sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

ASSUNTOS POLÊMICOS — ASTRONOMIA BÍBLICA? EXISTE ISSO?

Sem mais delongas, a resposta às perguntas que dão título a este artigo — um retorno da série especial Assuntos Polêmicos —, é sim! Mas, vou já explicar com dados de texto e contexto que podem ser conferidos por quem quiser. Antes, devo dizer que as polêmicas em torno deste assunto, na minha opinião, são terceárias, ou seja, elas para mim não merecem maiores atenções e/ou preocupações, uma vez que não influenciam em absolutamente nada nas bases em que sustento minha Fé. Contudo, atendo ao pedido da amada irmã Celine Beltrão de Oliveira, seguidora do blog, moradora no Reino Unido e membro da igreja Power of God Fellowship Church (a identificação da amada irmã foi autorizada pela própria).

No início


Para ser a Palavra de Deus, a Bíblia tem que merecer confiança e, consequentemente, ser verdadeira. Isto deveria ser auto-evidente. Nos últimos séculos, no entanto, temos visto que alguns estudiosos e cientistas fizeram descobertas que, ao considerar superficialmente, parecem contradizer a Bíblia. Algumas descobertas causaram tremores em todo o mundo cristão.

Vamos ao primeiro capítulo de Gênesis para ver o que o relato da criação, quase sempre incompreendido, realmente diz.
"No princípio Deus criou os céus e a terra. Era a terra sem forma e vazia; trevas cobriam a face do abismo, e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas" (Gênesis 1:1-2, NVI).
A primeira declaração neste relato refere-se ao ato criativo inicial de Deus. Nenhum tempo exato é dado a respeito de quando isso aconteceu. O que é evidente, ao comparar esta passagem com outras escrituras, é que entre os versículos 1 e 2 alguma coisa — que, definitivamente, a Bíblia não diz absolutamente o que foi (tudo o que se diz a respeito são meras especulações, conjecturas) —, aconteceu para tornar a terra "sem forma e vazia" [em hebraico, tohu e bohu].

Isaías 45:18 nos diz que Deus 
"...não a criou [a terra] vazia [tohu], mas a formou para que fosse habitada".
 A criação inicial foi seguida por uma destruição e caos.

Ou seja, a Bíblia não diz exatamente quando aconteceu a criação original. Mas ela indica que a criação original foi seguida pela destruição generalizada provocada pela rebelião do poderoso anjo que se tornou satanás (14:12-15). Assim, o relato de Gênesis 1:3-31 é, aparentemente, uma descrição de uma restauração da terra a um planeta habitável pouco antes da criação do homem (veja Salmo 104:30). 

As genealogias bíblicas demonstram que esta restauração ocorreu aproximadamente há seis mil anos, embora, repito, em nenhum lugar a Bíblia diga quando Deus criou os céus e a terra.

A Palavra de Deus revela que, inicialmente, não existia a criação física — nem a terra, nem o sistema solar, nem as galáxias. O apóstolo Paulo descreve isso como
"...antes dos tempos dos séculos..." (Tito 1:2), 
isto é, "antes do começo dos tempos". Então, por ordem divina, Deus criou o universo.

O que nos diz a ciência


Após a análise bíblica, vejamos agora o que nos diz a ciência. A ciência nos diz algo similar. 
"Esses dias, para a maioria dos cosmólogos e astrônomos, remontam à teoria de que houve de fato uma criação . . . quando o universo físico veio à existência em uma impressionante explosão popularmente conhecida como o 'big bang'... O universo nem existiu sempre" (Paul Davies, "Deus e a Nova Física [God and the New Physics]", 1983, págs. 10-11, grifo acrescentado).
Ambos os relatos, da ciência e da Bíblia, falam de uma origem instantânea da criação física. 

Por que o universo foi criado?


A ciência por si só não pode nos dizer por que a Terra e a criação física existem. Carl Sagan escreveu: 
"Por que isso aconteceu é o maior mistério que se conhece. Mas o fato de ter acontecido é razoavelmente claro" ("Cosmos", 1980, pág. 246).
Mas a Bíblia nos diz o motivo! 
"Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder, porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram criadas" (Apocalipse 4:11). 
Salmo 115:16 acrescenta: 
"Os céus são os céus do Senhor; mas a terra, deu-a ele aos filhos dos homens".
Deus criou todas as coisas. Ele reservou a terra para lugar de habitação do homem, para realizar Seu propósito. Basicamente, Seu plano é o de trazer "muitos filhos à glória" (Hebreus 2:10), para oferecer a filiação para todas as pessoas através de Seu Filho Jesus Cristo. Esta é a razão pela qual Deus trouxe a criação à existência por Sua ordem. A Bíblia explica detalhadamente o plano de Deus ― como também suas implicações para nós. 

O confronto do Gênesis


É um fato bem conhecido que os capítulos iniciais de Gênesis têm sido alvo de zombarias e de ataques especialmente causticantes. Em flagrante contradição às afirmações de muitos clérigos da cristandade, de que Gênesis é apenas uma coleção de poesias e de lendas, no quinto século, o católico "pai da igreja" e erudito Agostinho de Hipona (354 d.c./430 d.c.) declarou que a 
"narrativa [de Gênesis] não é a espécie de estilo literário em que as coisas são declaradas de modo figurativo, ...mas, do começo ao fim, ela relata fatos que realmente ocorreram, como no livro dos Reis e em outros livros históricos" ("De Genesi ad litteram", VIII, 1, 2). 
O exame do primeiro capítulo de Gênesis revela que a Bíblia estava muito à frente dos conceitos contemporâneos.

