quarta-feira, 30 de agosto de 2017

CANÇÕES ETERNAS CANÇÕES - "STAIRWAY TO HEAVEN", LED ZEPPELIN


A música sobre a qual irei falar hoje é quase um épico do rock and roll. Há quem a ame e há quem a odeie, mas pelo bem ou pelo mal, é impossível que você nunca tenha ouvido o clássico "Stairway to Heaven". 

Uma das composições mais conhecidas do rock e da música contemporânea como um todo, "Stairway to Heaven" é um clássico do Led Zeppelin. Seu início acústico, a forma como é conduzida e o peso ao fim tornaram a faixa, de oito minutos de duração, muito peculiar. Teoria da conspiração, hino satânico, acusação por plágio, tudo isso faz dessa canção uma das mais emblemáticas na história do rock.

Sobre a banda


Para começa a falar sobre Led Zeppelin, devemos falar sobre os 4 integrantes da banda, claro; Jimmy Page (Guitarra), Robert Plant (Vocais), John Bonham (Bateria) e John Paul Jones (Baixo, Teclado). Banda formada em 1968, podemos assim dizer que eles misturavam um som pesado na época, com uma grande pegada de blues e música psicodélica, formando um som único que somente esses 4 poderiam fazer com tamanha genialidade. 

Nesse artigo meu objetivo não é aprofundar sobre a historia da banda, mas sim analisar a música que é um dos seus maiores (quiçá o maior) clássicos. Segundo os especialistas em música, Led Zeppelin, é uma das mais completas, somente chegando atras dos Beatles, e importante banda da história. Sua discografia conta com 9 discos de estúdio e inúmeras compilações e box sets.
Infelizmente em 25 de setembro de 1980, durante uma turnê norte-americana, a primeira da banda desde 1977, foi programada para se iniciar em 17 de outubro de 1980. 

Durante a viagem Bonham (o de barba preta) pediu que a banda parasse para o café da manhã, onde ele bebeu quatro vodkas quádruplas (450 ml) com um pedaço de presunto. 

Depois de dar uma mordida no pedaço de presunto, ele disse ao seu assistente, "isto é só o café da manhã". Bonham continuou a beber muito quando chegou ao estúdio. Os ensaios foram interrompidos na tarde daquela noite, e a banda se retirou para a casa de Page. Depois da meia noite, Bonham, que havia caído no sono, foi levado para a cama e colocado de lado. 

À 1:45 do dia seguinte Benji LeFevre (gerente da nova turnê do Led Zeppelin) e John Paul Jones encontraram Bonham morto. A causa da morte foi asfixia pelo próprio vômito; uma autópsia não encontrou outras drogas em seu corpo. Bonham foi cremado em 10 de outubro de 1980, e suas cinzas foram enterradas na igreja paroquial de Rushock em Droitwich, Worcestershire. O veredito de morte acidental foi devolvido a um inquérito realizado em 27 de outubro. 

Uma grande perda para o rock mundial, baterista único, que, segundo os fãs da banda, faz falta até hoje, com ritmos e solos únicos, como o que pode ser ouvido na música "Moby Dick" (até hoje o maior solo de bateria feito por uma banda, diga-se de passagem). Com uma pegada agressiva, não era atoa que seu apelido era The Beast. Após a morte de Bonham, os membros do Led Zeppelin decidiram dissolver o grupo.


A música

Vídeo com a tradução da letra da música
 "Stairway to Heaven" 
(Page/Plant)  
There's a lady who's sure all that glitters is gold
And she's buying a stairway to heaven
When she gets there she knows, if the stores are all closed
With a word she can get what she came for

And she's buying a stairway to heaven

There's a sign on the wall but she wants to be sure
'Cause you know, sometimes words have two meanings
In the tree by the brook there's a songbird who sings
Sometimes all of our thoughts are misgiven

It makes me wonder
It makes me wonder

There's a feeling I get when I look to the west
And my spirit is crying for leaving
In my thoughts I have seen rings of smoke through the trees
And the voices of those who stand looking

It makes me wonder
It really makes me wonder

And it's whispered that soon, if we all call the tune
Then the piper will lead us to reason
And a new day will dawn for those who stand long
And the forest will echo with laughter

If there's a bustle in your hedgerow
Don't be alarmed now
It's just a spring clean for the may queen
Yes, there are two paths you can go by
But in the long run
There's still time to change the road you're on

And it makes me wonder

Your head is humming and it won't go
In case you don't know
The piper's calling you to join him
Dear lady, can you hear the wind blow
And did you know
Your stairway lies on the whispering wind

And as we wind on down the road
Our shadows taller than our souls
There walks a lady we all know
Who shines white light and wants to show
How everything still turns to gold
And if you listen very hard
The tune will come to you, at last
When all are one and one is all, yeah
To be a rock and not to roll

And she's buying a stairway to heaven
"Stairway to Heaven" é uma canção que foi composta pelo guitarrista Jimmy Page e pelo vocalista Robert Plant para o quarto álbum de estúdio da banda, 'Led Zeppelin IV', lançado em 1971. Considerada uma das maiores canções de rock de todos os tempos.

Na década de 1980 a música foi acusada de ocultismo por supostas mensagens subliminares, que, obviamente, foi negada pela banda.

Havendo sido incluída na trilha sonora da novela global "Top Model", a canção alcançou grande popularidade no Brasil no início dos anos 90, como uma das "mais pedidas" nas rádios de todo o país. Abaixo 10 curiosidades que contam a história dessa música.

➫1) A música é a mais pedida da história das rádios FM dos Estados Unidos, tendo congestionado as linhas telefônicas das estações com pedidos no início da década de 1970. Mas, curiosamente, ela não foi lançada como single (formato de divulgação, promocional, direcionado justamente para rádios) por lá. A demanda fez com que a gravadora Atlantic lançasse a canção no formato single, no entanto, "Stairway To Heaven" já havia feito história. 

2) A banda foi bastante pressionada pela gravadora Atlantic para que reduzisse a duração da faixa, para que emplacasse nas rádios. Os músicos, no entanto, resistiram. 

3) A canção foi composta em pedaços. Em uma entrevista, o baixista John Paul Jones descreveu o processo de composição: 
"(Page e Plant) voltaram das montanhas galesas com a introdução e o riff da guitarra. Eu literalmente a ouvi em frente de uma grande fogueira em uma casa de campo. Eu peguei uma flauta e toquei um riff bem simples que nos deu uma introdução, depois fui até um piano para a seção seguinte, acompanhando as guitarras".
4) A letra, escrita em maior parte pelo vocalista Robert Plant, surgiu bem rapidamente. 
"De repente minha mão estava escrevendo as palavras: Há uma senhora que está certa, tudo o que reluz é ouro, e ela está comprando uma escadaria para o céu. Eu simplesmente sentei, olhei para elas e quase pulei da cadeira", 
disse. 

5) A explicação de Robert Plant para a composição é bem subjetiva. 
"É uma divagação cínica sobre uma mulher que sempre conseguia tudo o que queria sem dar a isso a devida reflexão ou consideração", 
afirmou. 

6) Consagrado por ter utilizado guitarras Gibson Les Paul ao longo de sua carreira, Jimmy Page utilizou uma Fender Telecaster 1958 - que tem um timbre bem diferente em comparação à Les Paul - para fazer o lendário solo de guitarra ao fim da canção. Os demais instrumentos utilizados por Page para a música foram um violão Harmony Sovereign H1260 e uma Fender Electric XII (12 cordas). 

7) "Stairway To Heaven" é, de acordo com a banda Spirit, um plágio da música "Taurus", lançada por eles em 1968, três anos antes. Recentemente, o compositor Randy California processou o grupo e ganhou em primeira instância, no que se tornou um dos maiores imbróglios da história da música. Led Zeppelin foi considerado inocente das acusações de plágio em. Plant e Page vinham enfrentando os representantes da banda Spirit nos tribunais, sob a suspeita de terem copiado seu icônico riff da faixa "Taurus".

