quinta-feira, 22 de junho de 2023

CANÇÕES ETERNAS CANÇÕES — "JE T'AIME... MOI NO PLUS", SERGE GAINSBOURG


Olá, prezados(as) seguidores(as) do meu blogue Circuito Geral. Em mais um capítulo da minha série especial de artigos "Canções Eternas Canções", vou contar a história de como surgiu mais um clássico da música. 

Porém, dessa vez, vou falar sobre a música de um país onde o romantismo sempre foi evidenciado nos mais diversos segmentos artísticos: a França.

Aliás, para mim é algo inédito na série, pois, nunca antes escrevi sobre alguma música francesa, mesmo muitas delas tendo feito expressivo sucesso aqui no Brasil, todas, obviamente, românticas.

Romantismo Francês


Bom, antes de falar especificamente sobre a música "Je T'Aime... Moi No Plus", que é o cerne desse artigo, acho interessante conhecermos um pouco sobre o histórico do romantismo francês, afinal, além de relevante ao contexto, conhecimento é algo que não ocupa espaço e não faz mal a ninguém, certo? 

Classificação conceitual


O romantismo francês refere-se à era romântica da literatura e da arte francesas da segunda metade do século XVIII à primeira metade do século XIX.

"Romantismo francês" significa não apenas o movimento literário, mas também a visão de mundo, época, escola e estilo. Inclui todos os gêneros e artes. A classificação temporal é aproximadamente entre 1750 e 1850.

O significado atual da palavra "romântico" difere consideravelmente do primeiro. Em inglês, "romântico" significava algo como "à maneira romana", que se referia ao "romance", que se referia a um gênero literário da Idade Média, escrito em vernáculo romanche e não em latim, contando heróis e sentimentos. 

Os românticos alemães também associavam "romântico" sobretudo a "medieval" e "cristão". Na França, o movimento do romantismo atrasou-se em ganhar terreno em comparação com os vizinhos (por razões explicadas abaixo).

Romance é geralmente entendido como uma mudança para a sensibilidade, natureza, sentimento, fantástico, sonho, inconsciente, sublime, passado e exótico. O amplo espectro desses elementos ilustra a orientação universal-poética e liberal do Romantismo: ele quer incluir todos os aspectos da natureza humana e rejeita tanto a exclusão da subjetividade através do Iluminismo, a regularidade do clássico e a relativização do indivíduo pelo revolução.

Geral


No alvorecer do século XIX, uma nova geração literária subiu ao palco e pediu uma renovação da literatura. Depois da Revolução Francesa, o indivíduo perdeu seu lugar na sociedade, a ordem política e religiosa anterior foi destruída, e a revolução e Terreur deixaram traços traumáticos. O derramamento dos grilhões do Ancien Régimesmeant para o indivíduo, tanto de libertação quanto de isolamento e desespero. 

Tradicionalmente, instituições normativas, como a igreja, haviam perdido a influência, de modo que os escritores viam cada vez mais a tarefa de realizar uma literatura que atendesse às condições da sociedade pós-revolucionária e romper com as regras ainda dominantes da música clássica. 

Já no Iluminismo surgira uma nova sensibilidade, condicionada pela mudança de situação do indivíduo na sociedade. Em particular, o filósofo Jean-Jacques Rousseau (✩1712/✞1778) com a natureza, sua tendência a substituir a razão pelo sentimento e sua linguagem poética deram importantes impulsos à era pós-revolucionária. 

Mas as possibilidades de desenvolvimento artístico sob o regime napoleônico eram limitadas. Napoleão (✩1769/✞1821) estava bem ciente do efeito didático-moralizador da literatura e culpava os escritos iluministas pela Revolução e suas tribulações. 

Ele tirou a consequência de supervisionar o trabalho artístico do Império e suprimir opiniões de oposição pela censura. Sua política cultural visava provocar um renascimento do período clássico: promovia literatura que continuava temas e formas antigas e reprimia o presente.

Isto posto, após esse resumo sobre o significado e importância históricas do Romantismo Francês, vamos à música.

