"A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda. Melhor é ser humilde de espírito com os mansos, do que repartir o despojo com os soberbos" (Provérbios 16:18,19).
Poderia estar escrevendo um texto sobre outro pastor caído a cada semana, porque essa parece ser a frequência na qual eles caem. Um grande número de ministros sem plataformas nacionais ou globais são contabilizados neste número, mas estranhamente, estas quedas só parecem nos "afetar" quando é um cara com uma grande plataforma midiática.
É um fenômeno estranho, não é? Podemos não conhecer os grandes caras de forma alguma, mas o fato deles serem, pelo menos na cultura evangélica, um "nome familiar", faz com que seja mais pessoal (Isto não se trata apenas de evangélicos, é claro — tablóides e sites de fofocas [agora, temos até os "especializados" especificamente em fuxicos gospel] regularmente publicam fotos com a mensagem "celebridades: são assim como nós!").
É um fenômeno estranho, não é? Podemos não conhecer os grandes caras de forma alguma, mas o fato deles serem, pelo menos na cultura evangélica, um "nome familiar", faz com que seja mais pessoal (Isto não se trata apenas de evangélicos, é claro — tablóides e sites de fofocas [agora, temos até os "especializados" especificamente em fuxicos gospel] regularmente publicam fotos com a mensagem "celebridades: são assim como nós!").
Mas, qual origem de tudo isso? Antes de tentar responder, é salutar que entendamos o que nos diz a Bíblia sobre o que alicerça tudo isso: a vaidade.
Qual o significado bíblico de "vaidade"?
Uma das mais famosas frases bíblicas é atribuída ao autor designado Qohélet, ou também conhecido como Eclesiastes. Qohélet vem de Qahal, em hebraico e Eclesiastes vem de Ekklesia, ambas as palavras podem ser traduzidas por "Assembleia" ou "aquele que preside uma assembleia", podendo ser também traduzido livremente por "pregador".
Ele diz, enfaticamente:
"Vaidade das vaidades, tudo é vaidade" (Ec 1:2).
Esse personagem incorpora a tradição sapiencial, cuja literatura também é conhecida como sabedoria de Israel, traduzindo um tempo difícil, sem muitas perspectivas e sentido, circunscrito por muitas crises existenciais, que levam o ser humano daquele tempo a questionar o verdadeiro significado da vida.
O livro do Eclesiastes é tradicionalmente atribuído a Salomão, que viveu entre os anos 971 a 931 a.C. Teria sido um escrito de sua velhice, há quem assim concorde. Em Eclesiastes 1:1 se lê:
"Palavra do pregador, filho de Davi, rei em Jerusalém".
O tom deste livro é pessimista e mostra a condição débil da vida humana. A palavra "vaidade", tradução utilizada pelo português ao termo hebraico hebel, não é verdadeiramente a melhor. A palavra hebel pode ser traduzida literalmente por "fumaça", "vento", "hálito" ou ainda "brisa" e está literalmente associada a algo que não se prende, que é volátil. Assim, a vida, repleta de vaidade, é vida fugaz e passageira. Entendido isto, prossigamos.
Luzes (muitas, por favor), camêras, performances...
Fã-clubes se multiplicam nas redes sociais, e há desde crianças até adultos envolvidos nestes. Quem se envereda por este meio percebe rapidamente que na maioria dos casos a postura de seguidores de Cristo passa longe. Não é possível generalizar, mas o que vemos atualmente entre os fãs de cantores, não os diferenciam em nada aos fãs de Luan Santana ou de Ivete Sangalo, grandes nomes atuais da música nacional.
Para qualquer cantor é positivo ter admiradores, pessoas que intercedam por seu ministério, que divulguem o seu trabalho para outras pessoas, comprem seus produtos, consumam sua arte. Mas não é só isso o que vemos.
Estes admiradores passaram a ver seus "admirados" (Argh! O termo aplicável é "Ídolos!") como um ser supremo, perfeito e intocável e ai de quem diga o contrário! Se um veículo publicar algo que de alguma forma vá contra os interesses da "fanzaiada", prepare-se para as pedras. Há uma ditadura do fale bem, ou fica calado que é melhor (traduzindo para o "evangeliquês": "Ai de quem tocar no ungido do Senhor!")
Em toda a preocupação exacerbada sobre os últimos escândalos de celebridades evangélicas, no entanto, eu não vejo muita novidade naquilo que é dito. Até certo ponto, isso é compreensível, já que os problemas enfrentados não são novos — o orgulho, ira, luxúria e claro, ela, a vaidade, etc — nem muito menos estão limitados a aqueles no ministério. Estes antigos problemas universais exigem as mesmas soluções antigas e universais, um arrependimento nosso genuinamente movido pela graça, e uma libertação graciosamente gloriosa de Deus.
