quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

EU NÃO ME ESQUECI — O DESAPARECIMENTO DE PRISCILA BELFORT

Foto: Arquivo pessoal
Todas as informações contidas no texto deste artigo, são de acordo com os autos do Ministério Público e inúmeras publicações disponíveis na internet.
Um documentário, que está em produção na plataforma de streaming Disney+, visa contar a vida de Priscila Belfort e desmentir rumores que circularam na época de que ela seria usuária de drogas.

Em entrevista ao Canal Ciências Criminais, Joana Prado, esposa do lutador de MMA Vitor Belfort, desabafou sua indignação sobre essas especulações:
Foto: Reprodução redes sociais
"Minha cunhada não teve a oportunidade de concluir a faculdade dela, de casar, de ter filhos. A gente não sabe, na verdade, se a Pri tá viva ou se a Pri tá morta.

Se ela passa frio, se ela tá feliz ou se ela está lá com o nosso Senhor. A dor é grande. A dor é diária. Eu estou aqui para alertar você que o caso de desaparecimento de pessoas é real”,

 disse Joana.

Ela também expressou sua preocupação com o caso e destacou o estranhamento em torno do desaparecimento de Priscila desde o início. Joana Prado concluiu alertando sobre a realidade dos desaparecimentos de pessoas e o impacto que isso causa nas famílias.

O intrigante e ainda misterioso caso do desaparecimento de Priscila Belfort, é mais um capítulo da minha série especial de artigos "Eu Não Me Esqueci".

Relembre o caso


Em recente reportagem, o programa Fantástico da Rede Globo, disse que no Brasil teve mais de 200 mil desaparecidos de 2019 a 2021, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Ainda de acordo com a matéria, em média, a cada dia, 183 pessoas desaparecem no país. É como se um avião sumisse do radar diariamente. Na outra ponta dessas estatísticas, 112 mil pessoas foram encontradas neste período. Mas e as outras?
 
Sempre que Vitor Belfort ou alguém da família dele aparece para falar sobre Priscilla Belfort, o momento é de comoção. A irmã do lutador está desaparecida há 20 anos, tendo 29 anos de idade na época, e o caso permanece sem solução.

Funcionária pública da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, no Rio de Janeiro, Priscilla foi vista pela última vez quando saiu durante uma pausa do trabalho para almoçar, nas proximidades do emprego. Ela nunca mais foi vista!

O desaparecimento de Priscila, é ainda um grande mistério e tristemente um caso sem solução. Há 20 anos a família, que já sofreu demais, ainda chora e luta por respostas.

No dia de 9 de janeiro de 2004, dia do desaparecimento, aos 29 anos, Priscila acordou indisposta e resolveu pegar uma carona com a mãe, Jovita Belfort, até o trabalho. Priscila só foi por insistência da mãe. A jovem entrou no trabalho e saiu horas mais tarde, sozinha, avisando aos colegas que ia almoçar. Foi a última vez que Priscila foi vista.

Não houve nenhum pedido de resgate. Nos meses seguintes, os parentes levantaram várias possibilidades para o sumiço, inclusive algum tipo de confusão mental. Segundo a família, ela já havia sofrido lapsos de memória no passado, mas nunca a ponto de perder o contato com os parentes.

Ao longo da investigação, a polícia apontou suspeitos e chegou a realizar exame de DNA em um corpo encontrado carbonizado numa favela do Rio. De acordo com a família, no dia do desaparecimento, Priscila tinha apenas R$ 40 no bolso.

As especulações


Em 2007, foi feita uma denúncia de que, devido a uma dívida de R$ 9 mil que Priscila tinha com um casal de traficantes do Morro da Mangueira teria sido a causa do seu desaparecimento, em janeiro de 2004, segundo Elaine Paiva da Silva, que, à época, com 27 anos, se entregou ao Ministério Público e confessou ter participado do assassinato da jovem.

De acordo com o depoimento de Elaine, Priscila e o namorado deviam R$ 9 mil a um casal, que conhecida o traficante preso em Bangu I. Eles teriam pedido ao TAL bandido para fazer uma "pressão psicológica" em Priscila para o pagamento da dívida. 

Ainda segundo Elaine, o primeiro contato do bandido com ela foi feito em outubro e a ação do sequestro, que envolveu oito pessoas, aconteceu em janeiro. Além disso, ela disse que outras oito pessoas estariam envolvidas. 

Através de investigações, os policiais da 75ª DP (Rio D'Ouro) conseguiram prender alguns dias depois mais quatro supeitos de envolvimento no suposto, entre eles uma outra mulher.

Em seu depoimento, a denunciante ainda disse que Priscila teria passado por dois cativeiros e foi morta porque o casal que queria receber o pagamento teria desistido da cobrança. Foi quando o bandido de Bangu I disse para os sequestradores que não haveria mais pagamento e eles poderiam fazer o que quisessem com a vítima. 
"Segundo Elaine, o pessoal do cativeiro ficou com medo porque ela (Priscila) viu o rosto de todo mundo. Foi aí que o tal do Adriano (outro envolvido no crime) resolveu matar Priscila"
disse o delegado do caso. 
Porém, nada disso nunca foi comprovado e todos os suspeitos que haviam sido presos, foram soltos posteriormente.

Conclusão


Foto: UOL
Não importa o tempo que passou, quase inconscientemente as famílias de pessoas desaparecidas ainda nutrem uma esperança de rever os entes queridos.
"Vivo ou morto, todas as mães querem respostas. É uma ferida aberta"
diz Jovita Belfort,  em um trecho do excelente e necessário documentário "Cadê você?", sobre os casos de várias pessoas desaparecidas no Brasil, em casos até hoje não solucionados.

Priscila Belfort teria comemorado seu aniversário de 49 anos de idade no dia 5 de dezembro do ano passado, e esse foi o momento ideal para que Vitor e a família relembrasse e homenageasse a irmã.

Embora a polícia trabalhe com a hipótese de homicídio e não de sequestro, já que nunca houve um pedido de resgate, a família de Vitor acredita que Priscila esteja viva.

O fato é que o desaparecimento de Priscila Belfort segue ainda como um grande mistério e um sentimento de verdadeiro e compreensível desconforto por parte da família da moça, assim como os de todas as famílias com histórias semelhantes, imersas num sentimento de saudades, incertezas, frustração e impunidade. 
Ainda que muitos se esqueçam, eu não me esqueci!

Escrevi mais sobre este tema nos artigos:

[Fonte: Canal Ciências Criminais, original por Daniele Kopp (acessado em 24/01/2023). Observatório da TV, original por Cintia Lima (acessado em 24/01/2023). Gazeta do Povo, original (acessado em 24/01/2025).]

Ao Deus Todo-Poderoso e Perfeito Criador, toda glória.
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