segunda-feira, 30 de outubro de 2023

PAPO RETO — A RELAÇÃO DAS REDES SOCIAIS COM ADOECIMENTO MENTAL

Em menos de um mês, os suicídios de dois famosos influencers, que juntos, somavam milhões de seguidores só em uma rede social, me chamou a atenção sobre os malefícios que o excesso de exposição a essas plataformas digitais tem causado na sociedade.

Não há dúvida de que a Internet é um recurso de grande importância na atualidade e que remodelou ações, comportamentos e o estilo de vida da sociedade.
Porém, a relação entre redes sociais e saúde mental exige mais atenção e cuidado, pois pode elevar o risco de depressão e suicídio em jovens.
Pesquisas sobre a influência da mídia na saúde mental revelam que os efeitos da superexposição e do consumo de e na Internet podem ser prejudiciais à estabilidade emocional e, nos casos mais extremos, gerar práticas danosas à integridade da vida.

Vale mesmo tudo por likes e views?

É cada vez mais popular o sonho de ser um digital influencer, mas muitos ignoram que esses profissionais vivem sob pressão e podem estar mais suscetíveis ao adoecimento mental.

O fator estressor proeminente são as repentinas mudanças nos algoritmos das plataformas digitais, implicando em dificuldade de distribuição de conteúdo e de monetização.

Por isso, os influenciadores passam a ser mais dependentes do engajamento dos seguidores — o que faz com que trabalhem cada vez mais para produzir mais material original, levando ao esgotamento físico e psicológico.

Nesse sentido, tal tema demanda mais reflexão para que as pessoas possam desfrutar dos benefícios da Internet, mas sem colocar a vida em risco. Essas plataformas podem ser muito bem aproveitadas quando se tem a intenção certa.

A influência descontrolada do mundo virtual na realidade do universo online no offline, do digital no de carne e osso, porém, traz inúmeras consequências negativas para a saúde mental.

Viralizar e ser famoso da noite para o dia, como um passe de mágica. Quem não gostaria?


Um dos diversos benefícios que a Internet trouxe com o passar dos anos foi sem dúvidas a potência em unir públicos diversos em uma única plataforma e disseminar conteúdos para todos os nichos, proporcionando informações e conteúdos de múltiplas formas.

O avanço da tecnologia como um todo também põe em cena pessoas antes mantidas no anonimato a fama repentina e a uma mudança de vida gigantesca, fazendo com que muitas pessoas DESEJEM A QUALQUER custo ter uma vida "parecida".

Porém, até onde vai a busca excessiva pela fama rápida proporcionada pelo universo digital? Será que ela É SÓLIDA? Até aonde as pessoas vão para conseguir se destacar na internet  (O número de Digitais influencers no Brasil já se iguala ao número de médicos.)??
Primeiro, precisamos falar sobre a situação atual de nosso país e o porque das pessoas buscarem tanto mudar de vida para finalmente conseguir "viver melhor".

Infelizmente o direito de "viver bem" assim como em países de "primeiro mundo" não é uma realidade no Brasil, o que faz com o que a maioria absoluta da população briguem todos os dias por poucas vagas de emprego e lutem para sobreviver, isso faz com que as pessoas em seu cotidiano vivam em uma vasta energia frenética em busca de uma melhoria, por mínima que seja.

Este comportamento também é presenciado no universo digital, especificamente nas redes sociais.

Ao ver pessoas se dando bem, mostrando as suas "vidas perfeitas" por traz das telinhas. O desejo absurdo em SER aquela pessoa ou TER o que ela tem toma conta e faz com que muitos lutem com todas as suas forças para alcançar no mínimo um reconhecimento ou um "recebido" como recompensa de seu trabalho.

Com a chegada da rede social Tik Tok, muitas "modinhas" tomaram conta de nossa rotina, dancinhas, trends, dublagens, curiosidades, mixagens etc. Com todo esse avanço em pouco tempo, muitos influenciadores ganharam reconhecimento e fama, mesmo que momentânea.
Pessoas que na grande maioria das vezes não estavam preparadas para serem famosas, acabaram entrando em quadros de ansiedade e depressão depois que o declínio dos números começam a ser evidentes.
A preparação para a "fama digital" e assessoria de comunicação são pilares que NÃO são concretizados como as dos artistas consolidados há anos, resultando em uma grande parcela de influenciadores vivendo uma vida dupla e aparente frente as câmeras.

Vice-versa


Boa parte do público que consome a grande mídia oferecida por esses influenciadores não fazem ideia dos bastidores e de como realmente as coisas funcionam, o que ocasiona em uma parcela gigante de jovens e adolescentes buscando freneticamente uma vida parecida.

Os problemas à sociedade em geral começam a existir quando notamos que muitos dos jovens deixam de trabalhar e as vezes estudar em busca da fama, pois os influenciadores em seus discursos sobre "conquistas" disseram para sua audiência não desistir dos seus sonhos, que eles também podem chegar lá.

Claro que não desistir dos sonhos é essencial para o sucesso de cada indivíduo, mas tudo deve ser pautado em educação de base e conhecimento em todos os aspectos, para que conquistas e frustrações tenham seus respectivos motivos e que não formemos adultos frustrados e por vezes doentes.

Onde está a RAIZ do problema? Eu diria que em dois pontos, são eles: BRASIL e EDUCAÇÃO. Como citado no início do artigo, vivemos em um país em que "VIVER" é uma luta diária para milhares de pessoas. Não ter o que comer em casa transforma pessoas e suas atitudes em busca de recursos tanto para si quanto para seus familiares.

Educação de base é um dos MAIORES quiçá o maior dilema em que enfrentamos no Brasil. Ter uma educação escolar e familiar de berço transformam vidas em diversas gerações.

Saber consumir conteúdos de qualidade na internet e poder crescer intelectualmente é resultado de uma excelente educação primária.

Se tivéssemos Jovens e Adolescentes com uma boa formação educacional de base, será que ainda teríamos taxas altíssimas de quadros de ansiedade e depressão por conta de exposição na Internet?

Será que os Influenciadores conseguiriam tanto sucesso com suas Publis sobre Jogos de azar que só ganha quem está divulgando? Cabe a reflexão.

Conclusão

Onde iremos parar?


Infelizmente estamos cansados de saber que "o brasileiro só coloca muro em casa depois de ser roubado", então quando estivermos em quadro ainda maior de exposições e frustações em massa, poderão entender quão grave é o assunto em que estamos abordando.

Vale ressaltar que o futuro já chegou dentro de poucos anos dividiremos o mercado de trabalho com toda essa geração. Mais do que nunca, faz-se necessário que nós, agentes na saúde mental, nos debruçarmos com mais atenção acerca deste assunto.

Por fim, para você que é adepto às redes sociais, quer seja como consumidor ou criador de conteúdos, experimente passar o fim de semana inteiro longe do mundo virtual para promover a desintoxicação de estímulos negativos ou intensos.

Se você trabalha diretamente com a sua imagem na internet, essa tarefa pode ser mais difícil. Entretanto, lembre-se da importância de cuidar de você.

