segunda-feira, 15 de maio de 2017

MOSTRA-ME O QUE POSTAS E TE DIREI QUEM ÉS

Com o advento das mídias (ou, como prefere a maioria, redes) sociais, as pessoas têm se revelado. Os perfis, inclusive, são até usados por RHs de empresas na avaliação funcionários e seleção de seus candidatos. E não para por aí.

As postagens que vemos nas mídias sociais  especificamente no Facebook  vão desde fanfarrices a gritos desesperados por atenção e outros são insuportáveis de ler. No entanto, milhões de nós postam atualizações nas redes sociais quase todo dia para não dizer toda hora.

Um estudo recente mostra que um perfil de uma pessoa no Facebook diz muito sobre a sua personalidade. As mensagens ou postagens podem revelar se a pessoa é narcisista ou uma pessoa neurótica, e dá pra saber quando a auto-estima delas está baixa, dizem os pesquisadores. Escrever sobre seu/sua companheiro/a, por exemplo, pode ser um sinal de baixa estima.

O estudo foi realizado pela Universidade de Brunel a partir de pesquisas online preenchidas pelos usuários do Facebook. A pesquisa foi voltada para os traços de personalidade: 
  • extroversão, 
  • franqueza, 
  • afabilidade, 
  • neuroticismo, 
  • espiritualidade e 
  • consciência, bem como 
  • a auto-estima e narcisismo. 
Os cientistas descobriram que os usuários tendem a postar atualizações em linha com os seus traços de personalidade.

Autoafirmação


A pesquisa descobriu que pessoas que marcaram alto grau de neuroticismo procuram a aprovação dos usuários online que não conseguem encontrar offline, ou seja, no círculo, mais próximo e do dia a dia.

Quando recebem "curtidas", "views" (visualizações) e comentários tendem a experimentar os benefícios da inclusão social, ao passo que aqueles que não recebem nenhuma curtida ou poucas, sentem-se esquecidas ou no ostracismo.

Os extrovertidos tiram vantagem do Facebook como uma ferramenta para o engajamento social eles criam status baseados em atividades sociais, os narcisistas postam sobre suas conquistas, e as pessoas mais conscientes escrevem sobre seus filhos, concluiu o estudo. Os conscientes  ou seja, os com mais noção  são menos motivados por "curtidas" e são mais motivados pela interação com os outros.

Dr. Tara Marshall, da Universidade de Brunel, afirmou que o estudo foi significativo. 
"Não foi surpresa que as atualizações de status do Facebook refletem os traços de personalidade das pessoas", 
disse.

No entanto, é importante entender porque as pessoas escrevem sobre determinados temas no Facebook.

  • Pessoas Narcisistas

Os narcisistas atualizam sobre as suas realizações, dieta e exercício, que procuram atenção e afirmação. Eles buscam atenção e afirmação que são medidos através do maior número possível de curtidas. 

Atualizações sobre realizações recebem mais "curtidas", incentivando este tipo de personalidade a escrever mais mensagens com temática de realização.

  • Pessoas Abertas, Curiosas e Criativas

Pessoas Abertas, Curiosas e Criativas postam sobre convicções políticas, espirituais e temas intelectuais, que procuram partilhar, seu intuito é a interação social das informações. Postam principalmente sobre suas c​onvicções.

Estas pessoas procuram menos interação social e maior compartilhamento de informação, os motivos propíciam à partilha de informação impessoal, como eventos e pesquisas atuais.

  • Pessoas Conscientes

Usuários Conscientes raramente postam pois estão cientes de como os outros recebem suas atualizações. Quando fazem um post (postagens), é na maioria das vezes com seus filhos e/ou familiares.

  • Pessoas com Baixa Estima

Pessoas com baixa auto-estima postam frequentemente sobre seus parceiros românticos (namorado[a], marido [esposa] ou noivo[a]), para acabar com as inseguranças e demonstrar que o seu relacionamento está indo bem (ou não). Estes posts recebem menos "curtidas" e fazem este usuário parecer menos simpático.

Os pesquisadores sugeriram fazer outros estudos para saber como os amigos do Facebook reagem a estas atualizações, tanto na vida real e na vida online.

Cada movimento é um flash


O que dizer da superexposição? Uma imagem fala mais do que mil palavras – e as fotos de perfil nas redes sociais são, muitas vezes, a primeira impressão que passamos aos outros na internet. Um outro grupo de pesquisadores conseguiu relacionar essas imagens a características importantes da personalidade das pessoas.

O estudo, apresentado na Conferência Internacional de Web e Social Media, na Alemanha, começou analisando os perfis do Twitter de 66 mil usuários. Na primeira etapa, eles testaram se dá para captar a personalidade dos participantes a partir do que eles escrevem no microblog.

Para isso, os cientistas usaram o Big Five, os 5 Grande Fatores de personalidade, o modelo mais reconhecido pela ciência para avaliar seus traços psicológicos. São eles: 
  • neuroticismo (instabilidade emocional), 
  • extroversão, 
  • amabilidade, 
  • escrupulosidade (responsabilidade moral) e 
  • abertura para novas experiências.
Cada participantes teve seus 3.200 tweets (postagens no microblog) mais recentes analisados e classificados de acordo os esses cinco traços. Depois, os cientistas cruzaram essas informações com as características das fotos de perfil de cada um.

