sexta-feira, 24 de agosto de 2018

ABORTO NÃO, NÃO E NÃO!


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Toda criança no ventre é obra de Deus e faz parte do seu plano. Cristo ama essa criança e provou isso, tornando-se semelhante a ela - Ele mesmo passou nove meses no ventre de sua mãe.

Assim como os termos criança e adolescente, embrião e feto não se referem a seres não humanos, mas a seres humanos em diferentes estágios de desenvolvimento. É cientificamente incorreto dizer que um embrião humano ou um feto não é um ser simplesmente porque ele está em uma fase mais prematura do que uma criança. 

Isso é a mesma coisa que dizer que uma criança não é um ser humano, porque ele ainda não é um adolescente. Será que alguém se torna mais humano quando cresce? Se assim for, então os adultos são mais humanos do que as crianças, e os jogadores de futebol são mais humanos do que os jóqueis. 

Algo que não é humano não se torna humano ou mais humano ao ficar mais velho ou maior; tudo o que for humano é humano desde o início, ou não é humano de jeito nenhum. O direito à vida não aumenta com a idade e o tamanho; caso contrário, as crianças e os adolescentes teriam menos direito de viver do que os adultos.

Os fatos sobre a prática do aborto


Estima-se que mais de 50 milhões de abortos são realizados no mundo, por ano. Isso é mais de 8 vezes o número de judeus que morreram no holocausto nazista, que foi de 6 milhões. O genocídio nazista foi uma mancha na história da humanidade, sem dúvida. Mas o que dizer do assassinato de milhões de crianças indefesas? 

Mais: o que dizer de cristãos que se dizem discípulos de Jesus e fazem apologia do aborto? Para responder estas questões exponho abaixo 3 motivos pelos quais o cristão deve ser radicalmente contrário ao aborto:

1º A sacralidade da vida


A vida humana é sagrada. Não pertence a nós, pertence ao Criador. Deus fez homem e mulher de modo singular, diferente do restante da criação. Primeiro, soprando em suas narinas o fôlego da vida (Gênesis 2:7). Nenhum animal teve este privilégio. Segundo, colocando toda a criação debaixo do domínio do homem: 
"Tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus..." (2:26). 
Terceiro, criando homem e mulher à sua própria imagem e semelhança (1:26,27). Os animais foram criados "segundo a sua espécie", todos de uma só vez. Já o ser humano foi uma criação única, à imagem e semelhança do Criador. No momento da criação do homem a Trindade se reúne e delibera (no plural): 
"Façamos o homem à nossa imagem..." 
Repare em Gênesis 9:6 o motivo pelo qual nós não podemos tirar a vida de alguém: 
"...porque Deus fez o homem segundo a sua imagem". 
Por isso, não podemos tirar a vida do próximo. Atentar contra a vida do meu semelhante é, em primeira instância, atentar contra Deus, pois o meu próximo carrega consigo a imagem e a semelhança do Criador.

Por consequência, quando um aborto é realizado, a vítima do assassinato é uma criança que traz em si a imagem e semelhança de Deus. Isso é sério.

2º A antiguidade da vida


Este assunto sempre suscita a pergunta: Quando começa a vida? A ciência não tem uma resposta consensual. Há aqueles que admitem começar na fecundação; há os que apontam para o período entre o 7º e o 10º dia, quando ocorre a fixação do óvulo fecundado no útero; há os que defendem começar na 3ª semana de gestação, quando o embrião pode se dividir dando origem a outros indivíduos e, por fim, há os que marcam o início da vida somente após a 8ª semana de gravidez, com o início da atividade cerebral.

O curioso é que quando a ciência encontra uma bactéria na lua a considera como vida, sem hesitar. Curioso também é que a ciência não tem valores absolutos. O que é verdade hoje pode não ser amanhã. Portanto, é necessário cautela.

