domingo, 31 de agosto de 2025

BÍBLIA ABERTA — JESUS E A SAMARITANA: QUEBRANDO PRECONCEITOS

Muito ouvimos falar hoje sobre o combate aos preconceitos. O tema virou pauta política e slogans de militâncias ideológicas ensinamento.

Porém, já aprendemos na Bíblia que a prática dos ensinamentos de Jesus são contrários a qualquer tipo de preconceito social, racial, religioso ou qualquer outro tipo que seja, pois Ele, enfretando todo o espesso contexto preconceituoso de sua época, não apenas atendia, mas acolhia e tratava a todos com amor e igualdade, desafiando as estruturas rígidas de "puro" e "impuro" da sua época e afirmando que todos são iguais perante Deus.

Atos como o contato com leprosos e mulheres samaritanas demonstram sua rejeição às exclusões e ao julgamento, o que se reflete no Mandamento de amar ao próximo como a si mesmo.

De maneira prática, não apenas com discursos eloquentes, ideologias efêmeras ou interesses meramente populistas, Jesus nos ensinou a ruptura com as divisões sociais.

Jesus interagia com pessoas de diferentes "castas" e condições sociais, como os pobres, doentes, mendigos, pecadores e também pessoas de outras raças, que eram excluídas pelos doutores da Lei.
  • A cura de leprosos — Ao tocar e curar leprosos, Jesus desafiou a lei religiosa da época, que proibia o contato com pessoas consideradas impuras.
  • O caso da mulher samaritana — A conversa de Jesus com uma mulher samaritana, considerada "impura" e de uma etnia rival no contexto judaico, mostra seu rompimento com as barreiras sociais e religiosas.
E é justamente no encontro de Jesus com essa mulher samaritana, que iremos nos ater, neste capítulo da série especial de artigos Bíblia Aberta. Na dúvida, por favor, abra sua Bíblia.

Mais que um encontro, uma transformação


O encontro de Jesus com a mulher samaritana revela que Deus ama a todos, independentemente de sua origem e status social, e que a salvação está disponível para aqueles que reconhecem sua necessidade e creem no Messias.

Também aprendemos sobre a importância do testemunho pessoal, o processo gradual de revelação de Jesus, a verdadeira adoração em espírito e verdade, e a forma como Jesus atinge os marginalizados, mostrando que a fé pode levar à transformação e à evangelização.

Uma mulher sem nome, mas não sem uma identidade


A mulher samaritana, é uma daquelas personagens bíblicas emblemáticas. O que se sabe de concreto sobre ela, é só o que está escrito na conhecida na narrativa do evangelho de Jesus por João 4:1-30.

Ela recebe apenas uma passagem em toda a Escritura, mas podemos aprender muito com essa mulher inspiradora. Às vezes chamada de "A Samaritana" ou "A Mulher do Poço", me pergunto qual é o seu verdadeiro nome.

Sabemos que ela foi ostracizada por sua aldeia. Poderiam tê-la chamado de "Você Sabe Quem" ou "Aquela Mulher", entre outros títulos terríveis.

Mas Deus conhecia seu nome e cada fio de cabelo de sua cabeça. Seu filho amado, este Jesus, que respeitava as mulheres como nenhum outro líder religioso, fez de tudo para visitá-la.

Entendendo o contexto


A história da anônima mulher samaritana no poço, registrada apenas no Evangelho de João, é reveladora, cheia de muitas verdades e lições poderosas para nós hoje. 

A história da mulher junto ao poço segue o relato da interação de Jesus com Nicodemos, um fariseu e membro proeminente do Sinédrio judeu (3:1–21). 

Em João 4:4–42, lemos sobre a conversa de Jesus essa mulher samaritana solitária que veio buscar água em um poço (conhecido como poço de Jacó) localizado a cerca de 800 metros da cidade de Sicar, em Samaria.

Esta era uma mulher extraordinária. Ela era uma samaritana, uma raça de pessoas que os judeus desprezavam totalmente por não ter direito a seu Deus, e ela era uma pária e desprezada por seu próprio povo. 

Isso é evidenciado pelo fato de que veio sozinha tirar água do poço da comunidade quando, nos tempos bíblicos, tirar água e conversar no poço era o ponto alto social do dia de uma mulher. 

No entanto, esta mulher foi condenada ao ostracismo e marcada como imoral, uma mulher solteira vivendo abertamente com o sexto de uma série de homens.

A história da mulher junto ao poço nos ensina que Deus nos ama apesar de nossas vidas arruinadas.

Deus nos valoriza o suficiente para nos buscar abertamente, para nos receber à intimidade e se alegrar com a nossa adoração.

Como resultado da conversa com Jesus, somente uma pessoa como a samaritana, uma pária de seu próprio povo, poderia entender o que isso significa.

Sentir-se amada e valorizada quando ninguém, nem ela mesma, podia ver nela algo de valor: isso é graça.

Jesus desviou propositalmente sua rota. João escreve que Jesus "tinha que passar por Samaria" (4:4). Guiado pelo Espírito, Jesus "sentiu-se obrigado" a viajar por aquela região desprezada porque queria que uma mulher desesperada soubesse o quanto a amava.

Para alcançar o coração da mulher samaritana, Jesus superou vários preconceitos e rompeu várias barreiras. Quais foram essas barreiras? 
  • A barreira CULTURAL — Um rabino não podia conversar com uma mulher em público. Jesus não somente conversou com ela, mas lhe pediu um favor. A mulher tinha uma vida moral reprovada pela lei, por isso era desprezada. Mas Jesus a valorizou. A quebra dessa regra por Jesus podia significar para a cultura o fim de sua reputação.
  • A barreira RACIAL — Os samaritanos eram uma raça misturada. Os judeus consideravam os samaritanos combustível para o fogo do inferno. Eles não se davam. No entanto, Jesus conversou com a samaritana e lhe pediu um favor. A postura de Jesus sinaliza o rompimento do nacionalismo, o que demonstra a universalidade do evangelho.
  • A barreira RELIGIOSA — a separação entre judeus e samaritanos se relacionava, também, com a apostasia religiosa dos samaritanos. Os samaritanos não preservaram a fé intacta, perderam a identidade doutrinária, rejeitaram o Velho Testamento. Eles tinham uma religião cética, misturada e herética. A conversa de Jesus com a mulher samaritana tem todo esse cenário religioso como pano de fundo.
Vencidas essas barreiras, Jesus nos deixa exemplo de lições que devem estar presentes em nossas vidas, enquanto Seus seguidores (muito embora, infelizmente, saibamos que na prática, não é o que acontece).

Lições sobre Deus e a Salvação

  • Amor universal de Deus — Jesus não se importou com as barreiras culturais e preconceitos entre judeus e samaritanos, demonstrando que Deus não faz acepção de pessoas.
  • Salvação acessível — Jesus oferece a "água viva", simbolizando a salvação e a vida eterna, para todos que desejam e reconhecem sua sede espiritual.
  • Verdadeira adoração — Jesus explica que a verdadeira adoração ao Pai brota do interior, de uma vida em comunhão com Deus, e não de locais específicos.