Eles descobriram o seguinte: 
  • pessoas que tiraram uma nota alta em escrupulosidade – aquelas que são disciplinadas e com um forte senso moral – sorriem nas fotos e tendem a aparecer sozinhas e não com amigos. 
Aí fica a pergunta: será que é porque elas acreditam que o ideal de foto de perfil é um rosto sorridente e estão querendo seguir as "regras"?
  • Os usuários que se mostraram bastante abertos a novas experiências escolhiam fotos mais artísticas, com ângulos e cores diferentes. 
  • Já os neuróticos tinham uma tendência bastante forte a não aparecerem na imagem. As fotos de perfil exibiam um objeto ou personagem, por exemplo, mas quase nunca mostravam o rosto.
Os pesquisadores querem expandir o estudo com a criação de um software (programa de computador) que permita que as pessoas enviem suas fotos para o teste de personalidade.

Uma tecnologia parecida já existe – a Universidade de Cambridge criou um aplicativo que analisa os 5 traços de personalidade de acordo com o que você curte no Facebook, além de fazer uma análise das suas tendências políticas e religiosas e até seu nível de felicidade comparado às outras pessoas.


Como foram feitas as pesquisas


Foi o que constataram pesquisadores da Universidade de Cornell (EUA), que são gente como a gente e já devem ter sido enganados mais de uma vez por rostinhos lindos na tela do computador e, bem, não tão lindos na vida real.

Eles pegaram o pessoal no pulo em um teste bem simples: primeiro, selecionaram 54 voluntários que usavam sites de relacionamento  como o Match.com  e perguntaram a eles o quanto achavam que as fotos de seus perfis os refletiam como eles realmente eram na realidade. Todos, como era de se esperar, responderam que as imagens eram precisas.

Mas aí os pesquisadores colocaram um outro grupo de voluntários, sem qualquer vínculo com o primeiro, para comparar fotos e vida real. E as respostas mostraram a verdadeira cara da situação: um terço das imagens era mentiroso  em especial, as das mulheres.
"As fotos femininas foram julgadas como menos precisas do que as masculinas, e eram mais propensas a serem antigas, terem sido retocadas ou tiradas por um fotógrafo profissional, e a conter inconsistências, incluindo mudanças no cabelo e na qualidade da pele", 
diz o estudo.

Conclusão


Ser "crente virtual" é muito fácil e cômodo. Ser crente em mídias sociais é uma maravilha. Ficar escondido atrás de um dispositivo eletrônico é mamão com açúcar e não requer nenhum esforço. No máximo se cansam olhos e os dedos.

O nosso maior desafio é viver, colocar em prática as palavras que temos ouvido, as ministrações que temos recibo, os ensinamentos que nos dá a Palavra de Deus. Precisamos ser cristãos autênticos – e, convenhamos, conforme não me deixam mentir as pesquisas autenticidade está longe de ser regra nas redes sociais – honrando os ministérios de Deus que Ele nos confiou como mordomos (Mateus 25:14-30).

E tem mais, o que há de crentes mentindo e aprontando em mídias sociais não está escrito nem no livro da morte.

É tempo, aliás, passou da hora de cada um de nós olhar para dentro de si e se envergonhar por tanta mediocridade espiritual. Por viver essa vida embusteira. 

Somos medíocres na oração, somos medíocres na leitura bíblica, somos medíocres na consagração, somos medíocres na fidelidade, somos medíocres nos compromissos, somos medíocres na adoração, somos medíocres na renúncia, somos medíocres nas nossas posturas... e gostamos de ostentar pose de espirituais através de fotos e status em mídias sociais. A quem pensamos estar enganando?

Um bando de embusteiros sem convicção, sem princípios. Negociando princípios básicos, fundamentais ao alicerce da fé cristã, corrompendo nosso entendimento, fraudando, maculando nosso testemunho e a identidade cristã, nos esquecendo que somos embaixadores (representantes) de Cristo no mundo (2 Coríntios 5:19-21).


Offline alimentamos a carne com vitaminas e proteínas e deixamos o espírito morrendo a míngua. E online ainda pensamos que só ficar postando áudios, frases feitas, imagens, artigos... em mídias sociais nos isenta, nos livra da necessidade urgente que temos de mudar de vida.

Que Deus tenha também misericórdia de nós, pois sua graça, ainda que abundante, parece não estar sendo o suficiente.

Fiquem ligados. Hoje em dia, todo o cuidado é pouco (Em tempo minhas fotos nos meus perfis não têm retoque nenhum, tá?).

[Fonte: Mauro Queiroz/UNOPress; DailyMail.co.uk; Mirror.co.uk; Superinteressante]

A Deus toda glória.
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Um comentário:

  1. Que choque de realidade! Que soco no estômago. Que vergonha de mim. preciso me arrepender e me arrepender.

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