Ao Deus Perfeito Criador, toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
E nem 1% religioso.

sábado, 28 de outubro de 2023

PRONTO, FALEI! — O "IR" À [UMA] IGREJA X O "SER" A IGREJA

Eu estava dando uma espiada no Instagram, — coisa, aliás, que raramente faço, pois, não sou muito de perder meu tempo, que é preciosíssimo, com futilidades em redes/mídias sociais/digitais —, quando deparei-me com a seguinte postagem abaixo:
Então, arrisquei-me em ler alguns comentários e vi que, felizmente, a maioria absoluta dos comentaristas, se opunham ao grave, porém, muito comum equívoco, cometido pelo autor da postagem.

Baseado nesta postagem, que pode até parecer correta e que reflete a crença comum da maioria absoluta dos crentes, comecei a pensar sobre o tema e o escolhi para ser mais um capítulo da minha série especial de artigos, Pronto, Falei!
No que tange ao contexto do cumprimento do mandamento messiânico de se congregar, a frase na postagem não está de todo errada. Não estou questionando, absolutamente, que seja necessário e espiritualmente vital, que nós, enquanto cristãos, congreguemos. 
Na congregação é que iremos poder exercer em essência o princípio divino da comunhão (Hebreus 10:25). Entretanto, este tipo de afirmação da postagem em questão, se descontextualizada, alimenta ainda mais a crença equivocada da maioria.

A Igreja, sob a ótica de Jesus

"...e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mateus 16:18b).
Sob os ensinamentos de Jesus, o que significa ser Igreja? Qual o significado deste dogma bíblico? Antes de mais nada, devemos lembrar que ao sermos aceitos por Jesus Cristo passamos a integrar a família de Deus. Além disso, passamos a fazer parte do Corpo de Cristo, que é a Igreja.
Como está escrito: 
"Vocês não sabem que são santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vocês?" (1 Coríntios 3:16)
Com isso em mente, devemos entender que ser Igreja significa ser membro deste corpo espiritual. Além disso, devemos lembrar que Deus habita em nós.
"O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há é o Senhor dos céus e da terra e não habita em santuários feitos por mãos humanas" (Atos 17:24).
Em segundo lugar, devemos destacar que ao falar de Igreja não estamos falando do templo.
A igreja não é um prédio, não é uma instituição de caridade, apesar de fazermos o bem, não é um clube social, para entendermos a igreja precisamos saber o que Jesus fala sobre ela.
Quando nós entendemos quem Jesus é para nós, automaticamente vamos entender quem somos nEle.

Com o passar dos séculos, nos vemos governos tentando acabar com a Igreja, os governos passam e a Igreja permanece; nós vemos filosofias se levantando contra a Igreja, as filosofias passam e a Igreja permanece. Coisas se levantam e caem, mas a Igreja continua avançando, 
mesmo com falhas, imperfeições, limitações, debilidades... a Igreja continua derrubando as portas do inferno, e nós fazemos parte disso.

Entendendo a Ekklesia


A palavra que Jesus usou se referindo à igreja foi Ekklesia. Esta palavra significa "ajuntamento", mas não num mero ajuntamento para decidir coisas; a Ekklesia Romana era um grupo de cerca de 300 pessoas, e o império romano uma vez que conquistava um território tinha a missão de colonizar aquele território com a cultura romana.

Os romanos perceberam que não bastava conquistar os territórios, eles precisavam infiltrar os valores de Roma na região. E assim, estabeleciam a Ekklesia, para fazer com que o povo deseje a cidadania romana, entendendo que ela era um privilégio. 

Assim, eles montavam um time de elite para se infiltrar em todas as esferas da sociedade, para que eles pudessem tocar aquela sociedade com cultura romana. E sob esse contexto, Jesus diz 
"Eu vou levantar a minha Ekklesia e as portas do inferno não vão prevalecer contra ela".
Contextualizando, o Mestre disse:
"Eu vou montar o meu time de elite e as portas do inferno não vão prevalecer contra ele".
Ekklesia
estava num contexto militar. Ekklesia era um grupo que ia para uma região para mostrar a cultura de um reino que era superior. 
A Igreja não deve estar limitada nas quatro paredes, a igreja deve se infiltrar em todos os âmbitos da sociedade, para representar os valores do reino.
Assim como o barco foi feito para a água, o crente foi feito para estar no mundo. Enquanto, o barco está na água, está tudo bem, mas se começar a entrar água no barco ele vai afundar. 

Em síntese, fomos chamados para estar no mundo, mas o mundo não é para estar em nós. Se começarmos a influenciar o mundo rapidamente as nossas congregações vão dobrar não só de tamanho e quantidade, mas de qualidade.

A Igreja, no ensimento apostólico


A bíblia diz que a igreja é a casa de Deus e, esta casa comunica valores para nós.
Mateus 5:14, de novo sobre a Igreja, Jesus diz:
"Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte".
A igreja precisa ser relevante, precisa ser atrativa para as pessoas. Alguém vai chegar deprimido nesse lugar e vai sair com a alegria do Senhor; alguém vai chegar sem perspectiva e vai sair sabendo o seu propósito.

Não tem ninguém aqui mais inteligente do que todo mundo junto, não tem ninguém aqui mais ungido do que todo mundo junto…

Imagina que eu chegasse para o Pr .Joãozinho Bíblia (nome fictício) e dissesse 
"eu gosto muito do senhor, quero que o senhor vá à minha casa, mas tem uma coisa eu não gosto da sua esposa". 
Você iria para a minha casa no lugar dele? Não! Pois é, alguns acham que podem se relacionar com Jesus odiando a esposa dEle. Só se pode receber da cabeça se estiver conectado ao corpo. E este corpo — quer queiram ou não — se chama IGREJA.

Uma pesquisa separou dois grupos de recém nascidos, os dois grupos recebiam os mesmos cuidados, a mesma alimentação. A única diferença entre os dois grupos era, um grupo recebia o leite direto da mãe, a mãe poderia tocar, afagar, dar carinho; mas, o outro grupo recebia também o leite materno, mas pela mamadeira, não recebia o toque da mãe. O grupo que estava recebendo o toque ganhou peso, cresceu mais rápido, do que o grupo que não estava recebendo o carinho. E eles perceberam que um dos principais componentes para o desenvolvimento do recém nascido é o toque.

Que é a igreja?

Entendendo 1 Pedro 2

"Vós, porém,". 
Nos versículos de 1 a 8 (1 Pedro 2), o apóstolo estabelece um contraste entre aqueles que obedecem à Palavra e os que não obedecem a ela; entre os que aceitam e os que rejeitam a Cristo (1:22;2:8). Daí o motivo de ele começar o versículo 9 com a conjunção adversativa "porém".