No segundo dia de deliberações, o júri decidiu em favor do Led e as várias subsidiárias da Warner Music, detentora dos direitos da canção. A decisão veio depois de os jurados — oito cidadãos da Califórnia — ouvirem ambas as faixas durante cerca de meia-hora.
"Estamos gratos pelo serviço de consciência do júri e satisfeitos por terem decidido em nosso favor, colocando de lado questões sobre as origens de 'Stairway to heaven' e confirmando o que sabemos há 45 anos", 
disseram Page e Plant em comunicado. 
"Nós apreciamos o apoio dos nossos fãs, e estamos ansiosos para deixar essa questão legal para trás".
Segundo um dos especialistas consultados durante o julgamento, "Stairway to heaven" rendeu US$ 58,5 milhões a Robert Plant e Jimmy Page ao longo dos anos.

8) A relação de Robert Plant com "Stairway to Heaven" mescla amor e ódio. Apesar de ter sido o grande clássico do Led Zeppelin, o cantor se cansou da música e, em meados de 1977, o grupo não a tocava em todos os shows. Em sua carreira solo, Plant não a executava com frequência. Em 1986, ele afirmou que 
"ficaria com urticária se a cantasse em todos os shows". 
9) Estima-se que "Stairway to Heaven" tenha tocado mais de três milhões de vezes em rádios de todo o mundo entre os anos de 1971 e 2000. O disco no qual a música está inserido, "IV", vendeu mais de 37 milhões de cópias em todo o planeta e é o terceiro mais vendido nos Estados Unidos. 

10) Há várias acusações de ocultismo por trás da letra de "Stairway To Heaven". Muitos afirmaram, ao longo dos anos, que a canção executada ao contrário transmite mensagens como "Aqui está a meu doce satanás" e "Canto pois vivo com satanás". Se você quiser ler um artigo específico sobre uma criativa análise do suposto ocultismo na letra da música, clique aqui. Eu confesso que li e quase morri de tanto rir. Vai ter mente fértil assim lá no quinto dos infernos!

Conclusão


Teorias conspiratórias a parte, "Stairway to Heaven" é uma poesia tanto lírica quanto musical, que fala de vaidade, ambição e, sobretudo, de amor. Uma canção envolvente que expressa sentimentos de tristeza, de dor e de raiva. Tudo isso é mais que o suficiente para eternizá-la como uma das canções mais sensacionais de todos os tempos e por isso, obviamente, ela recebe o meu carimbo de:
A Deus toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://circuitogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade 
.E nem 1% religioso.

ASSUNTOS POLÊMICOS - SER OU NÃO SER, EIS A QUESTÃO? O IMBRÓGLIO DA IDEOLOGIA DE GÊNERO

Ideologia ou identidade de gênero é um dos temas que mais tem sido divulgados pela mídia ultimamente. A Rede Globo hasteou de vez o estandarte dessa causa em sua grade de programação. Além de uma série especial de reportagens exibidas na revista eletrônica dominical Fantástico, a novela das nove "A Força do Querer", de autoria da novelista Glória Perez, conhecida por defender causas consideradas sociais nos enredos de suas tramas, trás a história da personagem Ivana, interpretada pela estreante atriz Carol Duarte, que ao longo da trama irá sofrer uma transformação radical, passando de garota, para garoto. Mas, e os cristãos, como se posicionarem diante dessa questão um tanto quanto polêmica? E o tema desse artigo de retorno da série especial Assuntos Polêmicos.


Assunto sem fronteiras


O tema identidade de gênero tem inquietado muito gente no meio social, e por que não no meio dos cristãos católicos e evangélicos? Mas, o que podemos entender sobre o assunto, ou o que significa "identidade de gênero", e qual impacto pode causar na sociedade essa ideia?

Um dos grandes problemas dos cristãos é a alienação intelectual que se caracteriza no nocivo e destrutivo hábito de ser negligente com o que tange a informação. Grande parte deles não gosta de ler, não gosta de se informar e acabam sendo levados de um lado para o outro no pingue-pongue da mídia e seus conceitos manipuladores de massas.

Há anos que o PT e alguns seguimentos políticos de esquerda aliados a suas ideias veem impondo uma política de transformações sociais, com ideias absurdas e que vão contra o conceito de família. Tudo o que já tentaram fazer, com projetos de leis que afrontam a sociedade, e não satisfeitos criam outras formas de controle e divisão. Uma delas é a identidade de gênero.

Segundo a Wikipédia, identidade de gênero se refere ao gênero em que a pessoa se identifica (i.e, se ela se identifica como sendo um homem, uma mulher ou se ela vê a si como fora do convencional). Mas pode também ser usado para referir-se ao gênero que certa pessoa atribui ao indivíduo tendo como base o que tal pessoa reconhece como indicações de papel social de gênero (roupas, corte de cabelo, etc.).

A ideologia de gênero contrapõe-se a natureza identitária do ser humano (homem e mulher)


Como cristãos, respeitamos tudo o que é lícito do ponto de vista ético e cristão, mas também temos o direito de discordar, não nos submetendo às mordaças e vendas ideológicas e não aceitar aquilo que afronta a Palavra de Deus. É justamente a questão elencada na sociedade. Grupos esquerdistas querem criar leis que contrariam o conceito de "família". Eles sustentam a ideia de que a criança nasce e pode escolher ser o que ela quiser e não o que é por nascimento. 

Ou seja, se uma criança nasce do sexo feminino, pode não aceitar e deve mudar de sexo, neste caso para o masculino. Então, você pergunta de onde vêm esses absurdos? Responderemos de forma explicita, daqueles que são perversos e que não respeitam o que Deus determinou. Não respeitam a natureza da criação e de forma perversa lutam para satisfazer seus intentos e com isso destruir a família, entendemos por regra é que Deus “criou macho e fêmea”. 
O que a ciência diz sobre a identidade de gênero 

Se uma criança nasce do sexo masculino ou feminino, a ciência comprova a respectiva identidade até o fim de suas vidas. Não existe uma metamorfose. Não pode haver transformações de identidade, pois se alguém usa fazer o contrário disso é porque está movido pelas influências não naturais do ponto de vista da criação. Portanto, quem nasce do sexo feminino ou masculino sempre terá a mesma identidade. Jamais deixará de ser o que são por nascimento. 

No Brasil, muito se fala sobre a "necessidade" de abordar a ideologia de gênero na grade curricular das escolas infantis. Mais um projeto espúrio de políticos militantes da esquerda. Aqueles que apoiam essa visão afirmam que essa seria a melhor maneira da criança crescer sem preconceitos à "diversidade" de gênero. Será? 

Nessa empreitada, além dos movimentos LGBT, alguns movimentos sociais, partidos políticos (princialmente de esquerda), pessoas famosas, etc… que são pró-diversidade de gênero, tem tentado propor leis e regras para chegar a seu propósito, embora muitas vezes essas propostas sejam igualmente repressivas aos seus contrários, que são por eles taxados de "fundamentalistas", "intolerantes" e a grande vedete dessa turma, "homofóbicos".

Infelizmente, parte desses grupos pró-ideologia de gênero usam meios inapropriados para atingir suas metas de "alfabetização na ideologia de gênero". Em vários casos já noticiados pela mídia em geral, livros, cartilhas e vídeos com conteúdo sexual e subliminar LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) tem sido distribuídos nas escolas infantis sem autorização do governo ou dos pais das crianças, o que já causou muita revolta em boa parcela da sociedade mais tradicional. 

Além disso, o próprio MEC tem distribuído livros que tratam do tema em muitas escolas públicas, mesmo sem a consulta pública ou inserção na grade curricular padrão autorizada. Exemplo neste link!

Nos Estados Unidos a situação é muito parecida com a do Brasil quanto ao "Lobby LGBT", porém, lá a população já é mais "liberal" quanto ao assunto da diversidade de gênero. Porém, uma nota do Colegiado Americano de Pediatria mostra a preocupação dos médicos quanto a extrapolação dessa ideologia sobre as questões de saúde e conduta das crianças. 