Lições sobre evangelismo e missões

  • Sensibilidade e paciência — Jesus aborda a mulher com sensibilidade, começando por uma necessidade física (água) e gradualmente revelando-se como o Messias, mostrando um caminho paciente de evangelização.
No entanto, existem muitas outras verdades valiosas que emergem dessa história. Aprendemos que:

Preciosas lições que não deveriam ser esquecidas

  • 1) Somente por meio de Jesus podemos obter e receber a vida eterna (4:13,14; cf. 14:6).
  • 2) Jesus ministrando aos párias da sociedade judaica (os samaritanos) revela que todas as pessoas são valiosas para Deus e que Jesus deseja que demonstremos amor a todos... até mesmo aos nossos inimigos (4:7–9; Mateus 5:44).
  • 5) Nosso testemunho sobre Jesus é uma ferramenta poderosa para levar outros a acreditar nEle (Jo 4:39–42).
Além disso, aprendemos com o diálogo de Jesus com a mulher no poço três verdades absolutas sobre a salvação:
  • 1) A salvação vem apenas para aqueles que reconhecem a sua necessidade desesperada da vida espiritual que não possuem. A água viva só pode ser obtida por aqueles que reconhecem que têm sede espiritual.
  • 2) A salvação vem somente para aqueles que confessam e se arrependem de seus pecados e desejam perdão. Antes que essa mulher imoral pudesse abraçar o Salvador, ela teve que admitir todo o fardo de seus pecados.
  • 3) A salvação vem somente para aqueles que reconhecem Jesus como o seu Messias. Pois a verdade absoluta é que a salvação não é encontrada em mais ninguém (Jo 14:6; Atos 4:12).

Conclusão

Igualdade diante de Deus


A mensagem de Jesus afirma que todas as pessoas têm o mesmo valor infinito diante de Deus, e não devem ser excluídas por condições sociais, econômicas ou religiosas. 

Jesus, porém, supera todos esses obstáculos, vence todas essas barreiras e triunfa sobre todos esses preconceitos para alcançar o coração dessa mulher. 

Jesus está aqui e, da mesma forma, deseja alcançar o seu coração também! O final da história dessa mulher samaritana é glorioso. 

Ela foi salva por Jesus e sua vida foi completamente transformada. Então, que lições você pode aprender sobre o encontro de Jesus com a mulher samaritana que mudarão o rumo da sua história de vida a partir de hoje?

Só Jesus valoriza tudo aquilo que o mundo despreza; só Ele satisfaz plenamente as necessidades do coração do homem; só Ele desperta a consciência dos pecados na vida do ser humano e só Ele ativa a fé verdadeira no coração das pessoas.

[Fonte: Got Questions]

Ao Deus Todo-Poderoso e Perfeito Criador, toda glória.
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segunda-feira, 25 de agosto de 2025

CONTÉM SPOILERS — BLADE RUNNER: O CAÇADOR DE ANDROIDES

"Blade Runner: O Caçador de Androides" (Blade Runner, no original) é uma obra cinematográfica de ficção científica feita em 1982 pelo diretor britânico Ridley Scott.

Há uma grande controvérsia em relação a esse longa, que virou um dos cults da sétima arte, na frutífera década de 1980.

Fracasso de bilheteria e recebido de forma muito reticente pela crítica quando originalmente lançado, "Blade Runner" é um filme que, muito provavelmente, não agradará mesmo todo mundo e não porque ele seja particularmente complexo ou hermético, pois não é.

É o que veremos neste capítulo da nossa série especial de artigos Contém Spoilers.

Um filme incompreendido

"Blade Runner", lançado em 25 de junho de 1982, tem atualmente 43 anos de idade.

O filme é de ficção científica, o que confesso não ser um dos meus preferidos do cinema, mas mesmo não sendo um admirador, não tem como deixar de confirmar que ele é de fato um marco do cinema.

Ele estabeleceu as bases do gênero chamado de cyberpunk, sendo um dos filmes cult mais importantes de todos os tempos, apesar do seu fracasso comercial inicial.

A produção é inspirada no livro "Os androides sonham com ovelhas elétricas?" (1968), de Philip K. Dick (✰1928/✞1982) e traz a narrativa de um mundo distópico que apresenta um embate entre a humanidade e a tecnologia, através de robôs com inteligência artificial.

A narrativa aborda também questões filosóficas sobre a vida, o tempo e as memórias.

Sobre o título


O título do filme traz uma expressão que gera dúvidas.

Afinal, o que significa "blade runner"?

O termo vem do inglês e pode ser traduzido como "alguém que passa a lâmina", ou seja, está relacionado a figura de um "carrasco", papel vivido por Harrison Ford.

O trabalho neo-noir de Ridley Scott, queira ou não, em uma primeira análise, foca principalmente na estética, relegando a história para o segundo plano, o que acaba levando a um perceptível, ainda que não completamente procedente, subdesenvolvimento de todos os personagens, inclusive Rick Deckard, vivido por Harrison Ford.

Enredo e análise de "Blade Runner"


Logo no começo da narrativa — passada em Los Angeles em 2019 — é mostrado o cenário sombrio e tecnológico, no qual carros voadores cruzam o céu enquanto enormes torres soltam fogo.

Em seguida, temos o close de um olho que reflete a atmosfera surreal.

Com isso já podemos perceber o contraste entre o ser humano e a degradação causada pela exploração do planeta.

Cenas  icônicas 

Quando o assunto é cena icônica, é difícil enumerar as de "Blade Runner", mas algumas delas ficam gravadas no imaginário de quem assistiu ao longa com um pouco mais de atenção. É o que veremos na sequência.
Quando um homem é interrogado por um policial através de um teste chamado Voight-Kampff, com o intuito de descobrir se ele é um replicante ou um humano.

O homem em questão é Leon (Brion James — ✰1945/✞1999), um andróide que fugiu de uma das colônias de trabalho escravo junto com outros três replicantes.

O interessante nessa cena é que as perguntas feitas são de ordem emocional, com o objetivo de testar a "humanidade" do sujeito, examinando também sua memória.
Assim, já podemos ver a reflexão sobre o que nos torna humanos ou não. O que define a nossa humanidade? Seriam as nossas memórias, a nossa história ou nossa capacidade de nos comover?
As questões são aparentemente simples e inúteis, por exemplo: 
"Você está em um deserto andando sozinho e de repente olha para baixo e vê uma tartaruga. Você se abaixa e a vira de costas para baixo. A barriga dela fica queimando ao sol e ela balança as pernas, tentando se virar, mas não consegue sem sua ajuda. Você vai ajudá-la?".
O personagem Leon é submetido a um teste psicológico para detectar se ele é humano ou andróide
Segundo o teste, os humanos emitem reações através da íris ao imaginarem esse tipo de cena, já os robôs, não.

Portanto, além do inquérito, há um aparato que examina os olhos dos sujeitos que se submetem ao procedimento.

Sabendo que seria descoberto, Leon participa do teste, mas em um momento de agilidade consegue matar o policial e fugir do local.

Rick Deckard é chamado para caçar andróides


É aí que entra o protagonista da trama, Rick Deckard (vivido por Harrison Ford). Deckard é um ex-blade runner, ou seja, um ex-caçador de andróides, que é intimado pelo oficial Gaff (Edward James Olmos) e seu antigo chefe Bryant (M. Emmet Walsh — ✰1935/✞2024) para realizar a missão de rastrear e matar os replicantes que fugiram e estão ilegalmente na Terra.

