sábado, 9 de dezembro de 2023

PAPO RETO — IH, PERDI MEU CELULAR!... E AGORA?

Recentemente, aconteceu comigo, algo que, embora seja possível acontecer a qualquer um, é enormemente temido pela maioria: 
perdi meu celular! 
O fato "desesperador" ocorreu numa manhã de sábado, quando eu estava a caminho da faculdade. O enredo da história é semelhante ao de muitas outras. Por um motivo de distração e graças ao bolso raso de uma calça, acabei deixando o smartphone cair no banco traseiro de um carro por aplicativo. 

O que veio a seguir, também não há nada de novo: ao descobrir, um pouco tarde demais, que havia esquecido o dispositivo eletrônico no carro, me veio aquele sentimento de desespero, não pela perda do aparelho em si, mas pelos transtornos que viriam em seguida. 
E se achassem o aparelho e tivessem acesso aos meus arquivos particulares? E se conseguissem acessar os aplicativos de minhas contas bancárias (é bem verdade que não iriam encontrar muita coisa nelas, mas...)? E o que dizer da maratona para fazer o B.O. e o bloqueio?
Era um sentimento de total vulnerabilidade. Bom, antes de tudo isso eu tentei todos as possibilidades para ver se localizava o celular: 
  • Fiz o rastreio no Google Maps, 
  • Liguei inúmeras vezes para o número, que só dava desligado ou fora de área, ou seja, um indicativo de que alguém já estava de posse dele e tinha tirado o chip e jogado fora;
  • Liguei para o motorista do carro por aplicativo; 
  • Enviei mensagem ao serviço de atendimento da empresa responsável pelo cadastro do motorista (não vou dizer qual empresa, porque não estou ganhando para fazer merchan pra ninguém, mas, ou foi a 99 ou a Uber, rsrsrs...) e nada!
Já convencido de que nunca mais voltaria a ver o tal celular perdido, fiz o que tinha que ser feito: B.O. e bloqueio de Imei. Pronto: quem achou o aparelho tem agora um simpático peso para papéis!

Este acontecimento fez com que eu ficasse um tempo (pequeno, vá lá, porém, bem proveitoso) sem celular, até a aquisição e a chegada de outro. Este tempinho sem estar acorrentado nesse aparelhinho, fez com que eu refletisse sobre algumas coisas que me serviram de inspiração para o texto deste artigo, mais um capítulo da minha série especial de artigos Papo Reto.

Meu celular, minha vida(?)


Através do aparelho de celular, as pessoas podem enviar textos, e-mails, fotos, planilhas e até mesmo vídeos, tornando o trabalho muito mais eficiente. Escravidão tecnológica. Um dos maiores malefícios do uso do celular é a dependência que as pessoas acabam criando, principalmente aquelas que o usam para trabalhar ou estudar.

Hoje em dia não vivemos sem nossos smartphones, não temos dúvidas do quanto o avanço tecnológico impacta positivamente o nosso cotidiano. Mas será que os usamos do jeito certo? Não há um certo exagero em seu uso? Quais os malefícios causados pelo uso excessivo desse aparelho que se tornou indispensável hoje em dia?

A habilidade de alguns homens de manter diálogos inteligentes pode ser influenciada por diversos fatores, como sua própria natureza, aquisições culturais e experiências sociais, entre outras. Além disso, é senso comum que o homem tem mais dificuldade do que a mulher para conversar e expor suas emoções. Há outro fator, porém, que pode reforçar essa deficiência: o uso excessivo de internet e smartphones.

Sim, há muita vida fora da tela de um smartphone


Nomofobia — é uma doença cada vez mais comum, mas que pouca gente conhece. Quanto você não consegue deixar o celular ou o computador, cuidado, você pode estar sofrendo de dependência do seu dispositivo eletrônico.

Estresse, depressão, tristeza, falta de sono, dificuldade de se relacionar. Tudo isso pode estar relacionado com o vício ao celular. Nós estamos falando de saúde, mas também de tecnologia. São fenômenos recentes, e a pergunta é: o quanto isso agrava o problema, ao confundir essa dependência com aptidão para relações sociais?

Esse hábito pode impactar negativamente os ambientes social, de trabalho, familiar e gerar, por exemplo, dificuldade de desenvolver conversas e soluções inteligentes, além de falta de autoconfiança. A interferência da tecnologia na vida do homem se estende ao convívio social, resultando em menor disposição para sair com amigos e a família, além de dificuldades para estabelecer relacionamentos.
É importante ressaltar que o transtorno não foi oficialmente reconhecido no Manual de diagnóstico e estatística dos transtornos mentais. Não há consenso sobre os aspectos que promovem a nomofobia, mas se sabe que é distúrbio multifatorial, ou seja, há razões sociais, funcionais, orgânicas e de saúde. Também não há consenso se o fator genético é tão importante quanto em outras dependências químicas. Alguns estudos indicam que os fatores genéticos estão presentes, porém não são determinantes.

Onipresente, onipotente e onisciente... Só que não!