Como geralmente nós brasileiros aprendemos com os americanos sobre questões médicas e de socialização, talvez essa nota seja um alerta para o que vem pela frente no Brasil, se não tratarmos esse tema com o devido cuidado que merece, principalmente porque os mais atingidos serão inevitavelmente as nossas crianças. 

O Colegiado Americano de Pediatria insta educadores e legisladores de rejeitar todas as políticas que condicionam as crianças a aceitar como normal uma vida de representação química e cirúrgica do sexo oposto. Fatos – não ideologia – determinam a realidade. 

Esta é a nota, separada em 8 itens: 

1 – A sexualidade humana é uma característica biológica binária objetiva: "XY" e "XX", são marcadores genéticos de saúde – não marcadores genéticos de uma doença 


A norma para o projeto humano deve ser concebida como macho ou fêmea. A sexualidade humana é binária por projeto com a finalidade óbvia da reprodução e o desenvolvimento de nossa espécie. Este princípio é auto-evidente. Os distúrbios extremamente raros de desenvolvimento sexual (DSDS), incluindo, mas não limitado a feminização testicular e hiperplasia adrenal congênita, são todos desvios medicamente identificáveis da norma binária sexual, e são justamente reconhecidos como distúrbios do projeto humano. Indivíduos com DSDs não constituem um terceiro sexo. [1] 


2 – Ninguém nasce com um gênero. Todos nascem com um sexo biológico. Gênero (uma consciência e senso de si mesmo como homem ou mulher) é um conceito sociológico e psicológico; não um conceito objetivo biológico 


Ninguém nasce com a consciência de si mesmo como masculino ou feminino; esta consciência se desenvolve ao longo do tempo e, como todos os processos de desenvolvimento, pode ser prejudicada pelas percepções subjetivas da criança, relações e experiências adversas da infância em diante. As pessoas que se identificam como “sentindo-se como o sexo oposto” ou “em algum lugar entre” não compreendem um terceiro sexo. Eles permanecem biologicamente homens ou biologicamente mulheres. [2, 3, 4]
 

3 – A crença de uma pessoa que ele ou ela é algo que eles não são é, na melhor das hipóteses, um sinal de pensamento confuso 


Quando um menino biologicamente saudável acredita que ele é uma menina ou uma menina biologicamente saudável acredita que ela é um menino, um problema psicológico objetivo existe e está na mente e não no corpo, portanto deve ser tratado como tal. Estas crianças sofrem de disforia de gênero. Disforia de gênero (DG), anteriormente listada como Transtorno de Identidade de Gênero (GID), é um transtorno mental reconhecido na mais recente edição do Manual Diagnóstico e Estatístico da Associação Psiquiátrica Americana (DSM-V).[5] As teorias de aprendizagem psicodinâmicos e sociais de GD / GID nunca foram refutadas.[2, 4, 5]
 

4 – A puberdade não é uma doença e hormônios de bloqueio de puberdade podem ser perigosos 


Reversíveis ou não, hormônios de bloqueio de puberdade induzem a um estado de doença – e inibem o crescimento e fertilidade em uma criança previamente saudável, que é a ausência de puberdade.[6]
 

5 – A aceitação do sexo biológico vem após passar pela puberdade 


De acordo com o DSM-V, cerca de 98% de meninos com confusão de gênero e 88% de meninas com confusão de gênero eventualmente aceitam o seu sexo biológico após naturalmente passar pela puberdade.[5] 

6 – Crianças que usam bloqueadores de puberdade para representar o sexo oposto exigirão hormônios “cross-sex” na adolescência tardia 


Hormônios sexuais "cross-sex" (testosterona e estrogênio) estão associados com riscos perigosos para a saúde, incluindo mas não se limitando a pressão arterial elevada, a formação de coágulos sanguíneos, acidente vascular cerebral e câncer.[7, 8, 9, 10]
 

7 – As taxas de suicídio são 20 vezes maiores entre os adultos que usam hormônios do sexo oposto e se submetem à cirurgia de mudança de sexo, mesmo na Suécia, que é considerado um dos países mais amigáveis às questões LGBT [11] 


Que pessoa compassiva e razoável condenaria as crianças a este mesmo destino sabendo que após a puberdade, um montante de cerca de 88% das meninas e 98% dos meninos acabará por aceitar a realidade ao alcançar um estado de saúde física e mental? 

8 – Condicionar crianças a acreditar que uma vida inteira de representação química e cirúrgica do sexo oposto é normal e saudável é abuso infantil 


Endossando discordância de gênero como normal através da educação pública e políticas legais irá confundir as crianças e os pais, levando mais crianças a procurar ajuda em "clínicas de gênero", onde serão dados medicamentos bloqueadores de puberdade. Estes, por sua vez, praticamente garantirão que eles vão "escolher" uma vida de hormônios do sexo oposto (cancerígenos e tóxicos), e provavelmente, quando já estiverem jovens adultos, considerarão a mutilação cirúrgica de 'partes saudáveis do seu corpo' vistas como desnecessárias (exemplo: remoção ou transformação de pênis, vagina, seios, etc). 


Conclusão


E diante disso, que diferença faz isso? É que de forma clara responderemos. Identidade de gênero é imposição forçada pelo sistema perverso e contrário a obra da criação de Deus. Há no Congresso Nacional projetos de leis que afrontam a Constituição, o Código Civil brasileiro, e acima de tudo a Igreja. 

Esta atitude é tão perversa que chega até ser ridículo. Isso é uma afronta até aos direitos fundamentais do ser humano. Imagine uma criança que nasce de um determinado sexo, e querem que se imponha a ela o que deve ser ou não, com apetrechos dos mais absurdos, contrariando e criando uma confusão na mente da criança.

Pessoas possuídas pelo espírito de satanás, o deus desse século, querem forçar esta mudança. Elas vem jogando suas setas malignas para destruir os planos de Deus, causando a destruição da família. Deus criou "homem e mulher", o contrário disso é perversão. Quer eles queiram ou não, não vamos permitir uma perversidade contra a família. Oremos a Deus, e agiremos sem nenhum temor. Lutaremos pela família cristã e sua verdadeira identidade.
  • Escrevi mais sobre o assunto: ➫ aqui e ➫ aqui.
[Fontes pesquisadas: Assinantes dos artigos referentes ao tema - Michelle A. Cretella, M.D. Presidente do Colegiado Americano de Pediatria; Quentin Van Meter, M.D. Vice-Presidente do Conselho Americano de Pediatria e Pediatra endocrinologista; Paul McHugh, M.D. Professor da Universidade de Serviços Distintos de Psiquiatria na Universidade Johns Hopkins Medical School e ex-psiquiatra-chefe da Johns Hopkins Hospital - Referências: [1] Consórcio sobre o tratamento de distúrbios do desenvolvimento sexual, Sociedade Intersexo da América do Norte, 25 de março de 2006. Acessado 3/20/16 a partir http "diretrizes clínicas para o tratamento de distúrbios do desenvolvimento sexual na infância.": www.dsdguidelines.org/files/clinical.pdf [2] Zucker, Kenneth J. Bradley e Susan J. "identidade de gênero e Transtorno psicossexual." FOCUS: The Journal of Lifelong Learning em Psiquiatria. Vol. III, No. 4, Fall 2005 (598-617). [3] Whitehead, Neil W. "É a transexualidade biologicamente determinado?" Triple Helix (UK), Outono de 2000, p6-8. acessada 3/20/16 de http://www.mygenes.co.nz/transsexuality.htm; ver também Whitehead, Neil W. "Estudos de Gêmeos dos transexuais (Revela discordância)" www.mygenes.co.nz/transs_stats.htm [4] Jeffreys, Sheila. Sexo fere: Uma análise feminista da política de Transgenderismo. Routledge, New York, 2014 (pp.1-35). [5] Associação Psiquiátrica Americana: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, Fifth Edition, Arlington, VA, American Psychiatric Association, 2013 (451-459). Consulte a página 455 RE: taxas de persistência de disforia de gênero. [6] Hembree, WC, et al. Tratamento endócrino de pessoas transexuais: a Sociedade de Endocrinologia prática clínica orientação. J Clin Endocrinol Metab. 2009; 94: 3.132-3.154. [7] Olson-Kennedy, J e Forcier, M. "Visão geral do gerenciamento de não-conformidade de gênero em crianças e adolescentes." UpToDate 4 de novembro de 2015. www.uptodate.com [8] Moore, E., Wisniewski, & Dobs, A. "Tratamento endócrino das pessoas transexuais:. Uma revisão dos regimes de tratamento, resultados e efeitos adversos" The Journal of Endocrinology & Metabolism, 2003; 88 (9), pp3467-3473. [9] FDA Comunicação Drug Safety emitidos para os produtos de testosterona: www.fda.gov/Drugs/DrugSafety/PostmarketDrugSafetyInformationforPatientsandProviders/ucm161874.htm [10] Organização Mundial de Saúde Classificação de estrogênio como Classe I cancerígena: www.who.int/reproductivehealth/topics/ageing/cocs_hrt_statement.pdf [11] Dhejne, C, et.al. "Long-Term Follow-Up de Cirurgia Travestis pessoas submetidas a redesignação sexual:. Cohort Study na Suécia" PLoS ONE, 2011; 6 (2). Instituição: Departamento de Neurociência Clínica, Divisão de Psiquiatria, Instituto Karolinska, de Estocolmo, Suécia. http://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0016885]