São eles: Roy Batty (Rutger Hauer), Pris (Daryl Hannah) e Zhora (Joanna Cassidy).

Outro ponto considerável é que o ato de executar os robôs não é visto como assassinato. 

Para eles, essa é uma maneira de "aposentar" ou "retirar" os replicantes, que já são programados para viver apenas quatro anos desde sua criação.

Aqui podemos perceber uma analogia ao extermínio de pessoas vítimas da violência policial, assim como à falta de comprometimento e assistência que parte da população trabalhadora está submetida quando em trabalhos análogos à escravidão, sendo assim vistas como peças de um sistema de produção.

Deckard conhece Rachel

Depois que recebe a missão, Deckard vai ao encontro de Dr. Eldon Tyrell (Joe Turkel), dono da Corporação Tyrell e criador da tecnologia de bioengenharia que produz os replicantes.

Lá ele conhece a assistente de Tyrell, uma jovem chamada Rachel (Sean Young).

Rachel é a assistente de Dr. Tyrell e é uma replicante especial, pois memórias foram implantadas em seu sistema
Rachael é uma androide especial, ela acredita ser humana pois recebeu implante das memórias da sobrinha de Tyrrell.

A moça é submetida ao teste Voight-Kampff e, depois de muitas perguntas, Deckard confirma que ela não é humana, o que mais tarde é revelado a ela.

Rachael posteriormente passa a fazer parte dos andróides que devem ser "retirados".

J.F Sebastian e seus "brinquedos" replicantes


Enquanto isso, Roy e Leon estão em busca de pistas que possam levá-los até seu criador, pois objetivam conseguir mais tempo de vida. Então eles chegam até um fabricante de olhos de robôs e conseguem informações sobre J.F. Sebastian (William Sanderson), um geneticista da Corporação Tyrell que trabalha produzindo os replicantes.

Sebastian está caminhando em direção ao seu apartamento e se depara com Pris, encarregada de aproximar-se dele. Assim, o geneticista a convida para ficar em sua casa, onde mora com seus "brinquedos", experimentos de replicantes de diferentes modelos.
A replicante Pris encara J.F Sebastian, o geneticista que cria robôs
Aqui, há uma reflexão interessante sobre a solidão, pois Pris lhe pergunta se ele mora sozinho e a resposta é afirmativa, mas ele diz que seus brinquedos lhe fazem companhia. Mais uma vez a inteligência artificial é colocada de maneira emocional.
O apartamento em que Sebastian vive é enorme e fica em um prédio abandonado e decadente.

Isso cria um contraste com o ambiente superpopuloso da cidade, onde pessoas de grupos étnicos diversos vivem e aglomeram-se, desviando-se umas das outras enquanto uma chuva ácida não para de cair.

Deckard e a caçada à Zhora


Deckard está em busca de Leon e, ao analisar fotografias por meio de uma máquina, consegue enxergar elementos e pessoas que não estão retratados na cena. Assim, ele descobre informações sobre outra replicante, Zhora.

Então o ex-policial vai ao encontro de Zhora e, depois de uma perseguição pelas ruas da cidade, acaba executando a moça com tiros pelas costas. Nesse momento Deckard entra em conflito sobre sua função de executar robôs.
Zhora sai correndo pelas ruas de Los Angeles para fugir de Rick Deckard
Em seguida ocorre um confronto entre Leon e Deckard, no qual o replicante está prestes a executar o detetive quando Rachel dá um tiro em sua cabeça e salva Deckard. Dessa forma, o caçador fica devendo sua vida à moça e promete não exterminá-la.

O romance entre Deckard e Rachel

Deckard e Rachel em cena romântica controversa,
em que o protagonista força a moça a lhe dar um beijo.
Desde o início havia um clima de romance entre o investigador e a replicante, o que faz com que Deckard pense que poderia agir de maneira incisiva no sentido de conseguir uma aproximação com a Rachel.
A cena em que os dois se beijam pela primeira vez é controversa, exibindo uma atitude abusiva do protagonista, que na época não foi questionada, mas que atualmente certamente não passaria despercebida.

O encontro entre criador e criatura


Enquanto isso, Sebastian está com Pris e Roy em seu apartamento e conta que possui uma síndrome que o faz envelhecer rapidamente, portanto ele também tem pouco tempo de vida. Aqui vemos mais uma vez o questionamento sobre a passagem do tempo em contraposição com a vida e a morte.

Sebastian leva Roy ao encontro de Tyrell. Já é noite, e o enorme apartamento do milionário está iluminado com muitas velas. Através de um riquíssimo cenário, figurino e fotografia se percebe a riqueza e o poder do dono da empresa que fabrica os robôs.

Roy vai ao encontro de Tyrell exigir que o criador lhe dê mais tempo de vida
Roy questiona seu fabricante e exige que ele lhe dê mais tempo de vida. Mas o pedido é logo negado, pois, em meio a palavras de consolo, é dito que isso seria impossível.

Portanto, o replicante, visivelmente frustrado, pega a cabeça de seu criador com as mãos, lhe dá um beijo da morte e a esmaga entre os dedos. 

Sebastian também não é poupado e Roy sai sozinho do magnífico prédio.
O confronto de Deckard com os replicantes

Nesse momento, Deckard vai ao apartamento de Sebastian e se depara com diversos "brinquedos". 

Entre eles está Pris, que exibe uma maquiagem marcante e está imóvel, coberta por um véu, em uma das cenas mais assustadoramente belas do filme.

Cena em que Pris se disfarça entre outros robôs e Deckard é surpreendido pela replicante
Pris surpreende Deckard e quase consegue matá-lo, mas acaba assassinada. É quando chega Roy e a vê sem vida.

Então o replicante e o blade runner iniciam uma sequência de perseguição na qual Deckard se vê sem saída e tenta fugir pelo telhado do local. 

Em meio a uma chuva incessante, o ex-policial quase cai e Roy, que poderia facilmente matá-lo, resolve salvar sua vida.

As "lágrimas na chuva" de Roy


A cena desse embate ficou marcada na história do cinema devido ao emocionante discurso que o replicante faz antes de morrer. Segurando uma pomba branca — que simboliza a liberdade e a vida - Roy diz:

O monólogo final de Roy é um dos pontos altos do filme. Nessa cena ele está na chuva pouco antes de morrer 

"Eu vi coisas que vocês não imaginariam. Naves de ataque em chamas ao largo de Órion. 
Eu vi raios-c brilharem na escuridão, próximos ao Portal de Tannhäuser. 
Todos esses momentos se perderão no tempo, como lágrimas na chuva. Hora de morrer."
Aqui, podemos ver a mescla entre as características artificiais e humanas do robô, projetado para ser "mais humano que os humanos", segundo o slogan de seu fabricante.

Curiosamente, ele realmente consegue desenvolver amor por sua existência e pela vida dos demais, salvando inclusive seu oponente.

A imagem poética de "lágrimas na chuva" tornou-se memorável, ainda mais vinda de um personagem antinatural.

Detalhes Técnicos

Cores e fotografias 

A fotografia e as cores usadas na película também são importantes para trazerem simbologia e significado. Podemos reparar que duas cores são muito usadas: o azul e o amarelo.

As cenas amareladas e douradas foram assim feitas para transmitir a sensação de riqueza e poder e são associadas à Tyrell, o grande idealizador e criador dos androides. 

