Se você cresceu nos anos 80 e começo dos 90, certamente já ouviu falar em uma história que tirou o sono de crianças, deixou pais transtornados, provocou formadores de opinião a formar suas excêntricas teorias, causou rixas, intrigas e picuinhas nos cantos dos recreios e nos quartos de meninos e meninas. Instigou o interesse anatômico de futuros médicos. Foi assunto de programas de rádio e TV. Povoou os pesadelos de uma geração. E, obviamente, chegou também aos púlpitos das igrejas evangélicas, quando pastores e líderes infantis orientavam seus fieis a não deixarem suas crianças brincarem com o tal "boneco consagrado". Era um tal de crente subindo ao monte para queimar o pobre do boneco...
Uma história tão polêmica que estaria em 11 de cada 10 blogs caça-cliques de hoje (pode incluir este na lista), alimentando manchetes como "você não vai acreditar o que existe dentro dele". Estamos falando da lenda do Fofão. Se você não viveu naquela época, é possível que tenha ouvido a respeito.
Uma história tão polêmica que estaria em 11 de cada 10 blogs caça-cliques de hoje (pode incluir este na lista), alimentando manchetes como "você não vai acreditar o que existe dentro dele". Estamos falando da lenda do Fofão. Se você não viveu naquela época, é possível que tenha ouvido a respeito.
O personagem
Primeiramente, vamos contextualizar a história. Fofão é um personagem fictício criado na década de 80 que participou de vários programas infantis, sendo interpretado pelo ator e humorista Orival Pessini (✟1944/✩2016), que também deu vida a outros personagens famosos, como o macaco Sócrates, do programa Planeta dos Homens (que foi exibido semanalmente pela Rede Globo, entre 1976 e 1982) e o hippie Patropi, da Escolinha do Professor Raimundo.
Ele é um alienígena nascido no planeta fictício chamado "Fofolândia" e sua primeira aparição foi no programa infantil "Balão Mágico" - o antecessor do "Xou da Xuxa", nas manhãs da Globo - onde contracenava com Simony - então com 6 anos -, que era a única que compreendia seus grunhidos no início da história. Sua estadia no programa durou até o ano de 1986.
Fenômeno
Seu sucesso foi tão grande que, posteriormente, ganhou o seu próprio programa de televisão chamado "TV Fofão", na Bandeirantes, onde apresentou vários desenhos e muita música até 1989.
Estrelou um longa-metragem chamado "Fofão e a Nave Sem Rumo", além de vários produtos licenciados sendo eles desde itens de vestuário até a alimentícios. Abaixo estão alguns:
Bombom e Lanche do Fofão
Disco do Fofão - Volume 1
Disco do Fofão Volume 2
Os compactos simples também foram lançados
Almanaque do Fofão - Até HQ o bochechudo ganhou
O Boneco do Fofão em vários tamanhos
O boneco e a lenda
Mesmo vendendo vários produtos com a sua marca, o maior sucesso realmente era o boneco que foi criado pela empresa Mimo e virou febre nacional, tendo vendido aproximadamente 4 milhões!
A lenda surge a partir do momento em que casualmente, o boneco se quebra e percebem que o que junta a cabeça e o corpo é uma espécie de "punhal de plástico" e, em seu enchimento, há velas. O que seria um caso isolado se espalha pelo Brasil inteiro e várias versões passam a surgir.
Há uma entrevista onde o criador relata que, na época, não existiam enchimentos como os de hoje e para que a estrutura ficasse firme, seria necessário algo para fixar cabeça e corpo, mas o mesmo garante que não era pontiagudo a ponto de ser cortante e que estava de acordo às normas.
A partir deste relato podemos entender que, provavelmente, qualquer coisa serviria como enchimento do boneco, portanto, seria até normal encontrar qualquer coisa lá dentro.
Boneco maldito
Atrelados a esses relatos, começaram a surgir histórias macabras onde as crianças passavam a atender aos chamados do boneco e cometerem atos imprudentes, assassinatos, tudo de ruim que se pode imaginar e a culpa toda era do boneco. Há quem diga que ele até se mexia e matava crianças degoladas!!! Encontraram até mensagens subliminares nos programas e que estas, supostamente, induziam as crianças a cometerem crimes. Em relação às supostas mensagens subliminares, pode dar os méritos do crédito aos crentes.
Esse medo que toda a população sentia refletiu, portanto, na paralisação da venda dos bonecos bem como a destruição em massa de todos os exemplares. E, como eu já disse anteriormente, de preferência queimados, para o espírito desaparecer de vez...
Mitos ou Verdades?
Entre muitas suposições sobre o que originou todas essas histórias, é de que o próprio ator teria feito um pacto com o carinha lá de baixo para ter fama e dinheiro, prometendo em troca levar o "diabo" para a casa de todos que comprassem o boneco. Obviamente o ator desmentiu essa patacoada.
Outra versão coloca o fabricante como o culpado, tendo o mesmo intuito já decretado anteriormente. A versão mais cabível é a de que o programa "rival" em audiência ao programa do Fofão foi quem inventou tudo isso para que seu sucesso fosse por água abaixo, denegrindo a imagem de quem as crianças tanto amavam.
Conclusão
Vamos às explicações. O que realmente existia era uma espécie de haste plástica que conectava a cabeça ao corpo para dar mais estabilidade. Numa das fotos acima ela pode ser vista. Por ter sua ponta afilada, muita gente relacionou a um punhal. E as velas? Bom...o enchimento do boneco era variado. Alguns, por exemplo, tinha restos de tecido, alguns pedacinhos de madeira e algo parecido com algodão. Não cheguei a abrir o tal boneco - aliás, nem cheguei a ter -mas, honestamente não duvido que tenham achado restos de velas em alguns bonecos (e qual problema?). Parecia que eles pegavam o que tivesse a mão para encher o bicho. Mas, punhal? Isso não!... O fato é que essa lenda decretou o fim das vendas do boneco. Mas o deixou famoso para todo o sempre!
[Fonte: Blasting News]
A Deus toda glória.
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E nem 1% religioso.
Muito bacana as informações. E realmente naquela época surgiram sim vários comentários.
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