Quem não se lembra de um episódio recente, envolvendo um conhecido cantor gospel mineiro, aqui de Belo Horizonte, cuja fama foi meteórica (acompanhada, oviamente de um rastro de polêmicas), que, quando se viu no topo do pináculo do templo da fama, infelizmente, veio o inevitável: caiu dele bem mais rápido do que subiu (é claro que, por uma questão de ética, eu não vou dizer o nome do amado)?
Um abismo, chama outro abismo
"Um abismo chama outro abismo" é uma expressão bíblica que significa uma tribulação contínua que se estende de aflição em aflição. Em outras palavras, é uma angústia chamando outra angústia, um problema convocando outro problema, uma inquietação trazendo outra inquietação.
Essa expressão está registrada no Salmo 42, onde o salmista diz:
"Um abismo chama outro abismo, ao ruído das tuas catadupas; todas as tuas ondas e vagas têm passado sobre mim" (Sl 42:7).
É verdade que essa frase já foi interpretada e aplicada de diferentes maneiras. É comum, por exemplo, ouvir alguém empregando a declaração: "um abismo chama outro abismo" no contexto de uma vida pecaminosa, de modo a afirmar que um pecado chama outro pecado.
Já que estamos falando sobre pessoas famosas...
sem dúvida essa lógica faz sentido, pois de fato é uma verdade bíblica de que pecado gera pecado. Isso nos lembra a história de Davi. Após cometer adultério com Bate-Seba, o rei de Israel ainda tramou a morte do marido daquela mulher (2 Samuel 11).
Então de forma isolada e específica, até podemos usar a metáfora "um abismo chama outro abismo" para exemplificar o poder destrutivo do pecado. Porém, é importante saber que no contexto do Salmo 42, certamente esse não é o sentido pretendido pelo autor bíblico.
Na verdade o salmista escreveu essas palavras durante um momento de grande dificuldade em sua vida. Ele havia saído de Jerusalém, estava longe do Santuário e se sentia distante do Senhor. Por outro lago, ele experimentava de perto a perseguição de seus inimigos. Com sua alma abatida, ele se levantou em clamor pedindo o socorro do Senhor.
Na frase "um abismo chama outro abismo" a palavra "abismo" traduz um termo hebraico que indica as profundezas dos oceanos. Isso quer dizer que nessa declaração o salmista emprega essa palavra para falar das profundezas das águas no sentido de descrever a violência das torrentes que formam ondas após ondas.
Algumas traduções bíblicas são úteis para esclarecer o significado dessa frase. A Nova Versão Internacional (NVI), traduz esse verso da seguinte forma:
"Abismo chama abismo ao rugir das tuas cachoeiras; todas as tuas ondas e vagalhões se abateram sobre mim".
Já a versão King James (KJA) traz:
"Do abismo as águas chamam as torrentes no troar de suas cataratas, e todos os vagalhões se precipitaram sobre mim."
Essa frase relembra a imagem dos primeiros estágios da criação apresentada no livro de Gênesis, quando havia trevas sobre o abismo e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas (Gênesis 1:2).
O salmista empresta essa imagem do caos e a aplica como uma figura de linguagem para descrever seu desespero e tribulação. Ele estava enfrentando tribulação após tribulação, angústia sobre angústia. Na perturbação de sua alma, aquelas aflições pareciam não ter fim, era como um abismo chamando outro abismo, isto é, adversidade convocando adversidade.
Portanto, o salmista compara suas muitas aflições aos golfos do mar, às águas profundas do oceano, não apenas no que diz respeito a sua quantidade abundante, mas também ao seu poder avassalador. Ele estava submerso por um mar de sofrimentos.
João Calvino (✩1509/✞1564) explica a declaração "um abismo chama outro abismo" dizendo que essas palavras expressam a profundidade e a longa continuidade das misérias que o salmista sofreu. É como se ele dissesse ser oprimido não apenas com um tipo de miséria, mas com vários tipos de angústias que retornavam seguidamente sobre ele de todos os lados, de modo que essas inquietações pareciam não ter fim e nem medida. Isto posto, prossigamos.
Visão ofuscada pela luminosidade dos holofotes midiáticos
A pergunta que não quer calar é: onde estão nossos ministros que "não veem" isso? Fazem vistas grossas a atitudes inaceitáveis e não se posicionam contra essa idolatria que tem tomado conta dos jovens cristãos. Muitos sequer pisam na igreja, mas não perdem um show, um evento, um ajuntamento, uma marcha... Não sabem quantos livros há na Bíblia, mas sabem de cor e salteado TODAS as canções da diva/musa/deusa/mito/deus grego gospel.
