariseus que trazem diante dele uma mulher flagrada em adultério.

Eles questionam se ela deveria ser apedrejada conforme a lei de Moisés, como uma tentativa de armar uma armadilha para Jesus, seja para acusá-lo junto aos judeus, seja para incriminá-lo perante as autoridades romanas.

Se Jesus concordasse com a aplicação da pena de apedrejamento, estaria em desacordo com a lei romana, que reservava o direito de punir crimes capitais exclusivamente ao Império Romano.

Isso poderia ser interpretado como um ato de sedição contra o domínio romano, colocando-o em conflito com as autoridades locais.

Por outro lado, se Jesus ignorasse a lei de Moisés e se recusasse a condenar a mulher, os escribas e fariseus teriam material para acusá-lo de não respeitar as tradições religiosas judaicas, o que poderia ser usado contra ele perante o sinédrio.

Além disso, os acusadores da mulher não trouxeram o homem envolvido no adultério, o que revela uma aplicação seletiva da lei e uma tentativa de desonrar tanto a lei quanto a mulher.

Esse contexto torna a situação ainda mais complexa e demonstra as intenções maliciosas dos adversários de Jesus.
"Quando um homem for achado deitado com mulher que tenha marido, então ambos morrerão, o homem que se deitou com a mulher, e a mulher; assim tirarás o mal de Israel" (Deuteronômio 32:32).
Diante da insistência dos seus interlocutores, Jesus disse a eles:
"Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela" (João 8:7).
Após Jesus escrever no chão, os acusadores da mulher se retiraram um a um, deixando apenas Jesus e a mulher.

Ele então pergunta à mulher se alguém a acusa e ela responde que não há ninguém.

Então, Jesus a libera com estas palavras: 
"Nem eu te condeno; vai e não peques mais."

Sem acusação!


Este momento reflete a essência da missão de Jesus, que não veio para condenar os já condenados pela ofensa de Adão, mas para salvar (3:17,18).

Jesus concedeu livramento à mulher de seus acusadores e orientou-a a não pecar mais. 

Essa recomendação de Jesus à mulher ecoa a mesma feita ao enfermo do tanque de Betesda, para que ela evitasse cometer erros.

É importante destacar que mesmo se aquela mulher nunca tivesse cometido adultério, ela ainda seria pecadora, e mesmo se nunca mais adulterasse, continuaria a ser pecadora. 

Jesus enfatiza que aquele que peca é escravo do pecado e só pode deixar de pecar sendo libertado por Cristo.
"Respondeu-lhes Jesus: 'Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado'" (João 8:34).
Jesus libertou aquela mulher orientando-a a não incorrer novamente em erros que pusessem sua vida em risco.

Se a questão fosse relacionada à salvação eterna, Jesus teria orientado a mulher a se submeter a Ele como Senhor, pois somente assim alguém pode ser liberto do domínio do pecado.
"Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas" (Mateus 11:29).

Conclusão


O capítulo 8 do Evangelho de João é um dos mais significativos, contendo narrativas e ensinamentos profundos de Jesus.

Os principais temas abordados são o perdão e a misericórdia, a libertação da verdade e a revelação da identidade divina de Jesus.

Para alcançar a salvação, o que também se aplicava àquela mulher, é imprescindível experimentar o novo nascimento. Isso significa mais do que simplesmente abandonar comportamentos considerados errados pela moral humana ou pensar que é possível abandonar a condição de pecador.

Ser salvo requer o extermínio do corpo do pecado, conhecida como “morrer para o velho homem”, conforme descrito em Romanos 6:6, através do batismo na morte de Cristo.

A única forma de alguém se libertar do pecado é ao morrer para ele, e somente Jesus pode proporcionar essa morte, que é a circuncisão de Cristo.
"No qual também estais circuncidados com a circuncisão não feita por mão no despojo do corpo dos pecados da carne, a circuncisão de Cristo; Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos" (Colossenses 2:11-12).
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📖BÍBLIA ABERTA📖 — ENTENDENDO JOÃO 5

 
Retornando à nossa série especial de artigos Bíblia Aberta, escolhemos uma sequência de algumas passagens conhecidas para analisar. A primeira delas é a narrativa do Evangelho de acordo com o apóstolo João, 5:14. Daremos o título de:

Vai e não peques mais


O capítulo 5 do Evangelho de João é rico em significado e se divide em duas partes principais: a cura de um paralítico no tanque de Betesda e o discurso de Jesus sobre a sua autoridade divina.

Ela narra a cura de um paralítico e o consequente conflito de Jesus com as autoridades religiosas judaicas, revelando a autoridade divina de Jesus, que tem o poder de dar vida, ressuscitar os mortos e julgar.

