domingo, 9 de janeiro de 2022

PAPO RETO — CRÔNICA: CONECTADOS À INTOLERÂNCIA

"Meus irmãos, não tenhais a fé de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas. Porque, se no vosso ajuntamento entrar algum homem com anel de ouro no dedo, com trajes preciosos, e entrar também algum pobre com sórdido traje, e atentardes para o que traz o traje precioso, e lhe disserdes: 'Assenta-te tu aqui num lugar de honra', e disserdes ao pobre: 'Tu, fica aí em pé, ou assenta-te abaixo do meu estrado', porventura não fizestes distinção entre vós mesmos, e não vos fizestes juízes de maus pensamentos?  
Ouvi, meus amados irmãos: Porventura não escolheu Deus aos pobres deste mundo para serem ricos na fé, e herdeiros do reino que prometeu aos que o amam? Mas vós desonrastes o pobre. Porventura não vos oprimem os ricos, e não vos arrastam aos tribunais? Porventura não blasfemam eles o bom nome que sobre vós foi invocado? Todavia, se cumprirdes, conforme a Escritura, a lei real: Amarás a teu próximo como a ti mesmo, bem fazeis. Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, e sois redargüidos pela lei como transgressores"(Tiago 2:1-9).
A intolerância, seja de qualquer espécie — raça, religião, opção sexual, política ou cor — fere a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Por isso, todo tipo de preconceito deve ser combatido para, no futuro, haver uma sociedade mais igualitária e livre.

Dar valor à sua identidade, às suas características e jeito de ser é importante. Infelizmente, muitas pessoas exageram um pouco e acabam criando uma aversão pelo que é diferente de si, seja fisicamente, intelectualmente, relacionado a classe social, fé e às vezes, até coisas absurdas como time de futebol rival. 

O ser humano evoluiu muito, mas o preconceito e o medo pela mudança sempre provou ser um dos obstáculos mais difíceis de ser superado. Ele está presente desde as atividades mais corriqueiras do dia a dia até às guerras que ceifam inúmeras vidas. 

Combatê-lo não é uma das tarefas mais simples, afinal, muita gente tem dificuldades em admitir que suas crenças e costumes estão errados. Às vezes, um preconceito (intolerância) pode vir desde o berço, inserido em métodos de educação ultrapassados.

A intolerância em nosso contexto social


Há intolerância no mundo todo, contudo o Brasil merece certo destaque nesse contexto, pois é um país plural, com diversas crenças, raças e etnias que mantém tratamento degradante a tantos grupos. 

No caso do preconceito racial, este está vinculado à submissão do negro ao branco desde a epóca do Brasil Colônia e perdura até os dias atuais, visto que os negros ainda buscam seu lugar na sociedade. 

Esta intolerância prejudica a todos, pois provoca atraso no desenvolvimento do país na medida em que esses indivíduos são humilhados e excluídos com frequência.

Confira alguns dos tipos de intolerâncias

  • Intolerância Racial — Esse preconceito está associado à raça, etnia e aspectos físicos de uma pessoa. O exemplo mais comum é o que ocorre entre brancos que se julgam superiores aos negros. Muitas sociedades e governos o combatem ativamente, sendo que o racismo é considerado crime em diversos países do mundo. 
  • Intolerância Social — Geralmente ocorre entre indivíduos de classes sociais diferentes. Ricos geralmente se sentem superiores aos pobres, com seu maior número de posses, facilidades e benefícios. 
  • Intolerância Religiosa — Está intimamente ligado à intolerância religiosa. Acontece quando uma pessoa simplesmente não aceita ou respeita outras religiões que não sejam a que ela segue. Os conflitos no Oriente Médio, em sua maior parte, têm como causa esse tipo de preconceito. 
  • Intolerância Sexual — A homofobia, sem dúvida, é um dos maiores exemplos de preconceito sexual, que se define pela intolerância no que diz respeito a pessoas que possuem relações afetivas com indivíduos do mesmo sexo. Apesar do alto índice de crimes, agressões e assassinatos contra homossexuais no Brasil, a situação é ainda pior em outros países, como Rússia e países de influência muçulmana, como Somália, Arábia Saudita, Iêmen, entre outros
  • Sexismo — Caracteriza-se pela crença de que um sexo é superior ao outro. No Brasil isso está bastante presente, pois na maior parte das empresas as mulheres ganham menos, são menos respeitadas, além de ser um dos países onde mais ocorrem crimes e violência contra as mulheres.
Muitas vezes, podemos praticar esses tipos de atitudes sem mesmo perceber. É sempre importante meditar e analisar nossas atitudes, por mais insignificantes que sejam. 

