Bem, para mim que sou super fã da escritora britânica Agatha Christie e que já li quase todos os livros dela, é difícil escolher um para falar. Aliás, já escrevi sobre outro livro dela nessa série especial de artigos (➫ aqui).
Sobre a escritora
Para quem ainda ainda nunca ouvi falar dela (o que considero muito difícil, quiçá, impossível), Agatha é uma escritora britânica, nascida em 1890, que faleceu em 1976 aos 85 anos de idade. Por que eu estou contando isso? Para que vocês saibam que a linguagem do livro é um pouco diferente da linguagem com a qual costumamos lidar nas leituras atuais. Em sua escrita Agatha costuma usar expressões mais cultas e formalidades como Monsieur (que é uma forma de tratamento equivalente a senhor), Mrs. e Miss por exemplo.
Agatha escreveu diversos tipos de livros, porém se destacou mesmo no gênero romance policial, ganhando assim o titulo popular (e muito bem merecido) de "Rainha do Crime". Outra informação interessante que descobri sobre a autora é que Agatha é a escritora mais bem sucedida da história em número de livros vendidos, tendo vendido bilhões de cópias entre os séculos XX e XXI, sendo superada apenas pela Bíblia e Shakespeare (como assim, né??!). No total Agatha escreveu cerca de 80 obras e inúmeros contos.
Dito isso sobre essa autora gênio, vamos a resenha dessa história!
Sobre o livro
Não sei como irei escrever esta resenha, pois simplesmente não tenho palavras para descrever a obra magnífica da autora consagrada Agatha Christie. Vou tentar chegar ao menos perto do que eu senti ao ler "Assassinato no Expresso do Oriente", e descrever a história, que mesmo parecendo complexa, é muito clara como Agatha nos brinda com uma revelação que nos deixa de boca aberta e olhos arregalados!
A trama começa com uma viagem - comum - do famoso detetive belga Hercule Poirot (personagem fictício protagonista na maioria dos livros escritos por Aghata). Ele viaja em um trem juntamente com outros dois passageiros, e começa a pôr seus olhos em cima deles, observando seus hábitos, adivinhando o tipo de perfil dos dois outros passageiros.
Até ai, tudo bem. Mas quando uma fragmentação de uma conversa entre os outros dois chega aos ouvidos do detetive, ele começa a achar que havia algo mais além daqueles passageiros.
Depois de receber um chamado por um telegrama e cancelar a sua hospedaria em um hotel, Poirot viaja novamente em outro trem, juntamente com um conhecido seu, o diretor da empresa da companhia dos trens. Hercule entra em sua cabina e tem que dividi-la com um outro passageiro, mas algo passa por seus olhos - o trem está mais cheio do que o habitual naquela estação do ano.
Pouco depois da meia-noite, uma tempestade de neve pára o Expresso do Oriente nos trilhos. O luxuoso trem está surpreendentemente cheio para essa época do ano. Mas, na manhã seguinte, há um passageiro a menos. Uma americano é encontrado morto em sua cabina, com doze facadas, e a porta estava trancada por dentro.
O médico responsável pelo caso, também presente no trem, pensa ser muito estranho e incongruente os ferimentos da vítima. Dessa forma, M. Bouc, o amigo dono da companhia de trem, convida (convoca, na realidade) o Poirot para a resolução do assassinato e este não terá outra opção que não seja aceitar o pedido de bom grado.
Pistas falsas são colocadas no caminho de Hercule Poirot para tentar mantê-lo fora de cena, mas, num dramático desenlace, ele apresenta não uma, mas duas soluções para o crime.
Uma viagem inesquecível...
O livro foi escrito em 1934, mas se engana quem pensa que a leitura é atravancada e de difícil compreensão. Com uma escrita primorosa e ágil, Agatha Christie nos transporta para dentro dos vagões do Expresso do Oriente e faz com que ajudemos a resolução do mistério sob os olhos de Hercule Poirot.
Com a profissão de detetive do personagem protagonista, é impossível não ser observador ou não notar as particularidades de cada passageiro que surge no caminho; é dessa maneira que o leitor vai acompanhando e conhecendo cada um deles. Pessoas comuns, homens, mulheres, senhoras, nobres, o que importa é que nem um esta livre de suspeitas.
As capas
Dependendo da edição ou da editora, a capa de um livro pode ser mudada. Talvez apenas o título seja mudado para a nova língua, talvez haja realmente uma nova arte que modifique tudo. Depende de como cada editora quer manter o livro. E é isso que vou mostrar aqui, a diferença das capas segundo seus países.