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terça-feira, 29 de agosto de 2017

QUANDO ELES AINDA NÃO USAVAM BLACK-TIE

Guarnieri e Fernanda Montenegro em cena do filme de 1981
Enquanto eu fazia um estudo sobre as características do socialismo e do capitalismo para o meu curso de Administração em Empresas, me lembrei dessa obra que foi um marco na história do teatro nacional. É interessante ver a diferença dos cenários da época do lançamento da peça com o que vemos hoje, apesar de o tema da peça ainda permanecer tão atual 59 anos depois. 

Sobre a obra 


Primeira peça de Gianfrancesco Guarnieri, "Eles Não UsamBlack-Tie", de 1958, foi encenada pela primeira vez quando o movimento Cinema Novo começava a surgir e a convocar a arte ao neo-realismo. No lugar de cenários pomposos e figurinos luxuosos, ficaram apenas os elementos de cena indispensáveis. Ao invés de personagens ricos e nobres, operários e moradores do morro tomaram o palco. Ali, em plenos anos 50, negros eram cidadãos comuns. Pela primeira vez, os conflitos da realidade brasileira ganhavam espaço na caixa cênica. 

A peça ficou mais de um ano em cartaz em São Paulo, o que era inédito no teatro brasileiro. Ela aliou temas importantes como o movimento operário da década de 50 no Brasil e as difíceis condições de vida dos trabalhadores brasileiros, traçando um panorama realista das favelas dos grandes centros urbanos e apontando o cerne do abismo social entre dominantes e dominados. 

O Teatro de Arena foi fundado na cidade de São Paulo, em 1953, como o objetivo de se tornar uma alternativa à cena teatral da época. A intenção de seus idealizadores e fundadores era nacionalizar o palco brasileiro em contraposição ao tipo de teatro que se via praticado pelo TBC — Teatro Brasileiro de Comédia (um repertório exclusivamente internacional, com produções "sofisticadas" e que pouco ou nada retratavam a realidade nacional). 

Portanto, esse novo tipo de teatro, voltado para discussões sobre a realidade do país, chamou a atenção de vários segmentos da sociedade (e incomodou outros tantos), já que personagens como operários em greve e moradores das periferias, por exemplo, passaram a ser protagonistas de uma peça de teatro. 

Sobre o autor 


Em 1958, o Teatro Arena enfrentava sérias dificuldades econômicas e estava prestes a fechar suas portas quando ingressa no grupo o jovem ator e dramaturgo Gianfrancesco Guarnieri. Este jovem talento, que tinha sérias convicções sobre o teatro que deveria ser feito no Brasil, contribuiu enormemente para reerguer o grupo, que alcançou um estrondoso sucesso com "Eles Não Usam Black-Tie". 

Um teatro nacional é possível 


"Eles Não Usam Black-Tie" situa-se numa favela, nos anos 50, e tem como tema a greve, e ao lado da greve a peça tem como pano de fundo um debate sobre as grandes verdades eternas, reflexões universais sobre a frágil condição humana, sobre os homens e seus conflitos. É a história de um choque entre pai e filho com posições ideológicas e morais completamente opostas e divergentes, o que, por sinal, dá a tônica dramática ao texto. 

Escrita por Guarnieri e dirigida por José Renato, um dos fundadores do movimento do teatro de arena no Brasil, trata da greve operária, colocando em cena trabalhadores (moradores de uma favela) e seus problemas socioeconômicos. O TBC e a grande maioria das peças produzidas no país antes da década de 50 não tratavam da realidade vivida pelo nosso povo, ou seja, era o chamado teatro do entretenimento, muito presente ainda no cenário do teatro nacional. Ademais, esses textos tratavam da burguesia em peças geralmente cômicas, muito distantes da realidade brasileira. Daí o próprio nome "Eles Não Usam Black-Tie", uma clara provocação a este velho teatro engessado das classes reacionárias. 

A peça escrita por Guarnieri pode ser considerada precursora do movimento por um teatro realmente brasileiro. E por que não dizer, além de uma bandeira nacional, "Eles Não Usam Black-Tie" também desfraldou uma bandeira anti-imperialista e democrática, haja vista o ódio que despertou nos "Generais de 64" a temporada da peça em Salvador. 

Dramaturgia da vida operária 


Com trilha musical de Adoniran Barbosa, a primeira apresentação em público teve um "elenco de primeira": Eugênio Kusnet, ator experiente do teatro e cinema nacional, viveu o velho Otávio; Lélia Abramo, intelectual, politizada, vinda de experiências junto a grupos operários anarquistas, vive a mãe Romana; Miriam Mehler, recém-formada pela Escola de Arte Dramática, EAD, encarrega-se de Maria, amor de Tião, interpretado pelo autor da peça — o jovem Gianfrancesco Guarnieri. Outros papéis cabem a Flávio Migliaccio, Riva NimitzChico de Assis e Milton Gonçalves. 

A história de todos nós


A peça tem um roteiro consistente: o jovem operário Tião fura o movimento grevista, pois tendo engravidado a namorada teme perder o emprego na hora em que mais necessita de recursos. As consequências de sua atitude são dolorosas, enfrentando não apenas seu pai, o líder grevista, como sua própria namorada grávida, que o impele a frente da luta e o abandona no final. 

Tudo isso tendo como pano de fundo a São Paulo do final dos anos 50, o grande impulso industrial e com isso a carestia que passava o proletariado, o que exigia um movimento operário à altura. 

E mais do que isso, a peça é a história de um choque entre pai e filho com posições ideológicas e morais completamente opostas e divergentes, o que, por sinal, dá a tônica dramática ao texto. 

O pai, Otávio, operário de ideias progressistas, leitor de autores socialistas e, ao mesmo tempo um revolucionário por convicção e consciente de suas lutas. Forte e corajoso entre os seus companheiros, experimentou várias lutas, algumas prisões, com isso ganha destaque entre os seus transformando-se numa das principais lideranças da fábrica que trabalhava. 

O filho Tião, que, em razão das prisões do pai grevista, é criado praticamente na cidade, longe do morro, com os padrinhos, sem conviver com esse mundo de luta e reivindicação da classe operária. Já adulto e morando no morro com os pais, vive um dos maiores conflitos de sua vida. Em primeiro lugar não quer aderir à greve, pois acha que essa é uma luta inglória, sem maiores resultados para a classe. Em segundo lugar pretende se casar com Maria, moça simples, porém determinada e leal ao seu povo, e está esperando um filho seu. Desta forma, Tião está mais preocupado com o seu futuro do que com a luta de seus companheiros por melhores salários e pela transformação da realidade que viviam. 

Com diálogos emocionantes e o bom samba de Adoniran no fundo, todas as contradições vividas por aquela família operária são retratadas, apontando uma realidade que certamente era vivida por outras famílias de trabalhadores pelos outros cantos do país e do mundo. 