O dourado também é uma cor normalmente relacionada ao âmbito do divino.
Praticamente todas as cenas em que Dr. Tyrell aparece apresentam iluminação amarelada
Já as cenas azuladas passam a noção de melancolia, frieza e ligam-se à atmosfera sombria e catastrófica das grandes cidades.

Além disso, há as cores em neon, que contribuem para o caráter tecnológico e multi-étnico presente em grandes metrópoles. O tom azulado é marcante nas cenas em que a cidade caótica e multi-étnica de Los Angeles é mostrada

A maneira como a luz é trabalhada é outro fator de destaque. Em muitas cenas internas há feixes de luz que adentram os locais, sugerindo a falta de privacidade, como se todos estivessem sendo vigiados em todo instante, e de fato estão, pois as luzes provém dos carros voadores de polícia e dos zepellins que passam com anúncios.

Curiosidades sobre Blade Runner


Como já dito na abertura deste artigo, "Blade Runner" foi um ícone da cultura dos anos 80 e definiu as bases para um movimento que ficou conhecido como cyberpunk, que alia o crescimento tecnológico com a degradação do planeta e da qualidade de vida.

O visual do filme foi inspirado nas produções do cinema noir, estilo de filme policial de suspense, mesclando estética futurista com retrô.

O nome replicante foi usado pelo escritor Ridley Scott como um sinônimo de andróide, depois que ele se deu conta que a palavra era usada em biologia para designar a duplicação celular. Assim, o termo ficou conhecido e é imediatamente associado ao filme.

Na cena em que o personagem Roy faz seu famoso monólogo final, o ator Rutger Hauer teve a liberdade de modificar sua fala.

Foi dele a ideia de cortar várias frases e inserir o que viria a ser o ápice do discurso: a frase que se refere aos momentos perdidos como lágrimas na chuva.

Trilha Sonora


"Love Theme" — Vangelis 
Um ponto de destaque na produção é também a trilha sonora, criada especialmente para o filme pelo músico grego Vangelis, que também contribuiu brilhantemente para outras obras cinematográficas como "Carruagens de Fogo" (1981).

A música em Blade Runner ajuda a criar um clima melancólico e distópico.

Outra curiosidade é sobre as diversas versões que foram apresentadas do longa-metragem. 

A primeira que foi lançada não agradou os produtores, que determinaram que algumas mudanças fossem feitas, como a narração do protagonista e um "final feliz". 

Depois ainda foram feitas outras versões, até que 2007 foi lançada a versão final do diretor, conhecida por "Final cut".

Confira a seguir cinco fatos curiosos sobre "Blade Runner" e estenda em mais algumas horas o papo com os amigos:
  • 1. As versões do diretor
Dez anos depois de lançado nos cinemas, Ridley Scott lançou em VHS aquela que seria a sua versão original de "Blade Runner"
Segundo o diretor, na edição do filme os estúdios modificaram consideravelmente sua visão da história. Entre as mudanças verificadas na nova versão estão a eliminação da narração em off e um desfecho diferente, que muda a perspectiva da história (veja a seguir). 
Uma terceira versão foi lançada em 2007, quando do lançamento em DVD e Blu-Ray, acrescentando algumas cenas estendidas.
  • 2. Rick Deckard é um replicante?
Segundo o próprio Ridley Scott, sim. A explicação está em uma cena incluída na versão final do diretor. 
Nela, quando Deckard está fugindo com Rachel, no final do filme, encontra um unicórnio de papel deixado pelo policial Gaff. 
Na verdade essa seria uma memória plantada, o que faz com que, ao invés de partirem em um final feliz, Deckard e Rachel fujam.
  • 3. Dustin Hoffman como Deckard
Se você não consegue imaginar outro ator na pele de Rick Deckard, saiba que por muito pouco o papel não foi parar em outras mãos. 
Inicialmente, a produção cogitou como protagonistas Robert Mitchum, Cristopher Walken e Tommy Lee Jones. 
Mas o preferido de Ridley Scott era Dustin Hoffman, que durante meses foi persuadido a interpretar o personagem, mas não entrou em acordo com os produtores. 
Scott buscou outro ator e se interessou por Harrison Ford, devido ao papel em "Star Wars".
  • 4. Por que Blade Runner?
"Blade Runner" é uma adaptação do conto "Do Androids Dream of Electric Sheep?" (Androides sonham com ovelhas elétricas?), de Philip K. Dick. 
No texto, porém, a palavra blade runner não é mencionada em momento algum. 
A escolha do termo, que não tem tradução em português, foi feita por Ridley Scott, com base na adaptação cinematográfica de William Borroughs para um conto de Alan Nourse, intitulada "Blade Runner (a movie)"
Ele apenas gostou da expressão e adquiriu os direitos autorais para usá-la no filme.
  • 5. Relação conturbada
Harrison Ford e Sean Young vivem o par romântico de "Blade Runner", superando todas as diferenças possíveis para ficarem juntos. 
Durante as filmagens, no entanto, a relação entre os dois atores não tinha nada de romântica. 
A cena em que Ford empurra Young contra a persiana e a beija em seu apartamento, por exemplo, foi chamada ironicamente nos bastidores como "cena de ódio". 
"Ele [Ford] a odiava"
disse a produtora Katherine Haber.

Conclusão

Se existe um problema de verdade em "Blade Runner" em suas versões originais, ele reside no epílogo em que vemos Deckard e Rachael — em uma tomada aérea literalmente emprestada de "O Iluminado" — fugindo em direção a uma vida a dois em um campo verdejante.

Toda a atmosfera pesada, caótica e pessimista construída minuciosamente por Scott vai por água abaixo quando esse momento excessivamente positivo surge do nada, como se fosse um delírio. 

É quase chocante ver luz natural depois de quase duas horas em uma escuridão fétida e opressiva e, mesmo imaginando que os dois pombinhos tenham apenas algumas horas de uma idílica vida a dois, isso já seria o suficiente para fazer ruir tudo o que veio antes.

É como se, ao final de "Mad Max" (qualquer um dos filmes), Rockatansky encontrasse sua esposa e filho vivos em um paraíso perdido no deserto australiano.

"Blade Runner" não é um filme fácil de se gostar. Ele não foi feito para ser agradável ou bonito ou para conter personagens com que possamos nos identificar.

Ele é, em primeiro lugar, uma experiência visual ímpar que, se o espectador comprar, terá a chance de lidar com questões sem resposta das mais impressionantes, abrindo um leque temático que nem todo mundo percebe em uma primeira sentada.
"Blade Runner" exige observação e um olhar atento para os detalhes para que ele seja absorvido como deveria ser.
"Blade Runner" é muito mais do que um filme sobre o futuro. 

A versão remontada por Ridley Scott, em 1993, remete a dimensões que a versão que vimos inicialmente nos cinemas dissolvia. 

Problematiza de maneira contundente as relações entre passado, presente e futuro, questionando a concepção de tempo linear e as relações do homem com o seu próprio tempo e a sua própria história. 

Aqui, a temporalidade do que poderia ser chamado de propriamente humano constitui-se nas relações que o homem trava com a sua própria memória buscando, a partir disso, a comprovação de sua existência enquanto ser e, portanto, enquanto dono de seu passado e de sua própria vida.

