terça-feira, 10 de novembro de 2020

VOCÊ SABE O QUE SEUS FILHOS ANDAM VENDO NA INTERNET?

Frequentes operações da Polícia Civil, têm conseguido desbaratar várias quadrilhas de pedófilos no Brasil, com ramificações em outros países no exterior. Com o advento da pandemia, quando os menores tiveram de ficar mais tempo em casa para cumprimento da quarentena e do isolamento social, esse problema que não é nada novo, ficou ainda mais evidente, já que crianças e adolescentes aumentaram ainda mais o tempo de acesso aos conteúdos digitais através da Internet, o que potencializou ainda mais a atuação desses criminosos predadores sexuais em seus assédios contra eles, que se tornam, portanto, suas vitimas iminentes e em potencial. Diante dessa preocupante realidade, mais do que nunca, é relevante a pergunta:

O que seus filhos veem na Internet?


Você sabe o que as crianças e adolescentes da sua casa andam fazendo na Internet? Esta pergunta é feita por milhões de adultos e pais em todo o mundo. Vivemos em uma sociedade conectada na qual o acesso a qualquer tipo de informação está a dois cliques de distância e isso nos permite interagir com pessoas de qualquer parte do mundo, conseguir informação de nosso interesse ou compartilhar nossas experiências. Tudo bem que a Internet pode ser uma excelente ferramenta de pesquisa para os estudos (principalmente agora que o retorno às aulas presenciais ainda é pauta de dúvidas, incertezas e polêmicas) ou mesmo para se divertir. Mas todo cuidado é pouco!

O fato é que é bem difícil ver uma criança ou um adolescente que não esteja no momento com os olhos pregados em uma tela de algum dispositivo eletrônico digital. Redes sociais, plataformas de vídeos e aplicativos fazem parte de suas vidas como o oxigênio que respiram. O conteúdo desses espaços virtuais que mais chama a atenção contém música, dança e humor, mas alguns são perigosas armadilhas.

A rede social Facebook tem bilhões de usuários. Nela que o norte-americano Ronald McNutt, de 33 anos, cometeu suicídio ao vivo em vídeo e ele viralizou para outras redes como o Instagram e a chinesa TikTok (que, aliás, é a febre virtual do momento), com milhões de visualizações mundo afora. No Reino Unido, uma garota ficou traumatizada ao ver o suicídio quando buscava vídeos de entretenimento. Ela ficou em estado de choque e tem dificuldades para dormir e estudar, além de ter medo de sair de casa, segundo sua mãe contou à rede BBC. Esse é só um dos tipos de conteúdo perigoso.

Armadilhas sexuais


Sabia que há adultos que se passam por crianças ou adolescentes em jogos na Internet com segundas intenções? É sério! Em alguns casos, pedem até fotos sem roupa, estimulam comportamentos sexuais e chegam a marcar encontro às escondidas. Tenso, né? Atualmente, o sexo é facilmente acessado na internet. Foi-se há muito o tempo em que para ter acesso a algum tipo de conteúdo pornográfico, era preciso ir a alguma banca de revistas ou vídeo locadoras, onde esse material tinha até um lugar especial e reservado, "proibido para menores de 18 anos", para que não houvesse uma exposição pública. Atualmente, qualquer pessoa, em um clique, pode ter contato com qualquer tipo de conteúdo pornográfico. Recente pesquisa constatou que os sites Xvídeos e Pornhub, ambos de conteúdo pornográfico, tiveram acessos recordes durante a quarentena.

E não é só isso. Esse tipo de conteúdo também aparece disfarçado em danças, músicas, filmes, séries e até desenhos animados. Quando disfarçados, esse tipo de conteúdo é ainda mais perigoso, pois, contém armadilhas que buscam sexualizar crianças e adolescentes. Por esse motivo, é preciso critério e que adultos fiscalizem o que menores consomem e com quem falam na rede.

Pais, a responsabilidade é de vocês!


