sexta-feira, 3 de agosto de 2018

ESPECIAL - AS SETE IGREJAS DO APOCALIPSE - 7) LAODICÉIA

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Laodicéia (Apocalipse 3:14-22) - a igreja com a fé morna (3:16). Laodicéia era uma igreja autossuficiente. A autossuficiência é um dos pilares do orgulho e da arrogância. Infelizmente, essa é a característica de muita igreja dita cristã no cenário atual.

Contextos cultural, político, social e espiritual


O vale de Lico, na Ásia Menor, tinha três cidades principais: Colossos, conhecida por suas fontes de água fria, Hierápolis, conhecida por suas fontes de águas termais, e Laodicéia, conhecida por suas águas mornas, que causou enjoo no seu Senhor, Jesus Cristo. Esta cidade inicialmente chamava Dióapolis e Roas. Foi reconstruída por Antíoco II (261-246 a. C.) e chamada Laodicéia em homenagem à sua esposa, Laodice. 

Ao Anjo da Igreja em Laodicéia 

A igreja em Laodicéia (14)


A igreja em Laodicéia é citada no Apocalipse (aqui e em 1:11) e na carta de Paulo aos colossenses (4:13-16). As cidades de Laodicéia, Colossos e Hierápolis (veja Colossenses 4:13) ficavam no vale do rio Lico. Laodicéia situava-se no local da cidade moderna de Denizli, Turquia, no cruzamento de estradas principais da Ásia Menor. 

Antigamente, a água da cidade vinha via aquedutos das fontes termais ao sul da cidade. Até chegar em Laodicéia, a água ficava morna. A qualidade dela não era boa, e a cidade ganhou a reputação de ter água não potável. Ao engolir esta água, muitas pessoas vomitavam. Semelhantemente, Jesus sentiu vontade de vomitar de sua boca a igreja de Laodicéia (Ap 3:15,16).

Outras características de Laodicéia servem como base para a linguagem desta carta. Foi conhecida como um centro bancário (3:17,18). A região produzia lã preta (3:18) e um tipo de colírio para os olhos (3:18). A igreja de Laodicéia é mencionada na carta de Paulo aos Colossenses. Ele escreveu: 
"Saudai os irmãos de Laodicéia, e Ninfa, e à igreja que ela hospeda em sua casa. E, uma vez lida esta epístola perante vós, providenciai por que seja também lida na igreja dos laodicenses; e a dos de Laodicéia, lede-a igualmente perante vós" (4:15,16). 
Ao que o texto indica, Paulo teria escrito também uma carta à igreja de Laodicéia, mas esta se perdeu.

Período profético (1844 a.D. – ? )


Laodicéia é a última das sete igrejas. Ela cobre o período da história da igreja em que nosso Sumo Sacerdote celestial, Jesus, leva a cabo Seu ministério de juízo logo antes de Sua volta em glória. Jesus iniciou Seu ministério como sacerdote logo após a Sua ascensão. De acordo com a profecia das 2.300 tardes e manhãs, no ano de 1844, Ele começou a oficiar também como Sumo Sacerdote.

Embora Jesus esteja no Santuário Celestial intercedendo e julgando Seus filhos, o estado espiritual dos membros da igreja de Laodicéia é de profunda letargia. O Apocalipse os descreve como mornos e, a menos que mude de atitude, atendendo ao conselho da Testemunha fiel e verdadeira (Ap 3:18), serão rejeitados, ou seja, "vomitados" (3:16).

Mornidão é sinônimo de inconstância, de instabilidade


Muito é dito pelo fato de que havia fontes de água quente na área. Talvez esta é realmente uma referência às águas termais em Laodicéia, mas independentemente disso, ainda podemos inferir uma verdade espiritual. Água fria traz refresco, e água quente pode trazer limpeza, mas muito poucos de nós em qualquer sociedade tem muito uso de água morna. 

Espiritualmente falando, parece que aqueles que são como "brasas" e queimam com paixão por Jesus Cristo podem trazer mudança para que os rodeiam. Consequentemente, aqueles que são frios são mais aptos a reagirem quando entram em contato com o calor e a luz. Aqueles que são mornos ou "meio da estrada" são menos propensos a afetar ou ser afetado por nenhum dos grupos. 