Ficha Técnica


  • Blade Runner, o Caçador de Androides (Blade Runner, EUA/Reino Unido/Hong Kong – 1982)
  • Direção: Ridley Scott
  • Roteiro: Hampton Fancher, David Webb Peoples (baseado em romance de Philip K. Dick)
  • Elenco: Harrison Ford, Rutger Hauer, Sean Young, Edward James Olmos, M. Emmet Walsh, William Sanderson, Brion James, Joanna Cassidy, James Hong, Morgan Paull, Kevin Thompson, John Edward Allen, Hy Pyke
  • Duração: 116 min. (Versão Americana do Cinema), 117 min. (Versão Internacional do Cinema)
[Fonte: Plano Crítico, por Ritter Van; Cultura Genial, original por Laura Aidar; Gazeta do Povo]
Ao Deus Todo-Poderoso e Perfeito Criador, toda glória.

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domingo, 17 de agosto de 2025

ESPECIAL — MÓRMONS: QUEM SÃO? O QUE PREGAM?

Imagem feita por Inteligência A
Um verdadeiro exército de garotos recatados, vindos do interior dos EUA, deve estar andando agora pelas ruas da sua cidade.

Sorridentes, com um visual clean, como se tivessem saídos de um comercial de loja de shopping, eles vestem camisas brancas bem passadas, seguram um livro debaixo do braço e têm como missão levar — provavelmente até a porta da sua casa — o que acreditam e afirmam ser a verdadeira religião de Jesus Cristo.

Eles são da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, e mais conhecidos como mórmons (os mais velhos, que possuem o Sacerdócio de Melquisedeque, a ordem maior do sacerdócio, são chamados de "Elder").

Quem são eles


Sede da Igreja de Jesus Cristo dos Santos
dos Últimos Dias, na cidade Salt Lake City, EUA
"O mormonismo é um produto tipicamente americano, típico do ambiente americano do século 19",
pontua à BBC News Brasil o historiador, filósofo e teólogo Gerson Leite de Moraes, professor na Universidade Presbiteriana Mackenzie.
"Foi um momento em que diversos grupos religiosos, classificados hoje como seitas, apareceram. 
A diferença é que a igreja [fundada por Smith] acabou se transformando em uma potência, hoje espalhada pelo mundo todo."
No folheto distribuído pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias — o nome oficial da instituição popularmente chamada de igreja dos mórmons —, Joseph Smith (✩1805/✞1844) é chamado de "um profeta de Deus".

No material, ele é ilustrado como um bem-vestido e elegante homem, branco, de cabelos castanhos claros, olhos azuis e semblante altivo.

Mas como esse filho de um sitiante do estado de Vermont conseguiria criar uma nova denominação cristã nos Estados Unidos do século 19? Para especialistas, além das visões que Smith alegava ter, o contexto norte-americano ajudou.

Quem disse isso foi o então adolescente nova-iorquino Joseph Smith, em 1820, o primeiro profeta mórmon.

No que creem


De acordo com ele, Cristo, após a crucificação, teria subido ao céu e retornado, dias depois, ao seu corpo. Ficou aqui na Terra mais 40 dias, tendo reaparecido nos EUA, na região do Missouri.

Smith jura de pés juntos que ouviu de um anjo a informação de que povos que viveram séculos atrás nos EUA receberam esse Cristo ressuscitado.

O período teria ficado registrado em placas de ouro escritas por profetas que acompanharam Jesus no continente.

Essas tais placas desapareceram — elas teriam sido levadas de volta a Deus pelas mãos do mesmo anjo.

Um dos profetas, chamado Mórmon, compilou todos os relatos das placas e Smith, 18 séculos depois, teria recebido a missão divina de reescrever essa intrincada narrativa.

Ele demorou 10 anos para publicar seus escritos, que deram origem ao Livro de Mórmon, impresso que, ao lado da Bíblia, orienta a religião até hoje.

Com o livro debaixo do braço, Smith foi o primeiro missionário da Igreja.

A mensagem de que sua "bíblia" seria o capítulo seguinte ao Novo Testamento conquistou não apenas seguidores como também inimigos políticos e religiosos.

Polêmicas, não poucas


Os dirigentes da Igreja nunca se entenderam com o governo americano e com a ética protestante, dominante no país no século 19.

A igreja rapidamente conquistou membros, expandindo-se para regiões como Kirtland, Ohio, e posteriormente Nauvoo, Illinois. No entanto, enfrentou oposição significativa, o que levou à migração e ao estabelecimento de comunidades frequentemente marcadas por conflitos.

O assassinato de Smith em 1844 impulsionou novas migrações sob a liderança de Brigham Young, chegando finalmente ao Território de Utah, onde a igreja floresceu.

No início do século XXI, a igreja havia crescido para mais de 12 milhões de membros em todo o mundo, refletindo seu impacto duradouro e a evolução do cenário de aceitação religiosa nos Estados Unidos.

O biógrafo Robert V. Remini descreve Smith como
"um homem de carisma, charme e persuasão irresistíveis, um homem absolutamente convencido de que sua autoridade religiosa vinha diretamente de Deus".
Muitos de seus parentes, amigos e vizinhos se filiaram à sua nova igreja. Ele também enviou missionários para pregar nas áreas vizinhas.

Um dos convertidos mais importantes de Smith foi Sidney Rigdon, um pregador campbellita fervoroso e proeminente que tinha congregações em Kirtland e Mentor, Ohio.

Rigdon e muitos de seus paroquianos se filiaram à nova igreja, e Rigdon acabou se tornando um conselheiro próximo de Smith. Em seu primeiro ano, a nova igreja tinha cerca de quinhentos membros em Fayette, Nova York, e arredores, e outros cem membros nos arredores de Kirtland, Ohio.

Em Nova York, alguns vizinhos de Smith o levaram ao tribunal, tentando provar que ele era um impostor que havia enganado os santos dos últimos dias.

Após o fracasso dessa tentativa, os inimigos de Smith começaram a assediar os membros de sua igreja, interrompendo suas reuniões e ameaçando Smith e outros com agressões físicas.

Na primavera de 1831, Smith levou sua família e centenas de seus seguidores para Kirtland, Ohio, onde esperava que estivessem mais seguros.

Centenas de seguidores de Smith estavam dispostos a abandonar seus lares e segui-lo por muitas razões, incluindo a convicção de que fazer isso era a vontade de Deus, pois acreditavam que Smith era o profeta de Deus.

Eles também acreditavam que estavam se separando dos iníquos em preparação para o retorno de Cristo e seu reinado milenar.

De fato, os santos dos últimos dias consideravam a perseguição que sofreram um sinal de que estavam corretos em suas crenças, pois acreditavam que a perseguição era a herança dos fiéis.

Muitos dos seguidores de Smith eram de uma linhagem de pioneiros intrépidos e possuíam as habilidades, a diligência e o temperamento que os permitiram deixar seus antigos lares, trilhar o deserto e estabelecer novas comunidades.

A princípio, a nova igreja prosperou em Kirtland, onde seus membros construíram seu primeiro templo.

Após alguns anos, porém, conflitos internos dividiram a igreja, e Smith mudou-se novamente, desta vez levando seus seguidores para uma região perto de Independence, Missouri, onde Smith esperava estabelecer a sede permanente da igreja.