Riso e dor, alegrias e tristezas, conflitos e... reflexões! 


Foi quase uma década de sucesso em turnês por todo o Brasil. Assistida por milhares de pessoas, dentre estudantes, operários, intelectuais, pode-se dizer que os sessenta minutos de peça provocavam grandes reflexões. 

"Eles Não Usam Black-Tie" é um texto político e social, sempre atual, no qual Gianfracesco Guarnieri trouxe ao público uma peça forte e densa, revelando de maneira real os conflitos que atormentam personagens como Otávio, Romana, Tião, Maria e Bráulio. São tais encontros e são esses momentos alegres e comoventes que nos provocam o riso e a dor, alegria e tristeza. 

A qualidade da peça fez com que anos depois, em 1981, ela fosse adaptada para o cinema. Coube a Leon Hirszman produzir o roteiro e dirigir o filme. Ele convidou Guarnieri, 20 anos "mais vivido" para encarnar o velho Otávio. Fernanda Montenegro viveu a brava Romana. Carlos Alberto Riccelli e Bete Mendes interpretaram Tião e Maria respectivamente. 

O filme recebeu o Prêmio Especial do Júri do Festival de Cannes e com certeza é um dos clássicos do cinema nacional. 

Conclusão 


Embora, na convencional teoria de dramaturgia teatral não se enquadre essa abordagem, o drama social é de natureza épica e por isso mesmo uma contradição em si mesma. Aqui, novamente Guarnieri quebrou também outra regra essencial, presente nos manuais do "bom drama": ao invés de trazer personagens "superiores" como protagonistas, ele se utilizou de gente humilde, trabalhadores comuns, para conduzir sua história. Mesmo as mais simples metáforas, foram pinçadas nos mais básicos valores de nossa cultura popular, como por exemplo, na metáfora do amor, o feijão, prato massivo na América do Sul, teria um "coração de mãe". 

A temática não é política, muito menos panfletária. O que discorre são relações de amor, solidariedade e esperança diante dos percalços de uma vida miserável. Assim, a peça alia temas como greve e vida operária com preocupações e reflexões universais do ser humano. Sob o olhar de Karl Marx, em um retrato iluminado por um feixe de luz na parede do cenário, o debate entre a coletividade e o individualismo, simultaneamente cru e sensível, vai crescendo. 

"Eles Não Usam Black-Tie" é um marco do teatro de temática social 


Foi com a encenação de "Eles Não Usam Black-Tie", que se iniciou uma produção sistemática e crítica de textos dispostos a representar as classes subalternas, com ênfase para a representação do proletariado. Nesse sentido, a peça de Guarnieri insere-se num quadro que se ampliou a partir da década de 1950, quando surgiu uma dramaturgia com preocupações ligadas à representação de uma camada específica da sociedade brasileira e, para além disso, em busca da construção de uma identidade nacional pautada em variedades culturais internas.

[Fonte: Passei Web; EBC]

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segunda-feira, 28 de agosto de 2017

EPÍSTOLAS PASTORAIS - 2) O EVANGELHO DA GRAÇA

"[...] contanto que cumpra com alegria a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus" (Atos 20:24).
O evangelho da graça de Deus é por excelência o evangelho da libertação do homem através do sacrifício salvífico de Jesus Cristo.
"Como te roguei, quando parti para a Macedônia, que ficasses em Éfeso, para advertires a alguns que não ensinem outra doutrina, nem se deem a fábulas ou a genealogias intermináveis, que mais produzem questões do que edificação de Deus, que consiste na fé; assim o faço agora. 
Ora, o fim do mandamento é o amor de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida. Do que desviando-se alguns, se entregaram a vãs contendas, querendo ser doutores da lei e não entendendo nem o que dizem nem o que afirmam. 
Sabemos, porém, que a lei é boa, se alguém dela usa legitimamente, sabendo isto: que a lei não é feita para o justo, mas para os injustos e obstinados, para os ímpios e pecadores, para os profanos e irreligiosos, para os parricidas e matricidas, para os homicidas, para os fornicadores, para os sodomitas, para os roubadores de homens, para os mentirosos, para os perjuros e para o que for contrário à sã doutrina" (1 Timóteo 1:3-10).
Paulo foi escolhido e enviado pelo Senhor para anunciar e ensinar o verdadeiro significado da graça. No Antigo Testamento apenas Israel era o povo eleito de Deus. Porém, como prova do seu amor altruísta, Deus enviou seu filho Jesus Cristo para morrer na cruz por toda a humanidade. Jesus veio trazer salvação a todos. 

Em Cristo não há judeu, gentio, servo, livre, homem ou mulher (Gálatas 3:28). O evangelho da graça, diferente do judaísmo, não exclui ninguém. Todos são alvos do favor de Deus. Somos salvos não pelas obras da Lei, nem pelas obras que realizamos, mas recebemos o presente da salvação unicamente pela graça. Que você, juntamente com seus alunos, louvem a Deus por sua infinita e abundante graça.

Ao se despedir dos anciãos de Éfeso, Paulo expressou seu sentimento de preocupação com o rebanho de Deus, pois tinha receio de que na sua ausência as ovelhas do Senhor fossem atacadas (At 20:29,30). Sem dúvida, foi um sentimento dado pelo Senhor, pois sete anos depois, Paulo estava deixando Timóteo em Éfeso, para combater os "lobos cruéis", que queriam "devorar" o rebanho sob seus cuidados pastorais. Nos dias de hoje, há igrejas que abrigam falsos obreiros, que pervertem a sã doutrina matando ou dispersando as ovelhas.

I. As falsas doutrinas corrompem o Evangelho da Graça

1. O evangelho da graça


É o Evangelho libertador que Cristo trouxe ao mundo, por bondade de Deus, independente das obras humanas (Efésios 2:8,9). Paulo se referiu a esse Evangelho de maneira muito eloquente (At 20:24). Ele conhecia esse Evangelho, não apenas na teoria, mas por experiência própria. 

De modo inexplicável, o blasfemo e perseguidor dos cristãos, foi escolhido para ser um dos maiores pregadores do Evangelho de Cristo (1 Tm 1:12-14). Será que daríamos oportunidade a um indivíduo com tal histórico?


2. As falsas doutrinas (v.3) 


Os falsos mestres seriam presbíteros, a quem cabia a tarefa de ministrar o ensino à igreja (3:2; 5:17). As falsas doutrinas eram apresentadas como "fábulas ou genealogias intermináveis" (1.4). As "fábulas" (do grego mythoi) eram narrativas imaginárias, lendas, ficção. Na literatura, têm seu lugar. Mas, na Igreja, não deve haver espaço para fábulas ou mitos. 

No texto, não fica claro qual o conteúdo das "genealogias", mas, ao lado das fábulas, eram ensinos que traziam especulações e controvérsias inúteis que não edificavam os irmãos em nada. Timóteo foi o mensageiro, enviado por Paulo, para enfrentar e combater tais ensinos. Há igrejas evangélicas que aceitam esse tipo de ensino e permitem que o emocionalismo tome lugar do verdadeiro avivamento espiritual.

3. O "fim do mandamento" e a finalidade da Lei 


Paulo chamou a atenção de Timóteo, seu enviado a Éfeso, para a doutrina de Deus e de Cristo, a que ele resumiu no "mandamento", e sua finalidade (1 Tm 1:5,6). Em seguida, Paulo ensina acerca do objetivo da Lei, e para quem ela se destinava, discriminando, no texto, uma longa lista de tipos de pessoas ímpias que eram alvo dos preceitos legais (1:9-11).

II. A Graça superabundou com a Fé e o Amor

1. Gratidão a Deus 


Uma das características marcantes do caráter de Paulo é o ser grato a Deus (Romanos 7:25; 1 Coríntios 1:4; 14:18; 2 Tm 1:3). Nesta parte da Epístola, ele expressa sua gratidão a Cristo por tê-lo escolhido e posto no ministério apostólico e pastoral, apesar de ter sido um terrível opositor do Evangelho de Jesus (1 Tm 1:12,13). É mais uma demonstração do que o "evangelho da graça de Deus" pode fazer na vida de um homem. Deus tem seus santos caminhos. 

