sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

ACONTECIMENTOS - CASO EUGENIO CHIPKEVITCH: O PEDIATRA PEDÓFILO


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Nos últimos dias o Brasil e o mundo assiste estarrecido as atrocidades cometidas pelo famoso médium João Teixeira de Faria, no Brasil conhecido como João de Deus ou João de Abadiânia e em outros países como John of God, acusado de abuso sexual contra mulheres. Este caso chocante trouxe à memória um outro semelhante envolvendo o também famoso médico Roger Abdelmassih. 

Assim como no caso do médium, o do ex-médico também foi um fato amplamente divulgado pela imprensa, o Ministério Público paulista acusou – e a Justiça acatou – denúncias de crimes sexuais, manipulação genética e evasão fiscal contra o então médico especialista em reprodução humana.

Abdelmassih foi condenado a 181 anos de prisão por 48 estupros de 37 pacientes e hoje cumpre prisão domiciliar. Mas este não é o único caso registrado na história policial brasileira de escândalo sexual envolvendo homens de importância midiática. No texto deste artigo vamos relembrar mais um desses que chocaram por sua sordidez.

O médico

Um currículo exemplar


Formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) - considerada a melhor universidade do Brasil e uma das melhores do mundo - em 1978, fez residência em pediatria no Hospital das Clínicas. Obteve título de especialista em pediatria pela Associação Médica Brasileira e em Hebiatria (medicina do adolescente), pela Sociedade Brasileira de Pediatria.
 
Eugenio Chipkevitch foi chefe do serviço de adolescentes do Hospital Infantil Darcy Vargas, foi membro de organizações internacionais como a SAM - Society for Adolescent Medicine, SRA - Society for Research on Adolescence, IAAH - International Association for Adolescent Health, ASHA - American School Health Association, AAP -American Academy of Pediatrics.
 
O médico também foi condecorado com a medalha Comenda XV de Novembro, e teve o cargo de diretor do Instituto Paulista de Adolescência (IPA). Ele ainda é autor de mais de 50 artigos e capítulos, publicados em livros e revistas nacionais e internacionais.
 
Editor da revista Pais & Teens, autor do livro "Puberdade & Adolescência - Aspectos Biológicos, Clínicos e Psicossociais", co-autor e organizador do livro "Adolescência: Os segredos que seus filhos não contam" e autor do livros "Inimigo Íntimo". 

O Monstro

Um criminoso hediondo e contumaz

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No dia 20 de março de 2002, um programa da TV aberta divulgou imagens do renomado pediatra Eugenio Chipkevitch, que, à época, constava com 47 anos de idade, abusando sexualmente de seus pacientes durante consultas médicas de praxe. O médico sedava os pacientes para cometer os abusos, e, com o auxílio de uma câmera, filmava todo o ato para posteriormente assisti-lo.

Eugenio Chipkevitch atendia crianças e adolescentes com idades entre 8 e 16 anos, meninos e meninas, no bairro do Brooklyn, em uma área nobre de São Paulo (na mesma onde residia). Como era muito conhecido em seu ramo profissional de atuação, dada autoria em obras famosas, atendia o público da classe média alta, onde cobrava em torno de R$ 240,00 por consulta, o que equivale, aproximadamente, a R$ 900,00 nos dias de hoje.

A polícia não recebeu nenhuma denúncia acerca dos abusos sexuais cometidos pelo médico, pois tomou conhecimento a partir da entrega das fitas, pelo cidadão que as achou, as quais revelavam os atos e identificavam explicitamente Eugenio Chipkevitch.

Isso porque, um cidadão que trabalhava fazendo reparos em redes telefônicas, em seu horário de trabalho, avistou, do alto da torre em que estava, uma grande sacola de lixo preta, cujo formato parecia com um quadrado, o que lhe chamou atenção.

Ao descer da torre, abriu a sacola e achou diversas fitas de vídeo, aparentemente novas, sem qualquer título (na época as fitas continham um espaço para descrever o seu conteúdo, por ex. "festa de aniversário", "viagem" etc) jogadas na rua. Assim, deduzindo que as tinham jogado fora, resolveu levá-las consigo para que pudesse apagar o conteúdo que eventualmente achasse e gravar novos momentos nas aludidas fitas achadas.