Cada descrição feita pelo autor revela uma face da natureza da Igreja, respondendo à pergunta: que é a igreja?
  • 1- Raça Eleita
No grego, é genos eklekton — povo escolhido. A humanidade está dividida em várias raças, e muitas sentem orgulho de seus ancestrais e os feitos no presente. A igreja deve sua existência ao fato de Deus a ter escolhido. Isso nos remete a Deuteronômio 7:7,8. Todos os méritos da existência da igreja devem ser dados ao Senhor que a elegeu;
  • 2- Sacerdócio Real
O sacerdote era alguém que ocupava uma posição honrosa e de responsabilidade, e que estava revestido de autoridade sobre os outros. O sacerdote era representante do homem perante Deus. Tinha o especial privilégio e responsabilidade de aproximar-se de Deus e de falar e agir em favor do povo.
Aqui, ainda é acrescentado algo novo a este sacerdócio: é um sacerdócio real. É real porque serve ao Rei, e assim participa de sua natureza real. É real porque é serviço em prol do Reino de Deus.
No livro de Apocalipse, os cristãos são apresentados como participantes da realeza de Cristo (1:6; 5:10), em consância linear com o registro no AT, em Êxodo 16.

Esses filhos do Rei não devem viver ociosamente nem exultar com a glória de sua honra. Antes, são vocacionados para o ministério pontificial (do latim: ponte, mediador). A missão sacerdotal de Israel na velha aliança que Deus constituiu como nação foi a de servir de ponte entre o Todo-Poderoso e as nações do mundo (19:6).
"Hoje, todos os que participam do sacerdócio em virtude da adoção da família real de Deus devem servir mediante a intercessão (ponte de oração), mediante a evangelização (ponte de comunicação), mediante o serviço (ponte da realização) e mediante a demonstração do amor de Deus na prática" (Russel Shedd, "Nos passos de Jesus", Vida nova. p.45-46);
  • 3- Nação Santa
A palavra "nação" refere-se a um grupo de pessoas, isto é, um conjunto de pessoas que pertencem a uma comunidade humana por falarem a mesma língua e compartilharem uma cultura e uma história comum. 

Aos Efésios, o apóstolo disse que a igreja tem 
"um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos" (4:5-6). 
Sendo assim, a Igreja compartilha de muitas coisas em comum e, por isso, pode ser chamada de nação.
Essa nação é santa porque o Deus que a escolheu é Santo. A ideia bíblica de santidade é dupla. Primeiro, Ele é absolutamente distinto de todas as Suas criaturas e exaltado sobre elas em infinita majestade (Eclesiastes 5.2); segundo, Ele não tem comunhão com o pecado (Jó 34:10; 1 João 1:5);
  • 4- Povo de Propriedade Exclusiva de Deus
Quando é que algo nos pertence? Quando ganhamos, herdamos ou compramos esse "algo". Certo? Seguindo essa ideia, a Igreja é propriedade do Senhor porque Ele a comprou; não com ouro ou prata, mas com Seu precioso sangue (1 Pd 1:18,19). 
"Cristo comprou os homens para Deus da terra" (Ap 4:3), 
de maneira que eles se tornem propriedade de Deus, livres da escravidão do pecado e da morte, do mal e do sofrimento que importunou a sua existência terrena. O preço da compra é o sangue de Cristo.

O Senhor Jesus Cristo disse: "edificarei a minha igreja" (Mt 16:18). Portanto, não pertencemos a nós mesmos, somos exclusivamente dEle;
  • 5- Povo de Deus, pela Misericórdia de Deus
Russel Shedd (✰1929/✞︎2016) escreveu: 
"Nenhum pecador perdoado pode absolutamente imaginar que alguma virtude em si mesmo ou boas ações de sua parte poderiam explicar por que Deus o levantou do poço da iniquidade para ser lavado e vestido como príncipe. De fato, a iniciativa da nossa salvação pertence inteiramente a Deus. 'No princípio Deus...' (Gênesis 1:1); 'Mas Deus...' (Ef 2:4). Toda obra da salvação é sempre uma iniciativa de Deus."
Calvino (✰1509/✞︎1564) escreveu: 
"Não há qualquer outra razão pela qual o Senhor conta o seu povo, exceto que Ele, tendo tido misericórdia de nós, nos adotou por sua graça".

A Missão da Igreja


Na visão de Pedro, qual é a principal tarefa da igreja? 
"...afim de proclamardes as virtudes..." — 
Proclamar é propagar, anunciar. A palavra de força adicional de declarar coisas desconhecidas. Virtudes, no grego, é arete, que significa "excelência moral", os feitos maravilhosos de Deus (NTLH), "seus atos maravilhosos", "maravilhosa luz" — a palavra significa admirável, notável, aquilo que causa admiração e respeito, devido a sua grandiosidade, poder ou raridade.

Jesus disse: 
"Eu sou a luz do mundo..." (Jo 8:12). 
E Ele mesmo disse aos seus discípulos: 
"...vós sois a luz do mundo..." (Mt 5:14). 
Portanto, não podemos ser preguiçosos, negligentes ou relutantes em proclamar atributos tão louváveis. O apóstolo Paulo não se envergonhou de anunciar o Evangelho em Roma porque afirmou que ele é o poder, a salvação e a justiça de Deus para todo aquele que crê (Romanos 1:16,17).
Em síntese, sob o contexto dos ensinamentos apóstolico, a Igreja mística é o corpo espiritual de Jesus Cristo. Ou seja, nós fazemos parte dos planos de Deus para a humanidade. Assim, cada indivíduo que aceita a Jesus Cristo se torna parte da Igreja. 

No entanto, essa Igreja precisa se reunir para adorarem juntos, edificarem uns aos outros e terem comunhão uns com os outros. Portanto, ser Igreja não é apenas frequentar o templo, mas permitir que Deus habite em nossas vidas.

Conclusão


Irmãos, quando nascemos de novo, desejamos o leite espiritual e isso nos traz crescimento. Mas, também precisamos uns dos outros para crescer. Se sujeitando uns aos outros no temor de Cristo, precisamos estar conectados. Graças a Deus pela Bíblia, mas também precisamos dos nossos irmãos.
Ninguém foi salvo para sentar, você foi salvo para servir no corpo de Cristo. As pessoas estão acostumadas a ser clientes da igreja. 
E aí, como um bom consumidor você analisa se a igreja atendeu às suas conveniências e especificações… a igreja não é um produto no supermercado que está na prateleira esperando uma avaliação sua.
Existem pessoas que são compatíveis com o seu passado e, existem pessoas que são compatíveis com o seu futuro. A igreja é compatível com o seu futuro.

Como vimos nos ensinamentos de 1 Pedro 2:9-10, o apóstolo vê a Igreja como grupo, como comunidade, dando uma descrição da "identidade corporativa" dos cristãos. 

Ele vê a Igreja como um corpo. As palavras utilizadas para descrever essa identidade foram usadas no Antigo Testamento para o povo de Israel (Êx 19:5,6). Pedro mostra que a nação escolhida não mais será limitada aos descendentes físicos de Abraão. Judeus e gentios compartilham por igual, da mesma fé, quando creem em Jesus Cristo como Senhor e Salvador.

A Igreja do Senhor Jesus Cristo precisa conhecer melhor a sua verdadeira identidade. Uma das coisas belíssimas que nos acontecem por pertencermos à Igreja é o reconhecimento de que somos escolhidos. Você não é deixado de fora, está dentro. O Senhor escolheu você também!