"Gemidão" com classe, estilo, romantismo e sem vulgaridade


Serge Gainsbourg e Brigitte Bardot
Imagine ter uma música romântica e sensual gravada para você? Assim aconteceu com a linda canção "Je T'Aime... Moi Non Plus". Polêmica e sedutora a canção foi composta por Serge Gainsbourg (✩1928/✞1991) em Paris para uma das maiores musas, a Brigitte Bardot. A música foi composta para a musa do cinema em clima romântico, pois os dois mantinham um caso de amor extraconjugal. 
"Je T'Aime... Moi Non Plus"  está entre as musicas francesas mais conhecidas em todo mundo, com a sua temática de amor e muita sensualidade.
Eles se conheceram durante um trabalho na TV e se apaixonaram perdidamente. Assim, resolveram manter a relação. E os dois ainda gravaram outras músicas juntos, "Harley Davidson", "Comic Strip", "Bonnie & Clyde", nenhuma delas, entretanto, conseguiu o mesmo êxito que "Je T'Aime...".

A mudança depois da gravação


Depois da gravação de "Je T'Aime... Moi Non Plus" as coisas mudaram. A musa Bardot começou a fazer viagens mais longas, enquanto Serge ficava em Paris compondo as canções de amor. 

Durante o caso, Brigitte não terminou o relacionamento e quando viu que não daria certo com Serge voltou para os braços do marido e eles juntos proibiram a veiculação da música gravada pelos amantes.

Serge que estava bem apaixonado por Bardot chegou a se viciar em cigarros e ter a parede do quarto coberta com fotos da musa. Mas as coisas aos poucos melhoraram e em um filme ele contracenou com uma atriz inglesa, Jane Birkin e se apaixonaram. 

Logo então, Jane se tornou a segunda voz feminina a gravar a música "Je T'Aime... Moi Non Plus". E com ela não podia ser diferente, a música novamente se tornou inesquecível e com um tom menos provocante.

Como conheci essa canção?


Imaginem a curiosidade adolescente sobre assuntos ligados ao sexo, numa época em que não havia internet e que tais coisas não se discutiam na mesa do almoço de domingo em família. 

Revistas de mulher nua, só as que algum parente mais velho deixasse dando sopa. O exemplar ia logo para no "esconderijo" mais peculiar (e sugestivo): debaixo do colchão!  

Quem já tinha alguma experiência, passava cochichado para os outros. A maior parte das coisas ficava no terreno da imaginação. E assim os adolescentes do início da década de 1970 iam tocando a vida.

Lá pelos idos de 1978, fui a uma festa de aniversário na casa de um familiar, quando vi em meio às pilhas de discos e fitas cassetes, um compacto em vinil, onde vinha uma tarja vermelha com a seguinte descrição:
"Proibida a execução pública e para menores de 18 anos."
Pronto, foi o suficiente para aguçar minha curiosidade em ouvir a música. Claro que os adutos não permitiram-me a façanha de ouvir a tal música proibida, causando-me enorme frustração e aguçando aos níveis insuportáveis minha curiosidade adolescente.

Proibida [não só] pra mim...


Serge e Jane, acervo Estadão
Depois de tudo o que aconteceu nos anos 60, ninguém esperava que no último ano daquela década uma música vinda da França causasse tanto furor. Quando os primeiros acordes de "Je t'Aime... Moi Non Plus" começaram a tocar nos rádios em 1969, não houve quem ficasse impassível. 

Com o seu tecladinho e a letra do diálogo de um casal sussurada, a música é daquelas que pega na primeira audição. Quando, no meio da música, as falas do casal ficam mais lânguidas e surgem os gemidos da mulher, a incredulidade era geral. Tanto de quem gostou, quanto de quem não gostou. É isso mesmo?

A obra-prima composta por Gainsbourg e gravada junto com sua estonteante namorada Birkin foi sucesso instantâneo. E a reação contra a música também. Em pouco tempo, a parceria do mais charmoso dos mal-diagramados com a atriz inglesa era acusada de obscena, ofensiva à moral pública e estava proibida em alguns países. Um deles, o Brasil, que vivia há cinco anos sob uma ditadura militar. Em 17 setembro de 1969, o jornal Estadão noticiava "Proibida a canção Je T'Aime", com a seguinte matéria:
"A exemplo do que já ocorrera na Espanha e na Itália, a canção 'Je T'Aime... Moi Non Plus' foi proibida em todo o território nacional pelo coronel Aloisio Mulethaler, chefe do Serviço de Censura e Diversões Públicas do Departamento de Polícia Federal. 
O coronel mandou apreender todas as cópias da canção nas lojas de discos e responsabilizou a Companhia Brasileira de Discos por não ter providenciado a censura da letra" (Grifo meu).
Mas, é claro que dei um jeito de "pegar emprestado" o disquinho e, enfim, ouvir a música. Obviamente, não entendia nada de francês (e continuo não entendendo, diga-se de passagem... [hoje, um pouco (muito pouco mesmo...) de inglês também]), mas sabia que havia algo de picante acontecendo com o casal que cantava a música. A música era toda sussurrada e cheia de insinuantes gemidos.
"Dizem que essa música só toca na zona e em motéis"
— diziam alguns.

