sábado, 29 de novembro de 2014

LIVRO: REMÉDIO PARA ESPÍRITO, ALMA E CORPO

Quantos livros você já leu ao longo da vida? Se você consegue contar na ponta dos dedos foram poucos. Quantos livros você leu nesse ano? Se você não conseguiu ler sequer um livreto ao longo desse ano, misericórdia! Como você conseguiu sobreviver? Uma pesquisa realizada pelo Ibope mostrou que 45% da população brasileira não têm o costume de ler (não acredito que sejam apenas 45%...). Os absurdos que são cometidos nas redações do ENEM e as barbaridades que são postadas nos textos das redes sociais são dois dos termômetros que comprovam algo que é inquestionável: o brasileiro NÃO GOSTA DE LER. Quem engrossa esse percentual provavelmente não tem ideia dos benefícios que a leitura traz. 

Em um estudo realizado nos Estados Unidos, pesquisadores descobriram que ler livros como passatempo pode adiar a perda da memória associada à idade. O experimento contou com 200 idosos com leves lapsos de memória. Aqueles que, na meia idade, se ocuparam com leitura, jogos ou hobbies, apresentaram um risco 40% menor de ter o problema. Uma boa leitura pode aguçar a criatividade, aumentar o vocabulário e o conhecimento. Além disso, é um ótimo remédio para quem tem problemas para dormir, porque é uma atividade relaxante. Por isso, ler com frequência pode fazer maravilhas pela sua saúde cerebral. Além disso, os livros nos levam a lugares inimagináveis – alguns até inexistente – sem nos tirar do lugar. E hoje, com advento da tecnologia, não faltam opções para leitura. Eu prefiro o livro convencional. Gosto de segurar o exemplar, de marcar e sentir a textura das páginas, de sentir o cheiro do papel, de poder fazer anotações manuscritas... Mas para os mais “antenados”, há a opção do livro virtual, que pode ser lido pelo monitor do computador, do tablet, do smarthphone...

Talvez a conclusão deste artigo não surpreenda a maioria dos que, como eu, amam a leitura, mas cientistas comprovaram recentemente o que parecia óbvio: literatura faz bem para o cérebro! Nos Estados Unidos, um grupo de teste foi convidado a ler um capítulo do romance “Mansfield Park”, de Jane Austen, dentro de uma máquina de ressonância magnética, enquanto pesquisadores da universidade de Stanford analisavam os resultados neurológicos. Para o experimento, era preciso ler o capítulo de duas formas distintas: primeiramente, uma leitura descompromissada; depois, uma leitura para análise crítica da obra. A conclusão do estudo apontou que a leitura de livros pode ser um exercício valioso para o cérebro, já que quando lemos, o sangue flui para diversas áreas associadas à concentração e, no caso de uma leitura mais crítica, também para áreas menos ativas do cérebro. Logo, o estudo concluiu que a forma de leitura afeta o cérebro e através dela podemos treiná-lo para ser cada vez melhor em atividades que exigem compreensão e concentração.

Estudos semelhantes para avaliar os benefícios da leitura com máquinas de ressonância magnética já haviam sido realizados antes na Europa. Em 2010, o neurocientista Stanislas Dehaene, diretor da Unidade de Neuroimagiologia Cognitiva do Inserm-CEA, na França, usou exames de ressonância magnética para avaliar o cérebro de adultos alfabetizados e analfabetos. Os cientistas descobriram, então, que os cérebros dos adultos que podiam ler eram mais ativos, ainda que, em contrapartida, perdessem parte de sua memória visual, possuindo menos habilidade no reconhecimento facial.

A Lista (é claro que ela não podia faltar)


Vou reproduzir aqui uma lista com os 18 livros que todos deviam ler antes de morrer. A lista segue um critério não propriamente específico, mas há obras que transitam por todos os gostos de quem realmente aprecia uma boa leitura. Sei que não há listas perfeitas. Escolher 18 livros (ou 100...) implica sempre deixar de fora muitas obras igualmente importantes - ou até mais importantes - que poderiam com toda a justiça estar no lugar destas. Consciente de que é impossível agradar a gregos e a troianos, pretendo fazer uma seleção equilibrada, com natural predomínio dos clássicos (essas obras que já passaram o crivo do tempo e entraram no cânone), mas também com algumas apostas pessoais, escolhas talvez menos óbvias e que espero poder corresponder a surpresas e descobertas. Todos os livros sugeridos têm uma qualidade literária acima de qualquer suspeita. E também não se trata de um ranking. A lista foi feita de maneira aleatória.

1º “Do Livro do Desassossego”, de Fernando Pessoa
2º “A Divina Comédia”, de Dante Alighieri
3º “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis
4º “Fausto”, de Goethe
5º “Madame Bovary”, de Gustave Flaubert
6º “Os Sertões”, de Euclides da Cunha
7º “O Príncipe”, de Maquiavel
8º “As Viagens de Guliver”, da Jonathan Swift
9º “Dom Quixote – Volume I”, de Miguel de Cervantes
10º “Dom Quixote – Volume II”, de Miguel de Cervantes
11º “Robinson Crusoé”, de Daniel Defoe
12º “Moby Dick”, de Herman Melville
13º “O Processo”, de Franz Kafka
14º “Crime e Castigo”, de Fiódor Dostoiévski
15º “Coração das Trevas”, de Joseph Conrad
16º “Hamlet”, de William Shakespeare
17º “Os Miseráveis”, de Victor Hugo
18º “Orgulho e Preconceito”, de Jane Austen
19º "Capitães de Areia", de Jorge Amado
20º "Assassinato no Expresso do Oriente", de Agatha Christie
21º "1968, O Ano que Não Terminou", de Zuenir Ventura
22º "Os Caçadores de Deus", de Tommy Tenney

Alguém pode perguntar: "Uai, por que ele não citou a Bíblia Sagrada"? Ao que eu respondo: não citei a Bíblia por que ela não é UM livro. Ela O livro da vida, a história de Deus. Ela é hors concours.

Pois bem, cara pálida, o que está esperando para correr até a livraria mais próxima?

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