Parece que é mais fácil obter um indivíduo "frio" (alguém claramente fora de comunhão com Deus) para reconhecer a sua necessidade de arrependimento, mas é muito difícil conseguir uma pessoa morna para assumir a responsabilidade por suas ações. Cristo nos disse que "o sal é bom", mas se o sal perder o que é saborear, é bom para nada (Mateus 5:13)!

A condição espiritual morna é uma abominação para um Deus santo. Como podemos ser tão apáticos quando Cristo fez grandes coisas por nós? Como escaparemos nós, se nós "negligenciarmos tão grande salvação" (Hebreus 2:3) que Jesus nos proporcionou? 

Aqueles que optarem por ser indiferente e insensíveis aos mandamentos de Cristo e ainda assim permanecer "no banco de igreja" fazem-no em seu próprio risco. Vemos que, talvez, o maior perigo reside em um tipo de "medíocre" na fé. Infelizmente esta é a condição predominante nestes últimos dias. Encontramos (especialmente no Ocidente) onde quase todo mundo diz ser um "cristão", "crente" e/ou "evangélico". 

Grande número de pessoas baseiam essa profissão não no fato de que eles realmente se arrependeram de seus pecados e nasceram de novo, mas sim por causa da falta de lógica, como "Eu sou um membro de tal e tal igreja [tipo "Eu sou a ..."]", ou "Eu nasci e/ou fui criado em um lar cristão", ou "Eu fui batizado quando criança..." e o bolorento "Eu tenho Jesus no coração desde que eu nasci".

"'...Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma', e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu..." (17)

O orgulho dos discípulos de Laodicéia os cegou ao ponto de não enxergarem os seus problemas (e aqui há um proposital trocadilho, pois, justamente era lá que se encontrava o famoso colírio medicinal para curar os olhos). Eles se achavam fortes e independentes, mas Jesus viu o estado real de uma igreja fraca, cega e infrutífera. 

A cidade de Laodicéia sofreu um terremoto em 60 d.C. e foi reedificada com recursos próprios, sem auxílio do governo romano. Parece que a igreja sentia a mesma atitude de autossuficiência, perigosíssimo num rebanho de ovelhas que precisa seguir o seu Bom Pastor! 

Numa cidade conhecida por tratamentos de olhos, a igreja se tornou cega e não procurou o tratamento do Grande Médico. Precisavam da humildade dos publicanos e pecadores (Lucas 5:31,32). Numa cidade que produzia roupas de lã, a igreja andava nua, sem a vestimenta de justiça oferecida por seu Senhor (2 Coríntios 5:3; Cl 3:9,10).

Conclusão


Na carta à igreja em Laodicéia, Jesus não citou nenhuma doutrina errada e nenhum pecado de imoralidade. Ele não condenou a igreja por práticas idólatras. Esta igreja, que se achava rica e forte, foi criticada por seu orgulho e autossuficiência. Exaltou-se, ao invés de se humilhar diante do Senhor dos senhores.

É muito difícil estabelecer uma nítida distinção entre a igreja e o mundo nestes últimos dias. Paulo advertiu a Timóteo que nos últimos dias a igreja estaria infectada com aqueles que 
"...têm uma forma de piedade, mas negando a eficácia dela... Destes afasta-te" (2 Tm 3:5). 
Muito do que passa para o cristianismo, não é nada mais do que "psicologia pop", autoajuda gospel ou pensamento positivo. O destino da morna é realmente um ser terrível, vomitado da boca de Deus. Alguns advertem contra a leitura para muito sobre a natureza antropomórfica de frases como "ponto de vomitar-te da minha boca", mas uma coisa a considerar como alguém pode ser expulso se eles nunca foram inclusos, em primeiro lugar. Estas são coisas para considerar em espírito de oração, de fato! 

O que o texto bíblico informa sobre a igreja de Laodicéia? Apocalipse 3:14-22

  • a) Apresentação (3:14); 
  • b) Elogio (Não há); 
  • c) Reprovação (3:15-17)
  • d) Conselho (3:18); 
  • e) Promessa (3:21).
Chegamos assim ao fim de nossa jornada de sete períodos proféticos. Vale a pena relembrar as promessas feitas às sete igrejas e como, através delas, a graça de Deus restaurará tudo que a humanidade perdeu. O livro de Gênesis fala da entrada do pecado no mundo e das perdas que este acarretou. As promessas às sete igrejas falam da graça de Deus e de como todas as coisas nos serão devolvidas.

A Deus toda glória. 
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E nem 1% religioso.

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