O capítulo também enfatiza a importância da fé em Jesus para a vida eterna e a necessidade de não pecar após ser perdoado, além de apresentar a resistência dos judeus à divindade de Jesus, mesmo diante de testemunhos como o de João Batista, das Escrituras e de Suas próprias obras.

O resultado do arrependimento e da conversão é a salvação, o resgate do ser humano do domínio do pecado. Nesse contexto, não há necessidade de dizer
"vai e não peques mais",
pois aquele que é libertado do pecado não pode mais servi-lo e, portanto, não peca mais.

Quem comete pecado é servo do pecado, mas aquele que é liberto e se torna servo da justiça já não vive em pecado.

As expressões “Vá e não peques mais” e “Vai, a tua fé te salvou” ecoam nos Evangelhos, proferidas por Jesus em contextos semelhantes, porém carregando mensagens profundamente distintas.

Compreender a essência de cada uma é essencial para desvendar as nuances do milagre e da salvação em Cristo.

A ordem ao enfermo de Betesda


Em João 5:14, Jesus se dirige a uma pessoa enferma deitado nas proximidades do tanque de Betesda, concedendo-lhe a cura.

Jesus sabia do longo tempo que aquele enfermo aguardava uma cura junto ao tanque de Betesda e, ao vê-lo deitado, perguntou se ele queria ser curado.
“E estava ali um homem que, havia trinta e oito anos, se achava enfermo. E Jesus, vendo este deitado, e sabendo que estava neste estado havia muito tempo, disse-lhe: Queres ficar são?” (João 5:5,6).
Após ouvir a pergunta de Jesus, o homem enfermo lamentou que não havia ninguém para ajudá-lo a entrar no tanque, mostrando que ele não reconhecia Jesus. Em resposta, Jesus o curou com as palavras 
“Levanta-te, toma o teu leito, e anda” (v. 8).
O homem foi imediatamente curado, pegou seu leito e começou a andar.

Os judeus, ao verem o homem carregando sua cama, o repreenderam por estar violando as regras do sábado.

Ele defendeu-se, explicando que foi Jesus quem o curou e ordenou que ele carregasse o leito.

No entanto, quando questionado sobre quem era aquele que o curou e mandou carregar o leito, o homem não soube responder (vv. 10-13).

Mais tarde, Jesus encontrou o homem novamente e disse:
"Eis que já estás são; não peques mais, para que não te suceda alguma coisa pior" (João v.14).
Embora muitos considerem que a doença do homem a beira do tanque de Betesda fosse paraplegia, o texto apenas menciona que era uma enfermidade e que o homem tentava chegar ao tanque para ser curado (v. 7)
Sabemos que as doenças não têm sua origem no pecado do doente ou de seus pais, conforme Jesus afirmou aos seus discípulos durante a discussão sobre um homem cego de nascença (9:2).
Se o homem junto ao tanque de Betesda fosse enfermo desde o nascimento, nem ele nem seus pais teriam pecado para que ele permanecesse enfermo, ao contrário do cego de nascença.

Isso se deve ao fato de que o pecado é uma consequência do ato de Adão, segundo o qual o julgamento de Deus trouxe condenação a todos os homens, resultando na morte de todos, sendo assim dito que todos pecaram (Romanos 3:23; 5:12 e 18,19).

Conclusão


Nesse contexto, percebe-se que a enfermidade que afligiu o homem que ficou deitado ao lado do tanque de Betesda por trinta e oito anos foi resultado de alguma falha dele, não sendo necessariamente atribuível à condição humana de sujeição ao pecado. Por isso, a ordem de Jesus: 
"Não peques mais, para evitar que algo pior aconteça".
O verbo traduzido como “pecar” significa originalmente “errar o alvo”, indicando um erro que pode ser comportamental, moral, ou conceitual, e também pode ser utilizado para se referir à condição daqueles que estão sujeitos ao pecado.

A advertência de Jesus não estabelece uma ligação direta entre pecado e sofrimento.

O pecado é um senhor da humanidade gerado pela semente corruptível de Adão, resultando no aguilhão da morte.

O sofrimento, por sua vez, é uma consequência da punição imposta por Deus: à mulher, dores no parto, e ao homem, a obrigação de ganhar o sustento com o suor do rosto.

Ao Deus Todo-Poderoso e Perfeito Criador, toda glória.
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E nem 1% religioso.

segunda-feira, 6 de outubro de 2025

GRANDES NOMES — MARTIN LUTHER KING

"Eu tenho um sonho: que um dia esta nação se porá de pé e viverá o verdadeiro significado de sua crença: Nós conservamos esta verdade para ser auto-declarada, que todos os homens foram criados iguais.

Eu tenho um sonho, e nele, meus quatro filhos pequenos viverão em uma nação em que não serão julgados pela cor de suas peles, mas pelo conteúdo de seus caráteres."
Martin Luther King Jr. (✰1929/✞1968) foi um ministro batista e ativista social que se tornou o mais proeminente líder do movimento pelos direitos civis nos Estados Unidos, de meados da década de 1950 até seu assassinato em 1968.