E assim vemos as mesmas fórmulas de sempre sendo entregues em posts e tweets e sermões e podcasts: prestação de contas e honestidade, muita conversa sobre limites e barreiras de proteção e coisas parecidas. Pastores são relembrados a não ficarem sozinhos com as mulheres, etc.
A maioria dessas palavras são boas, conselhos que foram experimentados e são verdadeiros. Dentro do movimento de renovação evangélica, é claro, estamos indo mais fundo em problemas no coração e idolatria, e isso é uma coisa boa também. Descobrir como o evangelho fala acerca das idolatrias e pecados enraizados que parecem peculiares a obra do ministério pastoral é realmente importante.
No entanto, estamos identificando outra coisa aqui, algo que atravessa tribos evangélicas. É o problema do "pastor (ou seria melhor dizer "spiritual coach", para ficar mais chique?)-celebridade", onde participamos da maior elevação da plataforma de um pastor que conseguimos e depois depositamos nele toda a expectativa que pudermos juntar.
O resultado, naturalmente, é que ele é insustentável e propenso a cair. Há perigos em tentações na pequenez pastoral e na obscuridade também, mas as tentações perigosas mais proeminentes na grandeza pastoral são essas idolatrias: a adoração do pastor-celebridade por seus fãs e por si próprio.
Por isso, vamos aceitar a solidez dos típicos limites relacionais e ministeriais que cada pastor e sua igreja deve ter estabelecido. Mas o que mais podemos fazer? Quais são algumas coisas específicas e práticas que podem ser feitas para trabalhar contra a idolatria do pastor, cantor, banda, músico bem-sucedido? Eu tenho algumas ideias. Elas não são coisas fáceis de fazer, é claro, mas as coisas sábias raramente vêm facilmente.
Bíblia, Bíblia e mais Bíblia
Para a tradição bíblica sapiencial, cuja sabedoria é seu norte, a vida de um tolo e de um sábio se diferencia por suas opções: injustas ou justas, más ou boas. O destino de ambos é sempre a morte, porém o justo brilhará por sua conduta e sua fé. Em contrapartida, o injusto não brilhará, pois se ofuscou a si mesmo, desviou-se da luz do amor de Deus, por isso, não a refletirá na eternidade.
O sábio não se deixa guiar pela soberba, mas tem no coração a humildade e reconhece-se limitado e pecador, buscando sempre crescer e abrir-se ao projeto criacional de Deus, que o fez a sua imagem e segundo sua semelhança (Gn 1:26).
O ignorante deixa-se levar pela soberba e em muitos casos se acha melhor que os outros, não se importando com a vida dos demais, bastando-se a si mesmo e desejando levar vantagens em tudo. A vaidade é filha da ignorância, da falta de autoconhecimento e da sensatez de que a vida é passageira. A limitação, a morte, em todo caso não é de longe ruim, pois nos atrela à obra da criação que tem seu começo, seu desenvolvimento e terá seu fim.
A soberba nos leva, todavia, a considerar que a finitude não existe e que seremos eternamente felizes e realizados. Porém, a felicidade e a realização são realidades momentâneas, passageiras e frutos de gozos imediatos, mas que desejamos plenificar e prolongar.
O apóstolo Paulo — outro famoso — resumiu isso de maneira espetacular e confrontadora no capítulo 4 de sua segunda epístola à igreja de Corinto (não demore em ler, é só clicar no link).
O soberbo se vê refém da alegria fugaz e alienante. Tal alegria imediata, fruto de conquistas de coisas ou títulos, não pode ser em espécie alguma comparada àquela que Deus deseja para nós, no porvir da vida eterna, da vida sem ocaso, da eternidade que é a realidade proveniente de Deus, da qual nós um dia participaremos pela fé de forma perene.
O soberbo se vê refém da alegria fugaz e alienante. Tal alegria imediata, fruto de conquistas de coisas ou títulos, não pode ser em espécie alguma comparada àquela que Deus deseja para nós, no porvir da vida eterna, da vida sem ocaso, da eternidade que é a realidade proveniente de Deus, da qual nós um dia participaremos pela fé de forma perene.
Só podemos combater a soberba e a falsa ideia de que nossa vida é melhor ou mais importante que a dos outros se nos abrirmos ao amor de Deus, que nos conduz à sabedoria, à vivência da justiça e do direito, que significa que todos nós devemos e podemos ser felizes, e não apenas alguns podem gozar da felicidade.
Há uma inter-relação entre os sujeitos humanos e com isso vemos formar uma grande teia de relações; interligadas umas às outras, as pessoas humanas se revelam partícipes da vida uma das outras.