Para que não fique parecendo que tudo isso é "papo de pastor", vamos dar uma olhada na opinião das autoridades no assunto.

Especialistas concordam que o acesso à rede mundial é um caminho sem volta, e a proibição do uso não é a melhor opção para os pais. O presidente da organização não governamental Safernet, Thiago Tavares, diz que a melhor estratégia continua sendo o diálogo, a conversa franca e a relação de confiança que deve existir entre pais e filhos.
"Da mesma forma que você conversa com seus filhos sobre os riscos que existem ao sair na rua, na escola, no cinema, você diz para ele não aceitar bala de estranhos, você também deve orientá-lo em relação ao uso seguro da internet"
diz. Ele recomenda também o uso de versões customizadas de sites e aplicativos, que selecionam o conteúdo apropriado para crianças.

O especialista não recomenda o monitoramento dos filhos com o uso de softwares espiões. Segundo ele, esses programas passam uma falsa sensação de segurança e podem comprometer a relação de confiança entre pais e filhos. 
"Proibir o uso da internet não adianta. E monitorar o que seu filho faz por meio de softwares espiões também não ajuda, porque quebra uma relação de confiança e é ineficiente, porque as crianças não acessam a internet de um único dispositivo"
justifica.

Todo cuidado é pouco


A mestre em psicologia clínica Laís Fontenelle orienta aos pais acompanhar os acessos virtuais dos filhos da mesma forma como é feito no mundo real. 
"O mesmo cuidado que tem de ter na Internet é o cuidado que tem de ter em um espaço público. Os pais têm de monitorar da mesma forma que monitora a casa do amigo que o filho vai, a praça que vai frequentar, a festa, porque é como se fosse um espaço público, só que virtual"
explica.

No caso de crianças não alfabetizadas, o acesso à internet precisa sempre ser feito com a supervisão de um adulto, diz a psicóloga. 
"A mediação é imprescindível principalmente para crianças que não estão alfabetizadas. Elas vão com o dedinho no touchscreen [tela do celular ou tablet] e podem cair em um conteúdo que não é adequado para elas, e não têm a maturidade para lidar com o conteúdo que está ali"
adverte.

A psicóloga também "puxa a orelha" dos pais, alertando para a responsabilidade do exemplo dado às crianças. 
"Não adianta a gente fazer um overposting dos nossos filhos nas redes sociais, expondo tudo que acontece na vida deles: 'ganhou um peniquinho, comeu a primeira papinha' e dizer para eles não fazerem isso. Se a gente não sabe lidar com esses limites claros sobre o que pode ser publicizado sobre a intimidade das nossas vidas, eles nunca vão saber"
diz Laís.

Os principais riscos do uso da internet por crianças e adolescentes são os acessos a conteúdos inapropriados para a idade, como pornografia, a exposição da privacidade em redes sociais, o cyberbulling e a exposição da intimidade, principalmente na adolescência. 
"Os casos de vazamento de nudes [fotos de nudez] não param de crescer ano a ano"
diz o presidente da Safernet. Além disso, há o perigo do contato com estranhos, que pode resultar em tentativas de assédio, aliciamentos ou golpes.

Contra fatos...


Uma pesquisa divulgada recentemente pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil mostrou que *87% das crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos têm perfil em redes sociais, e 68% acessam a Internet mais de uma vez por dia. Segundo o estudo TIC Kids Online Brasil, 11% dos entrevistados entre 9 e 17 anos de idades acessaram a internet pela primeira vez antes dos 6 anos de idade. 
  • *[Os números da pesquisa já podem ter sofrido alterações.]

Sinais de que existe algum problema


Além de entender o uso que fazem da Internet, é importante que os pais fiquem atentos a mudanças comportamentais que podem estar associadas à vida online.

As dicas utilizadas abaixo funcionam bem caso uma relação de proximidade já esteja em curso entre pais e filhos. No entanto, especialmente na adolescência, eles podem começar a ficar mais calados e mesmo impedirem os pais de acompanharem a vida online.

