Somos como um vapor. Em Tiago 4:14 parte b, o apóstolo compara a vida humana como um vapor que aparece por um momento e depois some. O versículo é uma resposta ao questionamento no verso anterior (13) e a parte a do verso 14 que questiona:
"Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida?"
Diante das tragédias que levam várias vidas de uma vez só, ficamos atônitos pelo quanto somos frágeis e por uma diferença de segundos, podemos estar aqui ou desaparecermos para sempre. A brevidade da vida em vermos que a morte não escolhe classe social, condição financeira, rosto bonito, saúde impecável ou mesmo idade, é o que nos prova que devemos andar todos os dias agradecendo pelo dom da vida, mas preparados pela surpresa da morte.
Paulo diz em Romanos 8:36-39:
"Como está escrito: 'Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; Somos reputados como ovelhas para o matadouro.' Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou.
Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor" (grifo meu).
No verso 36, Paulo recorre ao Salmo 44 verso 22 para dar corpo ao seu raciocínio, de que nem mesmo a morte pode nos separar do amor de Deus, enfatizando que todos os dias são desafios diferentes que enfrentamos, tendo por certo que em algum momento encontraremos o fim de todas as coisas.
"Quem perder a sua vida, achá-la-á"
"Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á" (Mateus 16:25).
Tem muitos dos que se dizem cristãos, que dizem ter fé, que ou ignoram, ou desconhecem a essência e a profundidade dessa fala de Jesus. Russel Shedd (★1929/✞2016), famoso teólogo cristão de nossos dias, faleceu recentemente aos 87 anos vítima de câncer, e em um vídeo publicado por um pastor que o visitou, Russel agradece a Deus pela doença e por estar chegando o dia de sua morte, pois ele estava ansioso para se encontrar com Jesus ao entrar da eternidade.
Quantos cristãos hoje temem por sua vida, a ponto de negarem a Cristo em algum momento para terem mais alguns dias sobre a terra? Quantos de nós enchem igrejas e carregam Bíblias, mas não estão preparados para morrer? É inacreditável e até inadmissível que alguém que se diz, que afirma ter fé, tenha tanto medo de morrer. Não estou dizendo sobre abreviar a morte, mas sim sobre não temê-la quando ela chegar.
Pior do que estes são os que nunca morreram para o pecado e suas vidas mundanas e continuam a apodrecer igrejas com suas vidas mortas espiritualmente, recebendo muitas vezes oportunidades em cima de púlpitos para pregar, aconselhar e dirigir congregações, disseminando pecados escondidos, mas visíveis e aceitos por todos.
Adão e Eva não morreram apenas espiritualmente quando desobedeceram a Deus, mas seus corpos, antes perfeitos e irrepreensíveis, agora envelhecem, engordam e emagrecem, e já não podem ficar expostos por conta da malícia.
A brevidade da vida não se detém apenas à vida física em si, mas também à nossa vida espiritual, que deve ser sempre cuidada para não morrermos. Na passagem da celebração da Ceia do Senhor, Paulo diz:
"...há entre vós muitos fracos, doentes e que dormem..." (1 Coríntios 11:30),
o dormir neste caso não se refere ao sono, mas sim a morte, muitas vezes comparada a um sono profundo e eterno.
Não atender ao cumprimento do chamado e exercício ministeriais, não orar, não meditar na palavra, não viver uma vida de integridade com Deus e seguir sua doutrina, adorando e rendendo louvores e pedidos de perdão, nos afasta do Senhor e torna nosso relacionamento com Ele breve e sem vida, apenas como um dogma religioso.
Ainda que para a vida terrena a morte seja a certeza deste corpo frágil, que na nossa vida espiritual a morte não seja real, mas que estejamos vivos e com olhos fitos na eternidade com Cristo, a verdadeira Vida Eterna.
Geração vai, geração vem...
"Palavras do pregador, filho de Davi, rei em Jerusalém. Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade.