Algumas ponderações:

  1. Como você está vivendo esse “sacerdócio real” na igreja local?
  2. De que maneira a santidade de Deus pode ser vista em sua vida?
  3. Em qual quarto escuro de sua vida Deus acendeu uma luz?
  4. Qual tem sido a sua prática de proclamar as virtudes de Deus?
[Fonte: 8ª IPBH, original por Pb. Denilson Maia; Verbo da Vida, original por Edilson de Lira; Gospel Prime]

Ao Deus Perfeito Criador, toda glória.
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E nem 1% religioso.

segunda-feira, 23 de outubro de 2023

ESPECIAL — O QUE DIZ A BÍBLIA SOBRE O CONFLITO ENTRE ISRAEL E PALESTINA?

"Ó DEUS, não estejas em silêncio; não te cales, nem te aquietes, ó Deus, Porque eis que teus inimigos fazem tumulto, e os que te odeiam levantaram a cabeça. 
Tomaram astuto conselho contra o teu povo, e consultaram contra os teus escondidos. Disseram: Vinde, e desarraiguemo-los para que não sejam nação, nem haja mais memória do nome de Israel" (Salmo 83:1-4).
O conflito entre Israel e Palestina se intensifica ao longo dos anos e existem inúmeros motivos que fomentam o acúmulo de rivalidade e ressentimentos históricos entre os países do Oriente Médio.

Gerações acompanham os tristes capítulos dos conflitos entre os israelenses e os palestinos. A guerra entre as duas nações perdura mais de 70 anos e já destruiu muitas vidas. O conflito, inclusive, vem se intensificando nos últimos dias e volta a estar em destaque na imprensa mundial.

Desde a escalada dos conflitos entre israelenses e palestinos, espalharam-se pelas redes sociais brasileiras interpretações religiosas para a guerra, algumas inclusive associando os atentados do Hamas e os ataques de Israel a Gaza a profecias apocalípticas.

Em meio a tanta informação, algumas delas, absurdamente utópicas, faz-se necessário que entendamos ao certo como originaram-se os conflitos entre palestinos e israelitas, fazendo uma apuração não apenas bíblica, mas geopolítica.

No final do século XX, quando foi declarada a criação do Estado de Israel, as disputas sobre a posse de territórios se tornou centro dos mais diversos debates políticos e diplomáticos ao redor do mundo.

Palestinos e israelitas, muçulmanos e judeus, coexistindo no mesmo espaço com diversas incompatibilidades religiosas, mas ambos — pela fé, consideram Jerusalém como Terra Santa ou Terra Prometida, o que faz do lugar uma região sagrada e desejada por todos.

A origem dos conflitos entre as nações


O surgimento dos povos israelenses e palestinos está ligado à história de Abraão, que recebeu, segundo os textos religiosos, a missão de migrar para a "terra prometida", em Canaã, antiga terra dos cananeus, depois chamada de Palestina, onde hoje se localiza o Estado de Israel. 
"Nesta época, a Palestina, que originalmente era chamada de Filistina, era terra dos filisteus e de vários outros povos como, por exemplo, os arameus"
explica o professor de história Pedro Botelho.

Na Bíblia, Abraão teve dois filhos: Ismael e Isaque. O primeiro nasceu de sua relação com Agar, serva de sua esposa Sara; já o segundo, concebido pela sua própria cônjuge, nasceu com a fama de ser o "filho da promessa". 

Em passagens bíblicas, Deus prometeu que ambos os filhos iriam prosperar e estariam ligados a grandes nações. 
"Esse é um ponto importante porque é o nascimento religioso da distinção entre os hebreus e os muçulmanos (árabes), tanto que essa relação de ambos remonta a Abraão"
esclarece o também historiador Marlyo Ferreira.

As terras palestinas já eram uma região de muita disputada e foram divididas em 12 tribos, as chamadas tribos de Israel, que se encontravam em conflito contra os filisteus. 
"Isso marca uma disputa pela terra, mesmo quando se cria o Reino de Judá e o Reino de Israel", diz Botelho. 
O povo assírio acabou conquistando o Reino de Israel, restando apenas o Reino de Judá, que, segundo o educador Pedro Botelho, por causa desse nome, chamamos os hebreus de judeus até hoje. 
"Depois vai ter o cativeiro da Babilônia, com Nabucodonosor, que está presente na bíblia também; o domínio grego e o domínio dos romanos"
elenca o educador.

A região da Palestina está localizada no Oriente Médio ao lado da costa oriental do Mediterrâneo. O território, de origem hebraica, foi ocupado por muitos cristãos a partir do Século IV, porém, foi invadida pelos árabes muçulmanos, que dominaram a área até o Século XX. 
"Essa região vive disputas entre cristãos, muçulmanos e judeus há séculos, pois é considerada sagrada para as três religiões (as três de origem abraâmicas). Os judeus, por exemplo, consideram Jerusalém sagrada porque foi a capital do Reino de Davi. 
Os cristãos, por conta da trajetória de Cristo naquela região. Já para os muçulmanos, Jerusalém foi o local de peregrinação de Maomé depois de passar por Meca e Medina. A Mesquita de Al-Aqsa, na Cidade Velha de Jerusalém, é o terceiro local mais sagrado do Islã", 
ensina o professor Arthur Lira.

Contexto escatológico


A profecia mais mencionada está no capítulo 38 do Livro de Ezequiel, provavelmente escrito no século 6 a.C. Um dos trechos diz: 
"...não é acaso naquele dia, quando o meu povo de Israel habitar sua terra com toda a segurança, que tu te meterás em agitação? Virás de tua terra […], seguido de teu poderoso exército, tua horda imensa de cavaleiros. Atacarás o meu povo de Israel como uma nuvem de tempestade que vem cobrir a terra" (14-16).
A leitura se torna ainda mais complexa porque há uma referência a esse trecho no capítulo 20 do livro do Apocalipse, fundamentando o que seria, dentro da ideia de fim dos tempos, o ataque final à terra de Israel.

Mas estas profecias não são o único aspecto religioso que busca explicar o conflito que já deixou milhares de mortos e feridos dos dois lados, entre eles, crianças, idosos e mulheres.
Sobre a visão de que a guerra seria o descrito no livro de Ezequiel, o teólogo e historiador Gerson Leite de Moraes, professor na Universidade Presbiteriana Mackenzie, diz que é preciso cautela com a noção de que trechos da Bíblia possam ter antecipado eventos atuais. 
"Quando há o elemento da profecia, é preciso entender que elas têm uma dimensão para atender a uma necessidade imediata [do tempo em que foram feitas]", 
diz
"Como elas trazem o arcabouço de uma narrativa mais universal, elas acabam persistindo no tempo."
Por isso, profecias bíblicas muitas vezes soam como se funcionassem para expectativas futuras. 
"Então, as profecias não morrem, ficam existindo no tempo. Cumpriram uma função em um presente imediato, mas, devido à sua estrutura, podem ser ressignificadas, requentadas e trazidas novamente para qualquer outro momento da história." 
"Deixemos claro que, na tradição hebraica, textos proféticos não versam sobre o futuro"
afirma o teólogo e cientista da religião Andrey Mendonça, professor na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). 
"Os profetas eram pessoas enviadas por Deus para chamar a atenção aos desvios dos mandamentos da Torá, ao arrependimento e ao retorno ao caminho da justiça."