Muito antes de Aristóteles (384 a.c./322 a.c.), que acreditava que as estrelas estivessem fincadas no céu assim como pregos, Gênesis (1:6-8) descreveu a abóbada celeste como "expansão" ou "firmamento". A palavra "firmamento" vem da latina firmare, que significa dar consistência, firmar, fazer sólido. Jerônimo (345 d.c./419 d.c.) usou esta expressão na Vulgata latina ao traduzir a palavra hebraica raqia, a qual, ao contrário, significa "superfície estendida", "expansão". Segundo o astrônomo e meterologista Théophile Moreux (1867/1954), ex-chefe do Observatório de Bourges, na França, 
"esta expansão, que para nós constitui o céu, é designada no texto hebraico por uma palavra que a Septuaginta [grega], influenciada pelas idéias cosmológicas prevalecentes na época, traduziu por stereoma, firmamento, abóbada sólida. Moisés não transmite nenhuma ideia assim. A palavra hebraica raqia apenas transmite a idéia de extensão, ou melhor ainda, de expansão."
Portanto, a Bíblia descreveu com mais exatidão a expansão ou atmosfera acima de nós.

"Haja luz!"

E houve luz


Gênesis fala sobre os luzeiros que brilham sobre a terra 
"...para fazerem separação entre a luz e a escuridão" (1:14-18). 
Ora, estas palavras foram escritas por Moisés no século 16 antes de nossa Era Comum. Note apenas um dos conceitos fantasiosos então existentes sobre este assunto. Paul Couderc, astrônomo do Observatório de Paris, escreveu: 
"Até o quinto século antes de nossa era comum, os homens estavam enganados a respeito da questão fundamental sobre o dia e a noite. Para eles, a luz era um vapor luminoso, ao passo que a escuridão era um vapor negro, o qual, à noite, ascendia do solo."
Que contraste com a declaração sucinta, mas cientificamente exata, feita na Bíblia a respeito da causa do dia e da noite no nosso planeta! 

Os que viveram na época em que a Bíblia foi escrita tiveram idéias estranhas sobre a forma e a base da terra. Segundo a antiga cosmologia egípcia, 
"o universo é uma caixa retangular, colocada na posição norte-sul, igual ao Egito. A terra fica no fundo, como planície ligeiramente côncava, com o Egito no centro. 
...Nos quatro pontos cardeais, cumes muito elevados sustentam o céu. O céu é uma cobertura metálica, chata ou curvada para fora, cheia de buracos. Dela ficam suspensas as estrelas, iguais a lâmpadas penduradas de fios."
Será que tais teorias infantis foram abandonadas séculos mais tarde? Longe disso. O astrônomo e filósofo grego Anaximandro de Mileto (610 a.c./546 a.c.) sustentava: 
"A Terra é cilíndrica, três vezes mais larga do que funda, sendo habitada apenas a parte superior. Mas esta Terra encontra-se isolada no espaço, e o céu é uma esfera completa, em cujo centro se encontra, sem apoio, o nosso cilindro, a Terra, situada numa distância igual de todos os pontos do céu."
Um século mais tarde, Anaxágoras (500 a.c./428 a.c.) cria que tanto a terra como a lua eram chatas. 

A Bíblia estava muito à frente dos conceitos científicos ensinados naquele tempo. No século 15 antes de nossa Era Comum, ela descreveu o Criador como aquele que 
"...suspende a terra sobre o nada..."
e no oitavo século a.c. falou sobre o 
"...círculo da terra..." (Jó 26:7; Isaías 40:22). 
Não é exatamente assim que a terra lhe pareceu na tela da televisão, quando os astronautas a fotografaram desde a lua (que os terraplanistas vão plantar batatas no asfalto)?

Conclusão

"Ainda antes que houvesse dia, eu sou..." (Is 43:13a)
A Bíblia é verdadeira em sua descrição da origem de todas as coisas. Em resposta à afirmação de que Deus no princípio criou os céus e a terra, um cientista cético declarou: 
"Mas ninguém estava lá para vê-lo" ("Davies", pág. 9). 
Não é verdade ― Deus e Seus anjos estavam lá. Nenhum ser humano havia para refutá-la, e não há ninguém que possa refutá-la hoje. Nenhum homem ou mulher pode contradizer a Bíblia. Pois, existe uma montanha de evidências que mostra que ela é verdadeira.

A fé religiosa é alimento para o espírito. O respeito à ciência, aliado à ampla divulgação de suas descobertas, é alimento para o cérebro, e para o progresso da civilização. A humanidade passou séculos num esforço conciliatório entre a liberdade intelectual e a liberdade religiosa. E chegamos a um ponto bastante razoável nos últimos séculos. Não joguemos, então, essas conquistas por terra. Que haja luz. 

[Fonte: Revista A BoaNova; Biblioteca Bíblica; Revelado nas Estrelas, O — Coelho, André — 400 pgs. — Inventus Criação e Comunicação — 2017]

A Deus toda glória. 
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade. 
E nem 1% religioso. 
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. A pandemia não passou, a guerra não acabou.

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