A Bíblia é um conjunto de livros escritos por profetas e apóstolos discípulos do Senhor Jesus, que escreveram inspirados pelo Espírito Santo de Deus (2 Pedro 1:20,21). A Bíblia é dividida em dois tempos Antes e Depois de Cristo, Antes de Cristo Velho Testamento, Depois de Cristo Novo Testamento. O Velho Testamento tem como base Lei, Mandamento e Ordenanças, Novo Testamento tem como base Graça, perdão e misericórdia (João 1:11–17). O Velho Testamento de Gênesis a Malaquias profetiza a vinda do Messias (1 Pd 1; Atos 7:37–52).
No meu entendimento o que interessa para a Igreja de Deus formada por gentios (Mateus 12:9–21) são as profecias que anunciavam a vinda de Cristo, e também a história e os testemunhos dos homens de Deus. As bases doutrinárias formada pela Lei pelos mandamentos e pelas ordenanças são exclusivas para o povo Judeu.
Velho Testamento
O nome já diz: Velho algo que já perdeu valor (Hebreus 8:13; Gálatas 4:21–31; 2 Coríntios 3:11–14), para todos os judeus e gentios depois da vinda de Cristo só o Evangelho de Jesus Cristo tem base doutrinaria, mandamentos e ordenanças que podem levar o homem a verdadeira conversão dando a este homem a salvação e a vida eterna (João 7:15–17; 14:15–24).
A vinda de Cristo, sua morte e a sua ressurreição fez com o homem judeu e gentio uma Nova [e eterna, irrevogável] Aliança (Lucas 22:19,20). O Novo Testamento faz tudo novo para os judeus e para os gentios, para todos os que aceitarem a Jesus como seu único Salvador (Romanos 10:1–13; 2 Coríntios 5:17; Apocalipse 21:5,6).
Do Velho Testamento devemos tirar os bons exemplos, os bons testemunhos e os bons ensinos tudo isto serve para o nosso crescimento espiritual e vai nos ensinar a ter uma vida correta diante de Deus. Mas tudo que trata da lei, dos mandamentos e ordenanças temos que entender que serviu com base doutrinária para judeus da época, não serve para os crentes cristãos de hoje (João 3:14–16).
O Apóstolo Paulo e os outros Apóstolos e Discípulos que escreveram Atos e as cartas foram usados pelo Espírito Santo de Deus para decodificar, interpretar, trazer luz aos evangelhos, para que o diabo através de sua astúcia não venha a confundir a mente do homem, levando o homem a perder a salvação por falta de conhecimento (Oseias 4:6a; Rm 1:16; 2 Co 4:1–4; 11:1–15; Gl 1:6–12).
Nas pregações, nas doutrinas, nos discipulados misturar ensinamento do Velho com o Novo Testamento pode ser muito perigoso, pode trazer confusão e heresias em vez de trazer vida, pode trazer morte espiritual (Mt 9:14–17; 1 Co 5:7).
Entendendo a Lei
A Lei (Estatutos ou Mandamentos) foram criadas por – Deus dois tipos de Lei para o povo de Deus no Velho Testamento: A Lei Moral e a Lei Sacrificial. Vamos ver as duas, pois existem distinções essenciais entre elas e suas aplicações.
- A Lei Sacrificial – Imprescindível ler Levíticos.
A Lei Sacrificial quando alguém pecava um animal deveria ser sacrificado para que o sangue deste animal fosse o preço pago pelo pecado do pecador (Hb 9:19–22). A Lei Sacrificial foi criada para absorver o pecador (Lv 6:1–7) este tipo de sacrifício não era perfeito, pois como o sangue de um animal que não tinha vontade própria, pensamentos, poder de decisão – livre arbítrio – poderia purificar o pecado de um homem que sempre teve o poder de decisão (Hb 10:4) este tipo de sacrifício serviu apenas como um paliativo (Gl 3:24). Pois o sangue do animal não purificava o homem dos seus pecados todos os anos em cada sacrifício o pecado era lembrado e outro animal tinha que ser sacrificado (Hb 10:4–11).
Somente um homem por vontade própria, com o poder de decisão – livre arbítrio – desejasse ser sacrificado, derramar o seu sangue para purificar a humanidade, e não bastaria ser simplesmente um homem, teria que ser um homem justo, um homem puro, um homem forte suficiente para vencer o pecado, um homem sem pecado (Hb 4:14–16). E este homem é Jesus Cristo homem (Hb 10:5-10; Rm 5:14,15).
O sangue de Jesus Cristo é o preço pago para o perdão de toda a humanidade (Colossenses 2:4–15; Hb 10:9–14, portanto não é com o meu sacrifício (1 Samuel 15:22; Rm 12:1; 1 Pd 2:1–5), com as minhas obras (Rm 5:1–11; 11: 6). , É graça simplesmente, a Graça de Deus, o favor não merecido de Deus para com a minha vida (Rm 5:12–19; 2 Timóteo 1:6–9; 2 Co 12:1–9).
Na visão dos Evangelhos e do Novo Testamento sacrifícios, obras não salva ninguém, não perdoa pecado de ninguém, na visão dos evangelhos e do Novo Testamento nem evangélicos, católicos, espíritas ou qualquer outra religião não justifica ninguém e não há ninguém, nenhum justo sequer (Rm 3:10; 7:18–24). Aquele que aceita a Jesus Cristo é justificado (Rm 5:1; 8:1;10:9–13; João 3:14–17).