"Não há ligação teológica, com base na tradição, seja judaica, seja cristã, entre textos sagrados da tradição hebraica e a eventos futuros, numa visão apocalíptica de 'fim dos tempos'"
diz.

Abrindo a Bíblia

Afora as afirmações utópicas e estapafúrdias, é fato inquestionável que toda guerra que envolva a Nação de Israel é de cunho bíblico e profético. 
Portanto, é preciso além de uma leitura histórica uma leitura bíblica, correta, para um melhor entendimento do conflito atual entre Hamas e Israel.
Como vimos acima, de acordo com a Bíblia, o conflito entre Israel e Palestina tem uma origem ainda mais antiga e ancestral. Por volta de 1812 a.C e 1637 a.C, Abraão migra da Mesopotâmia para Canaã, estabelecendo ali seu novo lar.

Além disso, Abraão e Sara (sua esposa) receberam de Deus boas novas. Sara daria à luz a um filho — Isaque, prometido por Deus com o intuito de cumprir o plano quanto à descendência daquele povo.
"Deus lhe respondeu: De fato, Sara, tua mulher, te dará um filho, e lhe chamarás Isaque; estabelecerei com ele a minha aliança, aliança perpétua para a sua descendência" (Gênesis 17:19)."
Os judeus descendem do filho da promessa, Isaque. Já os palestinos são descendentes de Ismael, filho de Abraão com Agar, serva egípcia de Sara.

Por enfrentar conflitos com Agar e seu filho, Sara exigiu que Abraão expulsasse ambos. Essa atitude não era costumeira na época, mas Deus tranquiliza e direciona Abraão:
"Disse, porém, Deus a Abraão: Não te pareça isso mal por causa do moço e por causa da tua serva; atende a Sara em tudo o que ela te disser; porque por Isaque será chamada a tua descendência. Mas também do filho da serva farei uma grande nação, por ser ele teu descendente" (21:12-13).
Acima de tudo, há a bênção de Deus para ambos os povos, sejam palestinos ou hebreus, todos tem a origem em Abraão, assim como lemos em Gênesis 17: 18,20: 
"Disse Abraão a Deus: 'Tomara que viva Ismael diante de ti.' Quanto a Ismael, eu te ouvi: 'abençoá-lo-ei, fá-lo-ei fecundo e o multiplicarei extraordinariamente; gerará doze príncipes, e dele farei uma grande nação'".

E de onde vem o conflito que vemos hoje?


O Conflito entre Israel e Palestina, segundo a Bíblia, originou-se quando Agar e Ismael foram mandados embora da casa de Abraão. Relatos históricos apontam que mãe e filho se dirigiram para a região que hoje conhecemos como Faixa de Gaza e lá se estabeleceram, dando origem ao povo árabe.

Hoje, tanto os israelitas (descendentes de Isaque) quanto os palestinos (descendentes de Ismael) se sentem no direito de posse das terras, isso tem sido fonte de tantas lutas, mortes e sofrimento para todo o Oriente Médio e, também, para nós que somos capazes de sentir a dor do outro por meio da empatia.

A Guerra do Hamas contra Israel tem implicações políticas e interesses religiosos, mas é, em última análise, um conflito escatológico. O que é uma guerra ou conflito escatológico? 

É todo conflito ou guerra que faz referência à terra ou a povos bíblicos, especialmente a Israel —  terras bíblicas, povos bíblicos e problemas bíblicos é na Bíblia que se resolve.

Conclusão


Impreterivelmente, Isaque e Ismael, assim como seus descendentes, são filhos legítimos do pai da fé e têm a bênção de Deus. A Palestina e Arábia Saudita produzem petróleo, Israel é um excelente produtor de alimentos e exportador de diamantes, mas é como utilizam de suas vantagens econômicas que os fazem prosperar ou fracassar.

A profecia bíblica está centralizada em povo (judeu) e uma cidade (Jerusalém), conforme Daniel 9:24: 
"Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados, e para expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo"
baseado nisso podemos dizer que Israel é o relógio profético de Deus!

Contudo, o que realmente já está preocupando Israel não é a expectativa da próxima guerra iniciada pela Hamas e sim a ascensão de influência política do Hamas entre a minoria de palestinos radicais na Cisjordânia e também entre os jovens árabes israelenses nas cidades mistas de judeus e árabes.

As manifestações radicais de árabes israelenses contra os civis judeus de Israel têm preocupado tanto a população, quanto o governo do Estado de Israel. Acendendo uma luz vermelha, em que a população judaica começa a olhar para a população de árabes israelenses como um provável inimigo interno mais perigoso que os palestinos radicais da Faixa de Gaza. 

O que nos últimos dias tem preocupado não só o governo israelense com uma ameaça de guerra civil, quanto a própria liderança da Autoridade Palestina na Cisjordânia.
O que apredemos com tudo isso? Deus não erra! São nossas escolhas diante do que nos foi concedido que mudam todo o rumo de uma história!
[Fonte: Leia Já, por Ruan Reis — com a participação dos professores de história Arthur Lira, Marlyo Ferreira e Pedro Botelho (matéria original: https://m.leiaja.com/carreiras/2021/05/19/israel-x-palestina-entenda-historia-dos-conflitos/); BBC News Brasil, por Edison Veiga (matéria original: https://www.bbc.com/portuguese/articles/cn03l1exe5zo); Conhecimentos do Pai (texto original: https://conhecimentosdopai.com.br/conflito-entre-israel-e-palestina-o-que-a-biblia-diz-sobre-isso.html); Gospel Prime, por Alexandre Dutra Pastor Batista, Diretor dos Amigos de Sião, Mestre em Letras - Estudos Judaicos pela USP (matéria original: https://conhecimentosdopai.com.br/conflito-entre-israel-e-palestina-o-que-a-biblia-diz-sobre-isso.html)]

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domingo, 15 de outubro de 2023

EU NÃO ME ESQUECI — A MORTE DO DR. ULYSSES GUIMARÃES

A Constituição Federal de 1988, também conhecida como Constituição Cidadã, chegou aos seus 35 anos desde a sua promulgação, sendo fruto dos trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte instalada no Congresso Nacional em fevereiro de 1987. 

Encerrando a transição do regime ditatorial a que estava submetido o país há mais de duas décadas, a promulgação do seu texto constituiu marco fundamental da redemocratização, sobretudo ao conceber, por exemplo, o voto direto, secreto e universal e periódico como uma cláusula pétrea, assim como o fez em relação aos direitos e garantias fundamentais dos cidadãos.

