sábado, 31 de outubro de 2015

SUPER[DE]SINTERESSANTE

O ator Charlton Heston (1923-2008), em cena como Moisés, no super clássico "Os Dez Mandamentos", de 1956 
A revista Superinteressante já foi uma referência quando o assunto era ciência. Eu mesmo durante anos fui assinante do periódico de publicação mensal. Era uma boa revista, cuja linha editorial pautava temas cunho científico e também focava história e tecnologia. Mas ao que parece a revista meio que perdeu o rumo. Não é de hoje que a revista deu para veicular matérias que atacam diretamente a fé cristã. Na edição que estará nas bancas em novembro ela volta a trazer uma reportagem de capa agredindo a crença cristã. 

A Bíblia exposta com ânimo sensacionalista, com o objetivo de destruir a fé cristã e mostrar que ela seria tão falsa contra qualquer outro livro religioso do mundo (O Corão, O Livro dos Mórmons etc). Essa é a capa da  Superinteressante de junho de 2012 (acima). E não acabou por aí. 

Esta edição ao lado é totalmente irônica. Apresenta a estátua da profecia de Daniel, mas se “esquece” de apresentar a explicação completa dela. As profecias de nações que não existem mais (Babilônia, Império Grego) são apresentadas corretamente, mas as profecias de nações atuais (Vaticano), são ignoradas. Que falta de coerência, não?! Na parte que fala do Apocalipse, diz que "cada um interpreta como quer", relativizando a mensagem e a expondo ao ridículo como se Deus não existisse de verdade e não tivesse passado uma verdade real através de suas profecias.

E, obviamente, as batalhas foram apresentadas desvinculadas de conteúdo espiritual, sem justificar Deus, mas o condenando: prato cheio pros ateus e pros perdidos ficarem mais perdidos ainda.

Na edição de novembro de 2008, a revista trouxe um pequeno texto um tanto quanto tendencioso sobre os Dez Mandamentos assinado pelo jornalista Daniel Scheneider. Veja:
"De acordo com a tradição judaico-cristã, os 10 mandamentos foram escritos por Deus em duas lajes de pedra entregues a Moisés no topo do monte Sinai. O Senhor não escreveu em linhas tortas, mas quase: o texto original está em hebraico clássico, idioma sem pontuação nem divisões rígidas entre as frases. Cabe ao tradutor decidir onde as sentenças começam e terminam, daí a origem das diferentes versões para cada religião.  
Na própria Bíblia, os 10 mandamentos aparecem de forma ligeiramente diferente (confira em Êxodo 20:2-17 e Deuteronômio 5:6-21). Mas a confusão intencional não provoca diferença significativa: o conteúdo é reagrupado, mas mantém as ideias originais."

Isto só para citar algumas. E, aproveitando o fenômeno de audiência da Rede Record, com o sucesso absoluto da novela "bíblica" Os Dez Mandamentos, a Super voltou novamente com seu ataque contra a fé cristã. Abaixo matéria (na íntegra) do site Gospel Prime sobre o assunto.


"Revista Superinteressante ataca fé cristã (de novo)

Para publicação, Moisés é o herói que foi sem nunca ter sido



Embora a revista Veja seja considerada por muitos um dos bastiões da imprensa contra o comunismo e favor dos conservadores, sua editora, a Abril, também é responsável pela Superinteressante.

Desde seu surgimento, na era da comunicação pré-internet, a publicação foi responsável por trazer uma série de informações que dificilmente eram encontradas fora de livros especializados. O foco da Superinteressante sempre foi abordar assuntos mais complexos em linguagem fácil e acessível. Contudo, nos últimos anos a revista tem feito uma série de reportagens que visam 'desmistificar' a Bíblia e atacar as crenças do cristianismo.

Este ano duas capas geraram contrariedade no meio evangélico. Em setembro, o foco foi o chamado 'Extremismo evangélico'. A capa exibia uma Bíblia coberta de sangue e a chamada dizia 'Veja como os fundamentalistas ameaçam as liberdades individuais – e o próprio futuro das igrejas'. No miolo, reportagens tentando dizer que todos que defendem os preceitos da Bíblia são extremistas e tem sede de sangue, assim como os que corromperam os ensinamentos e se tornaram 'inclusivos' em relação aos gays são os únicos que refletem o 'amor'.

A edição que chega às bancas na próxima semana também promete uma série de distorções. Possivelmente por causa do sucesso da novela 'Os Dez Mandamentos', da Rede Record, os editores da Superinteressante dedicam a matéria de capa ao tema. Mas os primeiros anúncios mostram o tom do texto. 'Como um rei megalomaníaco, muita geopolítica e uma farsa de proporções bíblicas criaram a saga de Moisés – o herói que foi sem nunca ter sido', é a chamada divulgada nas redes sociais.

Qual propósito da revista?


Um dos autores do material é o jornalista Reinaldo José Lopes, que mantém o blog 'Darwin e Deus', onde procura constantemente mostrar como questões de fé podem ser explicadas pela ciência.

A Veja também já publicou material que atacava diretamente os ensinos de Jesus, além de questionar sua existência. Mas as matérias da Superinteressante são bem mais incisivas.

Curiosamente, quando a Super dedicou capas para falar do islamismo, o tom é bem menos crítico. 'Os fundamentalistas são ínfima minoria no Islã, mas, com ações de grande repercussão, acertam em cheio os corações de milhares de muçulmanos com baixa autoestima – a causa antiocidental resgata a tão machucada identidade islâmica. Mas há também fundamentalistas islâmicos pacifistas e eles são a maioria', dizia o texto do primeiro número dedicado ao assunto.

Em fevereiro de 2015, a matéria de capa abordava a vida de Maomé, o fundador do Islamismo. O texto é quase todo só de louvores ao Islã: 'Uma religião humanitária, que, ao propor uma sociedade menos desigual e mais aberta ao diálogo, encarnou muito do que a humanidade tem de melhor. Que meia dúzia de psicopatas não acabem com esse legado'.

Com quase 40 marcas, que atingem 23 milhões de assinantes semanalmente (sem contar as edições digitais), o que faz com que a maior editora de revistas do Brasil ataque os relatos bíblicos e defenda os do Alcorão?"

[Fonte: Gospel Prime]

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