Nunca se sabe quando podemos estar contribuindo negativamente, sem perceber. Ser você mesmo é importante, mas respeitar a identidade alheia, por mais diferente que seja, é sempre fundamental.

Deixando bem claro, bem explícito que eu sei muito o que signifaca intolerância, vamos à minha crônica.

Então estamos sob o "império da tolerância"?


Que bom! Esta é uma conquista extraordinária. Eis os preceitos fundamentais desta era:
  • 1 — Todos são obrigados a tolerar todos os costumes e valores que forem definidos como toleráveis.
  • 2 — As minorias e os que se sentem "não representados" são responsáveis por definir o que é tolerável, obviamente, levando em conta, prioritariamente, suas próprias perspectivas e valores, mesmo que eles afrontem a maioria esmagadoras da comunidade.
  • 3 — A mídia, as redes sociais, os "formadores de opinião", os "politicamente corretos" são nomeados, juntamente com as minorias, os únicos responsáveis por defender e divulgar o que é tolerável.
  • 4 — Qualquer pessoa ou instituição que questione, discuta ou mesmo opine de modo contrário ao que foi definido como tolerável, não deve ser tolerada.
  • 5 — Não é intolerância não tolerar os que forem considerados intolerantes, mesmo que apenas tenham se mostrados inconformados com o que foi definido como tolerável.
  • 6 — Todos que manifestarem qualquer pensamento, imagem ou palavra que se oponha à tolerância, nos termos aqui expostos, serão sumariamente "cancelados", perseguidos, odiados, sendo demitidos de seus empregos, criticados e execrados publicamente por todos os meios e todas as mídias e todos os que se sentirem vitimas de sua suposta intolerância.
  • 7 — Nenhum comportamento expresso no item 6 destes preceitos será considerado ato de intolerância, mas apenas o exercício legítimo do "dever" de não tolerar quem não se comportar como definem os tolerantes nomeados pelo "império".
  • 8 — Fica definido que toda tolerância que foi definida pelos tolerantes será a única tolerância tolerável. Tudo que não se enquadrar nos critérios estabelecidos será considerado intolerância e não poderá ser tolerado pelos tolerantes.
  • 9 — Ficam revogadas todas as possibilidades de debates, questionamentos, opiniões e mesmo pensamentos que ousem se opor ao que é tolerável, segundo as preceitos acima expostos pelo "império da tolerância".
  • 10 — Fica determinada a aplicação imediata destes preceitos sendo, portanto, condenado, sem direito a nenhuma tolerância, os que foram considerados intolerantes.

Conclusão


É claro que a parte crônica deste texto é apenas fictício e nada disso pode ser concebido como realidade em algum momento da história. Nós somos a sociedade mais tolerante da história e jamais admitiríamos um "império" nestes termos. Impérios sempre tendem à tirania, portanto não podemos tolerar que algum império ainda pretenda se levantar.

Sigamos sem nenhum temor de que algo assim um dia aconteça, afinal somos uma comunidade pensante, evoluída e sim muito tolerante — e isso, quer muitos queiram ou não, quer muitos acreditem ou não.

A Deus toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
E nem 1% religioso.
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. A pandemia não passou, a guerra não acabou.

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