Mas a luta pela redemocratização já ambientava o país há alguns anos. Desde o início da década de 1980 os movimentos populares já pediam a volta da democracia, em resistência aos rigores do regime político e jurídico instaurado desde abril de 1964, e, especialmente, do Ato Institucional nº 05 (AI 5), baixado em 1968, responsável pela ingerência em vários direitos fundamentais básicos dos cidadãos, a exemplo da suspensão do remédio do habeas corpus nos crimes políticos e da cassação de direitos políticos e de mandatos eletivos.
Ao longo de nossa história constitucional, várias Constituições foram editadas, sendo ora outorgas (impostas) pelos governantes, ora promulgadas pelos representantes do povo, acompanhando os momentos políticos e filosóficos pelos quais passava a sociedade brasileira. 
E à exceção da Constituição de 1824, outorgada ainda no Império por D. Pedro I (✩1320/✞1367), e da sua sucessora, a Constituição de 1891, promulgada logo após a Proclamação da República, a Constituição Federal de 1988 é a que vem somando maior período de vigência.
Servindo como fundamento de validade às demais leis e atos do Estado, os seus 35 anos de vigência representam um grande período de estabilidade institucional e democrática, mas ainda é preciso lutar para seus preceitos continuem sendo implementados respeitados e, evitando-se retrocessos.

Mas, esses 35 anos da Carta Magna da nossa nação, teve um protagonista: o presidente da Assembleia Nacional Constituinte, Ulysses Guimarães, foi um dos maiores responsáveis pelo nascimento da Constituição Federal de 1988. Por isso ele é o escolhido como o tema de mais um capítulo da minha série especial de artigos Eu Não Me Esqueci.

Uma história, um marco, um legado...

Ulysses Silveira Guimarães, político e advogado formado pela Universidade de São Paulo (USP), teve forte atuação na oposição à ditadura militar. Ingressou na política em 1945, quando se filiou ao Partido Social Democrático (PSD). 

Foi eleito deputado na Assembleia Constituinte de São Paulo em 1947 e deputado federal em 1950, reelegendo-se duas vezes. 

Foi nomeado ministro da Indústria e do Comércio durante o regime parlamentarista em 1961, mas se exonerou no ano seguinte, retornando à Câmara dos Deputados.

Primeiro dos cinco filhos do coletor federal Ataliba Silveira Guimarães e da professora primária Amélia Correia Fontes Guimarães, Ulysses nasceu em Rio Claro, interior paulista, no dia 6 de outubro de 1916. 

Estaria, portanto, completando neste ano seus 107 anos. Dividiu a infância e a adolescência entre o sonho da mãe de vê‑lo se tornar um pianista e o interesse pela política, alimentado nas conversas com o pai, um homem sensível às causas populares. Com o teclado, veio a paixão pela literatura, estimulada por Alzira, a primeira professora de piano.

A política, no entanto, haveria de se impor, naturalmente, na vida do ex‑deputado, que desde criança manifestava o dom da palavra. Em seu livro "Dr. Ulysses, Uma Biografia" (Editora Marco Zero, 316 páginas, 1993), o jornalista A. C. Scartezini conta que o garoto costumava reunir os primos para exercitar a oratória. 
"Levava os meninos ao seu quarto, colocava‑os como plateia para ouvir os discursos que ia improvisando".
Apoiou o golpe que derrubou o presidente João Goulart (em 1964), mas depois se tornou figura de proa da oposição. Foi fundador do único partido contrário ao regime existente à época, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), depois PMDB, participando ativamente de ações pela redemocratização do pais e da luta pela anistia nos anos 1980, ficando conhecido como "Senhor Diretas" e "Senhor Democracia".

Em 1968, quatro anos após o golpe militar de 1964, filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido de oposição à ditadura. Três anos mais tarde assumiu sua presidência. 

Em protesto contra a farsa da eleição presidencial promovida pela ditadura, prevista para janeiro de 1974, lançou-se anticandidato à Presidência da República. Reelegeu-se deputado federal naquele ano e exerceu a função até 1977, quando o Congresso foi colocado em recesso pelo Executivo. Dois anos depois, com o fim do bipartidarismo, o MDB se tornou Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), do qual Ulysses seria presidente.

Participou ativamente da campanha das Diretas Já, no início da década de 1980, e por isso foi apelidado de "Senhor Diretas". A emenda que instituía a volta das eleições presidenciais diretas foi derrotada no Congresso e Ulysses passou a articular a campanha vitoriosa de Tancredo Neves na eleição indireta de 1984. Em 5 de outubro de 1988, como presidente da Assembleia Nacional Constituinte, promulgou a Constituição Federal a chamada Constituição Cidadã, em vigor até hoje.

O mar o quis para si...


Em 1989, foi candidato à presidência da República, mas obteve apenas 4,43% dos votos. No ano seguinte, reelegeu-se deputado federal. Lutou pelo impeachment do então presidente 

Fernando Collor de Mello, em 1992. Em outubro do mesmo ano desapareceu num acidente de helicóptero no litoral do Rio de Janeiro. Seu corpo não foi encontrado, mas a morte foi oficialmente reconhecida.

O caso fez aflorar uma teoria da conspiração. Adversários políticos teriam interesse na morte de Ulysses porque ele fora um dos principais artífices do movimento pelo impeachment do então presidente da República Fernando Collor (destituído do cargo dois meses depois). 

Segundo essa teoria, Ulysses teria sido vítima de uma sabotagem, do mesmo modo da que envolveu a morte do ex-presidente da República Juscelino Kubitschek (1956 a 1961), em acidente de carro, em agosto de 1976. As suspeitas nunca se comprovaram. Ulysses havia comemorado 76 anos de vida seis dias antes do acidente aéreo. 

No dia 26 de novembro, pouco mais de um mês depois daquela morte trágica, o peemedebista Pedro Simon fez uma homenagem ao velho comandante que emocionou os colegas no Senado. 
"Há um grande silêncio neste plenário. Há uma grande ausência nestas salas e corredores. Não obstante o silêncio e a ausência, silêncio que perturba os nossos ouvidos, ausência que fere os nossos olhos, a voz forte de Ulysses Guimarães ecoa na consciência moral deste Parlamento, de nosso povo e do nosso tempo".

Conclusão


Se é verdade que algumas pessoas vêm ao mundo predestinadas a cumprir uma missão, esse foi, seguramente, o caso de Ulysses da Silveira Guimarães, um dos homens públicos mais importantes do Brasil no século passado. 

Assim como o rei de Ítaca, do poema épico de Homero, ele também enfrentou uma odisseia: a luta incansável, nas águas turbulentas da ditadura militar, para que o país conquistasse as liberdades democráticas.

Passados 31 anos de sua morte, o vazio que Ulysses deixou se tornou ainda maior. O enteado Tito Henrique imagina como o ex‑deputado se sentiria diante do atual cenário político do país. 
"Se estivesse vivo, estaria indignado, como todo mundo, mas estaria empunhando a bandeira da reforma política, a coisa mais necessária hoje".

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BÍBLIA ABERTA — SOBRE MATEUS 12: A RELIGIOSADADE X O RELACIONAMENTO COM DEUS

Vamos a mais um capítulo da minha série especial de artigos Bíblia Aberta. Neste capítulo, veremos um breve estudo sobre o capítulo 12 do Evangelho sob a narrativa do apóstolo Mateus.

Numa perspectiva geral, no evangelho sob a narrativa de Mateus, Jesus traz o reino celestial de Deus à terra e, por meio da sua morte e ressurreição, convoca os seus discípulos a viverem um novo estilo de vida. E ninguém melhor que um publicano para fazer a narrativa do evangelho de Jesus sob este viés.