O evangelho é a expressão do amor de Deus, em Cristo Jesus, que alcança um homem no mais baixo nível de pecado e o faz uma "nova criatura" (2 Co 5:17), e mais, ainda, o faz parte da "família de Deus" (Ef 2:19). Paulo reconhece que 
"[...] a graça de nosso Senhor superabundou com a fé e o amor que há em Jesus Cristo" (1 Tm 1.14).
Foi Jesus quem o salvou e o transformou mediante sua graça.

2. Humildade 


Paulo não era mais um novo convertido ou neófito quando escreveu suas cartas a Timóteo. Ele não estava usando de falsa modéstia quando declarou ser o principal pecador que Jesus veio salvar (1:15). Paulo tinha convicção de que fora salvo pela graça, e não por seus méritos. Mesmo na condição de salvo, o crente deve saber que não merecíamos o dom (presente) da salvação.

Como salvos em Jesus Cristo, não temos mais prazer no pecado. Aquele que ainda tem prazer no pecado, não experimentou o novo nascimento: 
"Qualquer que é nascido de Deus não vive na prática do pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode viver pecando, porque é nascido de Deus" (1 João 3:9).
Não obtemos por boas obras (a essência da religião legalista) o direito à libertação do pecado e da morte. Jamais! Graça significa que tudo começa e termina com Deus. A salvação é, então, um presente de nosso Criador. Nós criamos a nossa própria ruína, mas nele reside nosso socorro. 

O Criador restaura com as próprias mãos sua obra-prima arruinada. Enquanto a graça é a origem ou fonte da nossa salvação, a fé é o seu meio ou instrumento. A fé não faz reivindicações, para que não seja dito que foi por "mérito" ou "obra".

III. Um convite a combater o bom combate (vv.18-20)

1. A boa milícia 


Depois de orientar Timóteo sobre a difícil missão de combater as heresias, na igreja de Éfeso, Paulo dá uma palavra de ânimo, encorajamento e incentivo ao jovem pastor. Como um verdadeiro "pai na fé", o apóstolo diz: 
"Este mandamento te dou, meu filho Timóteo, que, segundo as profecias que houve acerca de ti, milites por elas boa milícia" (1:18). 
Paulo lembra a Timóteo que seu ministério foi confirmado por profecia. Deduz-se, do texto, que as profecias eram tão consistentes, que Timóteo deveria militar "a boa milícia", ou o bom combate, com base naquilo que Deus lhe havia falado (1:18).

2. A rejeição da fé e suas consequências (1 Tm 1.5) 


Quem rejeita "a fé não fingida" e a "boa consciência" cristã colhe os resultados de sua má escolha. O resultado é o "naufrágio na fé". Paulo toma como exemplo Himeneu e Alexandre, obreiros que entraram por esse caminho. Quanto a Himeneu, sua postura é tão terrível que ele é citado em 2 Timóteo 2:17.

Seu nome deriva de Himen, "deus do casamento", na mitologia grega. Não se sabe ao certo qual "doutrina" falsa ele semeava. Estudiosos dizem que ambos eram representantes do gnosticismo no meio da igreja de Éfeso. Com relação a Alexandre, aliado de Himeneu na semeadura das falsas doutrinas, era tão pernicioso, que Paulo o considera desviado ou "naufragado" na fé. Sua influência era tão maliciosa que Paulo os entregou 
"a Satanás, para que aprendam a não blasfemar" (1 Tm 1:20). 
Que o Senhor livre sua Igreja dos falsos mestres.


Conclusão


O cristianismo nasceu debaixo de perseguição e confronto com heresias e ensinos desvirtuados. Na consolidação de igrejas abertas em suas viagens missionárias, Paulo teve que oferecer resistência e ação decidida contra os "lobos vorazes", que haveriam de surgir, até mesmo no seio das igrejas, como no caso da igreja de Éfeso. Com a graça de Deus e o apoio de homens fiéis, como Timóteo e Tito, o apóstolo Paulo fez frente aos falsos mestres que se levantaram para prejudicar o trabalho iniciado e desenvolvido em muitas igrejas cristãs.

A doutrina da Graça de Deus é uma das verdades mais gloriosas das Sagradas Escrituras. A convicção de que não há nada na pessoa humana capaz de preencher o vazio da alma, isto é, o restabelecimento da nossa ligação com Deus e o significado do sentido último da vida, e saber que só Deus é capaz de fazer esse milagre em nós, mostra-nos o quão miserável nós somos e quão misericordioso Deus é.

A doutrina da Graça apresenta-nos o misericordioso Deus, que em Jesus Cristo estava reconciliando o mundo consigo mesmo (2 Co 5:19), operando em nós para o reconhecermos Pai amoroso. Por isso, apresentar a doutrina da Graça ao pecador é conceder-lhe libertação da prisão do pecado, a autonomia da fé em Cristo e o privilégio em sabermos que não há nada que pode separar-nos do amor de Deus (Rm 8:33-39).

[Fonte: Lições Bíblicas CPAD; Comentário Bíblico Beacon. 1ª Edição. Volume 9. RJ: CPAD, 2006, p.136]

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domingo, 27 de agosto de 2017

ACONTECIMENTOS - "GERAÇÃO 79", 38 ANOS DE UMA INICIATIVA HISTÓRICA


Em 1979, há exatos 38 anos, foi realizado em São Paulo, este que seria um dos maiores eventos cristão do segmento evangélico da época, o Congresso Geração 79, com a participação de quase todas as denominações evangélicas, com irmãos, pastores, missionários, obreiros vindos de todas as partes do Brasil, num conclave extremamente emocionante.

Apesar de sua importância para o segmento evangélico que ainda não tinha a acessão midiática de hoje e, consequentemente, não contava com o mesmo reconhecimento, há pouquíssimo registro - praticamente nenhum - desse evento que marcou toda uma geração de jovens sedentos pela propagação transformadora Mensagem da cruz.

Um só coro


A tônica foi "A Unidade do Corpo de Cristo" e, a consciência que ficava era que, a partir de então, iríamos demonstrar ao nosso país a unidade no Espírito, pelo menos entre os evangélicos. Nos anos subsequentes, foi realizado em Brasília o Geração 90, já com menor participação, muito embora tenha persistido o mesmo espírito de unidade. Não sei o registro de quantos foram os presentes na capital do país; mas, no Anhembi, foram quase 5.000 corações - um número recorde para época - louvando ao Senhor e juntos cantando "Um Só Coro", o hino oficial.
"Um Só Coro"  
Um só coro, um esforço comum,
Que alimenta, que aviva e incendeia
Oh! Que todos possamos ser um,
A fim de que o mundo creia.
Por tudo que temos ouvido,
Vivido, aprendido e visto,
Salvemos o mundo perdido,
Unidos no Corpo de Cristo. 
Com trabalho, oração e jejum,
Libertemos o povo que anseia.
Oh! Que todos possamos ser um
A fim de que o mundo creia.
Por tudo que temos ouvido,
Vivido, aprendido e visto,
Salvemos o mundo perdido,
Unidos no Corpo de Cristo. 
(Letra: Gióia Júnior)

Uma iniciativa que fez história


O "Geração 79", organizado pela missão Mocidade para Cristo (MPC) com a colaboração de diversas entidades, uniu tradicionais e pentecostais em torno da unidade da Igreja.

O Anhembi nunca havia recebido tantos jovens crentes juntos. De todos os cantos do Brasil, com mochila nas costas e muita disposição, eles tomaram o rumo de São Paulo para um evento que marcaria não só as suas vidas, como a própria trajetória da Igreja Evangélica no país. 

O Geração 79, organizado pela Mocidade para Cristo (MPC) com a colaboração de outras entidades, uniu tradicionais e pentecostais em torno de um objetivo: o cumprimento do texto de João 17:21 – 
"Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste", 
escolhido como tema do encontro.