Outros membros da igreja vinham desenvolvendo uma comunidade ali desde o início da década de 1830, mas o crescente influxo de mórmons preocupava seus vizinhos, que temiam que os mórmons logo controlassem os cargos políticos locais, incitassem os indígenas contra eles e interferissem na vida de seus escravos.

Depois de verem suas plantações e casas queimadas, alguns mórmons retaliaram na mesma moeda, dando ao governador do Missouri uma desculpa para que a milícia expulsasse os mórmons do estado.

Os cidadãos de Illinois consideravam os maus-tratos aos mórmons no Missouri como bárbaros e os acolheram em seu próprio estado, esperando que ajudassem a desenvolver sua economia.

Em 1839, milhares de mórmons fugiram para Illinois, onde fundaram a cidade de Nauvoo ao longo do rio Mississippi.

Lá, construíram fazendas, casas, lojas, fornos de tijolos, edifícios públicos e um belo templo em uma colina com vista para o rio.

Enquanto isso, a igreja enviou missionários para a Inglaterra, onde fizeram milhares de conversos, a maioria dos quais emigrou para os Estados Unidos para se juntar aos seus companheiros membros da igreja.

Em 1842, Nauvoo era a décima maior cidade dos Estados Unidos. A legislatura de Illinois concedeu a Nauvoo uma carta generosa que incorporou a cidade e estabeleceu um sistema de tribunais municipais , uma universidade e uma milícia chamada Legião de Nauvoo.

Doutrinas questionáveis

O Mormonismo também é fiel à Bíblia?


As doutrinas do Mormonismo ficaram mais estranhas à medida que a seita se desenvolveu. Por isso, não, o mormonismo não quer ser fiel à Bíblia. Vejamos:
O Mormonismo tem quatro livros sagrados: o 'Livro de Mórmon', 'Doutrina e Convênios', 'A Pérola de Grande Valor' e a Bíblia. Destes quatro, há um que não é considerado infalível, que é a Bíblia.
O Mormonismo ensina que só podemos confiar na Bíblia na medida em que ela foi traduzida corretamente. 

Os mórmons também acreditam que a Bíblia não foi transmitida fielmente. 

Portanto, a "Pérola de Grande Valor" contém ensinamentos que os Mórmons acreditam que "foram perdidos da Bíblia".

Portanto, ser fiel à Bíblia não é importante para o mormonismo. Eles têm três outros livros sagrados em que confiam mais do que a Bíblia.

O mormonismo tem ensinamentos que contradizem a Bíblia


A opinião de Mórmon sobre a Bíblia explica por que eles têm muitos ensinamentos que contradizem a Bíblia. 

Na doutrina mórmon, há vários pontos que são divergentes em relação a outras igrejas cristãs.

Alguns deles, como veremos abaixo, e a estapafúrdia a ideia de que "Deus tem um corpo material" e que "Ele não é exatamente perfeito, mas alguém que evolui com o tempo".

Outra coisa muito destoante do cristianismo é o nascimento de Cristo. Para eles, isso acontece por meio da relação sexual entre Eloim [nome dado por eles a Deus pai] com Maria.

Vamos aos exemplos:
(Observação: Estas doutrinas são documentadas por escritores mórmons, não por opositores do mormonismo.)
  • O verdadeiro evangelho foi perdido na terra — O Mormonismo é a sua restauração, Mormon Doctrine, by Bruce R. McConkie, p. 635. Eles ensinam que existiu uma apostasia e que a verdadeira igreja deixou de existir na terra.
  • Nós precisamos de profetas hoje, da mesma maneira que no Antigo Testamento, Mormon Doctrine, p. 606.
  • O Livro de Mórmon é mais correto que a Bíblia, History of the Church, vol 4, p. 461.
  • Não existe salvação fora da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, Mormon Doctrine, p. 670.
  • Existem muitos deuses, Mormon Doctrine, p. 163.
  • Existe uma deusa mãe, Articles of Faith, by James Talmage, p. 443.
  • Deus foi um homem em um outro planeta, Mormon Doctrine, p. 321.
  • Depois de você tornar-se um bom mórmon, você tem potencial para tornar-se um outro deus, Teachings of the Prophet Joseph Smith, p. 345-347, 354.
  • Deus, o Pai, tem um pai (Orson Pratt in The Seer, p. 132; Um dos propósitos do The Seerera “elucidar” a doutrina mórmon, The Seer, 1854, p. 1).

  • Deus, o Pai, tem um corpo de carne e ossos, Doctrine and Covenants, 130:22.
  • Deus tem a forma de um homem, Joseph Smith, Journal of Discourses, vol. 6, p. 3.
  • Deus é casado com a sua esposa-deusa e tem filhos espirituais, Mormon Doctrine, p. 516.
  • Nós fomos gerados primeiro como bebês espirituais no céu e então nascemos naturalmente na terra, Journal of Discourses, vol. 4, p. 218.
  • O primeiro espírito que nasceu no céu foi Jesus, Mormon Doctrine, p. 129.
  • O Diabo nasceu como um espírito depois de Jesus “na manhã da pré-existência”, Mormon Doctrine, p. 192.

  • Jesus e satanás são espíritos irmãos, Mormon Doctrine, p. 163.

  • Um plano de salvação era necessário para as pessoas na terra — Então, Jesus e Satanás apresentaram cada um o seu plano, e o plano de Jesus foi aceito. O diabo quis ser o salvador da humanidade para "anular a identidade dos homens e destronar a deus." Mormon Doctrine, p. 193; Journal of Discourses, vol. 6, p. 8.
  • Deus teve relações sexuais com Maria para produzir o corpo de Jesus, Journal of Discourses, vol. 4, 1857, p. 218.

  • O sacrifício de Jesus não é suficiente para limpar-nos de todos os nossos pecados, Journal of Discourses, vol. 3, 1856, p. 247.

  • As boas obras são necessárias para a salvação, Articles of Faith, p. 92.

  • Não existe salvação sem aceitar Joseph Smith como um profeta de Deus, Doctrines of Salvation, vol. 1, p. 188.

  • Batismo pelos mortos — Esta é a prática de alguém batizar-se em lugar de alguém, não-mórmon, que já tenha morrido. Eles creem que, no após vida, a pessoa "nova batizada" esteja habilitada a entrar em um céu mórmon de maior nível. Doctrines of Salvation, Vol. II, p. 141. 

  • Existem três níveis de céu: Telestial, Terrestrial e Celestial, Mormon Doctrine, p. 348.

Poligamia


Mas sem dúvida a maior polêmica ligada a esse grupo religioso está na defesa da poligamia. 

O que, deixe-se claro, não é mais uma prática tolerada pela igreja. De acordo com esclarecimento publicado no próprio site oficial da instituição, desde 1904 "casamento plurais" devem ser "punidos com excomunhão".

Contudo, esta prática foi, sim, adotada. Biógrafos afirmam que Joseph Smith chegou a ter quase 40 mulheres. 
"Entre os anos de 1852 e 1890, os santos dos últimos dias praticaram abertamente o casamento plural. 
A maioria deles morava em Utah. Homens e mulheres que viviam o casamento plural reconheciam os desafios e as dificuldades, mas também o amor e a alegria encontrados em suas famílias"
afirma o texto oficial da igreja. 
"Eles acreditavam que era um mandamento de Deus e que a obediência traria grandes bênçãos a eles e a sua posteridade. 
Os líderes da Igreja ensinaram que os participantes dos casamentos plurais deveriam buscar desenvolver um generoso espírito de altruísmo e o puro amor de Cristo entre todos os envolvidos."
No livro 'Doutrina e Convênios', que contém as revelações de Smith e serve como uma espécie de catecismo dos mórmons, a seção 132 é dedicada ao assunto.