Toda esta realidade nos leva a perceber que tudo que vivemos e experimentamos baseia-se na parceria entre o ser humano e Deus e o ser humano com seu semelhante.
À medida que percebemos que nossas vidas estão entrelaçadas, por causa da tessitura que o Criador utilizou para nos criar, chegamos à certeza que nossa vida não é pior, nem melhor que a dos outros; ela é apenas diferente, pois cada um sabe a dor e a alegria de existir, de projetar sua existência, sonhar e se lançar na construção de si e de suas relações.
A verdadeira maturidade se atinge quando chegamos à conclusão que Deus nos criou a todos e todas para a realização, à plenitude e ele só será pleno quando nós formos felizes.
Por fim, somos convidados pela Palavra de Deus a vivermos a humildade, na certeza de que somos parte do grande sistema criado por Deus. Ele nos ama e quer que nos coloquemos na mesma dinâmica do amor, sendo seus sinais neste mundo, a fim de construirmos uma sociedade mais justa e fraterna, onde o amor e a paz possam se abraçar.
Até quando você vai se omitir? É muito conveniente fingir que não enxerga o óbvio, mas até quando? Até quando o lucro e o dinheiro valerá mais que almas?
Provavelmente se impor, falar a verdade vá arranhar a imagem perante os fãs, poderá perder possíveis consumidores de seus inúmeros produtos, mas até quando? Será que é preciso ser engolido por um grande peixe para que você fale?
João Batista perdeu a cabeça por dizer a verdade ao rei Herodes. Paulo e Silas foram presos e mortos por pregarem o evangelho aos povos. Mas Isso já é pedir demais para os "ministros modernos" não? Até quando você vai aceitar (ou, pior, querer) ser um ídolo gospel?
Ver os artistas e/ou os pastores como gurus da cultura ou como bobos da corte, e cobrar deles um sucesso que só virá se aderirem à moda do momento, por exemplo, não são problemas novos.
É preciso ter discernimento para interpretar o que está por trás disso e buscar soluções para o cenário de hoje. E para começar a compreender a afirmação do título, fica uma frase de Rookmaaker ([✩1922/✞1977] não conhece, nunca ouviu falar dele? Pois deveria.):
"As coisas têm valor por aquilo que são, e não pelas funções que exercem, por mais que estas sejam importantes".
Há como, então, não viver de vaidades, já que somos muitas vezes arrastados e seduzidos a elas? Para descobrirmos a resposta para esta questão é preciso refletir na própria condição da vida, perceber sua significância, ver as dificuldades que nos circundam e nos perguntarmos sobre o que é mais importante para tecermos a rede de nossa existência, sem que ela se torne fugaz e passageira como o vento, mas seja algo consistente e memorável.
Conclusão
Como uma comunidade de crentes, devemos fazer tudo ao nosso alcance para evitar a corrupção na Igreja, e usar os padrões da América corporativa em vez de Cristo só levará a mais decadência moral.
Também somos ordenados a nos proteger contra falsos mestres e aqueles que vêm como lobos em pele de cordeiro para enganar o rebanho (2 Pedro 2). Finalmente, nossa frequência à igreja deve ser focada em nos aproximar de Deus, não idolatrar um pregador e seu estilo moderno.
Tudo isso sendo verdade, não podemos descartar como Deus usa algumas dessas instituições para atrair pessoas como eu. Talvez eu acabasse encontrando meu caminho para Cristo por outro meio, mas a sabedoria da parábola me faz pensar.
O Mestre dos mestres, que ignorou a fama, para, no cumprimento do seu ministerial, morrer na ignomia é Quem me ensinou:
"Jesus lhes contou outra parábola, dizendo: 'O Reino dos céus é como um homem que semeou boa semente em seu campo. Mas enquanto todos dormiam, veio o seu inimigo e semeou o joio no meio do trigo e se foi.
Quando o trigo brotou e formou espigas, o joio também apareceu. Os servos do dono do campo dirigiram-se a ele e disseram: "O senhor não semeou boa semente em seu campo? Então, de onde veio o joio?" "Um inimigo fez isso", respondeu ele.
Os servos lhe perguntaram: "O senhor quer que vamos tirá-lo?" Ele respondeu: "Não, porque, ao tirar o joio, vocês poderão arrancar com ele o trigo. Deixem que cresçam juntos até à colheita. Então direi aos encarregados da colheita: Juntem primeiro o joio e amarrem-no em feixes para ser queimado; depois juntem o trigo e guardem-no no meu celeiro"'" (Mateus 13:24-30 — grifo acrescentado para efeito de ênfase).
[Fonte: Estilo Adoração; Dom Total]
A Deus toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
E nem 1% religioso.
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. Não confuda avanço na vacinação e flexibilização com o fim da pandemia
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