Num esforço até então sem precedentes, foram trazidos ao Brasil nomes de peso do evangelismo internacional, como Billy Graham (EUA) e Luiz Palau (de Portugal), dentre outros. No cenário nacional foram convidados expoentes da época como Russel Shedd e Nilson Fanini, além de mais de 70 pastores e líderes evangélicos nacionais, que participaram de seminários, palestras e estudos bíblicos com a moçada. 

Trinta anos depois, quem esteve no Geração 79 lembrou do evento com saudade. 
"No culto de encerramento, no domingo pela manhã, todos os congressistas, de mãos dadas, cantaram o hino oficial do congresso. Eu chorei de alegria e emoção", 
contou o saudoso missionário americano Paul Overholt, ex-dirigente da MPC no Brasil e um dos organizadores do congresso. Desde 1994 vivendo nos Estados Unidos, ele estava aqui em junho, quando encontrou-se com outros companheiros que participaram daquele desafio. 
"Aquilo foi uma jornada de fé", 
resumiu.


Desafio de fé em plena Ditadura Militar


O desafio, de fato, foi imenso. Àquela época, ainda sob o regime militar, o Brasil não tinha tanta presença evangélica como hoje. O evento foi visto com desconfiança até pela mídia. Foi preciso conquistar apoios. 
"Houve uma costura muita intensa e bonita, que acabou gerando um clima nunca visto de união entre as diversas denominações", 
destaca Volney Faustini, especialista em marketing, que atuou como diretor do congresso. Sem muita estrutura e dinheiro, o jeito foi arregaçar as mangas e captar apoiadores. O projeto de um congresso para jovens, nos moldes do Eurofestival ganhou a fundamental adesão da Associação Billy Graham. 

Tanto é que Werner Burklin, famoso produtor de eventos internacionais, foi destacado para ser o homem da organização no Brasil, sem o que Geração 79 não teria acontecido de fato. 
"A vinda de Werner Burklin foi fundamental para levantar recursos. Valdir Steuernagel juntamente com Paul Overholt, montou o programa e o conteúdo e Bill Hewlit reuniu um exército de voluntários entre os executivos de altas posições em multinacionais de peso", 
lembra Faustini.
"Entre vários nomes destacaram-se Eros Pasquini, Gióia Jr e Fausto Rocha como chaves para o sucesso do evento",
 complementa. 


Impacto


Paralelamente ao congresso jovem, foi realizada a cruzada de Billy Graham no estádio do Morumbi. Nunca São Paulo presenciara tanta mobilização evangélica numa única semana. Dois anos antes, a MPC Internacional já havia realizado seu Concílio no Rio e o Congresso 25 Anos no Mineirão, aqui em Belo Horizonte (MG), quando a liderança foi transferida de Overholt para Abraão Soares, o primeiro diretor brasileiro da entidade. 

Aqueles eventos serviram como preparação para o Geração 79. A ele se seguiram diversos outros congressos de juventude cristã de grande porte – como o Geração 90, em Brasília, com cerca de 4,5 mil participantes e que consolidou o trabalho da MPC em nível nacional. Também foi na esteira daquela iniciativa pioneira que surgiu, anos depois, o movimento de intercessão de mães evangélicas Desperta Débora, hoje capilarizado por igrejas de todo o país.
"Houve um impacto demográfico na comunidade evangélica brasileira naquela época, como fruto do Geração 79. Na minha opinião, este foi o maior legado do evento", 
acreditava Overholt. 
"A experiência de organizar o congresso foi a realização de um sonho e de um desejo que Deus colocou em meu coração anos antes". 
Trinta anos depois, ele reencontrou um país bem diferente daquele dos anos 70, inclusive em relação aos anseios da juventude evangélica, que naquela época tinha uma forte inclinação para missões e hoje parece muito mais centrada em si mesma. 
"Estou longe há bastante tempo e não sei identificar exatamente o que mudou pela complexidade da situação", 
ponderou o missionário. 
"Porém, penso que a teologia da prosperidade tem contribuído nessa mudança. Mas duas coisas não mudaram: a grande comissão de Jesus e a óbvia necessidade das pessoas perdidas. Acredito que o slogan da Mocidade para Cristo continua sendo válido: 'Ao compasso dos tempos, mas firmados na Rocha'."

Conclusão


O propósito do congresso Geração 79 continua cada vez mais necessário. Não é bastante dizer que todos temos o mesmo Salvador, o mesmo Deus, a mesma fé, o mesmo Espírito nos conduzindo; é necessário que isso seja concretamente demonstrado perante o mundo, como nos dias da Igreja primitiva, tendo o Espírito derrubado as barreiras das nacionalidades, das denominações, das raças, das línguas e das condições sociais. Quem ergue uma facção tem sempre orgulho daquilo que criara; mas, quando estas são destruídas, somente fica a glória daquele que tem poder para dar unidade e harmonia à diversidade, sem que a individualidade seja destruída. Somente o Senhor deve ser glorificado!

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PERSONALIDADE RELIGIOSA - CHICO XAVIER

Retornando à série especial de artigos Personalidade Religiosa, neste capítulo irei trazer um breve resumo sobre a história do maior representante da doutrina espírita em todo tempo. Francisco Cândido Xavier, mais conhecido como Chico Xavier e considerado pai do espiritismo no Brasil.

A história de um homem que virou um mito


Ele nasceu em Pedro Leopoldo, pequena cidade do estado de Minas Gerais, no dia 02 de Abril de 1910. Filho de operário pobre e inculto, João Cândido Xavier, e de uma lavadeira chamada Maria João de Deus, Chico perdeu a mãe em 1915, quando tinha apenas 5 anos de idade 

O pai, passando por dificuldades, entregou alguns de seus nove filhos aos cuidados de amigos e parentes. Nos dois anos seguintes, Francisco foi criado pela madrinha e antiga amiga de sua mãe, Rita de Cássia, que pelas conhecidas histórias, surrava e maltratava o menino Chico, que numa demonstração de bondade, sempre dizia que ela era uma senhora boa, mas que tinha uma "necessidade" de surrá-lo. 

Experiência paranormal 


Foi nessa época, que ele disse que teve o primeiro contato com a mãe, enquanto orava no quintal da madrasta. Segundo contou, sua mãe pediu-lhe que aguentasse os maus tratos, pois D. Ritinha era sua instrutora, de modo que ele deveria amá-la, já que ela o tornaria forte para as batalhas que enfrentaria. 

Devido aos contatos com o mundo espiritual, em especial, com sua mãe, Chico Xavier era muitas vezes incompreendido, sendo tachado de possuído e sofreu muito por isso, tendo passado por várias provações. E apesar de tudo, ele mantinha uma intensa calma e benevolência com as pessoas, mesmo quando elas o tornavam motivo de chacota. 

Quando Chico Xavier tinha nove anos, seu pai casou-se novamente com Cidália Batista, uma mulher boa e caridosa, que insistiu em juntar todos os filhos na mesma casa, a fim de cuidar deles. Ela tratou todos como se fossem seus, juntamente com outros seis filhos que teve desse casamento. 

Por insistência de D. Cidália, Chico foi matriculado na escola pública, completando o curso primário em 1924, e não voltou mais a estudar. 

Em 1927, com dezessete anos de idade, Chico perdeu a madrasta Cidália, e se viu diante da insanidade de uma irmã, que acreditava ser causada por um processo obsessivo. 

O início de sua obra no espiritismo 


No final de 1927 foi fundado o Centro Espírita Luiz Gonzaga, sediado na residência de seu irmão José Cândido Xavier onde as reuniões se realizavam as segundas e sextas-feiras. No dia 08 de julho de 1927, Chico Xavier fez a primeira atuação no serviço mediúnico em público, e em 1931, passou a receber as primeiras poesias de "Parnaso de Além - Túmulo", que foi lançado em julho de 1932. 

Em 1931, manifesta-se pela primeira vez o espírito chamado de Emmanuel que teria sido seu protetor espiritual, que lhe preveniu que pretendia trabalhar muito a seu lado e por um longo tempo, mas que deveria, acima de tudo, procurar os ensinamentos de Jesus e as lições de Allan Kardec e lhe propôs mais três condições para este trabalho: "disciplina, disciplina, disciplina". 

