Nos últimos anos, as crianças brasileiras influenciadas pela mídia e pela música de má qualidade, vêm sofrendo os que os especialistas chamam de "Erotização Infantil".
Temos que nos conscientizar sobre a importância da música, na formação do caráter e da personalidade de uma criança, bem como os perigos da erotização precoce.
Os meios de comunicação, ao contrário do que muitos pensam, não tem o menor compromisso com a cultura e formação dos indivíduos, é uma vitrine que de tudo se vende milhões não importando a qualidade do produto.
O sexo, e tudo o que envolve: conquista, intimidade, prazer e reprodução fazem parte do mundo dos adultos, assim como o trabalho e a responsabilidade civil ou criminal. Incentivar ou permitir que uma criança fale, dance, vista-se como adultos é - dadas as devidas proporções - como assistir passivamente aos menores trabalhando nos canaviais do nordeste. Se achamos um absurdo o primeiro exemplo, por que achar normal e ser conivente com o segundo? Eis mais um dos tentáculos da hipocrisia social.
Somos responsáveis pela nova geração que deixaremos para assumir o mundo. Temos que nos responsabilizar por nossas crianças, para que no futuro se tornem adultos felizes, equilibrados e realizados. Que legado estamos deixando para os pequeninos e, pior, que legado eles deixarão aos seus?
Por esse motivo devemos dizer não a erotização infantil.
Quando a sexualidade começa a invadir o universo infantil, os pais precisam se preocupar. O que mais se vê nas redes sociais e pelas ruas são crianças imitando coreografias totalmente sensualizadas, deixando os adultos envergonhados e de cabelos em pé. O problema é que tem pais e responsáveis que não só acham "bonitinho", como incentivam tal postura por parte das crianças que estão sob sua tutela.
Crianças são como esponjas e imitam tudo o que veem, inclusive as coreografias das dançarinas de axé e de funk. Apesar de o mundo "respirar" sexo, as crianças sabem mesmo o que estão fazendo? Sabem o apelo erótico que certas letras e coreografias trazem? E, por favor, caros senhores, não venham me dizer que tais músicas e coreografias não fazem tal alusão. Respeitem minha inteligência!
Sede meus imitadores... - Pingando os "is"
Esta colagem acima, de autor anônimo, já foi muito divulgada nas redes sociais e revelam o problema da erotização infantil |
Se a criança dança "na boquinha da garrafa", por exemplo, ela está imitando uma outra pessoa e experimentando o que a cultura dela lhe oferece. Nessa fase do desenvolvimento não há malícia. O significado erótico quem dá é o adulto e quem conhece o sentido por trás da dança também é o adulto", afirmam os especialistas.
O ato de dançar é consciente para os pequenos, mas não há para eles um sentido erótico, pois não conhecem, ou não deveriam conhecer, o significado sexual. Sendo assim, se expõem nas redes sociais, abrindo portas para situações que envolvam pedofilia e abuso sexual. A erotização de maneira natural e gradual começa na pré-adolescência. E, segundo os psicólogos, expor os filhos pequenos a danças sensuais, cenas de sexo, novelas e filmes inapropriados para a sua faixa etária incentiva e contribui para uma erotização precoce.
Proteger a criança desses conteúdos depende da educação e cultura dos pais. Os que definem danças eróticas como algo natural e convivem num meio em que músicas que envolvem a sexualidade estão presentes irão interferir no desenvolvimento dos filhos. A criança deve ser respeitada, pois ela não tem recursos e condições de lidar com as consequências da erotização de uma dança, por exemplo, alertam os especialistas.
Em busca do equilíbrio
Por outro lado, os mesmos especialistas avaliam que os pais moralistas, que não lidam com a situação por meio do diálogo, podem provocar o efeito inverso, no caso, a curiosidade, descontrole e falta de limites quanto ao próprio corpo. Por negarem demais, por não tratarem com naturalidade e enxergarem a sexualidade como algo feio ou sujo, podem acabar prejudicando o desenvolvimento erótico, tornando-o inadequado.
Conclusão
Essa onda de erotização infantil pode ser combatida com diálogos e com o incentivo a brincadeiras infantis, lúdicas. Os pais não devem vestir a menina como uma moça nem estimular que ela tenha namoradinhos - ainda mais em nossa cultura machista. A criança - quer seja menino ou menina - é desprotegida e, quando estimulada, corre o risco de se expor a situações nas quais não tem ideia ou consciência. Tudo tem seu tempo.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirObrigada, eu vou fazer redação sobre este tema, e o senhor trouxe bons argumentos que eu penso em usar, é triste ver essa realidade em nosso país e acho que a internet deveria ter um limite em relaçao aos menores, de forma eficaz, todos os pais deveriam viajar os filhos, eu mesma conheci a pornografia por curiosidade, me arrependo ate hoje mas hoje sou conciente sobre este assunto
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