Neste assunto, o referencial mais seguro é a Palavra de Deus. Nela nós temos evidências de que a vida começa na fecundação. Veja os textos abaixo que mostram vida já no ventre das mães:
Repare que os textos não deixam dúvida de que a vida começa no ventre materno. Portanto, pílulas do dia seguinte ou qualquer outro método abortivo atentam contra uma vida que já está presente, conhecida e criada por Deus.

3º A prioridade da vida

"Não matarás" (Êxodo 20:13).
"Se homens brigarem e ferirem uma mulher grávida, e ela der à luz prematuramen­te, não havendo, porém, nenhum dano sério, o ofensor pagará a indenização que o marido daquela mulher exigir, conforme a determinação dos juízes" (21:22 - NIV).
"Quem matar alguém será morto. Mas quem matar um animal o restituirá: igual por igual" (Levítico 24:17,18).
Dentro deste tema encontramos a atual legislação brasileira autorizando o aborto em 3 situações específicas:
  • Risco de morte da mãe
Creio que esta seja a única possibilidade de um cristão verdadeiro concordar com o aborto. Todavia, os casos desta natureza são raríssimos hoje em dia, por conta do avanço da medicina.

A medicina atual já tem condições de retirar, de forma prematura, o feto que oferece risco à vida da mãe e dar a ele boas condições de sobrevivência. Em 2009, em Pernambuco, uma menina de 9 anos de idade ficou grávida e, imediatamente, as autoridades médicas da região indicaram e promoveram o aborto dos gêmeos de 4 meses de vida que estavam no ventre da menina. 

A alegação era de que a menina gestante corria risco de morrer por ter apenas 9 anos de idade. Se eles tivessem pesquisado um pouco antes de assassinar os gêmeos indefesos teriam descoberto a história da peruana Lina Medina que deu à luz ao seu primeiro filho aos 5 anos de idade e isso em 1939. Há registros de muitas outras meninas de 8, 9 e 10 anos, em situações semelhantes, que não abortaram e não morreram.
  • Gestação proveniente de estupro
O movimento feminista insiste que a mulher é dona do seu próprio corpo e que tem total direito sobre ele. Isso lhe dá total direito ao aborto, principalmente, no caso de um estupro. A cristã verdadeira saberá que, primeiro, o corpo não pertence a nós. O corpo e a vida são propriedades de Deus. Eis a razão porque o suicídio é um pecado (e crime em alguns países).

Mesmo na situação crítica de um estupro, a mãe não tem o direito de assassinar a criança inocente que não tem culpa alguma do ato violento sofrido pela mãe. Em casos assim, o melhor caminho é dar prosseguimento à gravidez, cuidando desta mãe e, se no nascimento da criança ela não tiver condições de cuidar deste filho, submetê-lo a alguém que queira cuidar.

Sei que as feministas que leem este texto devem estar revoltadas dizendo: Mas e a vida da mulher que foi estuprada? Ela não tem direitos? Como ela vai viver com esta dor? Ora, a resposta é que uma dor emocional é menor que um assassinato. Ambos são difíceis, mas assassinar uma criança inocente nunca será o caminho.

Cuidemos do trauma emocional da mãe, vítima de um estupro, mas não cometamos um mal ainda maior que é assassinar uma criança que não tem nada a ver com este mundo violento.

Aliás, pensando nesta argumentação feminista de que o que importa é o sentimento emocional desesperador da mulher, eu gostaria de propor um teste:

Imagine que você tem na sua frente uma mesa com 2 botões e, do outro lado da mesa, uma mulher e uma criança. Você, obrigatoriamente, tem que apertar um dos botões. Se você apertar o botão azul a mulher é estuprada. Se você apertar o botão vermelho a criança leva um tiro na cabeça. Qual botão você apertaria?