Ele lutou incansavelmente contra a segregação racial e a discriminação por meio da resistência não violenta e da desobediência civil, inspirado na filosofia de Mahatma Gandhi (✰1869/✞1948).

Ele foi uma figura central na luta pelos direitos civis nos Estados Unidos, e sua importância reside em sua liderança na resistência não violenta contra a segregação racial e a injustiça social.

Seu legado se estende para além de sua época, influenciando movimentos por igualdade e justiça em todo o mundo.

Com a biografia dele damos início a essa série especial de artigos, Grandes Nomes.

A história


Nascido Michael Luther King Jr., mais tarde seu nome foi mudado para Martin.

Seu avô começou o longo mandato da família King como pastores da Igreja Batista Ebenezer em Atlanta, servindo de 1914 a 1931; seu pai deu sequência até 1960.

E, de 1960 até 1968 quando morreu, Martin, atuou como co-pastor da igreja.

Martin frequentou as escolas públicas no Estado da Georgia nos tempos da segregação racial, completando o segundo grau aos 15 anos.

Em 1948, concluiu a faculdade no Morehouse College, uma destacada instituição negra de Atlanta, na qual, tanto seu pai quanto o avô também se graduaram.

Em 1951, ele concluiu o bacharelado, depois de três anos de estudos teológicos no Seminario Teológico Crozer, na Pennsylvânia, onde foi eleito presidente de uma classe de veteranos predominantemente branca.

Com a amizade conquistada em Crozer, ele se inscreveu em estudos avançados na Universidade de Boston, completando sua residência para o doutorado em 1953 e se graduando em 1955.
Ali em Boston, ele conheceu se casou com Coretta Scott (✰1927/✞2006), uma jovem de talentos intelectuais e artísticos incomuns. Dois filhos e duas filhas completaram a família.
Em 1954, Martin Luther Kink foi aceito como pastor da Igreja Batista da Avenida Dexter em Montgomery — Alabama, onde sempre foi um ferrenho defensor dos direitos civis para os membros de sua raça.

Luta contra a segregação racial


Não existiu o Apartheid nos EUA da forma como existiu na África do Sul; o termo "apartheid" se refere ao sistema legalizado de segregação e discriminação racial na África do Sul.

No entanto, os EUA tiveram um período de segregação racial institucionalizada pelas leis de Jim Crow, especialmente no Sul do país, que forçava a separação de brancos e negros em escolas, transporte e outros locais públicos, além de restringir o direito de voto.

Essa discriminação foi combatida pelo Movimento dos Direitos Civis e foi efetivamente abolida no final da década de 1960.
King era, naquele tempo, um membro do comite executivo da Associação Nacional para o Avanço das Pessoas de Cor, a organização líder de seu gênero na América.

Ele estava preparado, pois, bem cedo, em dezembro de 1955, para aceitar a liderança da primeira grande demonstração negra de não violência contemporânea nos Estados Unidos — o boicote a companhia de ônibus de Montgomery.

O boicote durou 382 dias. Em 21 de dezembro de 1956, a Suprema Corte amaricana decretou a incostitucionalidade do decreto que exigia segregação racial em ônibus, [e a partir dali...] negros e brancos passaram a usar o mesmo ônibus com os mesmos direitos.
Durante os dias do boicote King foi preso, sua casa explodida, ele sofreu abuso pessoal, mas, ao mesmo tempo, emergia com um lider negro de primeira magnitude.
Em 1957, ele foi eleito presidente da Conferência de Lideranças Cristãs do Sul, uma organização formada para prover novas lideranças para o agora emergente, Movimento dos Direitos Civis.

Os ideais da nova organização foram tomados do cristianismo, mas com as táticas operacionais de Gandhi.

Militância

No período de 11 anos (1957/1968), King viajou mais de 10 milhões de quilômetros, e discursou mais de 2.500 vezes; e aparecendo sempre onde havia injustiça, protesto, ações.
Neste interim, escreveu cinco livros e numerosos artigos.Naqueles anos, ele liderou um protesto maçiço em Birmingham, Alabama, que chamou a atenção do mundo inteiro, providenciando o que se chamou "coalizão de consciências", e se inspirou para escrever "Carta de um cárcere de Birmingham" um manifesto da revolução negra; ele planejou a grande carreata no Alabama pelo direito de votar dos negros, e ele dirigiu a marcha pela paz em Washington, D.C, a frente de 250.000 pessoas para quem pregou seu mais famoso sermão,

"I have a dream (Eu tenho um Sonho)".


