quinta-feira, 11 de março de 2021

A BÍBLIA COMO ELA É: DO TABERNÁCULO A CRISTO — 5) CONCLUSÃO

No quinto e último capítulo dessa série, vamos ter a conclusão dessa síntese sobre a figura profética do Tabernáculo apontando para Jesus Cristo e sua missão messiânica. 

Entendendo o contexto


Jesus, como sumo sacerdote de uma nova dispensação, abriu caminho para Santo dos Santos a todos os crentes, porque o véu de separação foi rasgado de cima abaixo, na ocasião da sua morte na cruz.

Apesar dos serviços no templo de Jerusalém terem continuado algum tempo depois da morte de Jesus, o rasgar do véu do santuário revelava que aquela forma de culto havia sido trocada por uma nova, a do novo pacto instituído no Seu sangue, como de fato ocorreu, com a destruição do templo em 70 d.C. pelos romanos, e desde então nunca mais existiu sacerdócio levítico com apresentação de sacrifícios, mesmo com o retorno dos judeus à Palestina.

O rasgar do véu do templo tipificava o rasgar do véu do novo e vivo Tabernáculo, que foi a carne de Jesus sendo rasgada na cruz. O seu próprio corpo é o tabernáculo perfeito no qual se cumpriu tudo o que era exigido para a expiação do nosso pecado, porque no seu corpo habitava toda a plenitude da perfeição das naturezas tanto humana, quanto divina. Corpo este que foi formado pelo Espírito Santo.

Assim, em relação ao tabernáculo terreno, não somente o primeiro tabernáculo (Lugar Santo) foi extinto, como também o segundo tabernáculo (Santo dos Santos), porque Cristo não exerce seu oficio sumo sacerdotal para a purificação do pecado de todos os crentes, num tabernáculo erigido por mãos humanas, mas no tabernáculo celestial, não feito por mãos, do qual aquele antigo era apenas uma figura (Hebreus 8:1,2).

Resumo do que vimos até aqui

  • 1º. Tabernáculo — Símbolo da presença de Deus
"E me farão um santuário, e habitarei no meio deles" (Êxodo 25:8). 
"E o verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória o unigênito do Pai cheio de graça e de verdade" (João 1:14).
  • 2º. Cortina do Átrio (Pátio) — Símbolo da humanidade perfeita de Jesus.
"...o pátio terá cortinas de linho fino... E à porta do pátio haverá uma coberta [...] de azul, e púrpura, e carmesim e linho fino torcido" (Êx 27:9b).
Azul — Divindade
"Tomé respondeu e disse: 'Senhor meu e Deus meu'." (Jo 20:28).
Púrpura —  Realeza  (Ap 19:16) 
"E no vestido e na sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis, e Senhor dos Senhores" (Apocalipse 19:19).
Carmesim (cor vermelha muito viva) — Sangue
"E da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dos mortos e o príncipe dos reis da terra. Aquele que nos ama, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados" (Ap 1:5).
  • 3º. Porta —  Jesus, O caminho.
"E a porta do pátio haverá uma coberta de vinte côvados..." (Êx 27:16a)
"Eu sou a porta; se alguém entrar por mim salvar-se-á entrará, e sairá e achará pastagem" (Jo 10:9).
  • 4º. O altar —  Jesus, Sacrifício perfeito.
"Farás também o altar de madeira de cetim" (Êx 27:1).
"Se o sangue dos touros e bodes, a cinza duma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica quanto à purificação da carne, quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado (puro) a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?" (Hb 9:13,14).
  • 5º.  A pia de bronze —  Jesus, a água viva
"Fez também a pia de cobre com sua base de cobre" (Êx 38:8).
"E Jesus respondeu [assim como fez também à mulher samaritana (Jo 6:33-35]: 'Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo.' Disseram-lhe pois: 'Senhor dá-nos sempre desse pão.' E Jesus lhes disse: 'Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim nunca terá fome'" (Jo 4:10).
  • 6º. O candelabro de ouro — Jesus, a luz do mundo.
"Também farás um castiçal de ouro puro..." (Êx 25:31).

O significado das 6 hastes do candelabro

  1. Guevura  —  Força, rocha.
  2. Irat Adonai  —  Sabedoria
  3. Ruach  —  O temor do Senhor
  4. Binah  —  Inteligência
  5. Etza  —  Conselheiro
  6. Daat  —  Entendimento, compreensão.
  • 7º. O altar do incenso  —  Jesus, nosso intercessor.
"E farás um altar para queimar incenso" (Êx 30:1).
"Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles" (Hb 7:25).
  • 8º. A mesa dos pães  —  Jesus, o pão da vida.
"Também farás uma mesa de madeira de cetim... E sobre a mesa porás o pão da proposição [presença] perante a minha face continuamente" (Êx 25:23,30).
  • 9º. A Arca e o Propiciatório  —  Jesus, o Rei entronizado.
"E olhei, e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono (...) Que com grande voz diziam: 'Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra e glória, e ações de graças...'" (Ap 5:11,12).

Conclusão


Os hebreus não eram muito propensos a representar Deus de forma visual; em vez disso, eles o representavam em palavras. Que melhor maneira haveria do que um retrato espiritual de seu Deus sendo revelado pelo próprio Deus em testemunho de "palavras"? 

Pois foi nesse "testemunho" nas tábuas de pedra que o caráter absolutamente moral de Deus foi revelado. Quando Cristo veio, esses tipos e sombras passaram. Todas essas sombras deram lugar ao verdadeiro templo (Jo 2:19-22). 

Jesus, que antes de se encarnar, era a Palavra de Deus no Antigo Testamento, tornou-se a Palavra de Deus que "tabernaculou" entre os seres humanos (Jo 1:14; Colossenses 2:9).

Agora, Jesus, o verdadeiro Guerreiro Divino, age efetivamente em nome do seu povo através da sua Palavra (1 Tessalonicenses 2:13). Jesus é, agora, nossa luz e guia (Jo 8:12). 

Voltando-se para o que um autor chamou de "Acrópole da fé cristã", observamos que o apóstolo Paulo declara que Cristo agora realizou um sacrifício que aplacou a ira, um sacrifício de expiação pelos pecados do seu povo (Romanos 3:25). O tipo deu lugar ao antítipo.

Relação dos capítulos anteriores:

A Deus toda glória. 
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade. 
E nem 1% religioso. 
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. A pandemia não passou, a guerra não acabou.

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