sexta-feira, 27 de março de 2020

NOCAUTEANDO OS PONTOS FRACOS PARA DEIXAR OS FORTES DE PÉ

"Não que eu já tenha obtido tudo isso ou tenha sido aperfeiçoado, mas prossigo para alcançá-lo, pois para isso também fui alcançado por Cristo Jesus. 
Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus. 
Todos nós que alcançamos a maturidade devemos ver as coisas dessa forma, e, se em algum aspecto, vocês pensam de modo diferente, isso também Deus esclarecerá. Tão somente vivamos de acordo com o que já alcançamos" (Filipenses 3:12-16).
Pontos fortes e fracos. Todos nós os temos, mas a maioria de nós temos a tendência em evidenciar os pontos fortes, ignorando e até mesmo omitindo os fracos. Só que, é um tiro que sai pela culatra, pois quanto mais os ignoramos e/ou os omitimos, por fim, eles acabam ficando mais forte. O que fazer?

De frente para o espelho


Muitos de nós nos sentimos desconfortáveis quando escutamos falar de pontos fortes e fracos, mas não deveríamos. Esse tipo de assunto deveria nos levar à reflexão, à autoanálise e nos ajudar a conhecer bem a nós mesmos. 

Não é apenas em uma entrevista de emprego, por exemplo, que nossa resposta em relação a eles deve estar na ponta da língua. Na vida com Deus também e principalmente em relação à Salvação – afinal, estamos diante de uma guerra espiritual constante e não em um passeio agradável no País das Maravilhas ou no Mundo do Faz de Conta da Emília do Sítio do Picapau Amarelo.

O apóstolo Paulo enfrentou esse conflito interno e o expôs – para o "nosso desespero" – em sua epístola aos Romanos – 7:14-25: 
"Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado. Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço. E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. 
De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem.  
Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo. Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus; 
Mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros. 
Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte? Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Assim que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado."
Fala sério, quem de nós não se viu com um verdadeiro nó na cabeça ao nos deparar com este relato do apóstolo?

O fato é que vivemos em uma luta contra a nossa própria vontade e é (literalmente) uma guerra para que a vontade de Deus seja feita a todo momento em nossa vida – o tempo todo nossa vontade quer tomar as rédeas. E, nessa batalha, todos nós temos nossos pontos fortes e nossos pontos fracos. 

Nessa batalha espiritual o diabo – que é nosso adversário e, oportunista, não perde nenhuma chance que lhe oferecemos – está nos rodeando, como a Bíblia descreve em 1 Pedro 5:8: 
"Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar."
Em relação a isso, se faz necessário que reflitamos: será que conhece nossas fraquezas? Será que as conhecemos tão bem como o diabo conhece?

Tendão de Aquiles


Ninguém está imune às fraquezas, tampouco os personagens lendários. Aquiles, por exemplo, era um herói grego considerado invencível, mas ele foi ferido justamente no ponto em que era vulnerável: seu calcanhar. Por causa disso, originou-se a expressão "calcanhar de Aquiles".

Todas nós temos um "tendão" que nos torna vulneráveis, nos constrange em nossas competências e nos torna frágeis no sentido espiritual. Um deles são as emoções, como a hipersensibilidade, a timidez ou o ato de ficar remoendo situações do passado que nunca são superadas. 

Já para outros reconhecer um erro, uma postura imatura ou pedir desculpas é de trincar o próprio orgulho. Ou seja, o orgulho é o tendão de Aquiles deles. As dúvidas, a malícia, os maus olhos e também o medo de errar ou de ficar sozinho também têm rebaixado espiritualmente muitos de nós.

Enfim, pelo menos um ponto fraco você tem – o que não lhe diminui nem lhe faz pior do que ninguém –, mas isso não significa que você não deva fazer nada a respeito. Ao contrário, é necessário mudar.

Conclusão


Um lutador estuda criteriosamente seu adversário para conhecer seu ponto fraco por vários dias ou até semanas antes de uma luta de boxe. É no ponto fraco que ele vai trabalhar e o diabo é igualzinho. Ele tem nos assistido e sabe o que nos ofende.

No entanto, assim como o adversário, o próprio treinador tem nos assistido. O Senhor Jesus é o nosso treinador e, por meio da Palavra dEle, Ele nos dá todas as diretrizes para vencer nossas fraquezas. Agora, é imprescindível que estejamos vigilantes, 

Ou seja, nosso ponto fraco de hoje não precisa permanecer conosco para sempre e não precisamos nos considerar fracos porque temos um (ou até mais de um) ponto fraco. Se quiser mudar, aprenda a fazer da fraqueza uma força. 

Durante a vida inteira estaremos fortalecendo pontos fracos. Um dia se fortalece um ponto, mas, depois, surge outro. É uma batalha constante. Por isso, é preciso se analisar e guardar seu bem maior: seu coração limpo, sua consciência tranquila e sua Salvação. Que tal começar a se observar hoje mesmo? Não se faça de coitadinho, encare o espelho.
"E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar. Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim. 
E disse-me: 'A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza'. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. 
Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte" (2 Coríntios 12:7-10, grifos meus).
A Deus toda glória. 
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E nem 1% religioso.

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