"No amor não há medo; ao contrário o perfeito amor expulsa o medo, porque o medo supõe castigo. Aquele que tem medo não está aperfeiçoado no amor" (1 João 4:18).
O medo é uma faculdade inata que nós seres humanos compartilhamos com todos os animais para perceber ameaças. O medo também nos permite perceber nossa própria fragilidade e a vulnerabilidade que atingem a nossa segurança e nos atrapalham a nos desenvolver.
Apesar de toda essa função do medo, ele não é uma emoção considerada boa pela sociedade. Os meninos foram ensinados desde crianças a não mostrar medo, porque isso "não é coisa de homem" (Também associando vulnerabilidade e medo com algo exclusivamente feminino). Na adolescência, você deve mostrar que não tem medo de fazer brincadeiras ou cometer atos violentos.
Dessa forma, a cultura do "não se deve ter medo" foi introduzida em nossas vidas. Homens e mulheres adultos são instigados a sempre assumir riscos não mostrando nunca sua vulnerabilidade, disfarçando e silenciando sempre seus medos.
No entanto, não devemos ver o medo apenas como algo ruim, além de nos proteger o medo também pode ser muito bom… Em tempos atuais, quando temos visto o medo sendo usado em seu prisma nocivo, há como usar o medo como um benefício ao nosso favor? É a reflexão que proponho no texto deste artigo, mais um capítulo da série especial Papo Reto.
O que é o medo
O medo é uma sensação natural do ser humano, que proporciona um estado de alerta demonstrado muitas vezes no momento que estamos ameaçados tanto fisicamente e psicologicamente, esta reação inicial dispara uma resposta fisiológica no organismo que libera os hormônios do estresse (adrenalina, cortisol) preparando o indivíduo para lutar ou fugir, o medo não patológico é benéfico nos coloca em estado de alerta! Também podemos destacar que o medo pode ter seu lado positivo e negativo, dependendo do contexto em que estamos inseridos.
O medo quando tem efeito positivo nos ajuda a ter mais cuidado com o que temos, prestamos mais atenção para não fazer bobagens, percebe-se quando o indivíduo sente-se ameaçado no trabalho, logo procura fazer tudo certo com medo de perder o emprego, adquirindo assim uma postura positiva no ambiente profissional perante amigos e chefia.
A diferença entre: fobia, medo, temor e pavor (e/ou pânico)
Muitas pessoas confundem pânico, medo, temor e fobia, acreditando que são a mesma coisa.
Enquanto o medo é uma reação instintiva do ser humano quando este encontra-se em uma situação de perigo, é inegável que o transtorno do pânico e as fobias compartilham de sintomas semelhantes, incluindo medo intenso e sentimentos de ansiedade.
Ambas as condições podem envolver sintomas difíceis que podem impactar tremendamente nos nossos relacionamentos, carreira e outras responsabilidades e metas. Além disso, tanto as fobias quanto a síndrome do pânico podem ser classificadas como Transtornos de Ansiedade.
Primeiramente medo não é temor…
De acordo com o dicionário "temor" é um substantivo masculino da língua portuguesa, usado para definir o ato ou efeito de temer, ou seja, o medo, receio, pavor ou terror de algo ou alguma coisa. A Bíblia tem muito a dizer sobre o medo mencionando-o duas vezes:
- "O Temor é benéfico e deve ser encorajado",
- "O medo é um detrimento e não só deve ser desencorajado, como também superado".
O Temor, respeitoso a Deus é uma reverência pelo Seu poder e glória, também é um respeito adequado à Sua ira. Em outras palavras, é um reconhecimento total de tudo que Deus é através de um conhecimento mais profundo d'Ele e dos Seus atributos.
Portanto, há uma diferença entre medo e temor; tentemos compreender em que consiste. O medo é uma manifestação de nosso instinto fundamental de conservação.
É a reação a uma ameaça para nossas vidas, a resposta a um verdadeiro ou suposto perigo: desde o perigo maior, que é o da morte, aos perigos particulares que ameaçam a tranquilidade ou a incolumidade física, ou nosso mundo afetivo.
Já o temor de Deus traz consigo muitas bênçãos e benefícios. O Salmo 111:10 diz:
"O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; têm bom entendimento todos os que cumprem os seus preceitos; o seu louvor subsiste para sempre".