Ocorre que ao chegar em casa, resolveu testá-las em seu videocassete, momento em que se deparou com mais de 15 horas de gravação de atos libidinosos praticados pelo pediatra Eugenio Chipkevitch contra seus pacientes, crianças e adolescentes do sexo masculino, totalizando aproximadamente 35 vítimas diferentes.

Horrorizado com o teor da gravação, esse cidadão encaminhou algumas gravações para a polícia civil e outras para o Programa do Ratinho (SBT), o qual, no dia seguinte, divulgou, em rede nacional, o médico satisfazendo sua lascívia com os menores de idade sedados.

A Prisão


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Chipkevitch sendo preso

A partir dessa exposição, fora possível identificar que o médico criminoso era Eugenio Chipkevitch, razão pela qual houve a decretação de sua prisão provisória no dia 21 de março de 2002, sendo acusado de cometer o crime de atentado violento ao pudor com violência presumida.

Ao longo das investigações, fora possível identificar como o médico realizava essas condutas criminosas sem levantar nenhuma suspeita. Ficou constatado que as consultas demoravam em torno de uma a duas horas, onde as mães (ou responsáveis pelos menores) só poderiam participar da mesma até certo momento, onde o médico fazia perguntas sobre alergias, vacinas, medicamentos.

Respondido o questionário pelo responsável do menor, o médico pedia que este se retirasse da sala, para que pudesse examinar o paciente, justificando que como era uma consulta íntima e que nem sempre crianças/adolescentes contam toda sua vida sexual aos pais, ele precisaria fazer outras perguntas exclusivamente ao paciente.

Desta forma, os responsáveis ficavam aguardando a consulta ser finalizada na sala de espera. Ao passo que, nesse instante, o médico sedava os pacientes, preparava sua câmera de vídeo, e, iniciava os abusos contra os menores. Posteriormente ficou constatado que as filmagens serviam para que o médico as assistisse depois, inclusive em encontros homossexuais com garotos de programa, aos quais contratava os serviços sexuais na região do Parque Trianon, na Avenida Paulista, centro de São Paulo, conhecido ponto tradicional de prostituição masculina.

Eugenio Chipkevitch está preso desde 2002, já foi devidamente processado e julgado, atualmente está cumprindo pena no presídio de Sorocaba (SP).

As vítimas


Como se trata de crime cometido contra meninos que na época eram menores de idade e que tiveram sua dignidade sexual violada, em respeito às vítimas, não posso revelar seus nomes.

Ademais, a própria Polícia Civil, baseando-se nessa justificativa, limitou-se a informar apenas a quantidade de vítimas, não expondo seus nomes, bem como que pertenciam ao sexo masculino, de modo que, apesar do médico atender pacientes do sexo feminino, essas não sofreram qualquer tipo de abuso. Isso, obviamente, aponta para a tendência homossexual do criminoso.

O julgamento


O médico foi denunciado pelos crimes de atentado violento ao pudor e corrupção de menores

A tese defensiva foi de que o médico não estava molestando os pacientes, mas sim realizando os devidos procedimentos clínicos que poderiam ser, equivocadamente, interpretados como abuso sexual.

Ocorre que, ainda sim, em 2004, findado o processo penal, o juiz de primeira instância sentenciou o médico em 128 anos de prisão, em regime fechado e multa, pelo crime de atentado violento ao pudor com violência presumida, vez que as vítimas se encontravam em estado que dificultava/impossibilitava sua defesa.

A defesa recorreu e o Tribunal de Justiça reduziu a pena para 114 anos de prisão em regime fechado.

Em 2007, a defesa impetrou Habeas Corpus ao Supremo Tribunal Federal requerendo a nulidade do processo. Contudo, em 2013, a corte entendeu ser desnecessária.

Conclusão


Atualmente Eugenio Chipkevitch se encontra cumprindo pena no mesmo presídio que foi preso em 2002, em Sorocaba (SP), vez que lá é específico para os autores de crimes dessa natureza, ou seja, que violam a dignidade sexual de outrem.
Documentário completo sobre o Caso Eugenio Chipkevitch, exibido no programa Anatomia do Crime (Netflix)


A Deus toda glória.
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