Originalmente destinado a chamadas telefônicas (função essa que se tornou praticamente inútil e obsoleta), o celular se transformou em uma ferramenta multifuncional. Ele é capaz de capturar imagens, ajudar a gerenciar a agenda, realizar cálculos, enviar mensagens, acessar redes sociais, realizar transações bancárias e muito mais, o que simplifica inúmeras tarefas. 
Por outro lado, o malefício do avanço tecnológico também se tornou evidente. Uma pesquisa da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, iniciada em 2021, revelou que, em dois anos, por conta do uso excessivo do celular, houve um aumento de 14% para 20% no número de homens que reconhecem sua dificuldade de se comunicar com as mulheres.
É importante lembrar que, no passado, quando a tecnologia não era onipresente, os celulares eram artigos de luxo e não tinham as funcionalidades atuais. Nessa época, as interações pessoais eram mais significativas, pois as pessoas se comunicavam face a face e dedicavam tempo a atividades como alugar filmes em locadoras, consultar dicionários físicos, fazer passeios com mais frequência, conversar e sair com os amigos, o que tornava o contato social mais humanizado.

Atualmente, as interações nas redes sociais digitais frequentemente carecem da profundidade que as interações presenciais oferecem. O uso excessivo de emojis e mensagens de texto está enfraquecendo as habilidades de comunicação, resultando em interações frágeis e superficiais. 

Em situações sociais, as pessoas muitas vezes estão fisicamente presentes, mas distraídas olhando para as telas do celular, o que prejudica a qualidade das conversas e leva a uma desconexão social. É comum ver grupos e casais em restaurantes que estão mais envolvidos com seus smartphones do que com a interação direta.

Aprimorar a comunicação interpessoal, especialmente com as mulheres, envolve algumas atitudes importantes, como priorizar encontros presenciais, evitar o uso excessivo de dispositivos tecnológicos, estabelecer limites para o tempo dedicado ao celular e às redes sociais e conectar-se com as pessoas que estão ao nosso redor. 

Como o smartphone interfere no nosso organismo?


Os aparelhos móveis emitem um sinal conhecido como ondas eletromagnéticas. É o mesmo principio dos aparelhos de rádio. Essas ondas penetram no nosso corpo, podendo causar mudanças sutis no funcionamento das células.

A maior preocupação tem sido o impacto que essas ondas tem causado à temperatura do nosso organismo quando exposto a elas. Na frequência certa, elas causam uma agitação nas moléculas de água em sua composição. Basicamente é essa a lógica de funcionamento dos aparelhos de micro-ondas para esquentar alimentos rapidamente.

  • Consequências emocionais

Os problemas psíquicos mais comumente encontrados naqueles que abusam dos celulares são: depressão, ansiedade e impulsividade. Isso sem falar na diminuição da capacidade social, uma vez que tais relacionamentos se tornam sobretudo virtuais.

Isso acontece porque a luz e os estímulos cerebrais antes de deitar bagunçam o relógio biológico e impedem um sono restaurador, criando um cenário de vulnerabilidade ideal para o surgimento dos problemas psíquicos ditos acima.

  • Consequências físicas

Alguns problemas ortopédicos podem ser causado com o excesso do uso, principalmente relacionados a má postura dos usuários. Como consequência da projeção do pescoço para frente e para baixo, podem surgir dores de cabeça, nos braços e as contraturas dos músculos dorsais.

Além disso, movimentos repetitivos podem gerar tendinites nas mãos. Outro problema, é a falta de atividade física inerente ao uso do telefone, o que também se torna prejudicial à saúde física e um grande facilitador da obesidade.

  • Complicações oculares

Em função das letras pequenas e o uso do aparelho no escuro, os celulares podem causar problemas de visão, muitas vezes até mesmo possibilitando a necessidade de usar óculos. Outra preocupação é o excesso de luz e foco, que podem causar secura e inflamações e também fotofobia, caracterizada pela extrema sensibilidade dos olhos à luz.

  • Smartphones podem disseminar infecções?

Os aparelhos móveis são utilizados por todas as pessoas nos mais diversos lugares, como locais públicos, hospitais e banheiros. Isso o torna um grande acumulador de micróbios e bactérias. Por conta disso, ele pode sim ser um grande disseminador de doenças e infecções.

Conclusão

Seria então o smartphone um grande vilão?


Como listado acima, os smartphones nos possibilitam uma infinidade de vantagens, então obviamente o vilão não é a tecnologia, mais sim o uso desenfreado dela.

Seus benefícios vão desde encurtar distâncias aproximando pessoas, à otimização do tempo em relação a pesquisas, trabalhos, estudos e etc. A tecnologia hoje é capaz até mesmo de proporcionar um atendimento médico de maneira online — algo que, inclusive, foi potencializado e determinante durante o período do isolamento social em decorrência da recente pandemia de Covid 19 — todas essas funcionalidades são, sem dúvida, muito relevantes, principalmente nesse momento conturbado que estamos vivendo.
Mas, o que não podemos, o que não devemos, é nos privar da comunhão e das interações sociais presenciais, que são fundamentais para o alicerce e cobertura de quaisquer tipos de relacionamentos. O poder de um olhar, de um abraço, de um toque, de uma fala... jamais poderão ser substituídos por mensagens eletrônicas, quer sejam elas por áudios (que, inclusive já podem até ser acelarados, desconfigurando complementamente sua já comprometida pessoalidade) e/ou vídeos. E você, meu caro leitor/seguidor, quer aprender a dialogar e criar relações genuínas? Comece fazendo uma transformação em si mesmo. É exatamente o que venho tentando fazer.

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[Fonte: UFERJ, original acessado em 28/11/2023]

Ao Deus Todo-Poderoso e Perfeito Criador, toda glória.
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E nem 1% religioso.

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