É claro que a privacidade é muito importante para o desenvolvimento da criança ou adolescente, no entanto, o excesso de segredo pode ser sinal de algum problema. Especialmente se acompanhado de comportamento depressivo, rebelde ou violento. Se esse for o caso, note se a criança ou adolescente sai da Internet triste ou preocupada. Isso pode ser sinal de que algum tipo de bullying está ocorrendo.

Se você perceber que a criança está demonstrando que se meteu em alguma enrascada que não quer falar, não se alarme. Seja compreensivo(a) e pergunte, se aproxime, preste atenção e aja de uma forma que inspire confiança e não punição.

Por vezes, é justamente o erro que induz ao aprendizado e é importante os pais estejam abertos a aprenderem junto com seus filhos a respeito desse mundo novo que cresce a todo instante.

Conclusão


Por mais que pensemos que as crianças de hoje dia possam se desenvolver com autonomia no mundo digital, a realidade é que elas apenas têm um leve conhecimento de como devem agir. Os adultos possuem a experiência de vida e temos que transmiti-la de forma adequada para que saibam enfrentar os possíveis perigos digitais da mesma forma que fariam na vida real. Apenas assim conseguiremos que aproveitem a tecnologia e aprendam ao mesmo tempo que se divertem. 

Para ajudá-lo nesta tarefa, com base no que disseram os especialista, elaborei uma lista com as dicas mais importantes para que seus filhos possam navegar na web com total segurança e tranquilidade:
  1. Converse com eles sobre os possíveis perigos que estão na internet;
  2. Envolva-se nas atividades online das crianças desde cedo, assim pode estabelecer normas e aconselhá-los ao mesmo tempo.
  3. Incentive-os a falar com você sobre o que eles fazem e têm visto na internet, sobretudo se existe qualquer coisa que faz com que eles se sintam desconfortáveis ​​ou ameaçados.
  4. Hoje, a cultura do "compartilhe tudo" está muito difundida. As crianças nem sempre conseguem reconhecer os perigos que correm ao compartilhar informações pessoais, por isso, é muito importante explicar com detalhes tudo o que pode ocorrer.
  5. Defina regras básicas sobre o que pode e não pode fazer online e explique as razões de cada uma delas. Você deve rever estas regras com o passar do tempo, conforme seus filhos vão crescendo;
  6. Use um software de controle parental para estabelecer as páginas que seus filhos podem ter acesso, o tempo de uso e as atividade online. Os filtros de controle parental podem ser configurados para diferentes perfis de computador, permitindo que você personalize para cada criança, mas, cuidado: como disse a especialista acima, o uso dessa ferramenta NÃO TE EXIME de uma checagem frequente no conteúdo acessado pelos menores.
  7. Incentive seus filhos a prestar atenção aos ajustes de privacidade nas redes sociais, para que as mensagens só sejam visíveis para os amigos e familiares.
  8. Os pais são mais conscientes dos possíveis perigos da internet, mas as chances de que seus filhos saibam mais das novas tecnologias são maiores. Incentive a troca de informações para que você possa tanto aprender quanto ensinar.
  9. Proteja o computador e a navegação na internet com um software de segurança apropriado.
  10. Não se esqueça que seu smartphone não são simplesmente telefones, são computadores sofisticados. A maioria dos smartphones vem com controles parentais e fornecedores de software de segurança que podem oferecer aplicações para filtrar conteúdos inadequados, SMS incômodos e etc.
Ah! E que tal sugerir que eles saiam um pouquinho do computador pra fazer uma atividade diferente? Tipo: orar, ler a Bíblia, ler um livro ou se exercitar em casa? Afinal de contas, nada em excesso faz bem. Fica a dica!

[Fonte: Agência Brasil, Por Sabrina Craide – Repórter da Agência Brasil - Brasília; codeBuddy; WeLiveSecurity, por Josep Albors]

A Deus toda glória. 
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade. 
E nem 1% religioso. 
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. A pandemia não passou, a guerra não acabou.

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