O fato é que a reprodução pública dessa música era de fato proibida no Brasil pela censura da ditadura. Tal coisa só contribuía para aumentar a aura mística que envolvia o dueto entre Serge Gainsbourg e, sua mulher à época, Jane Birkin. O determinante para sua proibição foram os gemidos orgásticos de Birkin, que não precisavam de tradução para sua compreensão pelos ouvintes.

O título é dúbio, algo como "Eu te amo… eu também não". Tudo isso acabou servindo para alavancar ainda mais o seu sucesso, sendo a música mais conhecida de Serge Gainsbourg de todos os tempos. E provou que, neste caso, o proibido é mesmo mais gostoso.

Curiosidades

  • A música "Je T'Aime Moi Non Plus" foi lançada em 1969, só que devido à ousadia foi até censurada na Brasil, Portugal, Itália, Espanha e Suécia que consideravam a música inapropriada; 
  • Censurada em uns países e outros não, a música logo ocupou o 1º lugar nas rádios e tornou-se sucesso mundial, sendo até hoje considerada uma música erótica e sensual; 
  • A primeira versão da canção foi gravada com Serge Gainsbourg e Brigitte Bardot em um estúdio em Paris, numa cabide de vidro, em duas horas; 
  • A letra da música é claramente um diálogo entre dois amantes; 
  • A versão original de Bardot apenas foi lançada em 1986.

Conclusão


Enfim, "Je T'Aime... Moi Non Plus" foi proibida porque ela faz a menção ao ato sexual, reforçando o tabu que àquela época permeava o assunto, mas sem falar nenhum palavrão, ela simplesmente usa os verbos em francês que significam ir e voltar — eu vou e eu venho. 

A letra sozinha da música não vai te dizer muita coisa, pode dar a entender o vai e volta de um relacionamento, mas na verdade quando você escuta a música com a letra aí entende por que ela foi censurada, há gemidos, eles sussurram o tempo todo na música em uma clara referência ao ato sexual. 

Enfim, tudo isso faz de "Je T'Aime... Moi No Plus", sem dúvida, merecedora de ser considerada uma canção, eterna canção.
Versão com Brigitte Bardot

A letra

"- Je t'aime je t'aime
Oh oui je t'aime
- Moi non plus
- Oh mon amour
- Comme la vague irrésolue
Je vais, je vais et je viens
Entre tes reins
Je vais et je viens
Entre tes reins
Et je me retiens

- Je t'aime je t'aime
Oh oui je t'aime
- Moi non plus
- Oh mon amour
Tu es la vague, moi l'île nue
Tu vas, tu vas et tu viens
Entre mes reins
Tu vas et tu viens
Entre mes reins
Et je te rejoins

- Je t'aime je t'aime
Oh oui je t'aime
- Moi non plus
- Oh mon amour
- L'amour physique est sans issue
Je vais je vais et je viens
Entre tes reins
Je vais et je viens
Je me retiens
- Non ! maintenant viens..."

A tradução


Versão com Jane Birkin, a mais conhecida e, sem dúvida, a melhor
"- Eu amo você... Eu também não
Eu amo você, eu amo você
- Oh, sim, eu te amo
- Eu também não
- Ah, meu amor
como a onda não resolvido
eu vou, eu vou e eu venho
Entre seus rins
vou e venho
Entre seus rins
E eu me lembro

- Eu amo você, eu amo você
Oh, sim, eu te amo
- Eu também não
- Ah, meu amor
Você é a onda, me ilha nua
Você vai, você vai e você vem
Entre meus rins
Você vai e você vem
Entre meus rins
E eu vou acompanhá-lo