O que era um publicano


Os publicanos eram cobradores de impostos para o império romano. Eles eram desprezados pelo povo porque muitos eram corruptos. Jesus foi criticado por conviver com publicanos.
Os publicanos cobravam impostos aos seus compatriotas para a manutenção do império romano. Os impostos do império eram pesados e os publicanos muitas vezes cobravam demais, enriquecendo à custa da miséria do povo. Os judeus, que não gostavam do domínio romano, sentiam-se traídos pelos publicanos.
Os publicanos tinham uma reputação muito ruim. O publicano era conhecido como ladrão, avarento, sem coração. Os fariseus e outros religiosos se recusavam a conviver com publicanos, para não serem contaminados.

Jesus e os publicanos


Jesus nunca rejeitou ninguém que quisesse segui-lO. Jesus não sentia repugnância pelos publicanos; Ele via que eram pessoas que precisavam muito da salvação. Por isso, Ele fazia amizade com publicanos, visitava suas casas e até comia com eles.
Jesus não aprovava de sua conduta mas Ele oferecia perdão e uma chance para mudarem de vida (9:11-13).
Jesus uma vez contou uma parábola sobre um publicano e um fariseu. O fariseu agradeceu a a Deus por ser muito melhor e "mais santo" que o publicano. Mas o publicano reconheceu que era pecador e pediu perdão. Deus perdoou o publicano arrependido mas não o fariseu arrogante (Lucas 18:13-14).

Alguns publicanos se tornaram seguidores de Jesus. Além de Mateus, que se tornou um dos apóstolos (Mt 10:2,3), tem também o registro sobre o fenomenal e transformador do Senhor com Zaqueu, o chefe dos publicanos, que também se converteu. O povo ficou escandalizado porque Jesus comeu na casa de um "pecador". Mas Zaqueu prometeu — e cumpriu — dar metade de seus bens aos pobres e devolver quatro vezes mais a qualquer pessoa que tivesse extorquido.

Vamos ao sábado


Muitas vezes trazemos dentro de nós conceitos arraigados com relação a fatos e pessoas, porque assim aprendemos e dependendo das circunstâncias favoráveis a nós, ou não, podemos agir de forma diferenciada.

Neste registro de Mateus 12, é possível ver que a maioria dos cristãos e as pessoas em geral dão mais valor à crença religiosa do que o que a religião realmente significa. Além disso, os advogados questionavam continuamente a cura e o ensino de Jesus no sábado, alegando que a lei o proibia.

E é um ledo engano pensar que esta realidade está longe do contexto atual, pois, a vivência nos diversos círculos cristão contemporâneos em suas variadas vertentes, revela-nos que esse apego religioso está cada vez mais latente e paupável.

Os fariseus — regra geral — assim procediam e Jesus que conhece os corações sabia que em determinadas ocasiões eles não agiam como aparentavam ser e em certa discussão sobre as Tradições, Jesus os chama de "Hipócritas!" (15:7,8).

A "eterna" polêmica sobre o sábado


No texto estudado, observamos que os discípulos não são censurados por colherem espigas ao passarem por um campo alheio (Deuteronômio 23:25 o permitia), mas por fazê-lo em dia de sábado. Os casuístas viam nisso um "trabalho" proibido pela lei (Êxodo 34:21).

Ademais, a lei que proibia não trabalhar no sábado tinha um propósito definido.
As pessoas deviam parar e ouvir a palavra de Deus, orar e ter intimidade com o Senhor. Era o Shabat! O cunho é essencialmente espiritual e não cerimonial/religioso, conforme ainda insistem muitos em afirmar.
Diante disso, o propósito não era transformar o sábado em um "deus" a ser adorado, mas dar às pessoas a oportunidade de estar com seu Deus. Ao analisarmos as Escrituras Sagradas, vimos que o Evangelho relata numerosos incidentes em que Jesus é acusado de violar a lei do sábado.

Mas, como bom judeu que era, Jesus nunca profana a santidade desse dia (Marcos 1:21; João 9:16). Antes, Ele dá-nos com autoridade a sua autêntica interpretação:
"O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado" (Mc 2:27).
Movido por compaixão, Cristo se permite no dia de sábado fazer o bem de preferência ao mal, salvar uma vida de preferência a matar (3:1-3). Entretanto, os mestres da lei nos dias de Jesus e muitos que ainda hoje adoram o sábado não entendem o verdadeiro propósito das proibições da lei.

Conclusão


O sábado é o dia do Senhor do amor, da graça e das misericórdias da honra de Deus (Mt 12:5; Jo 7:23). O Filho do Homem é Senhor até do sábado (Mc 2:28).

Mais uma vez Jesus nos mostra que Amar a Deus acima de todas as coisas, é amar o próximo também em todas as circunstâncias: porque o mais importante, é a Graça, a Misericórdia, o Perdão, que nos levam a praticar o Amor e sermos solidários e fraternos com os irmãos, como Jesus nos ensinou.

Portanto, é muito importante que entendamos os princípios de Deus e que muitos de nós estamos no caminho da piedade sem entender o verdadeiro propósito e caráter de Deus.

Além disso, as profecias sobre Jesus indicavam que ele não seria um político ou um encrenqueiro.

Ademais, Sua escala é muito maior do que isso e todos os servos amados vêm trazer esperança às nações, pois Ele tem sido a âncora da fé de bilhões ao longo dos anos e, o mais importante, Jesus não frustrará a esperança de saúde.

Reflexão


O coração enfurecido do faraó provocou a ira de Deus! (Êx 11:10; 14:4). O coração obscurantista dos fariseus, fez com estes, não percebessem a graça de Deus: Jesus Cristo, o Messias esperado, no meio deles! (Mt 27:54). 
E, infelizmente, não falta ainda hoje em nosso meio, pessoas com o espírito de faraó e a essência dos fariseus. Olhemos para dentro de nós e respondamos com devida sinceridade: tenho sido eu um destes?
[Fonte: Estudo Bíblico Online, por Lázaro Correia — Teólogo; Respostas Bíblicas]

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sábado, 14 de outubro de 2023

PAPO RETO — MORTE DA INFLUENCIADORA KAROL ELLER, NÃO TRATA-SE DE DISCUSSÕES SOBRE ATIVISMOS OU IDEOLOGIAS, MAS DE UM GRAVE PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA

Foto: Divulgação em redes sociais
Nesta quinta-feira (12), foi confirmada a morte da ativista bolsonarista Karol Eller, de 36 anos, um mês após iniciar o seu "tratamento de conversão sexual". A informação foi confirmada pelo Deputado Federal Nikolas Ferreira (PL-MG) por meio de postagens nas redes sociais.

Eu devo confessar que até então, nunca havia sequer ouvido falar nesta moça, mas, devido à grande repercussão midiática sobre a morte dela, fui pesquisar de quem tratava-se, para poder escrever o texto deste artigo.