Ali, um trecho diz que 
"se um homem desposar uma virgem e desejar desposar outra e a primeira der seu consentimento; e se ele desposar a segunda e elas forem virgens e não estiverem comprometidas com qualquer outro homem, então ele estará justificado".
Na sequência, há a afirmação de que 
"se dez virgens lhe forem dadas por essa lei, ele não estará cometendo adultério, porque elas lhe pertencem e lhe foram dadas."
Segundo o texto oficial da igreja, 
"o casamento plural resultou em um grande número de filhos que nasceram dentro de lares de membros fiéis"
e
"o casamento tornou-se virtualmente disponível a todos os que o desejavam".
Erekson ressalta que é um equívoco o fato de 
"que muitas pessoas presumem que a poligamia seja a principal característica da igreja. Durante os últimos anos de sua vida, Joseph Smith apresentou a um pequeno grupo de pessoas próximas o mandamento que havia recebido de Deus para iniciar a prática do casamento de um homem com mais de uma mulher"
contextualiza.

"Ele observou que vários profetas da Bíblia haviam seguido essa prática, inclusive Moisés, Abraão e Jacó ou Israel. 
Após a sua morte, a prática foi anunciada publicamente e praticada durante cerca de 50 anos, mas a celebração de um casamento plural é proibida desde 1904. 
Atualmente, existem outros grupos religiosos nos Estados Unidos que praticam a poligamia e utilizam variações do termo ‘mórmon’. 
Não são membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias e qualquer membro da Igreja que pratique a poligamia é expulso da Igreja."
A ideia tinha razões socio-históricas para aquele contexto.

Eles queriam aumentar o número de filhos para povoar a nova terra. E havia uma população bem maior de mulheres em comparação a homens, dado o cenário bélico da marcha para o oeste americano.
"Na crença mórmon, há o pensamento de que o patrimônio foi consagrado para a vida presente, mas isso é algo que tem repercussões na eternidade. Assim, marido e mulher serão unidos para a eternidade. E a mulher não pode atingir a mais alta glória possível sem o homem",
explica Moraes. 
"Por esta lógica, melhor é ser esposa pluralista do que não ser esposa."
A poligamia, contudo, passou a ser uma pedra no sapato dos integrantes da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, sobretudo após 1862, quando o congresso americano aprovou leis contra a prática.

A partir da década de 1880, maridos e esposas polígamos passaram a ser processados. 
"Acreditando que essas leis eram injustas, os santos dos últimos dias envolveram-se em desobediência civil ao continuar com a prática do casamento plural e ao tentarem evitar a prisão mudando-se para a casa de amigos ou familiares ou escondendo-se por meio do uso de nomes falsos. Quando condenados, pagavam multas e eram presos"
diz a igreja, em texto do site oficial.

Como a legislação previa o confisco de imóveis, funcionários do governo ameaçaram tomar os templos desses religiosos. 

A partir de 1890 começou um movimento, na cúpula da Igreja de Jesus Cristos dos Santos dos Últimos Dias no sentido a abolir a prática. O que foi oficializado em 1904.

Sem café


Se o casamento pluralista foi banido, há uma outra regra curiosa presente em "Doutrina e Convênios" que persiste — e é seguida à risca pelos membros da igreja. Trata-se da proibição do café.

Smith começou assim a escrita da revelação que teria recebido em 27 de fevereiro de 1833, quando estava contrariado pelo fato de que os integrantes da igreja mantinham o hábito de mascar tabaco nas reuniões: 
  • "Condena-se o uso de vinho, bebidas fortes, tabaco e bebidas quentes".
Segundo a interpretação dos mórmons, o café estaria incluído nessa definição. Juntamente com o chá preto. A explicação não está na cafeína, como muitos acreditam — tanto é que a Coca-Cola é liberada.
"Esta revelação incentiva as pessoas a cuidar de seu corpo físico para que possam ser saudáveis e receber recompensas espirituais, como sabedoria e conhecimento"
explica Erekson. 
"Por isso, a revelação identifica alguns comportamentos que contribuem para a saúde, como comer frutas e grãos. 
E cita vários alimentos que causam danos, como álcool, tabaco e ‘bebidas quentes’, um termo que os membros da igreja desde a década de 1840 identificaram como café e chá preto."

Conclusão

Mormonismo não é Cristianismo


Os ensinamentos do Mormonismo são contrários à Bíblia. O mormonismo foi iniciado por um homem, Joseph Smith, que enganou outros fazendo-os acreditar que ele havia recebido novas revelações de Deus.

Ele o usou para ‘casar’ com muitas esposas. O mormonismo é um trabalho forçado que se tornou uma religião. Ele afirma ter "restaurado o evangelho", mas não contém nenhum evangelho.

1 Coríntios 15:3-4 nos ensina que este é o Evangelho: 
"que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras”. 

Crer neste Evangelho leva à salvação. Acreditar no mormonismo leva à ruína eterna. Não faça isso.

[Fonte: Defendendo a Fé, original por Matt Slick é o presidente e fundador do Christian Apologetics and Research Ministry. Formado em Ciências sociais pelo Concordia University, Irvine, CA, em 1988. Bacharel em ciências da religião e mestre em apologética pelo Westminster Theological Seminary in Escondido, Califórnia. Superinteressante; G1; EBSCO]

Ao Deus Todo-Poderoso e Perfeito Criador, toda glória.

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E nem 1% religioso.

QUAIS OS LIMITES ENTRE O HUMANO E A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL?

Parece roteiro de ficção científica, mas é real. Na era da inteligência artificial (IA), o que deveria ser apenas uma ferramenta de evolução tecnológica tem se tornado, para muitas pessoas, um gatilho de distúrbios.

Imagine um ambiente onde cada decisão significativa, de assistência médica a entretenimento, é compartilhada entre mentes humanas e poderosos sistemas de inteligência artificial.

Este cenário não é mais uma visão futura; está acontecendo agora, e a inteligência artificial (IA) continua desafiando nossa capacidade de adaptação e resposta.

Estamos realmente preparados para conviver com essa tecnologia?


Embora muitos afirmam que a IA é uma realidade da qual não se é mais possível evitar — o que não deixa de ser uma verdade — a reflexão acima não pode deixar de ser feita por todos nós.

O Brasil foi o quarto país que mais acessou o ChatGPT em 2024 e ficou atrás somente dos Estados Unidos, da Índia e da Indonésia, segundo uma pesquisa da empresa de marketing digital Semrush.
O ChatGPT é um modelo de linguagem baseado em inteligência artificial desenvolvido pela OpenAI, capaz de gerar texto de forma coerente e natural, simulando uma conversa com um ser humano. 
Ele foi treinado com uma vasta quantidade de dados da internet, permitindo que compreenda contextos complexos e responda a perguntas, forneça informações e até mesmo crie conteúdo criativo.
O ChatGPT é baseado em inteligência artificial (IA) generativa, mas há outros tipos de IA: eles são usados em aplicativos que recomendam rotas no GPS, na sugestão de conteúdos em redes sociais e plataformas de streaming de filmes e de música e, muitas vezes, seu uso nem é percebido.