Provérbios 1:7 diz:
"O Temor do Senhor é o princípio do conhecimento; mas os insensatos desprezam a sabedoria e a instrução".
Portanto, podemos ver como tanto a sabedoria quanto o conhecimento começam com o temor a Deus.
Entendendo o pânico
O pânico é caracterizado pela ocorrência de crises de pânico recorrentes e repentinas que causam sensações de medo ou mal-estar intenso acompanhada de sintomas físicos e cognitivos.
Normalmente se iniciam sem causa aparente, de forma brusca, podendo as crises durarem entre 10 e 20 minutos ou, em alguns casos mais graves, até mais de uma hora. É uma condição que acomete frequentemente mais as mulheres e indivíduos entre acima de 60 anos.
Os momentos de pânico podem gerar o "medo de ter um novo ataque", uma condição delicada que interfere no comportamento do indivíduo em relação ao trabalho, lazer, ambiente familiar e social, fazendo com que ele se isole e evite locais ou situações nas quais já ocorreu um ataque de pânico.
Embora seja um transtorno psiquiátrico, os sintomas podem ser físicos ou emocionais (comportamentais). Fundamental é notar se três ou mais sintomas estão ocorrendo concomitantemente e com qual intensidade. Porém, os únicos profissionais que podem avaliar isso são os psicólogos e psiquiatras.
Sintomas Físicos
- Ansiedade extrema;
- Tremores;
- Náusea;
- Tontura;
- Suor intenso;
- Palpitação;
- Taquicardia (aceleração cardíaca);
- Falta de ar (ou sensação de não conseguir respirar);
- Fraqueza;
- Palidez;
- Mal-estar em geral.
- Sintomas Emocionais e Comportamentais
- Sensação iminente de morte;
- Medo de perder o controle;
- Medo de ataque cardíaco, sem motivos para tal;
- Medo de vomitar em público ou de ter dor de barriga, mesmo que não tenha qualquer razão fisiológica;
- Evitar dirigir ou medo de enfrentar trânsito;
- Medo de lugares abertos ou fechados, de multidão, de sair desacompanhado;
- Sensação de estar “enlouquecendo”.
- Evitar lugares específicos como padaria e restaurantes, principalmente se já ocorreu algum ataque nesses locais;
- Entre outros.
Os benefícios do medo
O medo desperta!
Não é segredo que, quando temos medo, todos os sentidos são ativados e então ficamos bastante alertas. Imagine que você tenha uma apresentação importante e que você deseja se apresentar da melhor maneira possível.
Então você começa a ter medo… Se você não sabe usar esse medo você pode ficar paralisado, mas se você o controla e o aproveita você se mantém ativo e pode estar mais atento a todos os estímulos daquele ambiente.
Faz com que você tenha estratégias melhores
Quando enfrentamos situações que nos levam para fora da zona de conforto, e, portanto, nos assustam, acabamos montando estratégias de forma mais rápida para resolver determinada situação. Isso pode ser muito útil para tomar solucionar diversas questões em nossa vida. Afinal o medo faz com que fiquemos mais inteligentes.
Conclusão
O lado ruim do medo
É importante frisar que o medo quando chega ao extremo pode ser doença, quando é irracional ou se manifesta diante de uma situação ou objeto que não apresenta qualquer perigo para a pessoa é caracterizado como fobia.
Neste contexto o indivíduo evita a todo custo o objeto que lhe causa o medo exagerado. As fobias são acompanhadas de ansiedade e se não tratada pode levar o indivíduo a depressão.
Observa-se que as pessoas andam mais ansiosas e adoecendo cada vez mais, é necessário adquirir novos hábitos e assim garantir mais qualidade de vida, não se pode alimentar pensamentos de derrota, de medo e insegurança, ninguém adoece porque quer, mas pode contribuir para o adoecimento com pensamentos negativos!
Então, saiba aproveitar o medo da melhor forma. Não deixe que o medo bloqueie seu talento ou diminua seus sonhos e o faça permanecer impassível. Assim, você pode acabar nunca tentando nada de novo, se mantendo na rotina e deixando de avançar perante seus objetivos.
A Deus toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
E nem 1% religioso.
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. A pandemia não passou, a guerra não acabou.
Eita homem abençoado e de muito conhecimento
ResponderExcluirObrigado! Toda honra e glória sejam dadas ao SENHOR que é quem me capacita!
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