Que proveito tem o homem, de todo o seu trabalho, que faz debaixo do sol? Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece. Nasce o sol, e o sol se põe, e apressa-se e volta ao seu lugar de onde nasceu.
O vento vai para o sul, e faz o seu giro para o norte; continuamente vai girando o vento, e volta fazendo os seus circuitos. Todos os rios vão para o mar, e contudo o mar não se enche; ao lugar para onde os rios vão, para ali tornam eles a correr.
Todas as coisas são trabalhosas; o homem não o pode exprimir; os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos se enchem de ouvir. O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol.
Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós. Já não há lembrança das coisas que precederam, e das coisas que hão de ser também delas não haverá lembrança, entre os que hão de vir depois" (Eclesiastes 1:1-11).
A vida nos proporciona uma miscelânea de dias: dias alegres que não queremos que acabem; dias nebulosos que parecem não ter fim; dias de reflexão; dias de decepção; dias de insensatez e mesmo de loucura. Como as estações, os nossos dias oscilam entre bons e ruins ou estão num meio termo.
A maneira como encaramos cada dia – bom ou ruim, desafiador ou benéfico – depende do que está em nossa mente e em nosso coração. Assim, posso sugerir que você comece cada dia lembrando uma das promessas de Deus. O que poderia ser melhor alimento para o espírito do que relembrar as formas de Deus proteger os seus filhos dia após dia? Eu gostaria de começar o dia lembrando:
a) as promessas de Deus aos seus filhos no deserto; b) as maravilhosas promessas que Deus fez a Abraão; c) as garantias do Pai a Josué e seus soldados; d) a extraordinária promessa que é Jesus.
Deus nos promete paz, conforto, segurança, restauração, perdão e salvação.
"Não importa como venha a ser o seu dia, ele pode começar com a gratidão proveniente do conhecimento de que Deus ama você o bastante para cumprir cada promessa que lhe fez" (Max Lucado).
Disse Jesus:
"Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida?… Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal" (Mt 6:27,34).
Você sabe o que é um côvado? Uma medida de comprimento dos tempos de Jesus, igual a distância da junta do cotovelo a ponta do dedo médio (isto é, aproximadamente 0,5 m). Logo, não sabemos o que o futuro nos reserva. Nossa única certeza é esta: Nossa vida é como o vapor, sua brevidade é real, e somente nosso Senhor Jesus tem o controle de tudo, inclusive da nossa vida:
"Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas" (Mt 6:31-33).
Os nossos dias de vida na terra voam, nascemos ontem, já chegamos próximo ao final da vida terrena. Que o Senhor nos dê corações sábios para contarmos nossos dias com gratidão ao Senhor, pois, ao final, o que vai contar é como vivemos esses poucos dias. Por isso, a gratidão jamais pode faltar nos nossos dias, pelas mínimas e pelas grandes coisas.
Conclusão
O que você está fazendo com a luz que Deus lhe deu através de sua Palavra? O que você está fazendo com a vontade de Deus? Você tem se negado em seguir a Cristo como um crente? Você está dizendo a si mesmo que um dia levará a sério a vida cristã, mas por enquanto tem outras coisas mais importantes para fazer? Você está ocupado criando desculpas para a sua desobediência, amargura, preguiça ou indisciplina? Então, o que você está fazendo com as verdades do Evangelho que você um dia ouviu?
Sabemos que está próximo o fim de todas as coisas, portanto, não deixemos para o fim nossa gratidão, mas que seja hoje. É bom nosso olhar estar fixado em coisas positivas, em promessas reais feitas pela palavra de Deus.
É de grande importância olharmos também para aqueles que passam grandes aflições por amor ao Senhor, e ainda assim permanecem firmes. Nossa fé é estimulada ao vermos a firmeza desses nossos irmãos que mesmo diante de grandes aflições não desistiram de servir ao Senhor. Jesus breve voltará!
A Deus, o Pai, toda glória.
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