É óbvio que o mal menor é o estupro. Não podemos assassinar crianças, nem em situações críticas assim. Nosso Deus é Deus vingador. Ele vingará as crianças assassinadas, não importam os motivos.
  • Gravidez de feto anencefálico
Ultimamente a justiça tem autorizado a interrupção da gestação de feto anencefálico. A argumentação é a de que uma criança com este diagnóstico será natimorta, isto é, nascerá morta. A experiência tem mostrado o engano deste argumento. O caso mais conhecido é o da Marcela. Ela nasceu anencéfala, mas sentia, ouvia e tinha consciência. Viveu durante 1 ano e 8 meses contrariando o que vinha sendo dito sobre os anencéfalos. Teríamos outros casos assim se lhes fossem dados o direito à vida.

O que está por trás desta autorização judicial é o pensamento evolucionista (feto não é vida), materialista (esta criança atrasará a sociedade) e eugenista (precisamos melhorar a raça). O nazismo começou assim. Hoje em dia não é incomum vermos médicos orientando suas pacientes ao aborto ao constatarem que o filho em gestação terá alguma deficiência física ou mental. 

Fico imaginando o que um médico desta linha diria a um pai sifilítico e uma mãe tuberculosa que tiveram quatro filhos: o primeiro, cego de nascença; o segundo, morto logo após o parto; o terceiro, surdo-mudo; o quarto, tuberculoso, e que, agora, a mãe está grávida do quinto filho. O que um médico abortista recomendaria? O aborto, por óbvio. Se este médico tivesse existido no passado, teria matado Beethoven.

A palavra de Deus nos ensina que toda a vida é sagrada e bem de Deus, mesmo a dos deficientes. 
"Quem fez a boca do homem? Ou quem faz o mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? Não sou eu, o Senhor?" (Êx 4:11)
Não são poucos os casos de sobreviventes de aborto que hoje mostram o seu valor à sociedade. Talvez o caso mais conhecido seja da jovem Gianna Jessen, todavia, dia desses, por ocasião das paraolimpíadas, apareceu na mídia a história de Eliza McIntosh, uma atleta de 21 anos que só está hoje entre nós por graça divina e zelo dos pais. 

Na sua gestação, os médicos recomendaram o aborto aos pais porque, com "dysgenesis espinhal", a garota, na melhor das hipóteses, viveria em estado vegetativo e que seria necessário um tubo de respiração durante toda a vida. Agora ela é uma atleta.

Histórias assim confirmam o que a Bíblia nos orienta: Não matarás. A vida é sagrada e não pertence a nós. O feto, por menor que seja, já é portador da imagem e semelhança de Deus e tem de ser preservado. Que Deus nos dê coragem para defendermos estas vítimas inocentes.

Conclusão


Alguns defensores do aborto afirmam que suas crenças têm a Bíblia como base. Eles afirmam que a Bíblia não proíbe o aborto. Eles estão errados. A Bíblia, de fato, proíbe enfaticamente a morte de pessoas inocentes (Êxodo 20:13) e considera claramente o nascituro como sendo um ser humano digno de proteção (21:22-25).

Jó descreveu graficamente a forma como Deus o criou antes de ele nascer (Jó 10:8-12). O que estava no ventre de sua mãe não era algo que poderia tornar-se Jó, mas alguém que era Jó — o mesmo homem, só que mais jovem. Para o profeta Isaías, Deus diz: 
"Assim diz o SENHOR, que te criou, e te formou desde o ventre, e que te ajuda" (Isaías 44:2). 
O que cada pessoa é, e não apenas o que ela pode se tornar, esteve presente no ventre de sua mãe.

O Salmo 139:13-16 pinta um retrato vívido do envolvimento íntimo de Deus com uma pessoa antes de seu nascimento. Deus criou o "interior" de Davi, não no nascimento, mas antes do nascimento. Davi diz ao seu Criador, 
"...tu me teceste no ventre de minha mãe..." (v. 13). 
Cada pessoa, independentemente de sua filiação ou deficiência, não foi fabricada em uma linha de montagem cósmica, mas criada pessoalmente por Deus. Todos os dias de nossas vidas são planejados por Deus antes de virmos a ser (v. 16).
  • Escrevi mais sobre o assunto ➫ aqui.
A Deus toda glória. 
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E nem 1% religioso.

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