Ele foi recebido pelo presidente Lyndon B Johnson (✰1908/✞1973); foi preso, depois disso, cerca de 20 vezes, e atacado no mínimo por 4 vezes, e ele foi agraciado com 05 honrarias , e ele foi nomeado o "Homem do ano" pela Revista Time em 1963; e ele se tornou não apenas o símbolo dos negros americanos como também em uma figura reconhecida mundialmente.

Com a idade de 35 anos, Martin Luther King, Jr. foi o homem mais jovem a receber o Prêmio Nobel da Paz. Quando recebeu a notícia da sua escolha, ele anunciou que entregaria o dinheiro do prêmio para o fomento do movimento dos direitos civis.

Na tarde de 04 de abril de 1968, enquanto estava na janela de um quarto de hotel em Memphis, Tennesse onde ele fora para liderar uma marcha de protesto em apoio a greve dos lixeiros daquela cidade, ele foi assassinado.

Legado histórico

  • 1. O discurso "I have a dream" marcou um ponto de virada na história dos Direitos Civis mundiais
'Eu tenho um sonho, eu sonho que meus filhos um dia viverão em um país onde não serão julgados pela cor de sua pele...' 
é uma de suas declarações mais marcantes de King presentes no discurso "I Have a Dream".
  • O trecho proferido em seu discurso durante a Marcha sobre Washington, em agosto de 1963, contou com a presença de mais de 250 mil pessoas, segundo a Biblioteca do Congresso em seu site.
  • A marcha teve um impacto real e se refletiu na proclamação das Leis dos Direitos Civis e dos Direitos de Voto, nos Estados Unidos, que garantiu o sufrágio (voto) livre a todos os cidadãos do país sem restrições discriminatórias.

    Até então, alguns estados norte-americanos haviam limitado o direito de voto com base na raça ou na alfabetização, diz a ONU.

    A entidade também reforça que o trabalho árduo de King lhe rendeu grande poder de convocação e permitiu que ele liderasse eventos históricos.
  • 2. Martin Luther King Jr. discursou mais de duas mil vezes durante a sua vida. Entre suas palavras mais marcantes está o já citado discurso "I Have a Dream", que foi proferido no Lincoln Memorial durante a Marcha sobre Washington (nos Estados Unidos), como mostra a foto. Embora a Marcha sobre Washington tenha sido uma de suas manifestações mais importantes, o líder pelos direitos civis teve outras atitudes notáveis.
  • De acordo com o site do Prêmio Nobel, em um período de 11 anos — entre 1957 e 1968 —  King viajou quase 10 milhões de quilômetros e discursou mais de 2.500 vezes. Ele também escreveu cinco livros e vários artigos.
  • Além disso, ele liderou protestos, planejou campanhas, encontrou-se com o presidente John F. Kennedy (✰1917/✞1963) e foi preso mais de 20 vezes. Ele também recebeu cinco títulos honorários e se tornou não apenas um importante líder americano, mas também uma figura mundial.
  • 3. Martin Luther King foi o mais jovem ganhador do Prêmio Nobel da Paz.
  • O ativista recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1964 e era, até então, o homem mais jovem a receber esse reconhecimento. Segundo o próprio site do prêmio, o Nobel dado a ele foi motivado.
"por sua luta não-violenta pelos direitos civis da população afro-americana". 
Quando foi notificado por ter ganhado o Nobel da Paz, King anunciou que usaria o dinheiro do prêmio (cerca de 54 mil dólares na época) para promover o movimento pelos direitos civis.
  • Em 4 de abril de 1968, aos 39 anos de idade, King viajou para a cidade de Memphis, nos Estados Unidos, para apoiar uma greve dos trabalhadores do saneamento da cidade. Lá, segundo a Biblioteca do Congresso, ele foi baleado e morto enquanto estava na varanda de um hotel.

Conclusão


Pedra da Esperança no memorial de Martin Luther King Jr. Foto de Bill Shugarts — 
Serviço de Parques Nacionais. Departamento de Parques Nacionais. Departamento do Interior, Estados Unidos.

Entre os anos de 1955 a 1968, quando foi assassinado, Martin Luther King liderou e defendeu a luta por igualdade e o respeito aos direitos humanos da população negra nos Estados Unidos, reforçando a necessidade do reconhecimento de direitos em especial de pessoas mais pobres e de todas as vítimas de injustiça, como afirma a ONU.

Por meio de protestos pacíficos e discursos proeminentes, o ativista deixou uma marca indelével na história em meio a uma sociedade na qual a discriminação e o racismo persistiam apesar da adoção da Declaração Universal dos Direitos Humanos, reconhece a ONU.

O aniversário do nascimento do ativista se liga ao Dia de Martin Luther King Jr., uma efeméride que é comemorada toda terceira segunda-feira de janeiro nos Estados Unidos.


Ao Deus Todo-Poderoso e Perfeito Criador, toda glória.
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E nem 1% religioso.