Essa é a semana em que se comemorou o dia dos namorados. Uma data comemorativa, não oficial, destinada aos casais de namorados, pretendentes e apaixonados. É tradição a troca de presentes, bombons e cartões com mensagens de amor entre namorados ou pessoas que se amam. Aqui no Brasil, esta data é comemorada em 12 de junho. Em outros países, como nos Estados Unidos, por exemplo, a comemoração ocorre em 14 de fevereiro (Dia de São Valentim – Valentine’s Day).
Nos Estados Unidos o dia dos namorados é chamado de Valentine’s Day. Celebrado em 14 de fevereiro, a comemoração é feita de uma forma diferente da brasileira. Nos Estados Unidos a data é comemorada, principalmente, por namorados, casais casados, noivos, amigos e pessoas que se amam (entre pais e filhos também é comum). Os que se amam demonstram, nesta data, todo seu amor através da troca de cartões, flores, chocolates e presentes. Apesar de plena era tecnológica, os cartões ainda são artesanais e costumam ser confeccionados pela própria pessoa, o que dá um toque bem criativo e pessoal a data.
História da data (14 de fevereiro) — Origem do Dia de São Valentim
A comemoração desta data remonta o Império Romano. Um bispo da Igreja Católica, São Valentim, foi proibido de realizar casamentos pelo imperador romano Claudius II. Porém, o bispo desrespeitou a ordem imperial e continuou com as celebrações de matrimônio, porém de forma secreta. Foi preso pelos soldados e condenado à morte. Enquanto estava na prisão, recebeu vários bilhetes e cartões, de jovens apaixonados, valorizando o amor, a paixão e o casamento. O bispo Valentim foi decapitado em 14 de fevereiro do ano 270.
Em sua homenagem, esta data passou a ser destinada aos casais de namorados e ao amor. A comemoração passou a ser realizada todo 14 de junho, principalmente, na Europa e, posteriormente (século XVII), nos Estados Unidos.
História da data no Brasil (12 de junho) — Origem do Dia de Santo Antônio
No Brasil, a data apresenta uma história bem diferente, pois está relacionada ao frei português Fernando de Bulhões (Santo Antônio). Em suas pregações religiosas, o frei sempre destacava a importância do amor e do casamento. Em função de suas mensagens, depois de ser canonizado, ganhou a fama de "santo casamenteiro".
Portanto, em nosso país foi escolhida a data de 12 de junho por ser véspera do dia de Santo Antônio (13 de junho). Assim como em diversos países do mundo, aqui também é tradição a troca de presentes e mensagens entre os casais de namorados. Com o advento da tecnologia, a troca de cartões entre os namorados brasileiros não é mais tão comum, sendo as mensagens trocadas através das mídias sociais.
Cuidado: namorado infantil sempre procura por uma "namorada-mãe"
Uma vez ouvi a mãe de um rapaz de quase 30 anos dizer que ele precisava de uma moça esforçada, estudiosa e bem resolvida, que o colocasse na linha. Aquela senhora pensava exclusivamente no bem-estar de seu filho e não nas dificuldades que a garota comprometida teria ao tentar ajudar o preguiçoso, procrastinador e indeciso quanto à vida profissional a entrar no eixo.
É claro que a mãe sempre quer o melhor para seu filho, mas muitas vezes esquece de educá-lo para cuidar daquela que será sua futura esposa, e não para ser carregado por ela ou apenas receber seus cuidados.
Em cada mulher existe esse perfil acolhedor e protetor, o que é muito bom, faz parte de sua natureza. Ter empatia e se preocupar com as necessidades dos outros são, sem dúvida, características que todos deveriam ter. Mas em excesso, no relacionamento, pode ser a receita para o fracasso amoroso.
Algumas cuidam demais do parceiro, que nem marido é. São namoradas que assumem os compromissos do homem e resolvem tudo para ele. Pagam suas contas, fazem comida para ele, lavam suas roupas, agendam médico, compram o que for preciso e por aí vai. O pior é que a sociedade “romantiza” esse tipo de comportamento das mulheres e as faz pensar que só são apenas pessoas amáveis demais, que sabem se doar e dão a vida pelo parceiro.
Certos rapazes mais acomodados vão se atrair exatamente por este tipo de parceira porque sabem que podem tirar vantagem, receber tudo e dar muito pouco em troca. Outros, porém, se sentirão sufocados porque não querem uma mãe e sim uma namorada e companheira.