- Eu amo você, eu amo você
Oh, sim, eu te amo
- Eu também não
- Ah, meu amor
O amor físico é um beco sem saída
eu vá eu vou e venho
Entre seus rins
vou e venho
eu me lembro
Não! Agora é só"

Ao Deus Perfeito Criador, toda glória.
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E nem 1% religioso.

sábado, 17 de junho de 2023

A IMPORTÂNCIA DA CORREÇÃO DE DEUS

Disciplina é a ordem do governo de Deus, uma ordem dada a nós porque Ele sabe que somos pecadores — aliás, que somos concebidos e nascemos em pecado. Hoje, a maldade da sociedade na qual vivemos tem permeado também a Igreja. E não nos deixou ilesos.

O Senhor tem confiado a nós como integrantes ativos em Sua Igreja a mais bonita verdade, aquela do pacto. Deus nos leva à Sua própria vida de comunhão e amor, e faz com que Sua própria vida pactual vibre através de nós, o seu povo. E ele tem nos direcionado claramente como devemos nos portar como povo do Seu pacto no meio das nossas famílias. 

Mas há um esforço incessante por parte de satanás para destruir nossas famílias. E há um esforço incessante para destruir a verdade do pacto de uma forma muito prática no que diz respeito à vida familiar, e a instrução e disciplina das nossas crianças.

Amor e disciplina, são sinônimos na ótica de Deus


É comum confundir o significado do verdadeiro amor. Muitos imaginam que o amor seja apenas um sentimento que mexe com as emoções, e assim acreditam que o amor simplesmente acontece. É comum, também, as pessoas pensarem que o amor sempre procura agradar às pessoas amadas. Deste modo, pensam que qualquer tipo de repreensão ou disciplina seja contrário ao amor. Correção é vista por muitas pessoas como algo negativo, mas a Bíblia nos ensina a enxergar a correção de modo diferente.

É normal querer o apoio e a aprovação dos outros, mas as pessoas que nos amam oferecem a repreensão quando erramos. As pessoas que falam as palavras agradáveis que queremos ouvir, mesmo quando estamos errados, podem manter amizade conosco, mas não demonstram o amor. Um homem sábio disse: 
"Melhor é ouvir a repreensão do sábio do que ouvir a canção do insensato" (Eclesiastes 7:5).
O livro de Provérbios, da autoria do mesmo sábio, fala, muitas vezes, sobre a importância da correção e disciplina. Considere algumas das palavras sábias deste livro escrito 3.000 anos atrás.

O autor de Provérbios insiste no valor da repreensão e disciplina. Vejamos:
"O caminho para a vida é de quem guarda o ensino, mas o que abandona a repreensão anda errado" (10:17).  
"Quem ama a disciplina ama o conhecimento, mas o que aborrece a repreensão é estúpido" (12:1).
Muitas vezes, a repreensão vem de pais que amam seus filhos e desejam o melhor para eles, mas nem sempre os filhos aceitam a instrução: 
"O filho sábio ouve a instrução do pai, mas o escarnecedor não atende à repreensão" (13:1). 
"O insensato despreza a instrução de seu pai, mas o que atende à repreensão consegue a prudência" (15:5).
Os amigos e os pais podem errar, mas a repreensão que vem de Deus sempre busca o nosso bem, e erramos gravemente ao rejeitar sua palavra: 
"Filho meu, não rejeites a disciplina do SENHOR, nem te enfades da sua repreensão" (3:11). 
O autor de Hebreus reforça esta instrução: 
"...porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe" (Hebreus 12:6).
Outro autor no Novo Testamento nos lembra do amor que leva à correção. Tiago fala sobre o perigo real de um cristão se desviar do caminho e pede para os outros corrigi-lo: 
"Meus irmãos, se algum entre vós se desviar da verdade, e alguém o converter, sabei que aquele que converte o pecador do seu caminho errado salvará da morte a alma dele e cobrirá multidão de pecados" (5:19,20). 
Quando comparamos esta última frase com um comentário de Pedro, percebemos mais uma vez que é o amor agindo nesta correção do pecador. Pedro disse: 
"Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados" (1 Pd 4:8). 

O amor intenso nos leva a corrigir as pessoas que amamos!