Em 1932 foi publicado o "Parnaso de Além-Túmulo", pela FEB – Federação Espírita Brasileira, com coletânea de poesias ditadas por espíritos de poetas brasileiros e portugueses, que obteve grande repercussão junto a imprensa e opinião pública brasileira. As críticas aumentavam ao se saber que o livro havia sido escrito por um modesto escriturário de armazém do interior de Minas Geral, que mal completara o primário. E, segundo ele, "o espírito de sua mãe" aconselhou-o a não responder aos críticos. 

Neste período, Chico Xavier ingressou no serviço público federal, como auxiliar de serviço no Ministério da Agricultura, onde muitos anos depois se aposentou por invalidez, devido a problemas oculares. 

Em 1943, surge uma nova entidade espiritual, assinando suas obras com o pseudônimo de André Luiz, responsável por uma coleção de onze livros, iniciada com a obra "Nosso Lar", muito celebrada pelos seguidores do espiritismo. Em parceria com o também médium Waldo Vieira, psicografou dezessete obras. Além da psicografia, também exerceu mediunidade de psicofonia, vidência, audiência, receitista, entre outras práticas. 

Em 5 de janeiro de 1959, por motivos de saúde e sob orientação médica e de um grupo espírita conhecido como Benfeitores Espirituais, Chico Xavier foi residir em Uberaba – MG, onde prosseguiu as atividades mediúnicas em reuniões públicas na Comunhão Espírita Cristã. 

Foi nesta mesma época que teve início também à famosa peregrinação aos sábados, quando o bondoso médium, saindo da "Comunhão Espírita-Cristã", visitava alguns lares carentes, levando-lhes a alegria de sua presença amiga, acompanhado por grande número de pessoas. 

Críticas, oposições e legado 


Ao longo de sua vida, Chico foi acusado diversas vezes de fraude ou viu seu nome envolvido em polêmicas que ele, calmamente, ignorava, deixando que o tempo cuidasse dos boatos e maledicências. 

Seu trabalho sempre foi voltado à divulgação doutrinária e tarefas assistenciais, aliadas ao serviço do esclarecimento e reconforto pessoal aos que o procuravam. Chico Xavier psicografou mais de 400 livros, cedendo todos os direitos autorais de seus livros para Organizações Espíritas e Instituições de Caridade desde o primeiro livro. 

Não aceitava dinheiro arrecadado com a venda de seus livros e vivia apenas com os proventos de sua aposentadoria. 

Mesmo com a saúde debilitada, Chico Xavier prosseguiu na sua condição de um autêntico missionário da doutrina espírita, continuando a comparecer às reuniões do Grupo Espírita da Prece, até que no dia 30 de junho de 2002, em Uberaba, Minas Gerais, Chico Xavier faleceu, ou, como dizem no espiritismo, "desencarnou" em decorrência de parada cardio-respiratória. 

Conforme relato de amigos e parentes próximos, Chico teria "pedido a Deus" para morrer em um dia que os brasileiros estariam muito felizes, e que o país estaria em festa, por isso ninguém ficaria triste com seu "desencarne". O país festejava a conquista da Copa do Mundo de futebol, no ano de seu falecimento. 

No dia 02 de Abril de 2010, data em que Chico Xavier completaria 100 anos, estreou Chico Xavier – O filme, baseado na biografia "As Vidas de Chico Xavier", do jornalista Marcel Souto Maior, dirigido e produzido pelo cineasta Daniel Filho. 

Pessoas do Brasil inteiro, em todos os níveis sociais acreditam terem encontrado, no homem e médium Chico Xavier, o exemplo que necessitavam para seu reajuste interior e crescimento espiritual, devido ao, como dizem, "conhecimento, bondade e abnegação" deste homem que acreditam em suas palavras 
"ter sido um presente de Deus para todos nós, enriquecendo-nos com os valores de exemplar cidadão, que trouxe alento e conforto com suas mensagens psicografadas com palavras de paz e luz, amor e esclarecimento." 

No cinema 


A história de Chico Xavier, o pai do espiritismo no Brasil, foi contada em livros, longas, documentários e nas mais de 400 obras psicografadas que ele deixou para posteridade como seus "ensinamentos de luz e amor". Os filmes de Chico Xavier mais conhecidos são: 
  • "A biografia Chico Xavier – O Filme"; 
  • "Nosso lar" – baseado no livro homônimo; 
  • "As mães de Chico Xavier" – inspirado nas histórias das mães que recebiam cartas psicografadas, e; 
  • O documentário "As cartas psicografadas de Chico Xavier"
Todos foram lançados entre 2010 e 2011 em comemoração ao centenário do nascimento de Chico Xavier, com grande sucesso de bilheteira. Abaixo, conheça um pouco sobre cada filme e sua história: 

A biografia Chico Xavier – O Filme 


Esse filme mostra a trajetória do médium que viveu 92 anos pregando o evangelho espírita a quem quisesse apenas abrir seu coração. 

Conta desde a infância pobre e de abusos pela sua madrinha, dos quais ele nunca se queixou, até a idade adulta com a fundação do Centro Espírita Luiz Gonzaga e seus mais de 70 anos de dedicação e amor incondicional aos homens e animais. 
Nosso lar 

"Nosso Lar" é sem dúvidas o filme mais conhecido de Chico Xavier, baseado em um livro homônimo, escrito pelo espírito de luz André Luiz, por psicografia. Ele foi recorde de bilheteria nacional e emocionou milhões de pessoas em todo o país, que faziam filas quilométricas para vê-lo. 

O longa conta a história de André, que ao morrer e despertar no plano espiritual percebe que está no purgatório. Apenas depois de passar por ele, é levado para a cidade Nosso Lar, onde tem acesso a novas lições e conhecimentos, enquanto aprende como é a vida no além. 

As mães de Chico Xavier 


O filme é baseado em fatos reais e conta a história de três mães, Ruth, Elisa e Lara, que passam por situações difíceis com seus filhos: problemas com drogas, ausência paterna e gravidez indesejada. Assim, procuram a ajuda de Chico Xavier para dar uma luz em seus problemas e guiá-las para a melhor solução. Durante as sessões mediúnicas, acabam se conhecendo e juntas recebem conforto espiritual e reencontram a esperança de vida que buscavam. 

As cartas psicografadas de Chico Xavier 


Esse documentário de Cristina Grumbach conta a história de várias famílias que foram amparadas espiritualmente através de cartas dos seus entes queridos, psicografadas por Chico, contendo mensagens de luz e esperança. Cheio de diálogos e silêncios, o documentário percorre um caminho de memórias daqueles que buscam um elo entre o mundo físico e o espiritual, para confortar sua dor e acalmar seus corações. Ao longo do documentário, as cartas são lidas com muita emoção por aqueles que testemunharam a mediunidade do maior espírita do país, Chico Xavier. 

Conclusão 


No dia 03/10/2012, Chico Xavier foi eleito como O Maior Brasileiro de Todos os Tempos, na competição organizada pelo SBT. O vencedor foi anunciado na grande final comandada pelo jornalista Carlos Nascimento, que entregou o troféu para Eurípides Higino, filho adotivo do ícone espírita, que recebeu 71,4 % dos votos. Princesa Isabel e Santos Dumont também estavam entre os finalistas ao título. 

Chico Xavier foi um dos maiores expoentes do espiritismo no século 20. Da infância pobre ao reconhecimento internacional, ele sempre esteve focado no próximo. Suas 400 obras psicografadas e publicadas em diversos idiomas, já tiveram vendagem superior a 50 milhões de exemplares. 

O médium recebeu dezenas de homenagens de várias cidades. Porém, humildemente achava que esta admiração pertencia à doutrina espírita e não a ele. 

Sendo ou não seguidor da doutrina espírita, é impossível que alguém aqui no Brasil não reconheça a importância de Chico Xavier como um dos mais importantes representantes religiosos de todos os tempos. 

A Deus toda glória. 
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E nem 1% religioso.