No Velho Testamento animal era sacrificado no lugar do homem, no Novo Testamento um homem foi sacrificado por toda a humanidade, no Velho Testamento o sangue do animal era derramado para purificar o homem de seus pecados, no Novo Testamento o sangue de Jesus Cristo foi derramado para perdão de toda a humanidade – de todos os que o aceitam com o seu Salvador (João 3:14–17).
No Velho Testamento o homem era justificado por sacrifício de animais, obras, embora o sacrifício de animais e obras justificassem o homem por um período de tempo, no Novo Testamento os sacrifícios e as obras dos homens não podem justificar, mas o sacrifício de Jesus feito apenas uma vez justifica o homem para sempre da sua obra má (Hb 10:1–22; Rm 4:6–8). Cada animal morto, cada sangue derramado tipificava a morte de Cristo e o seu sangue derramado para o perdão de todos os que o aceitam (Lv 6:1-6).
- A Lei moral (Êxodo 20)
As leis foram criadas por causa do homem e para o homem, o homem não foi criado por causa da lei, pois se fosse assim a lei viria primeiro que o homem, mas o homem foi criado sem lei (Gn 1:1–31). Por causa do pecado houve necessidade da lei (Gn 3:17,18; Rm 3:20; 7:7–9). Sem lei o homem peca, sem lei o homem transgride, sem lei o homem fica sem punição (Rm 7:7).
A Lei Moral é o contrário da lei Sacrificial, a Lei Sacrificial pedia sacrifício da carne, algum corpo teria que ser sacrificado, sangue teria que ser derramado (Hb 9:18–22). A Lei Moral foi feita para o homem interior, ou seja, para o homem espiritual (Rm 7:14), somente o homem espiritual poderia cumprir a Lei Moral, mas ninguém poderia cumprir esta lei sem ter dentro de si o Espírito Santo (Ezequiel 36:26–31; Hb 10:15–17; 2 Co 3:3–8).
Por isto os judeus da época não poderiam cumprir a lei, pois eles não tinham o Espírito Santo. Por isto o derramar do Espírito atinge todos aqueles que aceitam a Jesus, ou seja, a ação do Espírito Santo em todos os salvos em Cristo Jesus muda primeiro o homem interior (2 Co 5:17; Ez 36:31; Rm 2:14,15).
Com a chegada do Espírito Santo ficou fácil para o homem cumprir a lei, basta o homem aprender a ouvir a voz do Espírito Santo (João 14:26; Isaías 54:13; Jr 31:34). Obedecer aos mandamentos do Senhor Jesus (João 13:31–35; 14:21–24; Gl 5:14; Mt 19:16–25; 22:34–40; 1 João 4:7–19).
Imitar Jesus (Ef 5:1,2), porque quem imita Jesus já cumpriu a lei (Rm 10:4). Jesus por ser Judeu, criado e doutrinado pelas leis Judaicas tinha que cumprir a lei (Mt 3:13–15; 15:17). Aquele que não vive mais (Cl 3:1–3), mas Cristo vive nele (Gl 2:16–20; João 14: 21–23) já cumpriram a Lei (Rm 5:1; Hb 10:7–22).
Na Lei Sacrificial alguém tem que morrer, sangue tem que ser derramado, na Lei Moral alguém morreu por toda a humanidade, alguém derramou o seu sangue por toda a humanidade (João 3:14–18; Rm 8:3,4). Por isso para nós crentes em Jesus Cristo a Lei Moral se chama a Lei da Graça (Rm 8:1,2; 14–16).
Na Lei Moral você faz na graça e eu faço por você (Rm 10:5; João 3:14–16; Rm 8:1–4). Você pode estar pensando e os Dez Mandamentos (Ex 20:1– 21). Quem não vive mais, mas Cristo vive nele obedece a Palavra de Deus (Rm 13:8–10; 1 Co 13).
No Novo Testamento a lei é Cristo a lei é ser salvo por Jesus Cristo (Rm 10:1–13; Atos 16:31). A lei é ser servo de Jesus Cristo, a lei é seguir a Jesus Cristo – ser cristão –, a lei é imitar Jesus Cristo, a lei é ser discípulo de Cristo, a lei é ter Cristo dentro de si, a lei é não viver mais, mas deixar Cristo viver em você, a lei é andar como Cristo andou. (Ef 5:1,2; Rm 13:10; 1 João 4:7–17). Cumprir a lei é nascer de novo (João 3:1–3; 2 Co 5:17; Rm 7:4–6).
No Novo Testamento os mandamentos, doutrinas e ordenanças também são outras, o que conta não é o que está no Velho Testamento, mas sim o que está no Novo Testamento (1 Co 3:6; Hb 8:13). As doutrinas e mandamentos no Novo Testamento são as que devem ser seguidas e ensinadas nas igrejas (Gálatas 1:6– 12; 1 Tm 1:3,4), na duvida entre as doutrinas e ordenanças do Velho Testamento e os ensinamentos do Novo Testamento você tem que optar pelo Novo (1 Co 11:24,25; Gl 3:1,2).
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