Talvez hajam mais que essas, mas foram as que encontrei. Admito que fiquei assustado com o tanto de edições brasileiras que existem para esse livro e fico imaginando o quanto de edições existem nos demais países que foi traduzido esse livro e que felizmente foram vários.
A capa original do livro. Já no Brasil, o livro foi publicado por diversas editoras ao longo dos anos, primeiramente temos a da editora Nova Fronteira, publicado no ano de 2012 e da editora Record pela Coleção Agatha Christie, no ano de 1986.
Uma outra edição da editora Nova Fronteira só que dessa vez do ano de 1983, da editora Altaya de 2002 e mais outra da Nova Fronteira agora do ano de 1998.
Edição da editora Círculo do Livro de 1984, outra da Nova Fronteira de 1985 e mais uma do Círculo do Livro de 1998.
Saraiva de Bolso do ano de 2011, uma edição americana de 2007 e outra de 2004.
E não poderiam faltar edições de outros países. Uma edição espanhola, francesa e italiana.
Considerações pessoais
O livro é dividido em três partes:
- a primeira é composta pelos fatos que antecedem o crime,
- a segunda possui apenas os testemunhos de cada passageiro, sem exceção, todos interrogados pelo detetive e
- a terceira inclui a resolução dos fatos já analisados.
Esse é um caso impossível de desvendar, embora você pense que está certo de algo, posso te garantir que o final te surpreenderá. Aqui, cada detalhe é de suma importância, não pisque os olhos muito rapidamente! O engraçado é que o personagem principal consegue desvendar o caso por simples perguntas despretensiosas sobre o cotidiano, ou seja, você revela que cometeu o crime sem se dar conta.
Conclusão
Agatha Christie conseguiu me surpreender mais uma vez. A cada livro que eu leio, tenho a sensação de que o estoque de criatividade dela é inesgotável. Ela foge completamente dos padrões que cercam os romances policiais e consegue criar conflitos envolventes, capazes de hipnotizar os leitores do início ao fim. Foi exatamente assim que me senti ao ler "Assassinato no Expresso do Oriente": hipnotizado.
O livro é bem curtinho, portanto a leitura durou apenas dois dias e fluiu naturalmente sem dificuldade alguma. O original é de 1934 e, mesmo assim, é impressionante como tudo parece acontecer nos dias de hoje. As obras da eterna "Rainha do Crime" continuam encantando e conquistando fãs de várias gerações.
O desfecho do livro foi excelente para as minhas expectativas, mas, mesmo assim, não considero que tenha sido o melhor criado pela autora. Contudo, uma palavra que representa a história: Genial. Várias pistas, suspeitas e conjecturas diante de uma morte. Aquele livro que te deixa orgulhoso por ter chegado ao final. Uma recomendação para todos os públicos!
Sobre a edição da Nova Fronteira
A Editora Nova Fronteira (edição que eu li) adquiriu os direitos e publicou o romance em 2009. A divisão dos capítulos de acordo com os depoimentos dos suspeitos foi um acerto. Achei bem melhor para acompanhar o caso e fazer minhas anotações. Uma pequena planta do trem foi colocada em uma das páginas para situar os leitores quanto à localização das cabinas, mais um ponto relevante.
Composta por folhas brancas, a edição não contém erros visíveis. Há uma figura mostrando a localização das cabines e os passageiros presentes de modo a facilitar a compreensão do leitor e inseri-lo no desvendamento do caso. Algo que não me agradou foi a presença de alguns termos em Francês, sem um significado posterior, o que fez com que eu ora captasse por dedução, ora por busca dos termos.
Infelizmente, fiquei incomodado e até chateado com o material e o acabamento do livro. A editora bem que poderia caprichar mais da próxima vez.
Composta por folhas brancas, a edição não contém erros visíveis. Há uma figura mostrando a localização das cabines e os passageiros presentes de modo a facilitar a compreensão do leitor e inseri-lo no desvendamento do caso. Algo que não me agradou foi a presença de alguns termos em Francês, sem um significado posterior, o que fez com que eu ora captasse por dedução, ora por busca dos termos.
Infelizmente, fiquei incomodado e até chateado com o material e o acabamento do livro. A editora bem que poderia caprichar mais da próxima vez.
Caracteríticas
- Editora: Nova Fronteira S/A
- Edição 1
- Anos da Edição: 2009 e 2014
- Autoria: Agatha Christie
- EAN13 9788520934784
- Idioma: Português
- Formato: Capa dura
- ISBN: 8520934781
- Altura: 20,8
- Páginas: 200
- Peso: 330 g.
A Deus toda glória.
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