Para os psicoterapeutas familiares e de casais, às vezes os casais encontram um encaixe nesse modo de funcionar, no entanto, isso nem sempre é sinônimo de felicidade, porque é muito difícil se sentir atraída pelo filho ou pela filha.
Colocando as coisas em seus devidos lugares
Mulheres são ensinadas a cuidar de si e dos outros, mulheres são mães e homens são pais, mas uma pequena observação de como isso acontece revela que as mulheres cuidam muito mais dos filhos do que os homens. O papel feminino sempre foi associado ao cuidado e até pouco tempo atrás nem todas as mulheres trabalhavam fora — historicamente, a entrada de mulheres no mercado de trabalho aconteceu para mulheres brancas e de classe média/alta já que mulheres negras e pobres sempre tiveram que trabalhar —, hoje a grande maioria das mulheres trabalha e cuida da casa configurando jornadas duplas de trabalho. São também as mulheres que costumam cuidar dos idosos. Tudo isso pra dizer que mulheres aprendem a cuidar dos outros, a resolver pepinos dos outros, a ajudar os outros.
Não estou dizendo que todas as mulheres são assim ou que homens não são, até porque isso seria reforçar o cuidado como algo intrinsecamente feminino. Estou dizendo que, desde crianças, meninas são ensinadas a serem cuidadoras — algumas mulheres vão internalizar isso mais do que outras, da mesma forma que alguns homens vão também internalizar isso.
Quando uma garota namorando ou se relacionando de forma séria com alguém, esse lado do cuidado aparece ainda mais forte. Assim ela acaba infantilizando os caras — e muitas vezes eles curtem esse papel e vão incentivando — direta ou indiretamente, sutil ou descaradamente —, porque é mais fácil mesmo ter alguém pra resolver sua vidinha — e fazendo coisas que não são obrigações delas e, principalmente, que eles não pediram. E isso pode ser muito prejudicial pro namoro e para a própria garota. Imagine, que saco ter que ficar fazendo coisas por alguém que deveria ser seu parceiro, te ajudar também. Especialmente quando esses papéis se naturalizam no relacionamento e o cara passa a esperar isso de você, e você passa a fazer sem questionar. Ih minha filha, se você levar isso para o casamento, estará tendo do seu lado um marido frouxo, um camisolão.
O namoro é exatamente um tempo de troca e de conhecimento um do outro. É preciso que haja um ambiente onde cada um desenvolva seu papel, permita que seu companheiro também desenvolva o seu e juntos possam identificar como suas características pessoais podem se desenvolver e contribuir para que aquele relacionamento dê certo e tenha futuro.
Claro que amor implica cuidado. E às vezes a gente é melhor em algo e realmente não se importa de fazer. Só que existe uma diferença entre ajudar e cuidar do seu amor e fazer as coisas por ele, no lugar dele, pra proteger ele de tudo. Isso é ser mãe. E você não é mãe do seu namorado. É preciso demonstrar que se ama e que se importa com as necessidades do parceiro, independentemente da fase do relacionamento. Mas cuidar não é assumir o lugar do outro e sim amar a ponto de querer bem, de desejar ver o outro crescer e amadurecer como pessoa. Assumir um papel que não é nosso é como usar um sapato bonito, mas apertado demais, que com certeza irá machucar seus pés.
Conclusão
Às vezes pode parecer muito difícil fazer a diferença entre cuidar como namorada, ajudar como companheira, fortalecer como parceira e entrar no limiar do cuidado maternal. E é difícil mesmo, porque são nuances, ambíguas. Mas eu acho que existem duas formas de perceber: a primeira é fazer a seguinte pergunta: "Ele me pediu ajuda?" Simples assim, quando o boy precisar de ajuda ele vai te pedir, especialmente se é em algo que ele sabe que você é boa, da mesma forma que você sempre pode pedir ajuda a ele. A segunda forma é entender como você se sente em relação àquela ajuda que você tá dando: por que você está ajudando ele? É muito ruim achar que a pessoa que está com você é incapaz de alguma coisa.
Especialmente porque os caras não são incapazes, se é algo que você consegue fazer ele vai conseguir também, mesmo que demore mais tempo e ele não seja tão habilidoso quanto você. A mulher é criada pra achar que precisa cuidar de todo mundo o tempo todo, que esse é o papel dela, mas não é. Agora, se ele te pedir ajuda, vai lá, porque companheirismo é isso. Só que não é preciso fazer o que você não quer, especialmente o que você sente que não é sua função. Repetindo só para fixar: você não é mãe dele. Quanto a ele: cresça e vira homem, meu chapa!
A Deus toda glória.
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