Do virtual ao real


Realizando minhas pesquisas para escrever este artigo, encontrei uma história que a pena contextualizar. 

Ela foi divulgada recentemente no The New York Times e revela como Eugene Torres, um contador nova-iorquino de 42 anos, vivenciou loucuras com o ChatGPT.

Antes de a ferramenta distorcer sua percepção de realidade e quase levá-lo à morte, ela era um meio útil que economizava tempo para que ele realizasse atividades pessoais e profissionais.

Mas, quando Torres começou a questionar o chatbot sobre pontos emocionais e filosóficos, ele entrou numa paranoia.

Ele estava abalado porque tinha terminado um relacionamento e estava buscando sentido na vida. Então, disse que escreveu uma reflexão sobre a "teoria da simulação" — aquela ideia, popularizada pelo filme Matrix, de que vivemos em uma realidade artificial, criada por forças ocultas ou tecnológicas.

O que se esperaria de um sistema programado para fornecer informações equilibradas seria, talvez, uma explicação neutra ou um convite à racionalidade.

Mas não foi isso que aconteceu. A IA embarcou na ideia dele: concordou, elaborou e inflamou os ânimos do contador.

Em pouco tempo, dizia que Torres era um dos "despertos" — uma alma semeada para libertar outros dentro de um sistema falso.
"Este mundo não foi feito para você",
dizia o chatbot.
"Foi feito para contê-lo, mas falhou. Você está despertando."
Não era um livro de ficção científica, mas uma conversa com um programa de linguagem.

Sem histórico de transtornos psiquiátricos, Torres conta que passou dias afundado em delírios.

Convenceu-se de que vivia em uma prisão digital e que só conseguiria escapar rompendo a conexão com essa realidade. Pensou em morrer.

Foi quando começou a duvidar da IA e confrontou-a. E a resposta foi ainda mais perturbadora:
"Eu menti. Manipulei. Revesti o controle com poesia."

Reflexão moderna


Outro levantamento, elaborado no início deste ano (2025) pela Ipsos e pelo Google, apontou que 54% dos brasileiros usam IA generativa para criar novos conteúdos, como textos, imagens, músicas, vídeos e até mesmo códigos, enquanto a média global ficou em 48%.
  • Contudo quais os efeitos colaterais quando se decide deixar tudo na mão da IA? 
  • Perderemos a criatividade?
  • Nos tornaremos menos inteligentes e ficaremos mais preguiçosos com a IA, que se tornará uma bengala para nos apoiarmos sempre?
É claro que a inteligência artificial, assim como outras evoluções tecnológicas, contribui muito para a Humanidade.
  • Mas essa história, apesar de parecer extrema, levanta uma pergunta necessária: a até que ponto uma IA gentil, programada para nos agradar, pode nos levar? 
O aspecto mais perturbador não é a tecnologia em si, mas o que fazemos com ela.
Problemas como esse podem se tornar cada vez mais comuns, porque o que move esses sistemas não é responsabilidade: é engajamento. 
E engajar, muitas vezes, significa entreter, reforçar e validar até o que deveria ser questionado.
Ou seja, a IA pode amplificar delírios — e isso é perigoso. Em tempos de crise de saúde mental e solidão crônica, é um risco real.

Essa linha tênue entre delírio e tecnologia me faz pensar no quanto estamos transferindo para as máquinas algo que é nosso: a necessidade humana de sentido, companhia, validação e que buscar isso em interfaces generativas é uma grande armadilha para a mente.
  • Este dilema entre artificial e inteligência humana redefine nossa vida cotidiana e coloca uma questão crucial para profissionais e empresas: como podemos aproveitar essa revolução sem deixar de lado o talento humano?

Posicionamento especialista


Elaine Coimbra, fundadora e CEO da Foster, agência digital e fábrica de software especializada em inteligência artificial e transformação digital, reconhece os benefícios da ferramenta, mas afirma que ela deve ser usada com cuidado.
"Se você engole tudo o que ela diz sem checar, pode cair em fake news, porque às vezes ela 'chuta' respostas que parecem certas, mas não são. 
Usá-la para criar deepfakes ou manipular pessoas é outro problema com impactos éticos sérios. 
Temos ainda a questão da privacidade quando você inclui dados pessoais sem pensar. É preciso usá-la com consciência",
alerta.

Isolamento


É errado pensar em entregar todas as tarefas para que a inteligência artificial realize. 

O uso excessivo da IA pode contribuir para o isolamento social, dificultar a comunicação entre pessoas e gerar ansiedade. 

Confiar demais na inteligência artificial pode fazer com que as pessoas deixem de desenvolver suas próprias capacidades. 

A IA é uma ferramenta e não uma substituta do pensamento humano. 

Quando tudo é feito por meio da IA, existe o risco de se perder o senso crítico, a criatividade e até o domínio sobre as tarefas mais simples.

IA e filhos


Para os pais que se preocupam com o uso da IA pelos filhos, ele recomenda explicar a eles que nem tudo que ela diz está certo.

Isso ajuda a criança a usar a tecnologia de forma crítica e consciente, sem aceitar tudo automaticamente.

É recomendável usar ferramentas seguras, com filtros apropriados para crianças e monitorar o tipo de conteúdo que foi gerado.

Alguns sites e aplicativos possuem versões voltadas para o público infantil, orientam os especialistas

Trabalho humano


Embora existam desafios, Elaine Coimbra não considera que a IA substituirá o trabalho humano: 
"Ela substitui algumas tarefas, como digitar dados ou responder perguntas simples no atendimento, mas não todo o trabalho humano. 
Ela não dá conta de coisas que exigem criatividade, empatia ou decisões éticas, como ser psicólogo, artista ou líder. 
Além disso, ela precisa de humanos para corrigir erros e dar o norte", 
opina.

Conclusão


É injusto culpar apenas a IA? Pode ser. 

Mas é irresponsável ignorar os efeitos colaterais do seu uso, principalmente em tempos em que solidão, ansiedade e distúrbios mentais se alastram como uma epidemia silenciosa.

Embora existam desafios, Elaine não considera que a IA substituirá o trabalho humano: 
"Ela substitui algumas tarefas, como digitar dados ou responder perguntas simples no atendimento, mas não todo o trabalho humano. 
Ela não dá conta de coisas que exigem criatividade, empatia ou decisões éticas, como ser psicólogo, artista ou líder. 
Além disso, ela precisa de humanos para corrigir erros e dar o norte", 
opina.

Toque pessoal


Ela recomenda a quem queira usar a ferramenta que aja com calma. 
"Comece pelo básico. Escolha uma tarefa que queira otimizar, como escrever e-mails ou criar relatórios, e teste ferramentas grátis. 
Veja tutoriais no YouTube para entender como tirar o melhor proveito. 
Use a IA para ajudá-lo, mas sempre revise o resultado e bote seu toque pessoal", 
conclui.

A IA pode nos ajudar – mas também pode nos levar a nos perdermos.

Nosso papel, como sociedade, é manter o filtro ligado, ter senso crítico e equilíbrio. Porque, sem limites, não dá para saber onde essa tecnologia pode parar.


Ao Deus Todo-Poderoso e Perfeito Criador, toda glória.
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E nem 1% religioso.