quarta-feira, 21 de setembro de 2016

21 DE SETEMBRO, DIA MUNDIAL DA PAZ

"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. (...) "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize" (Isaías 6:9; João 14:27).

Ha mais de três décadas, a Organização das Nações Unidas (ONU) considera o dia 21 de setembro o Dia Mundial da Paz. Este é um dia dedicado ao pensar e construir a paz no cenário internacional. Contudo, uma rápida observação do mesmo é o suficiente para perceber que a paz, nos seus mais variados entendimentos, encontra-se em xeque. É precisamente tal fato que torna o dia de hoje ainda mais relevante.

No seu entendimento mais restrito, a paz é pensada enquanto um simples cessar-fogo. Mesmo à luz deste entendimento limitado de paz, como uma mera ausência de conflitos violentos pelo globo, a cena internacional está longe de estar pacífica. Não é preciso muito para chegar a tal conclusão. Para tal, basta atentar para os conflitos mais visíveis, como na Síria; os mais esquecidos, como na República Centro-Africana; ou os ainda latentes, como na Ucrânia.

A paz, invadiu o meu coração


Em seu entendimento mais ampliado, a paz pode ser compreendida como a superação de estruturas – políticas, econômicas e sociais – que impedem a plena realização dos indivíduos por meio de uma vida digna e a consecução de uma maior justiça social. Sob esta ótica, basta atentar, por exemplo, para a aguda desigualdade de acesso aos mais variados recursos da cena internacional – dos financeiros e políticos aos alimentares – para perceber a violência estruturalmente presente.

"Paz no medo do mundo", diz um velho canto do coro do hinário novo-apostólico. Todos os cristãos desejam isto. Já dizia o Senhor Jesus aos seus discípulos, que eles tinham medo no mundo, mas que poderiam estar tranquilos enquanto Ele estivesse entre eles. E hoje?

Há paz na terra? Quase nenhuma. Há dois anos já havia mais de 30 guerras, guerras civis em sua maioria, com uma grande quantidade de pessoas inocentes mortas. Grupos de terror desenvolvem suas atividades de destruição. Muitas pessoas no norte da África ou no Oriente Médio têm medo, fogem da crueldade, fogem da morte, abandonam sua pátria. A multidão de refugiados adquiriu dimensões extremas.

Entretanto, temos um Dia Mundial da Paz. Ele acontece anualmente no dia 21 de setembro e está debaixo da orientação das Nações Unidas. Ele é válido no mundo inteiro. Trata-se de um dia de cessar fogo, um dia, onde as armas se calam e as pessoas fazem suas reflexões. Mas pouca atenção se dá a este chamado.

"Vence a indiferença e conquista a paz"


As igrejas cristãs no mundo inteiro dão apoio a este chamado por meio de orações mundiais. O Conselho Mundial de Igrejas convoca todo ano às suas mais de 350 igrejas-membro para participar orando pela paz. Em todo o mundo se realizam nas comunidades orações pela paz. Este ano as Nações Unidas colocaram as orações pela paz debaixo do título "Vence a indiferença e conquista a paz", na sua XLIX edição.

Paz hoje


Um dos documentos mais importantes da história da humanidade é a Carta das Nações Unidas. Já em seu primeiro artigo menciona manter a paz mundial como o objetivo mais importante das Nações Unidas. Anteriormente definia-se a paz como a ausência de guerra; hoje entendemos mais a respeito dela: atenção aos direitos humanos, a prevenção de conflitos, o desarmamento, a educação pela paz ou também a reabilitação pós-conflito de acordo com os direitos humanos. As Nações Unidas publicaram para isto bons materiais. A compreensão de paz hoje cresceu – a lista de guerras e guerras civis também.

No curso da história, as Nações Unidas criaram numerosas instituições, cujo objetivo é o de preservar a paz: o Conselho de Segurança das Nações Unidas, por exemplo, a UNESCO, a Comissão de Refugiados das Nações Unidas (ACNUR), o Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas e o Tribunal Internacional de Direitos Humanos. Entretanto, a verdadeira paz não quer se instaurar.

Conclusão


Jesus Cristo é a verdadeira paz. Os cristãos o sabem. Buscam a paz em Deus, em Jesus Cristo. Viver em paz é mais que preservar a paz.  Viver em paz com o próximo, este é o começo de tudo. Jesus Cristo é a nossa paz, isto os cristãos o sabem. Ele sacrificou sua vida para que a humanidade pudesse reconciliar-se com Deus. dEle provêm as palavras: "...deixo-vos a paz, a minha paz vos dou. [...] Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize" (João 14:27). A fé em Cristo traz paz.

E nós? O que podemos [e devemos] fazer?


"Segui a paz com todos...", diz na carta aos Hebreus 12:14. Um chamado importante! Deixar que impere o amor ao próximo. E o próximo sempre é aquele que Deus colocou do nosso lado. Bem-aventurados os pacificadores. Somos pacificadores, portanto, não nos está reservado apenas um dia no ano, mas todos os dias, em todos os anos, para promover a paz, através da pregação do Evangelho, que são as boas novas da paz eterna.

Canção: "Paz", intérprete: Heloísa Rosa, faixa do álbum "Estante da Vida" (Graça Music, 1008)

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