Na carta aos Hebreus, capítulo 12, há várias verdades sobre a correção do Senhor. Vamos analisá-los para uma melhor compreensão contextual:
  • v. 5 — Nesse versículo vemos que podemos reagir à disciplina do Senhor de forma errada, menosprezando-a ou permitindo, por causa da nossa autocomiseração, sermos esmagados por ela, nos enfraquecendo a ponto de desanimarmos, perdendo a esperança. Em outras palavras, podemos nos vitimizar ante a disciplina.
  • vs. 6 a 9 — A disciplina de Deus é um ato de amor Divino e um privilégio que só os filhos de Deus possuem.
  • v. 10 — A disciplina do Nosso Pai visa nos incluir, nos fazer participantes da Sua santidade.
  • v. 11 — Quando sofremos uma disciplina, a tristeza é o sentimento inicial, entretanto, ao receber de coração esta disciplina e nos deixarmos ser exercitados por ela nas práticas corretas, os frutos nos trarão, além da justiça, outro sentir.
Resumindo, nós podemos reagir à disciplina de Deus. Quando as reações são erradas, podemos até nos encher com a raiz de amargura e terminar contaminando os que estão próximos a nós. 

Já quando recebemos a disciplina do Senhor como filhos amados, crescemos, nos tornamos participantes da Sua santidade e alcançamos frutos pacíficos de justiça para a glória do Nosso Pai.

Apesar de tanta ênfase na importância de disciplina e correção, Deus não obriga ninguém a seguir o conselho sábio que ele oferece. Mas não nos enganemos! Cada um arcará com as consequências das suas próprias reações às palavras de repreensão: 
"O que rejeita a disciplina menospreza a sua alma, porém o que atende à repreensão adquire entendimento (...) Melhor é a repreensão franca do que o amor encoberto" (Pv 15:32; 27:5).

Conclusão

"Se teu irmão pecar [contra ti], vai argüi-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão. Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça. E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano. Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus" (Mateus 18:15-18).
Quando alguém não se arrepende do seu pecado e, ao ser disciplinado permanece nele, a Igreja o considera "gentio e publicano", deixando-o "ligado" ao pecado. Porém, ao sair daquele contexto, essa pessoa encontra uma outra congregação que a acolhe sem checar sua vida pregressa, sem ouvir o último pastor que cuidou dela, ficando apenas com as suas declarações que acusa a antiga congregação de não amá-la e por isso se tornou uma "vítima". Se a congregação a "acolhe" sem um trato genuíno, estará correndo vários riscos.

Os pastores estarão expondo as ovelhas de Jesus ao perigo, pois na verdade o pecador não arrependido levará o seu pecado, pois está "ligado" a ele, para dentro desta nova congregação que o aceitou sem tratar com ele e sem ouvir os pastores anteriores que trataram com ele. 

Esse nosso orgulho ministerial muitas vezes destrói a obra de Deus. Pois se o "irmãozinho" for, por exemplo, um pervertido sexual, poderá inclusive contaminar e destruir a vida de alguns irmãos vinculados. 

Se ele furta, quando houver oportunidade furtará novamente. Se ele faz fofoca da vida alheia, certamente levará muitos problemas para dentro da "nova congregação". Em suma, não atentar para esta verdade é arrumar encrenca feia.
Quando recebemos uma pessoa e nos emocionamos com a sua vitimização e discurso de que a Igreja não ama, deixando assim de ouvir o outro lado para julgar a causa, os pastores e/ou líderes, expõem toda a congregação ao pecado daquela pessoa que veio ligada a ele. 
Não é em vão que Deus se alegra mais do que um pastor que encontra a sua ovelha perdida, mais do que a mulher que acha a sua dracma ou ainda mais do um pai que recebe seu filho de volta, quando UM PECADOR SE ARREPENDE.
Nós não devemos desistir da correção, pois Deus tem um caminho que vai além da vara da disciplina. Ele ouve as nossas orações. Cada correção deve ser aplicada com mansidão e humildade. 

Quando pessoas que nos amam corrigem os nossos erros, vamos ouvir suas palavras e agradecer a Deus pelo amor que mostram para conosco, pois, esse amor, é reflexo do amor do próprio Deus!

[Fonte: Estudos Bíblicos, por Dennis Allan; Servo Livre por Sérgio Franco]

Ao Deus Todo-Poderoso e Perfeito Criador, toda glória.

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