Uma das coisas que mais me chocaram, além, obviamente, do suicídio desta jovem, é o que está fazendo a imprensa. Numa prova de total desrespeito aos familiares e amigos dela, estão a todo custo enfatizando a orientação sexual e militância política dela em detrimento de falar sobre algo muito mais sério, importante e que requer uma conscientização por parte de toda a sociedade: os altos índices mundiais na prática de suicídios.

E olha que justamente o mês passado, foi o de conscientização e prevensão ao suicídio, o chamado Setembro Amarelo, onde muitos colocaram fitinha amarela na lapela, mas, será que só isso é o bastante? Não seria o momento para uma abordagem mais incisiva e responsável sobre o tema, por parte das nossas autoridades? Inclusive, eu tive a responsabilidade de ministrar uma palestra sobre este tema na faculdade onde curso minha pós-graduação em Psicanálise Contemporânea.


Sucídio: não nos cabe especular ou julgar, mas sim nos conscientizar


Imagem: GZH

O tema sobre o suicídio, mesmo permeado por muitos tabus, polêmicas, controvérsias e equívocos, é de extrema importância e complexo, o que nos leva a refletir sobre o que faz uma pessoa a tirar a própria vida, quais são os motivos pelo qual viver se torna desinteressante.

Até hoje não existem regras definidas para esta "causa", geralmente ocorrem em culminância com uma série de fatores, que se acumulam no decorrer da existência, tais como fatores familiares, sociais, biológicos, psicológicos, etc.

Embora a relação entre distúrbios suicidas e mentais (em particular, depressão e abuso de álcool) estejam bem estabelecidos em países de alta renda, vários suicídios ocorrem de forma impulsiva em momentos de crise, um colapso na capacidade de lidar com os estresses da vida — tais como problemas financeiros, términos de relacionamento, dores crônicas ou doenças.

Além disso, enfrentamento de conflitos, desastres, violência de todos os tipos, abusos ou perdas, e um senso de isolamento estão fortemente associados com o comportamento suicida.
As taxas de suicídio também são elevadas em grupos vulneráveis que sofrem discriminação, como refugiados e migrantes; indígenas; lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e intersexuais (LGBTI); e pessoas privadas de liberdade.
Outro ponto a ser considerado se refere à Era pós-moderna, fracassos em relacionamentos, seguido das relações interpessoais, frustrações midiáticas (há um fenômeno de pontencialidade suicida entre pessoas envolvidas com enganjamentos nas redes sociais) resultam na busca de alternativas para suprir decepções, muitas vezes virtuais, podendo gerar um vazio, uma solidão que elevará os níveis de angustia.
A OMS – Organização Mundial da Saúde em 2014 divulgou dados do primeiro Relatório Global para Prevenção do Suicídio, revelando que mais de 800 mil pessoas dão fim à própria vida todos os anos no mundo. 
Ainda de acordo com a OMS, o suicídio é um grande problema de saúde pública, cerca de 75% dos casos ocorrem em países de baixa e média renda. O Brasil é o oitavo país, nas Américas, em número de suicídios.

Quem era Karol Eller?


Foto: divulgação em redes sociais
Karol Eller, conhecida por levantar incisivamente a bandeira de Bolsonaro, anunciou recentemente aos seus seguidores que iria sublimar a sua sexualidade, isto é, reprimir o desejo que tinha para não praticá-lo.

Aos 36 anos, era uma das apostas para as eleições municipais de 2024 do Partido Liberal (PL), legenda à qual se filiou pelas mãos do ex-presidente Jair Bolsonaro, em julho.

Flávia Caroline Andrade Eller, mais conhecida como Karol Eller era prima de terceiro grau da cantora Cássia Eller (✩1962/✞2001) e, antes de se tornar influenciadora digital, foi promotora de eventos.
A ativista política acumulava mais de 600 mil seguidores em seu Instagram, defendendo a família Bolsonaro e sempre se colocando contra os ideais da esquerda brasileira. Em 2018, Karol Eller foi nomeada para um cargo na Empresa Brasil de Comunicação (EBC), do qual ela foi exonerada em 2023.
Em setembro, Karol Eller havia anunciado nas redes sociais o seu primeiro tratamento de "reversão sexual" para reprimir os desejos de sua sexualidade. 
"Família tripliquem as orações, pois Deus me usou como nunca, e daqui
Foto: divulgação em redes sociais
pra frente estou pronta para guerrear debaixo da autoridade do nome de Jesus!
 
Que diminua eu, pra que tu cresças, Senhor, mais mais. RENÚNCIA! Sim, eu renunciei à prática homossexual, eu renunciei vícios e renunciei os desejos da minha carne para viver em Cristo! Que Deus abençoe vocês!"
dizia ela em seu texto.

Na ocasião, Karol participava de um retiro espiritual na Igreja Assembleia de Deus. O evento foi sediado no interior de Goiás. 

Questionada por um seguidor, Karol confirmou que reprimiria sua sexualidade. 
"Eu abri mão dos meus desejos pra servir a Cristo! Renunciei a tudo que não agradava ao meu senhor para servi-lo"
explicou.

"Perdi a guerra...!"

Imagem: divulgação em redes sociais
A influencer tirou a própria vida ao ter se atirado do 5º andar do prédio onde morava, na zona sul de São Paulo. Bombeiros invadiram o local. Antes de pular, Karol relatou algumas mensagens de alerta. ela havia publicado stories anunciando que atentaria contra a própria vida. 
"Perdi a guerra!..."
iniciou a influenciadora.

Em seguida, Karol passou o endereço do prédio e convocou o Corpo de Bombeiros. 
"...Me perdoem por causar toda essa dor aos que me amam! Se cuidem por aqui. Que sua história seja docente dancinha [sic], mas eu tentei!"
finalizou.

No imóvel, os militares encontraram "bastante medicação", conforme registros da Polícia Civil, mas sem maiores detalhamentos. Os bombeiros também encontraram manchas de sangue no sofá e na cama da vítima. O caso foi registrado como suicídio consumado pelo 27º DP (Campo Belo).

Conclusão

Como mencionado acima, o suicídio é um tema complexo, porém, precisa ser sim debatido, por mais desconfortante que seja, pois não existem regras nem fórmulas aplicáveis ao estudo da natureza humana, é necessário criar uma consciência, perceber que a vida em certos momentos depende do apoio e amparo de outra vida, navegar no universo inconsciente e desvendar os sentimentos para um autoconhecimento, há meu ver é um dos maiores desafios da humanidade.

Outro ponto a ser considerado se refere à Era pós-moderna, fracassos em relacionamentos, seguido das relações interpessoais, resultam na busca de alternativas para suprir decepções, muitas vezes virtuais, podendo gerar um vazio, uma solidão que elevará os níveis de angustia.

Ressalto uma particularidade do suicida, uma descaracterização da personalidade, ele não se reconhece e identifica-se com o agressor interno. Ou seja, mais do que nunca, o tema precisa sim ser trazido à pauta — em todos os nichos sociais — não apenas em um mês específico, mas durante todo o ano e sempre que for possível, pois, urgente, oportuno e relevante, está mais que provado que é.

[Fonte: CVV — Centro de Valorização da Vida, texto original por Por Julio Robinson Belli]

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